Histórico: A doença de chagas é assim denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas.
Foi descoberto em 1909, quando Carlos Chagas realizava uma campanha contra a malária que atingia operários que trabalhavam na construção de um trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região norte do Estado de Minas Gerais. Carlos Chagas, descreveu o agente etiológico, o transmissor e o modo de transmissão da doença.
Definição: E uma doença transmissível, causado por um parasito do gênero Trypanosoma e transmitida principalmente através do "barbeiro". É conhecido também por: chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó,etc.
Agente causador: É um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas: no inseto transmissor, vive no tubo digestivo.
Transmissor: O "barbeiro", é um inseto da sub-família Triatominae que se alimenta exclusivamente de vertebrados homeotérmicos, sendo chamados hematófagos.
A principal espécie propagadora da Doença de Chagas no Estado de São Paulo, foi o Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. Persistem ainda as espécies de menor importância como Panstrongylus megistus e o Triatoma sordida amplamente distribuídos.
Geralmente, abrigam-se em locais muito próximo à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.
Ciclo evolutivo
Ovo: A fêmea copula uma só vez e transcorridos cerca de 20 a 30 dias começa a postura. Cada fêmea ovipõe cerca de 200 ovos. A eclosão dos ovos, varia conforme a temperatura ambiente e a espécie, ocorrendo em média um período de 25 dias. Logo após a postura, os ovos são brancos, porém em contato com o ar vão amarelando e depois de 6 a 7 dias tornam-se róseos na medida em que se aproxima o momento da eclosão.
Ninfas: Dos ovos eclodidos, nascem as ninfas. Procuram alimento de 2 ou 3 dias depois de nascidos e após sua primeira refeição a ninfa sofrerá mudanças em seu corpo, com a perda de sua pele. O "barbeiro" passa ao todo por 5 mudas até atingir o estádio adulto.
Adultos: Um adulto vive alguns meses, podendo alcançar um ano ou mais. As fêmeas efetuam a primeira postura com cerca de 2 meses. Após a postura, tendem a migrar e formar novas colônias. O ciclo de vida dura em média de 1 a 2 anos.
Modo de transmissão: O "barbeiro", em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi, tornando-se um " barbeiro" infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do "barbeiro", sendo eliminados através das fezes.
A transmissão se dá pelas fezes que o "barbeiro"deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro" pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele.
Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça( ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.
Período de incubação: Oscila entre 4 e 10 dias, quando a transmissão são pelos triatomíneos, sendo geralmente assintomáticos. Nos casos de transmissão transfusional, pode alongar-se entre 20 ou mais dias.
Quadro clínico: Os sinais iniciais da doença se produzem no próprio local, onde se deu a contaminação pelas fezes do inseto. Estes sinais, surgem mais ou menos de 4 a 6 dias, após o contato do "barbeiro "com a sua vítima.
Os sintomas variam de acordo com a fase da doença, que pode ser classificada em aguda e crônica.
Fase aguda: Febre, mal estar, falta de apetite, edemas localizados na pálpebra (sinal de Romanã) ou em outras partes do corpo (chagoma de inoculação), infartamento de gânglios, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação clínica da doença, podendo passar desapercebida.
Fase crônica: Nesta fase, muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi . Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.
Diagnóstico: O diagnóstico, compreende o exame clínico e laboratorial (pesquisa do parasito no sangue), na fase aguda e exame clínico, sorológico, eletrocardiograma e raio X, na fase crônica. Nos dois casos, deve-se levar em consideração a investigaçãop epidemiológica.
Tratamento: As drogas hoje disponíveis, são eficázes, apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da descoberta precoce da doença.
Vacinação: Ainda, não se dispõe de vacina para uso imediato.
Medidas profiláticas: Baseiam-se principalmente em medidas de controle ao "barbeiro", impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas ( inquéritos sorológicos , entomológicos e desinsetização), as atividades de educação em saúde , devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:
melhorar habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
usar telagem em portas e janelas;
impedir a permanência de animais , como cão, o gato, macaco e outros no interior da casa;
evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados das casas e mantê-los limpos;
retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
difundir junto aos amigos, parentes , vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, vetor e sobre as medidas preventivas;
encaminhar os insetos suspeitos de serem "barbeiros", para o serviço de saúde mais próximo.
