Muitas línguas antigas não possuem versão escrita, e são classificadas como ágrafas. E não são somente "aborígenes" ou "indígenas". Incluem-se o romani, língua cigana, e o dálmata, idioma precursor do croata moderno.
Porém, no Brasil os mais numerosos exemplo são de sociedade indígenas.
Introduzir a escrita das línguas indígenas é uma questão complexa, e precisa ser pensada com cuidado, discutindo-se muito bem as suas implicações.
As funções da escrita em língua indígena nem sempre são tão transparentes e há sociedades indígenas que não querem fazer uso escrito de suas línguas tradicionais. Geralmente, essa atitude transparece no início dos processos de educação escolar indígena: a urgência e a necessidade de aprender a ler e escrever em português é claramente percebida, ao passo que a escrita em língua indígena não é vista como necessária. As experiências em andamento têm demonstrado que, com o passar do tempo, a situação pode se modificar e o uso da língua indígena por escrito passa a fazer sentido e a ser desejável.
Um argumento contrário ao uso escrito das línguas indígenas consiste no fato de que a introdução dessa prática pode resultar em uma imposição do modo de vida ocidental, acarretando desinteresse pela tradição oral e impelindo à criação de desigualdades no interior da sociedade, por exemplo, entre indivíduos letrados e não-letrados.
Um forte argumento a favor da introdução do uso escrito das línguas indígenas é que limitar essas línguas a usos exclusivamente orais significa mantê-las em posições de pouco prestígio e de baixa funcionalidade, diminuindo suas chances de sobrevivência em situações contemporâneas. Utilizá-las por escrito, por outro lado, significa que essas línguas estarão fazendo frente às invasões da língua portuguesa. Estarão, elas mesmas, invadindo um domínio da língua majoritária e conquistando um de seus mais importantes territórios.
Alguns grupos brasileiros hoje são capacitados para trabalhar com a sistematização de línguas indígenas em processo de extinção, fazendo sua análise gramatical, morfosintaxe, etc.
Um dos grupos que se dedica muito a esse esforço é o Laboratório de Línguas Indígenas (LALI) da Universidade de Brasília (UnB).
O LALI, criado em julho de 1999, representa a retomada, na área da pesquisa lingüística, do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Indígenas (Cecli), que integrou o projeto original da UnB a par do Centro de Estudos das Culturas Clássicas e do Centro de Estudos Portugueses e que, como esses, teve sua existência interrompida em 1965 como uma das conseqüências da intervenção do governo militar nesta Universidade.
O LALI tem sido um espaço aberto para professores e para estudantes de pós-graduação e de graduação que atuam em projetos de pesquisa sobre línguas indígenas brasileiras.
Além de alunos da UnB, podem estagiar no laboratório estudantes de outras instituições do país e do exterior, como já tem acontecido.
Os pesquisadores que atuam mais regularmente no laboratório são os integrantes do Grupo de Pesquisa Línguas Indígenas, credenciado pela universidade no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.
Uma das atividades complementares que têm sido desenvolvidas desde a criação do LALI é a promoção de seminários de interesse para professores e estudantes de lingüística.
2007-01-10 23:59:53
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answer #1
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answered by Strider 6
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Existem muitas, inclusive no tupi-guarani nesta região. Hoje vemos tupi guarani escrito mas foi invenção dos colonizadores,originalmente essas línguas e dialetos não eram escritos, só orais.
2007-01-11 09:13:42
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answer #2
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answered by fran 7
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a cultura é algo fascinante infelizmente alguns fragmentos antigos de linguagem estejam desaparecem por não se ter uma sucessão!!!!
2007-01-11 08:44:53
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answer #3
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answered by edukp 2
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Uai se todo mundo for analfabeto que nem indio não tem alfabeto não
2007-01-11 08:04:55
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answer #4
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answered by Anonymous
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