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2007-01-13 11:01:26 · 5 respostas · perguntado por Tricolor Flu 4 em Sociedade e Cultura Idiomas e Línguas

5 respostas

Eu nao me lembro exatamente onde ou em que e'poca, mas sei que houve um tempo em que a barba era sinal de que determinado homem era poderoso, respeitavel. Por isso os figuroes eram extremamente cuidadosos com suas barbas. Uma vez, comecou a ocorrer uma infestacao de um tipo de piolho, que obrigava-os a cortar toda a barba. Entao eles comecaram a colocar as barbas de molho em certa substancia que impediria que os piolhos os infestassem. Dai surgiu a expressao, que significa ficar previnido.

2007-01-14 02:34:29 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 0

Significa ficar antenado, de olhos bem abertos, de sobreaviso. Exatamente como disse o colega, se tem fogo na redondeza, molhar a barba já é uma precaução!

2007-01-14 14:33:37 · answer #2 · answered by m_m_s 6 · 1 0

Ô Gustavo tu és louco homem? Pra que uma resposta deste tamanho. A expressão vem de um ditado popular antigo:
Quando a barba do vizinho pega fogo, a gente põe a nossa de molho.

2007-01-13 19:12:55 · answer #3 · answered by poeta 6 · 1 1

Não sei, não tem nem no wikipedia.

2007-01-13 19:07:36 · answer #4 · answered by Paulinha 1 · 0 1

Análise do editorial:Barbas de Molho
'
19/04/2004
por Silvana Cavalcante

Análise de editorial: Barbas de Molho Silvana Franco Cavalcante

Resumo: Este artigo propõe-se a analisar os elementos e procedimentos argumentativos usados pelo articulista Carlos Heitor no texto “Barbas de Molho” publicado em 14/04/04 no jornal Folha de São Paulo.

Palavras-chave: argumentos, técnicas argumentativas, convencimento.

Segundo o autor do livro “A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção”, Antônio Suárez Abreu, ao iniciarmos um processo argumentativo visando ao convencimento, não devemos propor de imediato nossa tese principal, mas devemos antes propor outra tese preparatória, inicial, visando a adesão do auditório, que seria uma espécie de trampolim para o nosso objetivo, a apresentação da tese principal.

No artigo escrito por Carlos Heitor Cony, na Folha de São Paulo (14/04/04), podemos identificar uma tese de adesão inicial já no primeiro parágrafo do texto, a saber: A invasão do Iraque pelos EUA, sob a justificativa da presença de armas de destruição em massa, foi uma falácia. Porém, a tese principal do texto é: O Brasil poderá também ser uma futura vítima dos interesses norte-americanos.

Para aproximar o leitor desta tese principal o articulista faz uso de algumas técnicas argumentativas bem sutis. Utiliza-se, primeiramente, na tese de adesão inicial, um fato real e de conhecimento público: a guerra dos EUA contra o Iraque. Lembra também o leitor de que o motivo declarado da guerra, as famigeradas armas de destruição em massa, nunca foram encontradas. Entretanto, a letra o leitor de que o Iraque, comprovadamente é a terceira maior reserva de petróleo do mundo.

Em relação a falta de provas da existência de armas de destruição em massa, podemos recorrer ao recurso de re-hierarquia de valores (os lugares da argumentação) para reforçar a adesão. Podemos dizer que “o lugar do existente dá preferência aquilo que existe, em detrimento daquilo que não existe”. Assim podemos dizer que a existência de petróleo em grande quantidade é superior em relação aos interesses dos EUA do que a inexistência de arma no Iraque.

Também o “lugar de ordem afirma a superioridade do anterior sobre o posterior”, assim ao declarar que o Iraque é a terceira maior reserva de petróleo do mundo, ressalta a importância deste país no mercado petrolífero do mundo, mercado este tão cobiçado pelos americanos do norte.

O articulista concluiu os argumentos explícitos acima com uma frase de um personagem célebre, “Elementar, me caro”, Sherlock Holmes, sempre após desvendar mistérios e crimes proferia esta frase ao seu companheiro Watson. Inicia o parágrafo seguinte com outra frase conhecidíssima, quase um dito popular: “Tal como no teatro, o show do complexo industrial-militar norte-americano não pode parar”, (grifo nosso).

