English Deutsch Français Italiano Español Português 繁體中文 Bahasa Indonesia Tiếng Việt ภาษาไทย
Todas as categorias

gostaria de saber o maximo possivel sobre a depressao organica...

2007-01-17 22:19:08 · 2 respostas · perguntado por willianfilosofia 1 em Educação e Referência Outras - Educação

2 respostas

Oh colega tentei pesquisar sobre esse assunto mas como nem eu sabia ao certo o q seria resolvi te mostrar essa entrevista. Espero ter te ajudado de alguma forma. Boa sorte ... e se eu merecer os 10 pontinhos tb te agradeço... bjos

Entrevista TV: Márcio Funghi de Salles Barbosa

Depressão


A Organização Mundial da Saúde nos alerta para o fato de que a Depressão já é a quarta causa de incapacitação para o trabalho (Folha de São Paulo de 12/12/2001) e que deverá chegar a ser a segunda causa em 10 anos.

O psiquiatra Márcio Funghi de Salles Barbosa fala sobre a Depressão e nos mostra como identificar seus sintomas.


TV: Qual o papel do estresse sobre a depressão?

Barbosa: Nas depressões adquiridas o estresse é o fator desencadeante e dependendo da sua intensidade e dos fatores do indivíduo, poderemos ter depressão aguda (súbita) ou crônica (de longa formação). Na depressão aguda o fato estressante aniquila o indivíduo e este cai em profunda prostração, podendo chegar ao suicídio, se não lhe dermos provas rápidas de que existe solução para seu problema.

TV: Na depressão crônica, o estresse é mais brando?

Barbosa: Nem sempre. Muitas vezes, a um estresse intenso, pode surgir um quadro depressivo de longa duração, um pouco mais brando que no momento inicial, mas de forma também destruidora. Na maioria das vezes a depressão crônica é precedida de uma série de acontecimentos que geram estresses e depois de algum tempo, cria-se um estado de preocupação com o que está para acontecer, chamado de Distress, que é o DIStúrbio do esTRESSe. Aos poucos ele gera uma deficiência de substâncias químicas no sistema nervoso, levando o indivíduo à depressão.

TV: Existe também depressão orgânica?

Barbosa: Existem “depressões orgânicas”, isto é, causadas por distúrbios orgânicos, como a epilepsia, a esquizofrenia, a AIDS, a arteriosclerose, o câncer e tantas outras doenças. Existe inclusive uma Depressão Maior, que é genética, causada por múltiplas deficiências do Sistema Nervoso, que quando alterna com um comportamento agitado, euforizante, é chamado de Transtorno Bipolar.

TV: É possivel haver cura da depressão sem tratamento?

Barbosa: É possível e ocorre mais em pacientes com depressão que surge como reação a problemas físicos, situacionais ou em momentos de extrema tristeza. Entretanto, é bom saber que, mesmo na Depressão Maior, a primeira crise costuma ceder com medicamento errado ou insuficiente, ou ainda sem medicamento nenhum, mas poderá voltar em novos surtos, muitas vezes mais intensos que o primeiro.

TV: Psicoterapia ou medicação, qual o melhor tratamento?

Barbosa: Certa vez um clínico me ligou, para me pedir que eu desse uma bronca em uma nossa paciente, que havia ido a um “curador”, para tentar se curar da depressão. Acalmei-o e quando ela chegou, com medo da bronca, eu perguntei se tinha dado alguma ajuda. Ao dizer que não, eu respondi:”Que pena!”

Coitado de quem se julga capaz de usar um só recurso, para todos os clientes. Vai perder muitos...

TV: Que tipos de problemas costumam ser observados no tratamento medicamentoso da depressão?

Barbosa: Os problemas observados costumam ser passageiros e se referem à adaptação medicamentosa, sendo os mais comuns, ligeira atordoação, sonolência leve e queixas gastro-intestinais, como náuseas leves, formação de gases com abdome distentido e por mais frequentemente, prisão de ventre. Ao se receitar um anti-depressivo observamos os efeitos colaterais e se não forem atenuados ao nível da boa tolerância, devemos procurar outros compostos. Como a maior incidência é de problemas digestivos, junto com os medicamentos nós estamos instituindo farta dieta líquida, frutas com avêia e mel, verduras, fibras e estamos contentes com os resultados obtidos com a inserção de lactobacilos no dia a dia dos nossos pacientes. Eles agem impedindo a agressão mais severa dos medicamentos e temos visto casos de correção imediata das constipações intestinais, levando ainda em conta, que os intestinos com uma flora normal resistente a agressões, propiciam uma melhor absorção medicamentosa, com redução de doses e de sintomas colaterais.

