O Sentido da Vida...........VIVER.
São muitas as pessoas que se queixam da falta de sentido na vida; as queixas ocorrem nos momentos de sofrimento, desilusões, angustia, depressão e estresse, nunca há reclamação quando se está feliz, em graça com os prazeres. Na vida, o sentido é Nascer , Viver e Morrer , nem por isso guarda-se pessimismo ou frustração; é preciso que se crie um sentido para nossa vida, escrevendo nossos sonhos, usando bem o livre arbÃtrio, criando a própria caminhada; Somos os artÃfices de nosso dia. A cada novo dia (presente) que recebemos do criador é como uma folha de papel em branco cabendo a nós preenchermos, escrever nessa folha mais um dia de vida. Se aceitarmos a realidade da vida, tal como ela é, podemos ser felizes. Não somos máquinas confeccionadas num modelo padrão, recebendo rótulos ou código de barra; somos indivÃduos com particularidades singulares, gostos , opções, únicas. Não podemos, não devemos, pegar carona na vida de outras pessoas tentando encontrar o rumo e os porquês da existência, uma vez que todas as respostas estão dentro de nós mesmos. Dizia Sócrates ( 380 anos AC): Antes de tentar entender aos outros, conheça a ti mesmo.
Os pais cujo sentido existencial está focado nos filhos ; O cônjuge que deposita sua trajetória e felicidade no outros; pessoas que depositam todo o valor da vida: seja no sucesso social / no dinheiro/ no poder/ no domÃnio, posse ou controle dos outros, estes estão destinados, cedo ou tarde, à perda do sentido da vida, ao vazio, a infelicidade.
Nossa aceitação perante a vida ajuda a conduzir-nos, pela vontade, perseverança, emoção, à construção própria de nós mesmos, de um ser vigoroso , inteiro por completo; somente um indivÃduo em estado pleno consegue conviver com outros seres, sendo e fazendo-os felizes. à comum ouvir-se dizerem por aà : Preciso me casar para ser feliz.!!! Na verdade, é preciso ser feliz para se casar. Assim estamos levando nossa felicidade conosco, dentro de nós, e poderemos partilhá-la com outra pessoa. Do contrário estamos indo procurá-la na outra pessoa;; com certeza não a encontraremos e iniciamos um processo de descontentamento, posse, domÃnio, incertezas, tristezas, frustrações ,; comumente confundimos tudo e dizemos que acabou-se o amor, rompendo, quase sempre, a relação.
O ditado popular “ preciso achar minha cara metade” não tem sentido real pois à quele que não está inteiro em si mesmo não mantém uma relação feliz com outras pessoas; se procura sua outra metade, procura em outra pessoa algo que lhe falta, portanto parti para uma relação faltando pedaços. O pior de tudo, estará cobrando para sempre , da outra pessoa, aquela parte que foi buscar.
Nos não escolhemos nascer , não escolhemos morrer, portanto a única escolha que nos é dada é a de viver. Viver é hoje ( presente); Nascer foi ontem ( passado); Morrer e amanhã ( futuro). Guimarães Rosa diz: “ Viver é muito perigoso “, entretanto a vida é um mistério para ser vivida e não uma incógnita(enigma) a ser decifrada.
Em toda relação afetiva saudável tem que haver espaços reservados a cada personagem dessa relação bem como o espaço reservado ao interesse e particularidades que une os envolvidos. Se não houver privacidade e individualidade, a relação se torna opressiva, sufocante, simbiótica, e a médio prazo provocará frieza, tédio, desgaste no relacionamento; parceiros começarão a afastar-se um do outro em busca da liberdade ( em alguns casos) e por outro lado haverá uma tentativa de aumentar o controle, cobrança, o que gera conflitos, brigas , violências.
No casamento, especificamente, para ser saudável é importante fortalecer o objetivo comum e os núcleos individuais. Muitos casamentos fracassam porque os parceiros para de crescer individualmente.
A relação verdadeiramente amorosa é fruto de pessoas livres, autônomas e individualizadas com seus próprios desejos.
