Eis o que encontrei.
(referente a uma imagem não copiada por motivos técnicos)
.SACAGAWEA e seu filho, JEAN BAPTISTE, vêem por fim o litoral do Oregon com o Corpo de Descobrimento em janeiro de 1806.
O Departamento do Tesouro dos EUA imortalizou sua jornada numa moeda de ouro
A HISTÓRIA DE JEAN BAPTISTE
(Por Miki Meek)
Entre as artemísias, a poeira, e as fazendas de gado no alto deserto ao leste do Oregon está o túmulo de JEAN BAPTISTE CHARBONNEAU – o mais jovem membro da expedição de LEWIS e CLARK que, enquanto criança, atravessou o Oeste com sua mãe, SACAGAWEA.
Embora o local da sepultura fique distante da verdadeira trilha da expedição, espera-se que milhares de curiosos entusiastas peguem um desvio até ele em DANNER para prestar homenagem ao que resta de indício físico da vida de JEAN BAPTISTE durante o bicentenário da expedição, que tem início esse ano e vai até 2006.
Como sua icônica mãe, ele praticamente não deixou nenhum registro e o pouco que os historiadores sabem a seu respeito não veio de seu próprio punho mas das anotações nos diários de outros.
Foi o capitão MERIWETHER LEWIS que registrou a vinda ao mundo de JEAN BAPTISTE no Forte Mandan, em Dakota do Norte.
Em 11 de fevereiro de 1805, SACAGAWEA entrou num trabalho de parto que foi "tedioso e de muita dor", então para apressar o parto o guizo de uma cascavel foi esmagado e ministrado com água a SACAGAWEA.
"Se esse medicamento foi realmente a causa ou não, não me atrevo a confirmar, mas fui informado de que ela não o tomou por mais de dez minutos",
Lewis escreveu, antes de SACAGAWEA "dar a luz a um lindo menino" por volta das 17:00h.
NA ESTRADA
Cinqüenta e cinco dias depois, ele estava com sua mãe e na trilha com outros 32 membros do Corpo de Descobrimento, incluindo seu pai, TOUSSAINT CHARBONNEAU, um caçador de peles que servia como intérprete.
A jornada de 16 meses, e cerca de 8.000 quilômetros, ao litoral do Oceano Pacífico, junto à foz do rio Columbia no Oregon, e o retorno, os colocaram em terreno áspero diante da fome, tempo perigoso, e doenças.
Em 29 de junho de 1805, JEAN BAPTISTE e sua mãe foram apanhados por uma inundação perto de algumas cachoeiras na atual Great Falls, Montana, sendo salvos por WILLIAM CLARK que os arrastou a salvo para uma colina.
Menos de um ano depois na viagem de volta, a criança enfrentou mais perigo ao adoecer seriamente.
"A criança esteve muito agitada na noite passada e seu queixo e sua nuca estão bem mais inchados do que estavam ontem", escreveu CLARK em 24 de maio de 1806, enquanto ele e os outros membros da expedição enfrentavam a neve profunda da Trilha Lolo nas montanhas Bitterroot em Montana.
Para tratar uma provável amigdalite, caxumba ou até mesmo problema de dentição, CLARK aplicou cebolas, cera de abelhas e óleo de urso no pescoço da criança de um ano e meio de idade que viria a sarar duas semanas depois.
A essa altura, CLARK já havia desenvolvido um profundo querer pelo bebê cujo nome ele deu a MARCOS e a quem ele carinhosamente chamava de POMP, ou POMPY.
Ele batizou de Pompy’s Tower uma formação de arenito alta e de topo achatado com ideogramas de nativos americanos a leste de Billings, Montana, hoje chamada de Pompey’s Pillar, e um rio nas proximidades tornou-se Baptiest Creek.
UMA PROMESSA CUMPRIDA PELA METADE
Em agosto de 1806, após o término da expedição, JEAN BAPTISTE e sua família foram deixados nas aldeias de Mandan no alto rio Missouri.
Mas não sem pesar por parte de CLARK.