2007-01-19 00:21:56
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answer #1
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answered by AMRR 5
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Vou te mandar td q sei a respeito ok?
Espero q goste...
A Doença de Chagas (Mal de Chagas ou Chaguismo), também chamada Tripanossomíase Americana, é uma infecção causada pelo protista cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros (da familia dos Reduvideos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus.
Descoberta em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, a doença não foi vista como problema até a década de '60. Estudos desenvolvidos pelo Instituto Oswaldo Cruz no município de Bambuí, Minas Gerais, possibilitaram dimensionar a moléstia como problema de saúde pública. O nome de T. cruzi ao agente causador foi dado por Chagas em homenagem ao epidemiologista Oswaldo Cruz.
Na Argentina, muitas vezes a doença é chamada de Mal de Chagas-Mazza, em homenagem ao médico argentino Salvador Mazza, que em 1926 começou a estudar a enfermidade e com os anos transformou-se no principal estudioso da doença naquele país.
Uma passagem do diário de Charles Darwin levou à suposição de que ele sofresse da doença de Chagas, em conseqüência da picada de um inseto, e esta seria a causa do declínio de sua saúde depois da viagem no Beagle. Testes feitos com técnicas PCR em seus restos mortais foram improfícuos.
Um dos centros de excelência da pesquisa médica em doença de Chagas é a Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, onde nos anos 50 o Dr. Fritz Köberle demonstrou que os amastigotos destróem os neurônios do sistema nervoso autônomo no intestino e no coração.
Transmissão
O barbeiro (inseto) se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz.
A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.
A recente notícia (março de 2005) de uma forma alternativa, oral, de infecção, abre um campo de pesquisa ainda não explorado sobre novas formas de infestação. No entanto esta forma de transmissão é quase certamente rara. Embora exista uma descrição de megaesôfago por T. cruzi em Santa Catarina em 2003 , não há evidência de infestação oral. Em SC, o T. cruzi, apesar de encontrado na proporção de 21 a 45% em um de seus reservatórios naturais, o gambá (Didelphis marsupialis), existe nesta espécie sob uma forma menos infectante que a encontrada em Minas Gerais, onde a doença de Chagas é endêmica.
Manifestações clínicas
A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crônica.
A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, o chagoma, local eritematosa (vermelha) e edematosa (inchada). Se a picada for perto do olho é frequente a conjuctivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possiveis são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia,miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite. Entre 20 a 60% dos casos agudos se transformam, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguineos continuamente, curando-se os restantes. No entanto em todos os casos param os sintomas após cerca de dois meses. Muitos mas não todos os portadores do parasita desenvolvem sintomas devido à doença crónica.
O caso crônico permanece assimptomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversiveis em orgãos como o sistema nervoso e o coração. O fígado também é afectado mas como é capaz de regeneração os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão, com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em 30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon(6%), devido à destruição da inervação e das células musculares destes orgãos, responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardiaca). No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida.
Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser:
1. Microscópico, buscando o parasita no sangue do paciente, o que é possivel apenas na fase aguda após cerca de 2 semanas depois da picada. Detecta mais de 60% dos casos nesta fase.
2. Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados e, quatro semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; ou pela incoculação de sangue do doente em animais de laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda.
3. Detecção do DNA do parasita por PCR.
4. Detecção de anticorpos especificos contra o parasita no sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e as curas é dificil.
Tratamento
Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e benzimidazole curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.
A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.
Prevenção
A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.
O uso do inseticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insetos transmissores é muito maior.
Espero ter ajudado...
Bjus =]
2007-01-19 08:54:13
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answer #2
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answered by cris 7
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A doença de Chagas é provocada pelo carrapato, também chamado de barbeiro, que se aloja em frestas da parede e do piso. A infecção acontece quando ele suga o sangue, introduzido o agente transmissor na corrente sanguínea. Ataca o fígado. Para eliminá-los, borrifar a área com inseticida apropriado, que pode ser encontrado nas casas do ramo.