Contudo, o médico deve avaliar os riscos/benefícios do uso de um determinado antidepressivo, pois muitas vezes a medicação, embora satisfatória no combate à depressão, pode gerar um estado de ansiedade/irritabilidade, se produz reações sérias, como não evacuar, ou não ter uma boa digestão.

TV: Lendo o quadro abaixo, vimos que existe uma distinção de sintomas físicos, psíquicos e afetivos. Os compartimentos são separados?

Barbosa: De forma alguma! sintomas físicos podem surgir como resposta a descontroles afetivos, que por sua vez podem surgir por alterações físicas ou psicológicas. Os estudos sobre a química cerebral mostram cada vez mais a interrelação entre o físico, respondendo ao psíquico. Chamo a atençào para algumas das observações existentes no quadro a seguir. Elas mostram exatamente isto.

TV: Quando saber se há a depressão, uma vez que muitas pessoas têm ocasionalmente alguns destes sintomas?

Barbosa: A certeza de que existe um processo de depressão, surge quando existem simultâneamente dez sintomas entre os mais frequêntes, por um período de dois meses seguidos ou mais.

TV: Por que vemos alguns médicos afirmando aos pacientes, que a depressão é falta de força, caráter ou de auto-esforço?

Barbosa: Também entre os médicos existem deprimidos que querem crer nesta bobagem. Quem pensa assim, médico ou não, é desinformado.

TV: É possível perceber pessoas que não são deprimidas, mas que exibem estes sintomas?

Barbosa: Com muita frequência! Principalmente entre os portadores de outras doenças, entre os fanáticos por dietas, entre os compulsivos, como os jogadores, trabalhadores, bebedores, drogaditos e uma enorme gama de problemas psíquicos, físicos, situacionais. A própria definiçào de saúde diz que “Saúde é (utopicamente) o perfeito equilíbrio entre o bem estar físico, psíquico e social”. No mundo de hoje com os políticos e poderosos se desintegrando, num processo utópico de compensação da própria inferioridade, com destruição da “res-pública”, será possível que existam sadios entre a população comum? O pior é que concluímos a cada dia, que o processo atual é quase inevitável, para a queda que antecede ao próximo crescimento social.

Sempre foi assim, ao longo da história.

2007-01-17 22:34:17 · answer #1 · answered by Ana S 3 · 0 0

Não sei por que você usou a expressão depressão orgânica. Não é necessário dizer orgânica.

A moderna Psiquiatria afirma que depressão é um estado de desequilíbrio químico que acomete um indivíduo, fazendo com que ele se desapegue da vida, sentindo desinteresse, apatia, angústia, ansiedade e desejo de não continuar vivo. Muitas vezes, a situação de depressão realça aspectos esquizóides e paranóides na personalidade do doente e isso pode até levá-lo a cometer suicídio.

Esses são os sintomas. O tratamento, hoje em dia, envolve o uso de drogas recém-descobertas, associadas ao tratamento psicoterápico. O tempo de cura pode variar de poucas semanas até anos.

É o tipo de doença que é, verdadeiramente, um pé no saco, já que não encontra no doente um desejo de cooperar para a própria cura. Quando surgem delírios paranóides (mania de perseguição) no depressivo, ele, com medo de que o matem usando remédios, acaba ludibriando a família e finge que toma os medicamentos, afastando-se mais da possibilidade de cura.

Uma vez acometida uma pessoa, toda a família, mais cedo ou mais tarde, será envolvida pela insegurança e ansiedade, pelo simples fato de não saber como conviver com o depressivo.

2007-01-17 23:01:17 · answer #2 · answered by arthurgoncalvesfilho 4 · 2 0

fedest.com, questions and answers