Começando pela estendida, que nada mais é que a memória cujos endereços se estendem acima de 1Mb. Nada mais simples.
E a memória expandida? Bem, ela nasceu no momento em que alguns fabricantes de hardware e produtores de software se deram conta de que o velho DOS se recusava a morrer e dar lugar a um sistema operacional capaz de explorar melhor as potencialidades das novas CPU. E tiveram então que marchar no sentido oposto ao que esperavam: buscar soluções que otimizassem o DOS nesse novo ambiente. Ela tinha uma função que pode ser resumida nessa historia:
Imagine-se um arqueólogo. Você está explorando as virgens entranhas de uma pirâmide recém descoberta. E se aventura por seus misteriosos labirintos vencendo o medo e as trevas armado apenas com sua coragem e uma lanterna. Subitamente o corredor se alarga, transformando-se em vasto salão. Ao fundo, uma parede imensa, coberta de hieróglifos, conta um pedaço jamais revelado da história daquele povo. Mas a parede é grande demais para ser abrangida de uma só vez pelo foco da lanterna, que só consegue iluminar um quadrado de um centésimo da área da parede. Como fazer para ler toda a história e deslindar o milenar segredo?
Ora, direis, elementar meu caro Piropo. Mistério maior talvez seja essa curiosa lanterna de foco quadrado que inventaste: basta dirigi-la para o canto superior esquerdo da parede, ler o que lá está, e deslocar o foco da lanterna um "quadrado" para a direita. E após cem deslocamentos, toda a parede terá sido examinada. Simples, não?
E o que tem isso a ver com a memória expandida? Tudo. Pois é exatamente assim - ou quase - que ela funciona. Imagine que você tenha alguma memória adicional em sua máquina, em uma placa encaixada em um dos slots de seu micro, a placa de memória expandida. Digamos que ali você tenha 2Mb distribuídos em 32 conjuntos, ou "bancos", de 64K. E, também engastado nessa placa, um chip ROM onde está gravado um programa, o gerenciador de memória expandida, ou Expanded Memory Manager (EMM).
Agora vejamos: o DOS somente consegue "enxergar" o que está gravado nesses bancos de memória se a eles forem atribuídos endereços. E, sendo irreparavelmente míope, só vê o que está abaixo de 1Mb. Mas na placa existem 2Mb. É preciso, portanto, "enganar" o DOS, espremer aqueles 2Mb e enfiá-los no campo de visão do DOS.
Então a coisa funciona assim: o programa gerenciador de memória expandida procura um "buraco" de 64K que esteja livre nos endereços abaixo de 1Mb. Note que ali não é preciso haver, de fato, memória instalada nos bancos da placa mãe: apenas endereços livres. Quando acha, reserva esse bloco, ou "janela", para si mesmo, e rapidamente o "aponta" para o primeiro banco de 64K da placa de memória expandida, atribuindo a seu conteúdo aqueles endereços, que o DOS consegue "ver". As informações necessárias estão em outro banco? Tudo bem: o programa gerenciador rapidamente comuta esse banco com o anterior. Essa "janela" (que, tecnicamente, se chama "frame"), funciona como o foco da sua lanterna. Através dela o DOS pode ler todo o conteúdo da parede, digo, da placa de memória expandida. Que é escrutinada usando a comutação de bancos ("bank switching"), sempre pegando as informações gravadas em um banco e as exibindo em endereços que DOS pode acessar.
2007-01-24 00:15:10
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answer #1
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answered by Willian Dias 2
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Mesma coisa, pode ser chamado de memoria swap tambem.
2007-01-24 08:08:18
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answer #2
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answered by Ricardo 4
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