Nascido em Recife no dia 20 de agosto de 1779, recebeu o nome de Joaquim da Silva Rabelo. Ao se ordenar frei carmelita quando tinha 22 anos, passou a se chamar Joaquim do Amor Divino Caneca, numa homenagem a seu pai, que era fabricante de vasilhames de flandres.
Além de professor de retórica, geometria e de filosofia em Pernambuco e Alagoas, destacou-se como jornalista, iniciando em 1823 a publicação do jornal O Typhis Pernambucano, que o ajudou a difundir a liberdade constitucional e a criticar a situação de despotismo e centralização que caracterizava o Governo Imperial brasileiro.
Líder da Confederação do Equador e tomado pelo sentimento de patriotismo, combateu com obstinação o imperador. Defendeu uma Constituição republicana, pregou a separação das províncias do Nordeste do restante do Brasil - chamadas de "Zona Tórrida" no Manifesto de Proclamação da Confederação do Equador. Aliás, esse foi um dos acontecimentos mais significativos da nossa história. Ocorreu em Pernambuco e influenciou movimentos que antecederam a independência brasileira, pela posição contra o juramento da Constituição outorgada por D. Pedro I.
Bravo guerreiro, já em 1817, Frei Caneca destacava-se na ação política com a Revolução Republicana em Pernambuco. Com a derrota do movimento nativista, foi preso na Bahia. Regressou a Pernambuco em 1821. Quatro anos depois, em 1825, foi condenado a morte por enforcamento. Porém, como nenhum carrasco se apresentou para a execução, foi fuzilado.
Frei Caneca, que está sepultado no Convento do Carmo, em Recife, é um exemplo de homem que deu a sua vida pela liberdade e evolução de nosso povo. Até na hora de sua morte, demonstrou grande dignidade, serenidade e coragem.
2007-01-24 11:32:56
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