Caro Risan,
Os aços diferenciam-se entre si pela forma, tamanho e uniformidade dos grãos que o compõem e, é claro, por sua composição química. Esta pode ser alterada em função do interesse de sua aplicação final, obtendo-se através da adição de determinados elementos químicos, aços com diferentes graus de resistência mecânica, soldabilidade, ductilidade, resistência à corrosão, entre outros.
Os elementos de liga empregados variam em seu percentual de acordo com o emprego desejado, e novas pesquisas não param de acontecer, onde a cada dia surgem novos compostos e elementos de utilização.
Basicamente, os principais elementos de liga empregados atualmente são o cobre, fósforo, cromo, silício, níquel, manganês, vanádio, nióbio, molibdênio, entre outros, em combinações específicas, conforme a siderúrgica produtora.
Como disse antes, não existe, ainda hoje, uma classificação dos aços considerada precisa e completa, principalmente com relação aos aços-liga, em que a cada dia é pesquisada a inclusão de novos elementos, e consequentemente obtidos novos aços. Portanto a serventia dos diferentes elementos de liga varia de acordo com o percentual empregado de cada um e a sua combinação com outros elementos. O cobre, por exemplo, é usado para retardar a velocidade de corrosão do aço.
Assim, existem atualmente uma grande variedade de ligas produzidas, cada uma apresentando propriedades específicas em função de sua composição química. Nesta composição química, bem como de características metalúrgicas, é que estão agrupadas as três famílias dos aços inoxidáveis: austeníticos, ferríticos e martensíticos. Existem diversos sistemas de classificação, e mostrarei o padrão reconhecido pela ABNT:
a) austeníticos: contem tipicamente 18% de cromo, 8% de níquel e baixo teor de carbono. Atualmente esta família responde por cerca de 70% do total de aços inox produzidos em todo o mundo, principalmente em função de características como: excelente resistência à corrosão, alta resistência mecânica, boa soldabilidade, boa conformabilidade, facilidade de limpeza, durabilidade, recomendando-os à arquitetura e construção em geral;
b) ferríticos: são ligas de ferro-cromo, contendo geralmente de 12 a 17% de cromo. Apresentam boa resistência à corrosão em meios menos agressivos, boa ductilidade, razoável soldabilidade;
c) martensíticos: também são ligas ferro-cromo. Uma característica desta família é a de poder atingir altas durezas (1379 MPa) através de tratamento térmico, entretanto, não são especificados para uso da construção civil.
As características dos principais elementos de liga são:
Chumbo (Pb): É usado nos aços "corte livre" em percentuais de 0,20 à 0,50%. Em virtude de sua distribuição homogênea e fina, é empregado para melhorar a usinabilidade dos aços.
Cromo (Cr): O cromo estimula a formação de carbonetos, aumentando a resistência ao desgaste, bem como a temperabilidade aos aços, reduz a velocidade crítica de resfriamento, de modo que a têmpera de aços como teores elevados de cromo seja feita preferencialmente em óleo ou ar. A adição de cromo torna mais fina a granulação dos aços, aumentando desse modo a sua resistência.
Molibdênio (Mo): Influência favoravelmente a dureza, a resistência a quente, a fluência e a temperatura de crescimento de grão de austenita, além de melhorar a penetração da têmpera nos aços. É largamente empregado nos aços de construção mecânica para beneficiamento, pois forma partículas resistentes a abrasão e evita a fragilidade de revenimento. O molibdênio não é empregado sozinho, pois apresenta uma tendência de diminuir a tenacidade dos aços.
Níquel (Ni): Diminui a velocidade crítica de resfriamento produzindo ótima penetração de têmpera. Possui a capacidade de tornar austeníticas as ligas Fe-Cr de alto teor de cromo. Influi diretamente na granulação, tornado-a mais fina, o que aumenta a tenacidade dos aços ferritico-perlíticos e a resistência dos aços recozidos.
Vanádio (V): Eleva a temperatura de crescimento do grão da austenita, promovendo o refino de grão. É excelente desoxidante. A adição de vanádio confere aos aços uma insensibilidade ao super-aquecimento, melhorando suas características de forjamento e usinagem. O emprego de teores elevados de vanádio deve ser acompanhado por um aumento do teor de carbono, devido à formação de carbonetos.
Se desejar saber mais, clique no site abaixo e terá informações complementares ao apresentado.
http://www.inda.org.br/por_dentro_ferramenta.php
Abraços, Moran
2007-01-23 23:23:59
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