Sempre na vanguarda dos movimentos sociais, estudantes do Colégio Pedro II, comovidos e consternados com o ocorrido, mobilizaram-se no sentido de exigir uma posição do governo brasileiro perante os países do Eixo e, principalmente, contra a Alemanha nazista. Na unidade do Colégio que fica no Centro da cidade, os jovens sequer começaram a assistir suas aulas naquela manhã. Reuniram-se na porta da instituição rapazes de todas as idades e séries, e mesmo jovens evadidos da unidade de São Cristóvão e, munidos de bandeiras e faixas, tomaram as ruas do centro da cidade, protestando. Quem participou diz que mesmo populares e cidadãos comuns tomaram parte no protesto da juventude carioca, tal a indignação com as mortes.
Atravessaram a avenida Presidente Vargas entrando pela Passos, onde se armaram de pedras e pedaços de entulho recolhidos nos escombros de um edifício. Desceram a rua determinados a vingar a honra brasileira através da depredação do estabelecimento. Não se sabe se pelo Largo de São Francisco, passando a rua Luís de Camões ou pela Praça Tiradentes, os estudantes se encaminharam determinados para o Bar Adolph. Conta-se que eram, pelo menos uns 200 indivíduos.
Ao chegarem no Bar foram surpreendidos pela reação de um homem de meia idade, portador de uma peculiar fisionomia, franzino, usando bigode e óculos, empunhado de um caldereta com chope escuro, que os interpelava sobre suas intenções. Os estudantes não reconheceram de imediato a figura, que de cima de uma cadeira se dirigia a eles. O homem se apresentou: tratava-se de Ary Barroso.
Por mais que não lhe identificassem a figura, conheciam-no a popularidade. Desde de 1937 Ary apresentava o popular programa "Calouros em desfile", que inicialmente foi ao ar pela Rádio Cruzeiro do Sul, de onde transferiu-se para a Rádio Tupi. Era também locutor esportivo e torcedor inveterado do Clube de Regatas do Flamengo. No ano anterior, impedido de transmitir um jogo do estádio de São Januário em decorrência de uma discussão com a direção do Vasco da Gama, havia, este intrépido locutor, narrado o jogo do telhado de uma escola vizinha ao estádio.
2007-01-13 13:46:47
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answer #1
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answered by adericleverson 7
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Foi o compositor Ary Barroso, autor de "Aquarela do Brasil", que em 1942, no Rio de Janeiro, impediu que o Bar Luiz fosse depredado pelos alunos do Colégio Pedro II
(PS: - O Colégio Pedro II permanece ministrando o 2º Grau e o Bar Luiz permanece funcionando, com o melhor chope preto do Rio.)
2007-01-13 13:32:24
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answer #2
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answered by Origem9Ω 6
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Estabelecimento de ensino: Colégio Pedro II
Artista: Ary Barroso.
Fonte: http://www.barluiz.com.br/article.php3?id_article=105
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2007-01-13 13:15:31
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answer #3
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answered by Biggi 7
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Ele tem esse nome em homenagem a esse herói que se chamava Luiz de Camões !!!!!
2007-01-13 13:08:33
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answer #4
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answered by Menino do Rio 7
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