No dia 2 de maio, sob pressão de um oficial de Justiça e da Polícia Militar, seu Amilton, emocionado, não conseguiu acionar a retroescavadeira para demolir duas casas no bairro de Palestina, em Salvador, e fazer a reintegração de posse do terreno. Numa das casas moravam sete crianças. Diante da multidão clamando "pare!", Amilton silenciou, chorou, passou mal e acabou preso pela Polícia Militar por descumprir ordem oficial.
Já na distante Palestina do Oriente Médio, um fato correlato, mas com fim trágico saiu discretamente na mídia em meados de março. Estamos falando da jovem americana Rachel Corrie, estudante da Faculdade Estadual Evergreen em Olympia, em Washington, nos Estados Unidos. Rachel, de provável ascendência judaica, como outros tantos milhares de jovens de todo o mundo, abraçava a causa pacifista, defendendo a justiça, a liberdade e a paz no Oriente Médio.
Militava numa entidade denominada Movimento Internacional de Solidariedade aos Palestinos. Era alegre, lutadora, feliz e procurava dar a sua modesta contribuição para vivermos em um mundo melhor. Ativista consciente desde a sua mocidade.
Em março deste ano, Rachel decidira passar da teoria para a prática. Resolvera partir para ações concretas em defesa da paz. Juntou-se aos palestinos na cidade de Rafah, na faixa de Gaza. Lá estava morando na casa de um médico palestino. Sua luta consistia em tentar parar os chamados “bulldozers”, que são os tratores americanos da empresa Caterpilar, que são usados para demolir as casas de palestinos acusados de participarem da luta pela libertação da sua pátria, chamados pelos israelenses e pela mídia de “terroristas”. Mas não só deles. Também de seus pais, parentes etc.
Rachel costumava escrever mensagens para seus amigos em vários países do mundo, onde dizia “os israelenses derrubam as casas dos palestinos mesmo com pessoas ainda dentro delas e não têm respeito por nada e por ninguém”. Rachel estava indignada. Sentia-se útil na sua jovem vida de 23 anos, nessa campanha.
No dia 14 de março, Rachel foi fotografada pela última vez com vida pelo repórter da Associated Press, Lorenzo Scaraggi, junto com outros integrantes de seu movimento, ostentando uma faixa onde se podia ler: “Exército de Israel: parem de atirar nas crianças!”. Foi um dos últimos registros documentados que se tem de Rachel. O último, seria de seu assassinato.
No dia 16 de março, Rachel saiu em defesa dos palestinos pela última vez. Junto com outros amigos tentou parar um dos tratores imensos de esteira, usados na terraplanagem, que removem grandes volumes de terra, opondo-se às demolições. Segundo seu amigo, Joseph Smith, ela postou-se na trajetória do trator, pilotado por um militar do exército de Israel.
O condutor do trator, mesmo avistando claramente Rachel (como todos poderão ver nas fotos desta matéria), não parou o seu veículo. Tratou de passar por cima de Rachel. E o fez por duas vezes. Tratorou seu pequeno corpo na ida e na volta, esmagando-o completamente. Outro colega de Rachel, que com ela estava no protesto, Nicholas Dure, viu quando o episódio ocorreu e ainda tentou prestar socorro à jovem Rachel.
Não havia mais nada a fazer. Os colegas e vários palestinos ainda tentaram levar Rachel ao Hospital Najar, na cidade mais próxima, aonde Rachel já chegou morta, esmagada. As autoridades israelenses ainda tentaram dar diversas versões para o trágico episódio, todos eles desmentidos pela eloqüência das fotos e das imagens divulgadas pelos amigos de Rachel, que documentaram tudo. A jovem foi morta a sangue frio e de modo mais bárbaro possível. O enterro de Rachel mobilizou a comunidade palestina local. Seu caixão foi carregado por uma imensa multidão, composta por jovens palestinos, médicos e enfermeiras que tentaram salvá-la, até crianças participaram. Uma grande emoção ocorreu na cidade de Rafah.