Numa carta, datada de 20 de agosto de 1806, para TOUSSAINT, pai de JEAN BAPTISTE, CLARKI escreveu:
Quanto ao seu pequeno filho (meu menino POMP) você bem sabe do meu afeto por ele e da minha vontade de criá-lo como meu próprio filho.
Uma vez mais digo a você que se trouxer seu filho BAPTISTE para mim eu o educarei e o tratarei como meu filho.
...Desejando a você e sua família grande sucesso e com muita expectativa em ver meu pequeno e alegre BAPTISTE, continuo seu amigo.
Passaram-se três anos até que seu desejo fosse realizado, se bem que pela metade.
Em 1809, os CHARBONNEAU finalmente aceitaram a proposta de CLARK e levaram seu filho para ST. LOUIS, para que pudesse ser matriculado na escola.
Depois que sua mãe partiu para Fort Manuel, um posto comercial no rio Missouri, em 1811, ele nunca mais a viu. JEAN BAPITISTE finalmente recebeu a notícia de sua morte, que a maioria dos historiadores acreditam ter ocorrido em 1812, e seu pai foi erradamente dado como morto após não ter sido localizado. (TOUSSAINT estava longe, numa expedição de caçada de peles na época e viveu até mais de oitenta anos).
CLARK assumiu a guarda legal do menino, mas ele nunca o criou como sendo seu.
Quando os CHARBONNEAU chegaram a St. Louis, CLARK havia voltado para a cidade e constituído sua própria família.
Ele colocou BAPTISTE numa pensão e o matriculou numa escola para garotos mestiços, pagando seus estudos, acomodação, e outras necessidades.
Alguns historiadores acham que a esposa de CLARK talvez não tenha recebido bem a idéia de ter um garoto mestiço de índio em sua casa.
Em algum momento entre 1820-23 JEAN BAPTISTE deixou a escola e tornou-se guia e intérprete num posto comercial perto da foz do rio Kansas.
Mas sua estada lá foi breve.
Em junho de 1823, aos 18 anos de idade, ele conheceu o príncipe Duque PAUL WILHELM DE WüRTTEMBERG, Alemanha, que estava numa expedição científica nos EUA, estudando plantas e animais.
Os dois conversaram e concordaram que JEAN BAPTISTE voltaria com ele para a Europa.
A VIDA NO EXTERIOR
Ele passou os cinco anos seguintes vivendo num palácio alemão e deve ter viajado pela Europa com o Duque PAUL.
Há relatos de que ele teria tocado violino com Beethoven e teria caído nas graças da realeza européia.
Contudo, esses detalhes são bastante especulativos e os achados da pesquisadora alemã Monika Firla mostram que a sua vida pode não ter sido tão tranqüila como alguns a pintaram.
Como muitos nobres alemães, o Duque PAUL trouxe serviçais de suas viagens ao exterior, entre eles dois africanos e um índio de sangue mestiço do México.
Eles foram levados para servir e instruí-lo sobre suas culturas de origem.
Registros e cartas remanescentes do criado mexicano, Johann (Juan) Alvarado, podem trazer alguma luz sobre a vida de JEAN BAPTISTE no exterior com o duque.
Alvarado tinha alguns objetos de luxo como jóias, seda, e livros escolares que mostravam sua educação básica em geografia, história, e aritmética.
Ele também alegava receber um elevado soldo que lhe permitia guardar economias.
Mas quando o príncipe partiu em viagem para a África, ele não teve outra escolha senão acompanhá-lo e se viu em situações que quase levaram à sua morte.
"Tanto CHARBONNEAU como Alvarado tinham vidas confinadas na Alemanha.
Para todos seus confortos moderados, eles dependiam do favor do duque", escreveu o professor de inglês aposentado Albert Furtwangler na edição do inverno de 2001 da Oregon Historical Quarterly.
"Eles estavam sob seu comando, com medo de desagradá-lo, cercado por seu reino, e com pouca perspectiva de casamento ou independência".
Embora JEAN BAPTISTE possa não ter se casado enquanto a serviço do duque, ele teve um filho, nascido em 20 de fevereiro de 1829, com uma mulher solteira alemã, segundo pesquisa recente de Firla.
