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No filme Mais Estranho Que a Ficção, o personagem diz ter ficado feliz por não ser um golen... O que seria isso?

2007-01-17 02:52:44 · 7 respostas · perguntado por Bebel 1 em Sociedade e Cultura Outras - Sociedade e Cultura

7 respostas

Golem é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à cabala, que pode ser trazido a vida através de um processo mágico.

O golem é uma possível inspiração para outros seres criados artificialmente, tal como o homunculus na alquimia e o moderno Frankenstein (obra de Mary Shelley).


No folclore judaico, o golem (גולם) é um ser animado que é feito de material inanimado, muitas vezes visto como um gigante de pedra. No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "matéria prima".

A origem da palavra

A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra "gal'mi", significando "minha substância ainda informe".

As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma". Como Adão, todos os golems são criados a partir da lama. Eles eram criações de pessoas santas e muito próximas de Deus. Uma pessoa santa era uma pessoa que se esforçava para se aproximar de Deus, e por essa luta consegue um pouco da sabedoria e poder de Deus. Um desses poderes é a criação da vida. Por mais santa que a pessoa fosse, no entanto, a sua criação sempre seria apenas uma sombra de qualquer criação de Deus.

Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira. Rav Zeira falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira: "Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".


Domínio e ativação dos golems
Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.

Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, 'verdade' em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Meit (מת, 'morto' em hebraico), o golem era desfeito.

A narrativa clássica
A mais famosa narrativa com um golem envolve o rabino Judah Loew, de Praga, durante o século 16. Diz-se que ele teria criado um golem para defender o gueto de Josefov em Praga contra ataques anti-semitas. A primeira publicação da história do golem apareceu em 1847 em uma coleção de contos judaicos intitulada Galerie der Sippurim, publicada por Wolf Pascheles, de Praga. Cerca de 60 anos mais tarde, um conto de ficção foi publicado por Yudl Rosenberg (1909). De acordo com a lenda, o golem teria sido feito com a argila do rio Moldava que banha Praga. Seguindo rituais específicos, o rabino construiu o golem e fez com que ele ganhasse vida recitando um encanto especial em hebreu e escrevendo na sua testa a palavra emet. O golem deveria obedecer ao rabino, ajudando e protegendo o gueto judaico. Durante o dia, o rabino escondia o golem no sótão da Antiga-Nova Sinagoga. Porém, o golem cresceu e se tornou violento e começou a matar pessoas espalhando o medo. Foi então prometido ao rabino Loew que a violência contra os judeus pararia se o golem fosse destruído. O rabino concordou e destruiu o golem apagando a primeira letra da palavra Emet.

A existência de um golem na maioria das histórias mostrava algo bom, mas com problemas. Embora não fosse inteligente, o golem podia fazer simples tarefas repetidamente. O problema era controlá-lo e fazê-lo parar.

Elementos semelhantes podem ser encontrados no romance Frankenstein de Mary Shelley.

Isaac Bashevis Singer, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu a sua versão da lenda do Golem em 1969.

2007-01-17 02:54:58 · answer #1 · answered by WebMaster 7 · 0 0

algum tipo de ET?

2007-01-17 11:21:05 · answer #2 · answered by Lindinha.! 3 · 0 0

resposta
Golem:
Golem é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à cabala, que pode ser trazido a vida através de um processo mágico.

O golem é uma possível inspiração para outros seres criados artificialmente, tal como o homunculus na alquimia e o moderno Frankenstein (obra de Mary Shelley).


No folclore judaico, o golem (גולם) é um ser animado que é feito de material inanimado, muitas vezes visto como um gigante de pedra. No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "matéria prima".

História

A origem da palavra

A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra "gal'mi", significando "minha substância ainda informe".

As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma". Como Adão, todos os golems são criados a partir da lama. Eles eram criações de pessoas santas e muito próximas de Deus. Uma pessoa santa era uma pessoa que se esforçava para se aproximar de Deus, e por essa luta consegue um pouco da sabedoria e poder de Deus. Um desses poderes é a criação da vida. Por mais santa que a pessoa fosse, no entanto, a sua criação sempre seria apenas uma sombra de qualquer criação de Deus.

Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira. Rav Zeira falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira: "Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".

[editar] Domínio e ativação dos golems

Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.

Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, 'verdade' em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Meit (מת, 'morto' em hebraico), o golem era desfeito.

[editar] A narrativa clássica

A mais famosa narrativa com um golem envolve o rabino Judah Loew, de Praga, durante o século 16. Diz-se que ele teria criado um golem para defender o gueto de Josefov em Praga contra ataques anti-semitas. A primeira publicação da história do golem apareceu em 1847 em uma coleção de contos judaicos intitulada Galerie der Sippurim, publicada por Wolf Pascheles, de Praga. Cerca de 60 anos mais tarde, um conto de ficção foi publicado por Yudl Rosenberg (1909). De acordo com a lenda, o golem teria sido feito com a argila do rio Moldava que banha Praga. Seguindo rituais específicos, o rabino construiu o golem e fez com que ele ganhasse vida recitando um encanto especial em hebreu e escrevendo na sua testa a palavra emet. O golem deveria obedecer ao rabino, ajudando e protegendo o gueto judaico. Durante o dia, o rabino escondia o golem no sótão da Antiga-Nova Sinagoga. Porém, o golem cresceu e se tornou violento e começou a matar pessoas espalhando o medo. Foi então prometido ao rabino Loew que a violência contra os judeus pararia se o golem fosse destruído. O rabino concordou e destruiu o golem apagando a primeira letra da palavra Emet.

A existência de um golem na maioria das histórias mostrava algo bom, mas com problemas. Embora não fosse inteligente, o golem podia fazer simples tarefas repetidamente. O problema era controlá-lo e fazê-lo parar.

Elementos semelhantes podem ser encontrados no romance Frankenstein de Mary Shelley.

Isaac Bashevis Singer, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu a sua versão da lenda do Golem em 1969.

2007-01-17 11:08:50 · answer #3 · answered by neto 7 · 0 0

è o masculino da Galém.

2007-01-17 11:04:51 · answer #4 · answered by wlad007 3 · 0 0

Não tenho a mínima idéia...

2007-01-17 10:56:10 · answer #5 · answered by Joel 5 · 0 0

Sei lá... mas meu irmão joga RPG e, pelo que eu vi, me parece um ser (ficção) constituído de algum material do tipo: ferro, fogo, água, pedra... entende?

2007-01-17 10:55:44 · answer #6 · answered by Rômulo Floripa 2 · 0 0

um golen en tragon de bebidan bocan abaixon...

2007-01-17 10:55:14 · answer #7 · answered by Conjunto Vazio 4 · 0 0

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