O porta-voz do exército israelense, capitão Jacob Dallal, afirmou que a morte foi um mero acidente. Por outro lado, o porta-voz o departamento de Estado dos Estados Unidos, Lou Finter, disse que o governo americano pediu ao Estado de Israel uma investigação profunda e completa sobre o assunto. Apenas para inglês ver, pois o mesmo governo que pede a investigação de uma morte de uma cidadã americana é o que dá total sustentação política a Ariel Sharon, primeiro ministro de Israel.
Mas não é só Rachel que morre todos os dias na Palestina. Jovens e velhos na região morrem esmagados todos os dias em suas casas, tentando defender os seus lares, as suas terras, onde diariamente são expulsos pelo exército de ocupação sionista. Até quando isso vai durar? Até quando as pessoas e as potências poderão fechar os seus olhos a todos esses episódios? Em nome de quem e de que interesses esses crimes bárbaros são cometidos e ao mesmo tempo acobertados?
Os pais de Rachel, Cindy e Craig e seus irmãos Cris e Sarah Corrie, enviaram uma carta ao povo palestino, particularmente ao povo de Gaza, datada do último dia 23 de abril, a qual publicamos nesta matéria. Há relatos de que dezenas de meninas nascidas após o episódio, ganharam o nome de Rachel, em uma homenagem a Rachel Corrie, ainda que este nome seja de origem judaica e não islâmico. Diversas ruas na região passaram a se chamar Rachel Corrie. Na cidade de Rafah, onde ela morreu, o Centro Cultural da Juventude e da Infância bem como o Centro de Valorização da Mulher, passaram a se chamar também Rachel Corrie. Existe uma página na internet em memória de Rachel ( http://salvatorereda.sevcom.com). É uma página muito bonita, em inglês, com dezenas de fotos que falam por si só. Vale a pena ser visitada.
Que a morte da jovem e combativa Rachel não tenha sido em vão e que seja sempre lembrada como uma mártir de um povo que luta pelos seus direitos e só quer viver em paz.
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2007-01-24 23:36:28
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answer #2
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answered by Janaína 4
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resposta
Rachel Corrie (abril 10, 1979 - março 16, 2003) era um membro americano do movimento internacional do Solidarity (ISM) que viajou como uma activista à tira de Gaza durante o al-Aqsa Intifada. Foi matada quando tentou obstruir uma escavadora de Caterpillar D9 das forças da defesa de Israel (IDF) que se opera em uma área residential Palestinian de Rafah, ao lado da beira com Egipto - uma área o IDF tinha designado uma zona da segurança e que contem uma rede dos túneis do smuggling que conectam Egipto ao lado Palestinian de Rafah.
As circunstâncias da morte de Corrie são disputadas. A palavra de ISM que o excitador da escavadora a funcionou deliberadamente excesso duas vezes quando estava tentando impedir um demolition da casa. O relatório Israeli oficial do governo e o IDF indicam que os fatores que contribuem à morte de Corrie incluíram:
* Os restos de queda empurraram sobre pela escavadora
* Que o excitador da escavadora não a viu
* Que a escavadora era escova do clearing e não acoplado em um demolition
* Que Corrie estava interferindo com as operações da segurança projetou descobrir os túneis usados por Hamas e outros grupos para armas do smuggling de Egipto
vida adiantada
Levantado em Olympia, Washington, Corrie era a filha de Craig Corrie, um executivo do seguro, e Cindy Corrie, um flautist amador. [1] Graduou-se da High School importanta atendeu então à faculdade Evergreen do estado (TESC). [2] Juntou inicialmente o movimento de Olympia para a justiça e a paz então, em seu ano sênior, o movimento internacional do Solidarity (ISM). Seguindo sua graduação, viajou a o Oriente Médio para participar em demonstrações ISM-organizadas em Rafahatividades em Gaza
Corrie que queima um desenho da bandeira americana.
Corrie que queima um desenho da bandeira americana.
