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Até agora eu não me conhecia...
Julgava que era eu, e eu não era...

2007-01-25 10:12:48 · 3 respostas · perguntado por Sol do meio dia (Moninha) 2 em Artes e Humanidades Outras - Artes e Humanidades

3 respostas

Apenas complementando o que nosso amigo escreveu acima,Florbela quase não sabia escrever senão sobre o amor:"Livro do meu amor,do teu amor/Livro do nosso amor,do nosso peito...Abre as folhas devagar,com,jeito,/(...)Olha que em outro eu já não sei compor."E o pior o amor sempre ludibriou-aProcurei o amor que me mentiu.

2007-01-25 11:09:28 · answer #1 · answered by thelastcat05 2 · 0 0

Florbela de Alma Conceição Espanca (1894-1930), ou simplesmente FLORBELA ESPANCA, é uma das melhores poetas em língua portuguesa, e uma das maiores poetas femininas de todos os tempos, porque traduz com singeleza e profunda magia literária, a alma da mulher.

Florbela tem imenso valor porque não se ligava claramente a nenhum movimento literário da sua época, tendo desenvolvido uma poesia personalista, quase intimista, e ao mesmo tempo universal.

Registro aqui o poema de Florbela Espanca que mais adoro.

Se tu viesses ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...


Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

2007-01-25 13:48:38 · answer #2 · answered by Maria-Fernanda Alves Guimarães 2 · 0 0

Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de dezembro de 1930), baptizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa.

Precursora do movimento feminista em Portugal, teve uma vida tumultuada, inquieta, transformando seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.

Filha de Antónia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu como filha. Porém com a morte de Antónia em 1908, João e sua mulher Maria Espanca criam a menina. O pai só reconheceria a paternidade muitos anos após a morte de Florbela.

Em 1903 Florbela Espanca escreveu a primeira poesia de que temos conhecimento, A Vida e a Morte. Casou-se no dia de seu aniversário em 1913, com Alberto Moutinho. Concluiu um curso de Letras em 1917, inscrevendo-se a seguir para cursar Direito, sendo a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.

Sofreu um aborto involuntário em 1919, ano em que publicaria o Livro de Mágoas. É nessa época que Florbela começa a apresentar sintomas mais sérios de desequilíbrio mental. Em 1921 separou-se de Alberto Moutinho, passando a encarar o preconceito social decorrente disso. No ano seguinte casou-se pela segunda vez, com António Guimarães.

O Livro de Sóror Saudade é publicado em 1923. Florbela sofreu novo aborto, e seu marido pediu o divórcio. Em 1925 casou-se pela terceira vez, com Mário Lage. A morte do irmão, Apeles (num acidente de avião), abala-a gravemente e inspira-a para a escrita de As Máscaras do Destino.

Tentou o suicídio por duas vezes em outubro e novembro de 1930, às vésperas da publicação de sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, suicida-se no dia do seu aniversário, 8 de dezembro de 1930. Charneca em Flor viria a ser publicado em janeiro de 1931.


Florbela Espanca por outros poetas

Florbela Espanca causou grande impressão entre seus pares e entre literatos e público de seu tempo e de tempos posteriores. Além da influência que seus versos tiveram nos versos de tantos outros poetas, são aferidas também algumas homenagens prestadas por outros iminentes poetas à pessoa humana e lírica da poetisa. Manuel Dias da Fonseca, em seu "Para um poema a Florbela" de 1941, cantava "(...)E Florbela, de negro,/ esguia como quem era,/ seus longos braços abria/ esbanjando braçados cheios/ da grande vida que tinha!". Também Fernando Pessoa, em um poema datilografado e não datado de nome "À memória de Florbela Espanca", descreve-a como "alma sonhadora/ Irmã gêmea da minha!".

2007-01-25 10:20:51 · answer #3 · answered by CuRioSa 3 · 0 0

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