2007-01-21 13:50:54
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answer #3
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answered by Antônio Gouveia 7
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BARBEIRO
2007-01-19 10:24:47
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answer #4
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answered by CHUCK NORRIS RAFA TE AMO 7
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A: As pessoas são infectadas por im inseto conhecido como "Barbeiro".
B: O agente transmissor é um parasita chamado Trypanosoma cruzi.
C: O orgão afetado é o coração.
D:Bom, baseiam-se principalmente em medidas de controle ao "barbeiro", impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores.
Manter o lugar onde os animais ficam sempre limpos, como galinheiros, paiol, chiqueiro...
A melhor medida de manter esse inseto longe da gente é mantendo a higiene desses e outros lugares, só assim podemos afastar esse inseto da gente e não dar chances para que ele venha se reproduzir.
Bjkas
2007-01-19 08:48:16
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answer #5
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answered by Anonymous
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As pessoas são infectadas pelo barbeiro que pica as pessoa e elimina suas fezes,infectando a pessoa,os orgão atingidos aumentam de tamanho coração eh um deles,para erradicar é preciso combater o barbeiro
2007-01-19 08:28:49
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answer #6
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answered by fegant 3
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Doença de Chagas, descrita por Carlos Chagas em 1909, atinge cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil. E embora seja difícil a sua cura, ela pode ser prevenida."
Transmissão
A doença de Chagas é causada pelo Trypanosoma cruzi, um tropozoário, e é transmitida de um hospedeiro a outro por insetos, no caso humano, é transmitido pelo barbeiro.
A doença de Chagas estava primitivamente restrita aos pequenos mamíferos das matas e campos da América, desde a Patagônia até o sul dos Estados Unidos. Esses animais (tatus, gambás, roedores) convivem com barbeiros silvestres, e através de uma interação biológica, entre eles circula o Trypanosoma cruzi. Com a chegada do homem e os processos de colonização, em muitos lugares aconteceram desequilíbrios ecológicos (desmatamentos, queimadas) e os barbeiros foram desalojados, invadindo as habitações rústicas e pobres dos lavradores e colonos. A doença chegou ao homem e aos mamíferos domésticos. Hoje existem pelo menos 12 milhões de pessoas infectadas pelo Trypanosoma cruzi, das quais 5 a 6 milhões em nosso país.
O tripanossoma é transmitido no ato de alimentação do inseto. Assim que o barbeiro termina de se alimentar ele defeca, eliminando protozoários e colocando-os em contato com a ferida e a pele da vítima. A doença de Chagas também pode ser transmitida por transfusão sangüínea ou durante a gravidez, de mãe para filho.
Manifestações agudas
Normalmente o quadro clínico da infecção surge de 5 a 14 dias após a transmissão pelo barbeiro e 30 a 40 dias para infecções por transfusão sangüínea, mas as manifestações crônicas da doença de Chagas aparecem mais tarde, na vida adulta.
Mais ou menos de 4 a 6 dias após o contato com o barbeiro pode surgir uma inflamação no local da entrada do parasito. Quando a infecção se dá no olho ou próximo a ele, o olho pode ficar inchado, sinal característico da doença, mas pouco freqüente. Quando ocorre na pele dos braços, pernas ou rosto, a lesão inicial pode se assemelhar a um furúnculo ou a uma mancha avermelhada quase sempre dolorosa. Essas lesões iniciais freqüentemente são acompanhadas de "ínguas" nas regiões próximas do local de contaminação.
A febre é um dos sintomas mais freqüentes nessa fase da doença, as vezes o único. Trata-se de febre baixa e contínua, geralmente durando semanas. Alguns dias após a penetração do parasito vão aparecendo mal-estar, falta de apetite, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento do tamanho do baço e fígado, inchaço da face e de todo o corpo, indicando a disseminação da doença para todo o corpo. Trata-se da fase aguda da doença. Esse quadro é mais comum entre as crianças, mas jovens (1 a 5 anos). Em pessoas mais velhas, geralmente, esses sinais ficam muito atenuados e fase inicial da doença passa desapercebida, confundindo-se com uma gripe ou mal-estar.
