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Grécia antiga.

2007-01-21 13:24:21 · 5 respostas · perguntado por mthewis 5 em Sociedade e Cultura Mitologia e Folclore

5 respostas

?, 544 a. C.? - ?, 483? a. C.

Filósofo grego. Carecemos de notícias sobre a sua vida. A tradição chama-lhe «o Obscuro». O nome deste filósofo está associado à fórmula «tudo flui». Efectivamente, Heraclito observa o contínuo devir da existência, em virtude do qual as coisas estão submetidas a transformação incessante, pelo que a sua identidade se põe em dúvida. Mas o devir não é caótico e irracional, pois, segundo Heraclito, acontece segundo certas leis. Esta lei interna do devir é a verdadeira explicação do universo. A existência do universo é fogo eterno, e a lei que o rege a luta de contrários; de tudo isso resulta a harmonia dinâmica do universo.

A exposição clássica da doutrina de Heraclito consiste em opô-la à de Parménides, defensor do imobilismo. A procura da compreensão do real através do dinamismo está na base do nascimento da dialéctica, conceito que reaparece com força no pensamento filosófico de diversas épocas. Deste modo, a sua doutrina exerce influência no estoicismo e, na modernidade, em Hegel e Nietzsche.

2007-01-21 15:32:03 · answer #1 · answered by adericleverson 7 · 0 1

Heráclito foi um filosofo pré -socrático. era natural de Éfeso.
Não gostava de política e era naturalista.
A sua filosofia era que existem troca das coisas. o princípio era o fogo. Tudo flui como um rio. O Cosmos nascia do fogo e pelo fogo era consumido. Heráclito também considerava várias divindades da mitologia grega. E qualquer mais informações procure as literaturas dos filósofos vc encontrará muitos e muitas explicações.

2007-01-22 02:31:00 · answer #2 · answered by sunshine 6 · 1 0

ele era um filosofo

2007-01-24 12:15:15 · answer #3 · answered by je 2 · 0 0

Eu sou estudante de Filiosofia, apaixonado por tal, e não estou afim de competir com o google..

2007-01-22 13:31:02 · answer #4 · answered by David 4 · 0 1

Heráclito de Éfeso

Heráclito de Éfeso (datas aproximadas: 540 a.C. - 470 a.C. em Éfeso, na Jônia), filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de "pai da dialética". Problematiza a questão do devir (mudança). Recebeu a alcunha de "Obscuro", pois desprezava a plebe, recusou-se a participar da política (que era essencial aos gregos), e tinha também deprezo pelos poetas, filósofos e pela religião. Sua alcunha derivou-se principalmente devido a ao livro (Sobre a Natureza) que escreveu com um estilo obscuro, próximo a sentenças oraculares.

Dados biográficos

Sobre a vida de Heráclito, Diógenes Laércio nos relata: “Heráclito, filho de Blóson, ou, segundo outra tradição, de Heronte, era natural de Éfeso. Tinha uns quarenta anos por ocasião da 69ª Olimpíada (504-501 aC). Era homem de sentimentos elevados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros”.
Em outra passagem, o mesmo Diógenes nos conta: “Retirado no templo de Ártemis, divertia-se em jogar com as crianças e, acercando-se dele os efésios, perguntou-lhes:
- De que vos admirais, perversos? Que é melhor: fazer isso ou administrar a República convosco?
E, por fim, tornado misantropo e retirando-se, vivia nas montanhas, alimentando-se de ervas e plantas.”
Usando sempre de hipocrisia, Heráclito ridicularizava o conhecimento dos médicos e dos físicos de sua época. Sobre as circunstâncias de como ocorreu a sua morte, Diógenes Laércio assim nos conta: “Hermipo, porém, conta que ele (Heráclito) perguntava aos médicos se alguém podia, esvaziando-lhe o ventre, expelir a água. Como negassem, deitou-se ao sol e pediu aos criados que o cobrissem com esterco. Assim deitado, faleceu no dia seguinte e foi sepultado na praça pública. Neantes de Cizico afirma que, tendo sido impossível retirá-lo de sob o esterco, lá permaneceu, e, irreconhecível pela putrefação, foi devorado pelos cães.”

O pensamento de Heráclito

Os filósofos milesianos (Tales, Anaximandro, etc) haviam percebido o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis, como o nascimento, o crescimento e o perecimento, mas não chegaram a problematizar a questão. Heráclito, inserido dentro do contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático. "Panta rhei", sua "máxima", significa "tudo flui", "tudo se move". Ele exemplifica, dizendo que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estarão lá, e a pessoa mesma já será diferente (de fato, a Biologia veio a descobrir muito mais tarde que nossas células estão em constante renovação, e isso é uma mudança).

Mas tal questão é apenas um pressuposto de uma doutrina que vai mais além. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam, coisas úmidas secam, coisas secas umedecem, etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, que são apenas parte da realidade, e sim da mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. Mas essa guerra da qual fala Heráclito não tem essa conotação de violência ou algo semelhante. Tal guerra é que permite a harmonia e mesmo a paz, já que assim é possível que os contrários possam existir: "A doença faz da saúde algo agradável e bom", ou seja, se não houvesse a doença, não haveria porque valorizar-se a saúde, por exemplo. Ele ainda considera que, nessa harmonia, os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim, em um círculo, ou a descida e a subida, em um caminho (pois o mesmo caminho é de descida e de subida); o quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou, dito de outra forma: o quente é o frio depois de mudar, e o frio, o quente depois de mudar, como se ambos, quente e frio, fossem "versões" diferentes da mesma coisa).

