O atual presidente tem apenas 29% de rejeição (destes, muitos são da classe média, rica e intelectuais, como o Arnaldo Jabour, que o detesta) enquanto a maioria do povo brasileiro (71% de pobres, nos quais me incluo) representam quase uma unanimidade, e apoiam suas decisões, em sua maioria voltadas ao combate à pobreza e a desigualdade social. O último político que agiu assim nesse País, foi um homem cujo nome, com muita honra, herdei de meu pai. Numa terça-feira, 24 de agosto de 1954, abandonado por seus deuses e sem paciência para o batente da “última estação”, Getúlio suicidou-se. Independente do regime político, quer uma nação se ache sob a chefia absoluta de um ditador, ou sob autoridade de um monarca de irrestritos poderes, ou sujeita às resoluções dum parlamento, ou sob condução de um presidente escolhido de forma democrática em sufrágio popular para cumprir um mandato outorgado de forma temporária, o papel de um estadista não é o de conduzir o povo, mas de ensiná-lo a se conduzir, exercendo, ele mesmo, com honestidade e justiça a condução das coisas públicas, demonstrando sua “arte” em governar com amor, sabedoria, cortesia e inteligência os negócios internos e externos de uma nação. E assim foi Getúlio. Como o atual político Lula, ex-operário metalúrgico, eu também odiava a Política, e acima de posições ideológicas ou disputas partidárias voltadas a interesses dos próprios partícipes, em breve, graças à tecnologia que já emprega a rapidez da informação em tempo real, facilitando a conjugação de idéias em todo o planeta, o que permitirá ao mundo uma globalização de princípios que certamente resultará no respeito e convivência às diferenças individuais e grupais, esse será o conceito da grande arte concebida como Política. Por outro lado, se enfraquecido no espírito e seduzido pelo poder, um “político” não passa de um imbecil nada político (na acepção conferida ao termo), pois, longe de cuidar de governar com probidade as coisas públicas, quer é governar o povo que o elegeu para se manter no poder, valendo-se até da própria coisa pública e, para tal fim, dela subtraindo o que não lhe pertence, fraudulenta e dissimuladamente. Nivelados em interesses semelhantes aos de falsos religiosos (contaminados com os poderes do mundo), muitos ainda vêem em tais carreiras a forma ideal de “dar as cartas”, como crianças mal-criadas, hoje adultas, que buscam dominar a “coisa pública”, com “poderes” para manipular pessoas de quem são dependentes, alçando-se sobre elas em altares, palanques e tribunas, acreditando que um corpo físico, apenas por postar-se acima do nível terreno de um outro corpo, lhe seja “superior”. Sem essa consciência, nenhum candidato se elege a Presidência, sem um contato direto a mesmo nível do povo. Naqueles dias, honesto e dotado de qualidades de estadista, Getúlio não só amava, como seduzia o povo, eis que adorava o poder, mas politicamente inconsciente, a plebe rude (antigamente chamado o conjunto de pessoas de pouca ou nenhuma instrução, hoje “ignara massa”, submetida a falsos pregadores de meios religiosos) não divisava diferenças entre vilão e herói, concebendo o vencido como um vilão e o vencedor como herói, conquanto sob um regime ditatorial cujo vitorioso de uma Revolução assumira há doze anos o poder e não abria mão à escolha popular, quando nasci o Brasil inteiro acordava feliz para comemorar o aniversário do Pai dos Pobres (título aceito por adversários, já que o termo Pai, não é restrito a quem protege, mas também a quem gera uma situação). O tempo é pouco para sepultar milênios de ignorância, mas no limiar do terceiro, onde comemoramos o nascimento Daquele que lhe abriu o marco inicial, a consciência mais aberta a Seus ensinamentos é oportuna é bem-vinda, para não mais nos deixarmos iludir por pessoas cegas por dinheiro, movidas pela ambição desmedida de poder, que só desejam controlar de forma irresponsável os nossos destinos e o do Brasil. Afinal, novos caminhos, novas estradas, mas deixando-as limpas e “roçadas” para as gerações que vão passar por elas, evitando agigantar repelentes espécies de falsos “religiosos” e péssimos “políticos”. No plano religioso, a decadência da religião católica propiciou o crescimento e massificação de diferentes cultos, com disputas por conquista de espaços junto a centenas de exacerbadas denominações “evangélicas”, com a profusão de mais de trezentos ramos (isso só no Brasil), enquanto no plano político, fomos invadidos por um carnaval de antipáticas siglas, ditas legendas (lendas?) de partidos bem “partidos”, que nem divulgam aos eleitores suas filosofias e programas, mas refletem um falso “idealismo” até pela infidelidade de seus filiados, que migram constantemente de uma sigla para outra, como quem muda de camisa. Em meio ao crescimento de variedades de ritos, cultos, ideologias políticas e outras formas “legalizadas” de acesso ao poder, fundadas e mantidas com base na ignorância popular e sob proteção constitucional de liberdade de credos políticos e religiosos (louvável e salutar em seios de sociedades instruídas e civilizadas), o confundido povo é privado dos fundamentos culturais e filosóficos que poderiam alçá-lo aos patamares mais elevados do espírito, através do desenvolvimento no plano pessoal e coletivo. O público-alvo (pessoas generosas e esperançosas em seus destinos e no do País), tem facilidade em crer de boa-fé em perigosos “espertalhões” que, disfarçados sob a capa do paternalismo e humanitarismo, se apresentam como salvadores da pátria ou de almas, colocando-se acima das demais pessoas, seja sob cornetear das trombetas de um (eterno, e renovado) “renascer”, ou como novos “messias” e “profetas” dos últimos tempos que habilmente ocultam suas inferioridades e carência de nobreza e altruísmo, sempre atuando em favor próprio. Protegidos por textos constitucionais duvidosos e livres de impostos, os acomodados à “vida mansa” são até isentos de fiscalização! Quando escolhem a “religião”, se maquiam sob variados disfarces, como: espíritas, babalorixás, videntes, astrólogos, cartomantes e outros tipos de parasitismo, cobrando caro por consultas “espirituais” e vendendo, de forma “legalizada” mentiras pela televisão, inclusive através dos sistemas 0800 ou 0900. E quando acobertados por alguma “igreja”, é um enorme festival de encenações teatrais, com: “presbíteros”, “pastores”, “padres”, “evangélicos” (alguns, temerosos que suas imagens sejam preteridas pelas que lhe emprestam significado simbólico, até agridem publicamente estátuas e ícones, sob argumento de serem ídolos que falseiam a representação de Deus). Manipuladores de opinião, tentam exibir “qualificações” para conduzir o manso rebanho, que esperam ver curvados e obedientes ante eles, prestando-lhes manutenção material e glórias eternas. Para fazer “caixa”, com o “nome de Jesus”, usurpam a Verdade da “Palavra” com artifícios para tirar do suor alheio tudo que precisam para, através do dinheiro, dominarem os meios de comunicação e daí, as “maquinações teatrais” são perigosas “doutrinas” não pela “informação”, mas pela ...
“enganação” que passam através de veiculações. No plano terreno, não há bem que perdure, mas também não há mal que dure pela eternidade, e a Verdade triunfará pelo estado de expansão de consciência que o nosso povo atingirá no Terceiro Milênio, quando essa bagunça, certamente, não subsistirá, mas enquanto não alcançarmos esse estado, é bom nos prevenirmos que, em terreno fértil às suas finalidades, parasitas de toda ordem se proliferam e se autoproclamam depositários do poder divino junto à população e como patronos ou salvadores de almas, saem vendendo sua “fé” particular Brasil afora, apregoando as próprias crenças firmadas em interesses pessoais. A técnica varia, mas a idéia central é a mesma: subordinar à ignorância popular o temor pelo desconhecido, como se Jesus precisasse de “patrocinadores” e Deus sequer subsistisse sem a sua advocacia “sacerdotal”, confundidos no principio do (o) “verbo” com (a) “verba”. E então, deu para entender qual é o problema?
2007-01-11 23:51:21
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answer #6
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answered by Origem9Ω 6
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