A fase aguda tende a desaparecer espontaneamente. Porém em certos casos graves, sobretudo em crianças, pode sobrevir a morte devido a um ataque intenso do parasito aos órgãos e tecidos mais nobres do corpo, como coração e o sistema nervoso central.
A descoberta da doença nessa fase inicial é extremamente importante, pois os recursos de tratamento, hoje disponíveis, podem, inclusive, proporcionar cura total da infecção, especialmente se o medicamento for dado adequadamente e precocemente.
Manifestações tardias
Passada a fase aguda, as manifestações da doença vão depender de muitos fatores, dentre os quais a capacidade de defesa do organismo e a intensidade agressora do tripanossoma. Muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo a vida toda, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores da doença, chamada de forma latente. Em outros casos, entretanto, a doença progride e, passada a fase inicial, pode comprometer muitos órgãos, principalmente o coração e o aparelho digestivo.
O coração é o órgão mais lesado. O coração aos poucos vai se dilatando e crescendo, atingindo dimensões enormes. São comuns nessa fase avançada, as pernas ficarem inchadas, sensação de fraqueza, palpitações e falta de ar. Não são raras, infelizmente, as morte súbitas e inesperadas entre indivíduos jovens, aparentemente sadios. Mas a maior parte dos pacientes não chega a desenvolver formas graves da doença no coração e poderão ter uma vida praticamente normal.
Os comprometimentos digestivos se traduzem geralmente pelo aumento do calibre do esôfago ou porções finais do intestino. Essas alterações podem determinar dificuldade progressiva para deglutir e constipação intestinal prolongada.
O diagnóstico da doença de Chagas
Através dos sintomas acima descritos e história de contato com o barbeiro pode-se suspeitar da doença de Chagas. Entretanto, para se ter certeza, exames especiais são necessários. Na fase aguda deve-se procurar o Trypanosoma cruzi no sangue e na fase tardia da doença são necessários outros métodos, as reações sorológicas, já que a quantidade de tripanossomas no sangue é muito pequena nessa fase. Há vários tipos dessas reações, sendo as mais usadas a imunofluorescência e de Guerreiro Machado.
Combate à doença de Chagas
Apesar de muitas pesquisas e de grandes progressos alcançados no estudo da doença de Chagas, o seu tratamento apresenta, ainda hoje, muitos problemas. Alguns medicamentos já existem, capazes de matar e destruir o Trypanosoma cruzi no período inicial da doença, trazendo esperanças a muitas pessoas infectadas. Compete ao médico decidir sobre a necessidade e a conveniência do tratamento de cada caso, individualmente. Os cientistas prosseguem pesquisando novos medicamentos contra o terrível tripanossoma. Infelizmente, as lesões do coração e outros órgãos, que já estiveram presentes são irreversíveis e não serão curados com a eliminação do parasito. Cuidados médicos especiais deverão ser instituídos frente aos sinais mais graves da doença.
Não existe vacina contra a doença de Chagas, e a melhor maneira de enfrentá-la ainda se dá por meio da prevenção e do controle, combatendo sistematicamente os vetores, mediante o emprego de inseticidas eficazes, construção ou melhoria das habitações para evitar a proliferação dos barbeiros, eliminação dos animais domésticos infectados, uso de cortinados nas casas infestadas pelos vetores, controle e descarte do sangue contaminado pelo parasita e seus derivados.
2007-01-19 14:26:18
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answer #7
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answered by Noiva do Kurt Cobain 1
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resposta
a) como as pessoas são infectadas?
Transmissão
O barbeiro (insecto) se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz.
A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.
A recente notícia (março de 2005) de uma forma alternativa, oral, de infecção, abre um campo de pesquisa ainda não explorado sobre novas formas de infestação. No entanto esta forma de transmissão é quase certamente rara. Embora exista uma descrição de megaesôfago por T. cruzi em Santa Catarina em 2003 ([1]), não há evidência de infestação oral. Em SC, o T. cruzi, apesar de encontrado na proporção de 21 a 45% em um de seus reservatórios naturais, o gambá (Didelphis marsupialis), existe nesta espécie sob uma forma menos infectante que a encontrada em Minas Gerais, onde a doença de Chagas é endêmica.
b) Qual é o agente transmissor da doença?