Inserido no contexto pré-socrático, Heráclito definiu, partindo de seus pressupostos (o "panta rhei" e a guerra entre os contrários) uma arché, um princípio de todas as coisas: o fogo. Para ele, "todas as coisas são uma troca do fogo, e o fogo, uma troca de todas as coisas, assim como o ouro é uma troca de todas as mercadorias e todas as mercadorias são uma troca do ouro", ou seja, todas as coisas transformam-se em fogo, e o fogo transforma-se em todas as coisas. De seus escritos restaram poucos fragmentos, (encontrados em obras posteriores), os quais geraram grande número de obras explicativas.

A cosmologia de Heráclito
Segundo Heráclito, o fogo é o elemento primordial de todas as coisas. Tudo se origina por rarefação e tudo flui como um rio. O cosmos é um só e nasce do fogo e de novo é pelo fogo consumido, em períodos determinados, em ciclos que se repetem pela eternidade.
Em seu livro - Do Céu, Aristóteles escreve: “Concordam todos em que o mundo foi gerado; mas, uma vez gerado, alguns afirmam que é eterno e outros que é perecível, como qualquer outra coisa que por natureza se forma. Outros, ainda, que, destruindo-se, alternadamente é ora assim, ora de outro modo, como Empédocles e Heráclito de Éfeso. (...) Também Heráclito assevera que o universo ora se incendeia, ora de novo se compõe do fogo, segundo determinados períodos de tempo, na passagem em que diz – Acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas.”
Para Heráclito, condensado o fogo se umidifica, e com mais consistência torna-se água, e esta, solidificando-se, transforma-se em terra e a partir daí, nascem todas as coisas do mundo. Este é o caminho que Heráclito define como sendo “para baixo”.
Derretendo-se a terra obtém-se água. Água transforma-se em vapor, tal como vemos na evaporação do mar. E rarefazendo-se o vapor transforma-se novamente em fogo. E este é o caminho “para cima”.
Nosso mundo é cercado pelos astros (Sol, Lua, e estrelas). Esses nada mais são do que barcos cujas concavidades estão voltadas para nós, e que carregam dentro de si chamas brilhantes. A mais brilhante é a chama do Sol e também a mais quente. Os demais astros distam mais da Terra e é por isso que seu brilho é menos vivo e menos quente, mas a Lua, que está bem próxima da Terra, não é por isso, mas por não se encontrar num espaço puro – a escuridão. O Sol, entretanto, está em região clara e pura.
Os eclipses do Sol e da Lua acontecem quando as concavidades dos barcos se voltam para cima. E as fases da Lua ocorrem quando o barco que a encerra se volta aos poucos em nossa direção.
Dia e noite, meses e estações, chuvas, ventos e demais fenômenos são conseqüências de diferentes evaporações. Pois a brilhante evaporação inflamando-se no círculo do Sol produz o dia, e quando a contrária prevalece produz a noite; e quando da evaporação brilhante nasce o calor faz verão, mas quando da sombra o úmido prevalece faz-se o inverno.

O Deus e a alma
Heráclito, em detalhe do afresco pintado por Rafael, A Escola de Atenas
Heráclito, em detalhe do afresco pintado por Rafael, A Escola de Atenas

Dentro do pensamento de Heráclito, Deus não tinha a aparência de um homem nem de outro animal qualquer. Deus não era nem criador, nem onipotente. Heráclito limitava-se a identificá-lo com os opostos, os quais persistem apesar de suas mudanças e assim são capazes de compreender sua própria unidade.
“O Deus é dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome; mas se alterna como o fogo, quando se mistura a incensos, e se denomina segundo o gosto de cada um.”
Nesse argumento, podemos ver que Heráclito considerava as diversas divindades da mitologia grega, que eram adoradas pelos homens de seu tempo, como sendo apenas fogo misturado a diferentes tipos de incensos.
E a alma consiste apenas de mais uma rarefação do fogo e sofre as mesmas mudanças que todas as outras coisas também experimentam; e a morte traz a completa extinção da alma.
“Para almas é morte tornar-se água, e para água é morte tornar-se terra, e de terra nasce água, e de água alma.”
Novamente aqui, nesse raciocínio, vemos Heráclito descrever seus caminhos “para baixo” e “para cima”.

Frases heraclitianas

As seguintes frases abaixo são atribuídas a Heráclito de Éfeso.

1. Tudo flui.
2. Não cruzarás o mesmo rio duas vezes, porque outras são as águas que correm nele.
3. O caminho para baixo e para cima é um e o mesmo.
4. Muita instrução não ensina a ter inteligência; pois teria ensinado Hesíodo e Pitágoras, Xenófanes e Hecateu.
5. Pois uma só é a coisa sábia, possuir o conhecimento que tudo dirige através de tudo.
6. Homero merecia ser expulso dos certames e açoitado, e Arquíloco igualmente.
7. A insolência é preciso extinguir, mais que o incêndio.
8. É preciso que lute o povo pela Lei, tal como pelas muralhas.
9. Não conjecturemos à toa sobre as coisas supremas.

2007-01-21 13:33:22 · answer #5 · answered by daniel_bean46 2 · 0 2

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