Liberdade a qual referimos , não se trata de cada um fazer o que quer, quando quer, da forma que quer, de fazer o que der na cabeça; afinal o casamento é antes de tudo uma responsabilidade com cláusulas pactuadas entre as partes, portanto devem ser cumpridas. DaÃ, porém, achar que um só deve fazer o que o outro quer, há uma grande diferença.
Liberdade é saber que ninguém pode ser engessado e perder a individualidade em nome do Amor. A autonomia, o crescimento de cada um, só ameaça a relação se uma das pessoas for destrutiva, ou seja, a um tudo ao outro nada.
A vida humana, como em toda natureza e no Universo, é cÃclica; assim também, a união entre o casal está renovando, deixando de ser aquela união tradicional ( dois em um) e transformando-se em uniões de indivÃduos singulares, únicos, porém objetivos comuns. Esse tipo de união moderna, ao invés de enfraquecer a relação pode ser fonte de prazer, oportunidade de crescimento individual e portanto maturidade na relação, se houver amor.
Nós e nossas relações podemos passar por momentos de alegria, entusiasmo, moderação e esfriamento; todos nós aspiramos relações sólidas, estáveis, fortes. Para isso é fundamental o compromisso mútuo. O primeiro deles é o compromisso com a outra pessoa tal qual ela é, com suas singularidades e diferenças. Muitas pessoas se casam com uma imagem de como a pessoa “ deveria ser “. Isso não é o verdadeiro compromisso e, com o tempo, a pessoa se frusta e desencanta com o outro. Outro compromisso fundamental é com o relacionamento : saber que a relação deve ser cuidada e aperfeiçoada, tornando-a cada vez melhor, através de um tempo comum, de divertimentos comuns, de conversas descontraÃdas. Outra meta é traçar objetivos comuns, como casar, morar juntos, Ter filhos , apoiarem-se mutuamente. Na medida em que nossos sentimentos é cÃclico, como a própria vida, o compromisso focado somente no Amor, fragiliza, enfraquece a relação. O amor muda de intensidade em algumas épocas da vida e, não podemos confundir algum perÃodo de “ menos amor “ com o fim do casamento. Existem outros sentimentos que contrabalançam e justificam um casamento : companheirismo, admiração, solidariedade, amizade, respeito, cumplicidade. Se o objetivo da vida é a felicidade, o que justifica plenamente uma relação afetiva é ser feliz e querer ajudar o outro também a ser feliz. Viver o amor possÃvel e não o amor imaginado. Quando há compromisso apenas com o amor, a pessoa permanece com a outra enquanto o sentimento durar. Quando por qualquer motivo o sentimento entra em uma fase menos intensa e cansativa um se isola e literalmente abandona o outro.
A falta de compromisso é que mata a relação conjugal e não a eventual diminuição do amor. à um grande engano achar que o amor, da maneira que nos ensinaram, é o único responsável pelo fracasso ou sucesso da união afetiva.
2007-01-15 14:09:52
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answer #5
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answered by Ambiental 5
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Filosofando
A Morte e o Sentido da Vida
Amanhã, e amanhã, e amanhã
Arrasta-se neste passo sorrateiro dia após dia
Até a última sílaba de tempo,
E todos os nossos dias passados mostraram-se tolos
Caminho direto para a morte sombria. Fora, fora breve vela!
A vida não é mais do que uma sombra errante, um pobre jogador
Que caminha e incomoda durante seus momentos sobre o tabuleiro
E então dele nada mais se ouve. É um conto
Contado por um idiota, cheio de barulho e fúria,
Significando nada.
Macbeth, Ato 5, Cena 5, linhas 22-31
Keith Augustine
Na escala do tempo da história da Terra a vida de um ser humano é um mero piscar de olhos. Nascemos, vivemos e morremos - e então não mais somos "lembrados". A morte é como um sono sem sonhos do qual nunca acordamos - nossa consciência suprimida para sempre (Nota 1). Se esta vida é tudo o que se apresenta, qual é o seu sentido? Se estamos todos fadados a morrer de qualquer forma, que diferença faz do que fazemos nossas vidas?