O barbeiro (insecto) se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz.
c) Qual o orgão do corpo afetado pelo agente patogênico?
o coração comeca a crecer
d)O Que fazer para erradicar a doença?
Tratamento
Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e benzimidazole curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.
A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.
História
Descoberta em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, a doença não foi vista como problema até a década de '60. Estudos desenvolvidos pelo Instituto Oswaldo Cruz no município de Bambuí, Minas Gerais, possibilitaram dimensionar a moléstia como problema de saúde pública. O nome de T. cruzi ao agente causador foi dado por Chagas em homenagem ao epidemiologista Oswaldo Cruz.
Na Argentina, muitas vezes a doença é chamada de Mal de Chagas-Mazza, em homenagem ao médico argentino Salvador Mazza, que em 1926 começou a estudar a enfermidade e com os anos transformou-se no principal estudioso da doença naquele país.
Uma passagem do diário de Charles Darwin levou à suposição de que ele sofresse da doença de Chagas, em conseqüência da picada de um inseto, e esta seria a causa do declínio de sua saúde depois da viagem no Beagle. Testes feitos com técnicas PCR em seus restos mortais foram improfícuos.
Um dos centros de excelência da pesquisa médica em doença de Chagas é a Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, onde nos anos 50 o Dr. Fritz Köberle demonstrou que os amastigotos destróem os neurônios do sistema nervoso autônomo no intestino e no coração.
2007-01-19 08:39:09
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answer #8
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answered by neto 7
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a) Modo de transmissão: O "barbeiro", em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi, tornando-se um " barbeiro" infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do "barbeiro", sendo eliminados através das fezes.
A transmissão se dá pelas fezes que o "barbeiro"deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro" pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele.
Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça( ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.
b) Transmissor: O "barbeiro", é um inseto da sub-família Triatominae que se alimenta exclusivamente de vertebrados homeotérmicos, sendo chamados hematófagos.
A principal espécie propagadora da Doença de Chagas no Estado de São Paulo, foi o Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. Persistem ainda as espécies de menor importância como Panstrongylus megistus e o Triatoma sordida amplamente distribuídos.
Geralmente, abrigam-se em locais muito próximo à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.
c) Quadro clínico: A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crônica.
A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, o chagoma, local eritematosa (vermelha) e edematosa (inchada). Se a picada for perto do olho é frequente a conjuctivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possiveis são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia,miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite. Entre 20 a 60% dos casos agudos se transformam, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguineos continuamente, curando-se os restantes. No entanto em todos os casos param os sintomas após cerca de dois meses. Muitos mas não todos os portadores do parasita desenvolvem sintomas devido à doença crónica.
O caso crônico permanece assimptomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversiveis em orgãos como o sistema nervoso e o coração. O fígado também é afectado mas como é capaz de regeneração os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão, com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em 30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon(6%), devido à destruição da inervação e das células musculares destes orgãos, responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardiaca). No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida (ver mais abaixo secção sobre tratamento).
Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.
d) Medidas profiláticas: Baseiam-se principalmente em medidas de controle ao "barbeiro", impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas ( inquéritos sorológicos , entomológicos e desinsetização), as atividades de educação em saúde , devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:
- melhorar habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
- usar telagem em portas e janelas;
impedir a permanência de animais , como cão, o gato, macaco e outros no interior da casa;
- evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
- construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados das casas e mantê-los limpos;
- retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
- difundir junto aos amigos, parentes , vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, vetor e sobre as medidas preventivas;
- encaminhar os insetos suspeitos de serem "barbeiros", para o serviço de saúde mais próximo.
Diagnóstico: O diagnóstico, compreende o exame clínico e laboratorial (pesquisa do parasito no sangue), na fase aguda e exame clínico, sorológico, eletrocardiograma e raio X, na fase crônica. Nos dois casos, deve-se levar em consideração a investigaçãop epidemiológica.
Tratamento: As drogas hoje disponíveis, são eficázes, apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da descoberta precoce da doença.
2007-01-19 08:28:37
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answer #9
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answered by Kurt Gauss 3
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