Um dia todos já o fomos preconceituosos ltambém em relação a alguma coisa, alguém, atitudes,etc...
à um sentimento, um pensamento que precisa ser eliminado de nossas mentes, palavras e atitudes. Precisamos entender de uma vez por todas de que cada um é único na criação, ninguém é igual a ninguém , existem as individualidades e temos que aprender a respeitar as diferenças entre nós- seres humanos- espÃritos encarnados.
Te envio um estudo e duas histórias sobre o tema para reflexão.Espero que goste e um abraço.
A Bolsa.
Um meu convidado disse recentemente, ao despedir-se : - Gosto de vir aqui; é um lugar onde posso dizer tudo o que quero, sabendo que não passará adiante! O elogio, na verdade, cabe muito mais a minha mãe do que a mim. Um dia – eu tinha, então, uns oito anos – estava a brincar ao lado de uma janela aberta, enquanto a Sra. Silva confiava a minha mãe qualquer coisa de sério a respeito de seu filho. Quando a visitante saiu, percebendo que eu ouvira tudo, chamou-me e disse: - Se a Sra. Silva tivesse deixado a sua bolsa aqui, hoje, irÃamos dá-la a outra pessoa ? - Claro que não ! respondi prontamente; e minha mãe prosseguiu: - Pois a Sra. Silva deixou hoje, aqui, uma coisa muito mais preciosa, visto que nos contou uma história cuja divulgação poderá prejudicar a muita gente. Essa história não é nossa, de modo que não podemos transmiti-la a quem quer que seja ; Continua a ser dela, ainda que a tenha deixado aqui. Assim, pois , nós não a daremos a ninguém, você compreende ? Compreendi muito bem. E tenho compreendido, desde então, que uma confidência, ou até mesmo uma bisbilhotice que um amigo deixa de vez em quando em minha casa, são dele, não minhas, para as dar a quem quer que seja. Quando, por qualquer motivo, percebo que não estou agindo de acordo, imediatamente vem-me à lembrança a bolsa da Sra. Silva e calo a boca em tempo. à importante estarmos , sempre, em vigÃlia com nos pensamentos, atos e vÃcios que possuÃmos. A maledicência envenena, tanto quem a ouve como também , e muito mais , a quem a conta, pois cria conceitos pré-concebidos (Preconceitos) contra pessoas, seus atos, maneiras de serem, etc... Há mais de dois mil anos, Jesus disse: Não é o que entra pela boca que faz mal, mas sim o que dela sai.
Estava precisando fazer uma faxina em mim... Jogar alguns pensamentos indesejados fora, lavar alguns tesouros que andavam meio que enferrujados... Então tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais! Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca dei; joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que nunca li.
Olhei para os meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas. Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horrÃveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste...
Mas lá também havia outras coisas... e belas!!! Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças.
Um passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor de prata, o pôr do sol ... Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas. Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se as envio para o lixão.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante !
Ai, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante : O amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos...
Como foi relembrar tudo aquilo !!! Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as á mostra, para não perdê-las de vista. Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amor... e principalmente de RECOMEÃAR...
A Panela.
A velha empregada de minha famÃlia era uma senhora negra. Chico, o neto dela - como é costume acontecer quando não temos irmãos - , era o meu companheiro constante de brincadeiras e diversão. Em tudo quanto fazÃamos, a parte de Chico era sempre a mais pesada, secundária e passiva. Ele tinha que , sempre, doar-dar, e, nunca, receber . Um dia corri para casa, à saÃda da escola porque Chico e eu tÃnhamos projetado construir uma vala que fosse do poço à lavanderia . Sem darmos por isso, cada um de nós assumiu logo o seu papel – como de costume. Chico era o “ Condenado “ a trabalhos forçados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão ! A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro era quase digna de um adulto imbuÃdo de preconceitos de cor. Foi quando a nossa preta velha chamou-nos : - Crianças, venham pôr a minha panela no fogão! Corremos para a cozinha. A panela estava no chão e nós a agarramos com ambas as mãos . Mas um grito e a largamos, perplexos de que ela nos tivesse mandado pegar em uma coisa que – era evidente que sabia – estava extremamente quente e iria nos queimar. Em seguida, em graves e brandas palavras, tão nÃtidas e simples que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, ela disse-nos assim : - Ora! Ora! Vocês dois se queimaram. Que coisa mais engraçada ! A cor da pele de vocês é tão diferente , mas a dor que estão sentindo é igualzinha para ambos, não é verdade ? Concordamos que sim. E nunca mais pude me esquecer desse episódio (fato) que sem dúvida alguma fez de mim uma pessoa diferente e melhor, é claro.
2007-01-13 23:53:18
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answer #5
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answered by Ambiental 5
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