Janeiro em 18, 2003, Corrie viajou à tira de Gaza, onde atendeu a dois dias de treinar na resistência non-violenta e de servir como os protetores humanos. Com fevereiro e março, de acordo com activistas de ISM e E-mais Corrie emitido a sua família, fêz exame da parte em uma experimentação mock de George W. Bush; uma demonstração como parte do protesto anti-war fevereiro de 15, 2003 de encontro à guerra em Iraq, onde queimou uma bandeira de papel de ESTADOS UNIDOS; e ajudado ocupar a área em torno dos poços locais, uma operação projetada proteger os poços e os trabalhadores do Palestinian do IDF, de acordo com o ISM.
Nos E-mais a sua família, Corrie descreveu o que testemunhou e expressou sua frustração sobre ele. [3] Março em 14, 2003 em uma entrevista com rede transmitindo de o Oriente Médio, disse: “Eu sinto como eu estou testemunhando a destruição sistemática da abilidade de um pessoa de sobreviver… às vezes mim me sento para baixo ao jantar com povos e mim realizo que há uma máquina militar maciça que cerca nos, tentando matar os povos que eu estou tendo o jantar com. ” [4]
2007-01-22 07:21:35
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answer #3
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answered by Anonymous
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Rachel fazia parte de uma rede de ativistas de várias nacionalidades que tentava agir como escudo humano contra as atrocidades cometidas pelos fascionistas de Sharon nos territórios ocupados. Uma jovem inteligente e de carátr firme, ela só subestimou o barbarismo do inimigo. Sob ordens diretas de Jerusalém (fato comprovado por posterior testemunho do capitão Uri Avner, que pediu baixa do Exército israelense após o caso), o comandante da unidade que procedia a derrubada ordenou ao soldado que dirigia a escavadeira QUE PASSASSE POR CIMA DE QUEM ESTIVESSE NO CAMINHO. E foi o que aconteceu: Rachel, postada à frente da escavadeira numa tentativa desesperada de detê-la, morreu esmagada pelo monstro mecânico que avançou, incapaz que foi de fugir a tempo de tão inusitada agressão. O exército de Israel e seus apologistas cuidaram de abafar o caso, distoricod pela mídia local e pela dos EUA como "imprudência de uma *****-louca defendendo um ninho de terroristas". Mas a família e vizinhos do agricultor Hassan Din Daud, cuja casa foi afinal derrubada, e os demais ativistas presentes trataram de divulgar a verdade. Este foi um assassinato a sangue-frio, mostrando a que ponto chegam os opressores do povo mesmo contra opositores desarmados (Rachel portava apenas um alto-falante) e não-violentos. O próprio governo ianque se omitiu, e hoje a família Corrie busca justiça para sua filha até nas cortes internacionais de Direitos Humanos, numa tentativa incansável de obter. E nós reverenciamos a memória de Rachel Corrie, uma autêntica mártir da liberdade, não apenas para os palestinos e americanos, mas para todas as pessoas dignas do mundo. Shalom, irmã! Você não será esquecida.
Há cinco anos a ativista de esquerda norte-americana Rachel Corrie foi assassinada ao tentar impedir que uma escavadeira do Exército derrubasse a casa de (mais) uma família palestina expulsa de sua terra.
2007-01-22 07:14:11
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answer #4
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answered by carlinhos 1
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Rachel Corrie morreu a lutar por alguma justiça neste mundo.
Rachel fazia parte de uma rede de ativistas de várias nacionalidades que tentava agir como escudo humano contra as atrocidades cometidas pelos fascionistas de Sharon nos territórios ocupados.
Uma jovem inteligente e de caráter firme, ela só subestimou o barbarismo do inimigo. Sob ordens diretas de Jerusalém (fato comprovado por posterior testemunho do capitão Uri Avner, que pediu baixa do Exército israelense após o caso), o comandante da unidade que procedia a derrubada ordenou ao soldado que dirigia a escavadeira QUE PASSASSE POR CIMA DE QUEM ESTIVESSE NO CAMINHO. E foi o que aconteceu: Rachel, postada à frente da escavadeira numa tentativa desesperada de detê-la, morreu esmagada pelo monstro mecânico que avançou, incapaz que foi de fugir a tempo de tão inusitada agressão.
O exército de Israel e seus apologistas cuidaram de abafar o caso, distorico pela mídia local e pela dos EUA.
2007-01-22 06:25:25
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answer #5
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answered by Little S 5
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