Constando dos registros batismais de Bad Mergentheim como Anton Fries, seus pais são citados como "JOHANN BAPTIST CHARBONNAU DE ST. LOUIS, americano a serviço do Duque Paul deste lugar e ANASTÁSIA KATHARINA FRIES, filha solteira do falecido Georg Fries, um soldado daqui".
A criança morreu três meses depois, logo após o retorno de JEAN BAPTISTEaos Estados Unidos.
NOVAS FRONTEIRAS
Fluente no francês, alemão, espanhol, e inglês, JEAN BAPTISTE voltou a St. Louis em dezembro de 1829, e os dois se separaram.
Ele estava com 24 anos de idade e prestes a embarcar numa vida totalmente diferente daquela vivida na Europa.
Começando como caçador na American Fur Company de Jacob Astor, ele viria a ser guia, intérprete, minerador, e aventureiro do Oeste nas décadas seguintes, trabalhando com famosos montanheiros como James Bridger, Kit Carson, e James Beckwourth.
Um viajante, Rufus B. Sage, que conheceu jean baptiste em 1842 em um acampamento no rio Platte, fez essa observação:
O acampamento estava sob a direção de um mestiço, chamado Chabonard, que se revelou um cavalheiro de informação superior... Tendo visitado muitos lugares importantes na Inglaterra, França, e Alemanha, ele sabia como tirar proveito de suas experiências.
Havia um humor e uma sagacidade peculiares em sua conversa, tão revestidas de inteligência e perspicácia, que ele de pronto caia nas boas graças dos ouvintes, e conquistava sua admiração e respeito.
Dois anos mais tarde, William Boggs, filho do governador do Missouri, registrou um encontro em Bent’s Fort com o "pequeno índio, ou mestiço do velho Charbenau que fora empregado pela expedição de Lewis e Clark". Ele relata que "diziam que Charbenau" era o "melhor homem a pé nas planícies ou nas Rochosas".
Ele era realmente tão bom, que ajudou a guiar o Batalhão Mórmon da atual Santa Fé, Novo México, até San Diego, Califórnia em 1846. Pelos mais de 1.000 quilômetros de trilha ele viajou à frente do grupo para caçar, preparar trilhas, e ocasionalmente deixar mensagens em varetas que diziam "Sem água. Charbonneau" quando as coisas ficavam feias.
Após levar em segurança o batalhão ao seu destino, ele assumiu a função de alcalde – um posto judicial e administrativo – na Missão de San Luis Rey.
Porém, ele se afastou em 1848.
Um relato oficial cita que ele havia "cumprido seu dever no melhor de sua capacidade, mas sendo um índio mestiço dos EUA ele é visto pelo povo como favorecendo os índios mais do que devia, e portanto há muita reclamação contra ele".
O quanto ou se ele favoreceu os americanos nativos locais não se sabe, mas é possível que ele tenha execrado a prática dos locais que lhes vendiam álcool, e depois os forçavam à servidão quando não podiam pagar suas dívidas.
FIM DA TRILHA
Deixando o sul da Califórnia para trás, Jean Baptiste rumou para o norte até Sacramento Valley.
Embora nunca tenha ficado rico, ele permaneceu naquela região por muitos anos, mudando de um velho acampamento mineiro para um trabalho em escritório no Orleans Hotel em Alburn.
Mas notícias de campos de ouro recentemente descobertos fizeram com que ele voltasse ao território de sua infância – Montana, o lar da tribo de nascença de sua mãe, os Shoshone.
Aos 61 anos de idade, ele e dois companheiros partiram em busca de suas fortunas, mas Jean Baptiste logo encontrou problemas.
Ele contraiu pneumonia após atravessar o gelado rio Owyee no Oregon, e seus companheiros o levaram para Inskip Station em Danner, onde ele morreu em 16 de maio de 1866.
"As relatadas descobertas de ouro em Montana, e o rápido povoamento do território, excitou a imaginação do velho caçador, e ele decidiu retornar ao cenário de sua juventude", dizia o obituário publicado no Placer Herald de Auburn em 7 de julho de 1866.
