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2007-01-13 08:08:33 · 5 respostas · perguntado por Anonymous em Artes e Humanidades Filosofia

5 respostas

Através da reflexão, sem respostas prontas, ele voltava a pergunta ao seu locutor, fazendo-o pensar sobre aquilo que estava perguntando, discutiam por horas a fio para poder compreender e encontrar um possivel caminho para aquele questinamento.

Quem valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais, segundo a via real do pensamento grego, foi Sócrates. Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Combateu a Potidéia, onde salvou a vida de Alcebíades e em Delium, onde carregou aos ombros a Xenofonte, gravemente ferido. Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em contato com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles.

Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesses políticos. Quanto à família, podemos dizer que Sócrates não teve, por certo, uma mulher ideal na quérula Xantipa; mas também ela não teve um marido ideal no filósofo, ocupado com outros cuidados que não os domésticos.

Quanto à política, foi ele valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo. Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos, temperados - diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.

Entretanto, a liberdade de seus discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e a conseqüente educação por ele ministrada, criaram descontentamento geral, hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade. Diante da tirania popular, bem como de certos elementos racionários, aparecia Sócrates como chefe de uma aristocracia intelectual. Esse estado de ânimo hostil a Sócrates concretizou-se, tomou forma jurídica, na acusação movida contra ele por Mileto, Anito e Licon: de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria introduzindo outros. Sócrates desdenhou defender-se diante dos juizes e da justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno da razão, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria.

Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere - pois uma lei vedava as execuções capitais durante a viagem votiva de um navio a Delos - o discípulo Criton preparou e propôs a fuga ao Mestre. Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos. Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma - que se teria realizado pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram: "Devemos um galo a Esculápio". É que o deus da medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte. Morreu Sócrates em 399 a.C. com 71 anos de idade.

Método de Sócrates

É a parte polêmica. Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidade extrema das impressões sensitivas determinadas pelos indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber. Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o verdadeiro objeto da ciência.

O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição. Este conceito ou idéia geral obtém-se por um processo dialético por ele chamado indução e que consiste em comparar vários indivíduos da mesma espécie, eliminar-lhes as diferenças individuais, as qualidades mutáveis e reter-lhes o elemento comum, estável, permanente, a natureza, a essência da coisa. Por onde se vê que a indução socrática não tem o caráter demonstrativo do moderno processo lógico, que vai do fenômeno à lei, mas é um meio de generalização, que remonta do indivíduo à noção universal.

Praticamente, na exposição polêmica e didática destas idéias, Sócrates adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou de um discípulo a instruir. No primeiro caso, assumia humildemente a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até colher o adversário presunçoso em evidente contradição e constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância. É a ironia socrática. No segundo caso, tratando-se de um discípulo (e era muitas vezes o próprio adversário vencido), multiplicava ainda as perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. A este processo pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias.

2007-01-13 13:22:37 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

devia ser envolvendo as pessoas na ideia dele que ate hoje as pessoas se espelham nele para expor suas ideias malucas

2007-01-17 12:05:02 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

Pergunte para o "RAÍ" que é irmao dele.

2007-01-16 11:01:32 · answer #3 · answered by cabecao 2 · 0 0

O autoconhecimento era um dos pontos fundamentais da filosofia socrática. “Conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita no templo de Apolo, era a recomendação básica feita por Sócrates a seus discípulos
Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: a ironia (do grego eironeia, perguntar fingindo ignorar) e a maiêutica (de maieutiké, relativo ao parto).
Na linguagem cotidiana, a ironia tem um significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria. Mas não é esse o sentido de ironia socrática. No grego, ironia quer dizer interrogação. Sócrates interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber. O que é o bem? O que é a justiça? São exemplos de algumas perguntas feitas por ele.
Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições afirmadas, os novos problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a ignorância e a presunção do saber.
A ironia socrática tinha um caráter purificador na medida em que levava os discípulos a confessarem suas próprias contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam possuir certezas e clarividências.
Libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulos podiam iniciar o caminho da reconstrução das próprias idéias.
Nesta segunda fase do diálogo, o objetivo de Sócrates era ajudar seus discípulos a conceberem suas próprias idéias. Essa fase do diálogo socrático, destinada à concepção de idéias, era chamada de maiêutica, termo grego que significa arte de trazer à luz.
A doutrina socrática identifica o sábio e o homem virtuoso. Derivam daí diversas conseqüências para a educação, como: o conhecimento tem por fim tornar possível a vida moral, o processo para adquirir o saber é o diálogo, nenhum conhecimento pode ser dogmaticamente, mas como condição para desenvolver a capacidade de pensar, toda a educação é essencialmente ativa, e por ser auto-educação leva ao conhecimento de si mesmo, a análise radical do conteúdo das discussões, retirado do cotidiano, leva ao questionamento do modo de vida de cada um e, em última instância, da própria cidade.
Interessado somente na prática da virtude e na busca da verdade, contrariava os valores dogmáticos da sociedade ateniense. Por isso, recebeu a acusação de ser injusto com os deuses da cidade e de corromper a juventude. No final do processo foi condenado a beber cicuta (veneno).

bjs e boa noite prá vc.

2007-01-13 10:29:00 · answer #4 · answered by ♫♫ A Eremita ♫♫ 7 · 0 0

Ju,

Os sábios, principalmente os gregos tinham e alguns preservam esta virtude de filosofar de maneira intensa e até complicadas sobre todas as situações.
È a maneira especial de pensar que desenvolveu entre eles a sabedoria que se eternizou entre os povos que procuram estudar essa ciência aí até os dias de hoje!

Boa Sorte!

2007-01-13 09:15:27 · answer #5 · answered by Malukety em movimento 7 · 0 0

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