Ainda neste segundo parágrafo Cony ironiza por meio de outra frase pertencente a nossa cultura popular “O Brasil parece destinado a ser o país do futuro, seja que futuro for”. O autor estrategicamente repete várias vezes as palavras Brasil, futuro, Iraque, passado. Constrói a idéia de que o fato que ocorreu num passado tão recente pode acontecer num futuro próximo com o Brasil.

Dentro dos argumentos classificados como quase-lógicos, podemos destacar a estratégia argumentativa do “Ridículo” no qual “consiste em criar uma situação irônica, ao se adotar, de forma provisória, um argumento do outro, extraindo dele todas as conclusões, por mais estapafúrdias que sejam” (A arte de argumentar, pág. 54).

O argumento de Bush para invadir o Iraque gera um paradoxo que aplica ao Brasil, sugeri ironicamente que podemos ser as próximas vítimas, mesmo que isto pareça absurdo: “Não adianta nossas autoridades desmentirem que enriquecemos o urânio para fins pacíficos. A suspeita já existia e agora transformou-se em uma acusação explícita”.

O articulista deixa o clímax do ridículo para o último parágrafo ao dizer: “Evidentemente ninguém pensa numa invasão como a do Iraque no Brasil. Não sei se ainda existem os fogos Caramuru, que soltamos nos nossos estádios e festas juninas. Mas seus donos devem botar as barbas de molho” (outro dito popular).

Cony conseguiu levar a cabo de maneira bem humorada o objetivo do texto. A argumentação foi eficaz. Embora o autor também trabalhasse com o senso comum, o que podemos comprovar pelo uso de ditos populares e metáforas bem conhecidas, como a besta conhecida no universo religioso (demônio, anti-cristo), suscitando assim o lado emotivo da questão, prevaleceu o logos, o convencimento. A analogia entre Iraque e Brasil foi “ridícula”e eficaz.

Silvana Franco Cavalcante, aluna da disciplina Língua Portuguesa (Avançado) do Curso de Letras, PUC/SP.

Folha de São Paulo do dia 14/04/2004

Barbas de molho

Carlos Heitor Cony

RIO DE JANEIRO - Nem baixou ainda a poeira levantada pelos Estados Unidos a respeito das armas nucleares que o Iraque fabricava e mantinha em arsenais secretos. Um ano já se passou e nada foi provado além do que provado já era: o Iraque tem a terceira maior reserva de petróleo do mundo. Elementar, meu caro.

Tal como no teatro, o show do complexo industrial-militar norte-americano não pode parar. Em fase de rescaldo, o caso do Iraque ficou para trás e é preciso pensar no futuro. E o Brasil parece destinado a ser um país do futuro, seja que futuro for. Não tem grandes reservas de petróleo, pelo menos até agora, mas tem recursos naturais apreciáveis, que, tal como o Brasil, será a matéria-prima do futuro.

A campanha começou discretamente, com acusações mais ou menos vagas, mas sabemos como as coisas acontecem nos estados-maiores que regem a economia e a política externa dos EUA. Antes do 11 de Setembro, a prioridade preventiva do Pentágono e da Casa Branca não era o terror, muito menos Bin Laden. Já eram o Iraque e, mais especificamente, Saddam Hussein, a besta-negra herdada por Bush-filho de Bush-pai.

Mais cedo ou mais tarde, com perdas e danos consideráveis, o Iraque será o passado, e o Brasil, como sempre, o futuro. Não adianta nossas autoridades desmentirem que enriquecemos o urânio para fins poucos pacíficos. A suspeita já existia e agora transformou-se em uma acusação explícita.

A doutrina que vigora no Pentágono é a de que não pode existir um metro quadrado no planeta onde sejam fabricadas novas armas nucleares _as existentes já criam problemas para a soberania político-militar dos Estados Unidos.

Evidentemente ninguém pensa numa invasão como a do Iraque no Brasil. Não sei se ainda existem os fogos Caramuru, que soltamos nos nossos estádios e festas juninas. Mas seus donos devem botar as barbas de molho.

Carlos Heitor Cony é romancista e cronista, é também colunista do jornal Folha de São Paulo.

2007-01-13 19:08:06 · answer #5 · answered by Henrique 2 · 1 3

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