"Embora firme de propósito, o peso dos anos foi demais para as dificuldades da viagem empreendida, e agora ele repousa só junto às águas claras do Owyhee".
O autor e historiador Albert Furtwangler diz que de certo modo, sua lápide no Jordan Valley marca o verdadeiro fim da trilha de LEWIS e CLARK.
"Charbonneau morreu enquanto ainda explorava novos territórios, ainda à procura de ouro, ainda em ação, como o último e ativo aventureiro veterano do Corpo de Descobrimentos", escreveu Furtwangler
2007-01-16 13:06:17
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answer #1
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answered by Juarez dos Reis Correa 4
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Sacagawea ou Sacajawea (c. 1786 - 20 de Dezembro de 1812) foi uma ameríndia da tribo Shoshone que serviu como guia e intérprete na expedição de Lewis e Clark (1804-1806) à costa norte-americana do Pacífico.
Não se sabe ao certo o ano de nascimento de Sacagawea, tendo sido propostas datas que se situam entre 1780 e 1790. De igual forma o seu local de nascimento é incerto, sendo frequente apontar-se uma região que corresponde ao actual condado de Lemhi no estado de Idaho, ou então a região ocidental do estado de Montana.
Sacagawea pertencia à tribo dos Shoshone, julgando-se que o seu nome original era Boinaiv. Por volta de 1800 ela foi capturada por uma facção dos índios Hidatsa, inimigos da sua tribo, e levada para as aldeias destes que se situavam perto da moderna cidade de Bismarck no Dakota do Norte. Estes índios deram-lhe o nome de Sacagawea, o que significa "mulher passáro".
Sacagawea e outra índia Shoshone acabariam por ser vendidas como escravas ao comerciante de peles franco-canadiano Toussaint Charbonneau, que vivia entre os Hidatsas. Em 1804, Charbonneau casou com as duas mulheres, seguindo os costumes locais.
Expedição de Lewis e Clark
Estátua de Sacagawea em Bismarck, Dakota do NorteNo Outono de 1804 a expedição de Meriwether Lewis e de William Clark passou próximo das aldeias dos Hidatsas onde passaram o Inverno. Os exploradores decidiram contratar Charbonneau, que sabia falar francês e a língua hidatsa, para servir de intérprete. Foi igualmente combinado que Sacagawea, que não falava inglês, mas conhecia a língua shoshone e a língua hidatsa, acompanharia o grupo para cumprir as mesmas funções que o marido.
A 11 de Fevereiro de 1805 Sacagawea deu à luz um menino, filho de Charbonneau, que recebeu o nome de Jean-Baptiste. A expedição de Lewis e Clark partiu a 7 de Abril do mesmo ano e como previamente combinado Sacagawea acompanhou o seu esposo, carregando o filho de ambos às costas. Dos trinta e três membros da expedição Sacagawea era a única mulher.
A 17 de Agosto, perto de Armsted, a expedição encontrou-se com um grupo de índios Shoshones. Por coincidência o chefe do grupo era o irmão de Sacagawea, Cameahwait. Esta era a primeira vez em cinco anos que Sacagawea revia um membro da sua família. Os Shoshones possuíam cavalos necessários à expedição e graças ao trabalho da cadeia de interprétes (Sacagawea falava em shoshone com os membros da sua tribo, traduzia as mensagens em hidatsa ao marido, que por sua vez traduzia-as para inglês) a expedição conseguiu adquirir os animais que necessitava para continuar o seu percurso.
A presença de Sacagawea revelou-se central para apaziguar os ânimos das tribos índias do Noroeste, que a expedição viria a encontrar no percurso. A maior parte destas tribos não tinha nunca estabelecido contactos com europeus, mas a presença de uma mulher com uma criança foi vista pelos índios como uma sinal que aquele grupo de homens vinha em paz, segundo o que se pode ler nas notas de Clark.
Para além disso, Sacagawea identificou plantas e frutas que foram usadas pelos membros da expedição não só como alimento, mas também como medicamentos naturais.
2007-01-16 07:28:31
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answer #3
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answered by Anonymous
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