Podemos influenciar as vidas de outras pessoas, mas elas também estão condenadas à morte. Em algumas poucas gerações a maioria de nossas realizações será totalmente esquecida, a memória de nossas vidas reduzidas a um mero nome entalhado numa lápide ou escrito numa árvore genealógica.
Em alguns séculos até nossas tumbas se tornarão ilegíveis pela ação do tempo, restos de ossos serão tudo o que restará de nós. Exceto pela fossilização, até estes ossos serão desintegrados e nada de nós restará. Tudo do que fomos feitos será absorvido por outros organismos - plantas, animais, e até outros seres humanos. Novas espécies aparecerão, florescerão, e desaparecerão, rapidamente substituídas por outras que preencherão o nicho deixado pela sua extinção. A humanidade também sucumbirá à extinção. Toda a vida na terra será varrida quando nosso sol moribundo tornar-se uma gigante vermelha, engolindo finalmente a Terra. Finalmente, o universo tornar-se-á incapaz de permitir a existência de qualquer tipo de vida devido à sua eterna expansão, deixando apenas calor residual e buracos negros, ou senão se contrairá novamente unindo toda a matéria e energia num único Grande Buraco Negro. De qualquer forma, toda a vida no universo desaparecerá para sempre.
Estas considerações uma vez levaram Bertrand Russell a concluir que qualquer filosofia da qual valesse a pena falar seriamente teria de se fundamentar numa "fundação firme de incontrolável desespero" (Nota 2). A morte torna a vida sem sentido? Apesar de muitas pessaos acharem que sim, um momento de reflexão irá mostrar que a morte é irrelevante para a questão do sentido da vida: se os seres humanos fossem naturalmente imortais - isto é, se não houvesse nada parecido com a morte - ainda assim a questão sobre o sentido da vida persistiria. A afirmação de que a vida é sem sentido porque termina em morte relaciona-se com a afirmação de que tudo o que tem sentido precisa durar para sempre. O fato de muitas das coisas às quais damos valor (como o relacionamento com outras pessoas) e atividades que achamos valiosas (como trabalhar numa campanha política ou educar uma criança) não durarem para sempre mostra que a vida não precisa ser eterna para ter sentido. Podemos mostrar também que a vida não precisa durar para sempre para ter algum sentido através de exemplos de vidas que duram para sempre e são inúteis. Na mitologia Grega Sísifo é punido pelos deuses por ter dado conhecimento divino aos humanos. Sua punição é ser forçado a rolar uma enorme pedra até o topo de uma montanha. Assim que a pedra chega ao topo, ela é rolada novamente até a base da montanha. Sísifo está condenado a repetir esta tarefa inútil por toda a eternidade. A duração de nossas vidas nada tem a ver com elas terem ou não sentido. É irônico que tantas pessoas não tenham atentado para este ponto já que a punição eterna contida em O Mito de Sísifo de Albert Camus é o arquétipo da existência inútil.
A morte aparenta significar a falta de sentido da vida para muitas pessoas porque elas sentem que não há motivo em desenvolver o caráter ou aumentar o próprio conhecimento se nossos progressos serão em última instância tomados pela morte. Entretanto, há um motivo para desenvolver o caráter e desenvolver o conhecimento antes da morte nos alcançar: dar paz e satisfação intelectual às nossas vidas e às vidas daqueles com quem nós nos importamos, porque perseguir estes objetivos enriquece nossas vidas. Partir do fato de que a morte é inevitável não implica em dizermos que tudo o que fazemos não faz diferença. Pelo contrário, nossas vidas têm grande importância para nós. Se elas não tivessem, não acharíamos a idéia de nossa morte tão desesperadora - não faria diferença se nossas vidas iriam acabar ou não. O fato de irmos todos morrer algum dia não tem correlação com a questão de nossas atividades valerem ou não a pena aqui e agora: para um paciente doente num hospital os esforços de um médico em aliviar sua dor certamente importam, independentemente do fato de tanto o paciente quanto o médico (e em última análise todo o universo) acabarão morrendo algum dia.
2007-01-14 21:22:44
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answer #8
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answered by Ricardão 7
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