Sei que as histórias abaixo são longas, mas à s vezes não é póssÃvel falar algo sobre um assunto tão importante usando apenas de algumas poucas linhas. Se tiver vontade e paciencia leia as duas histórias abaixo e tenho certeza que ajudarão e vc gostará.Abraços.
PERDOAR ! POR QUE ? PARA QUE ?
Toda criatura deseja a paz e a felicidade e quer afastar-se do sofrimento e da amargura, essa é a meta “ de todos os seres humanos “
Damos o que temos, fazemos o que podemos. Precisamos respeitar nossas limitações mentais, emocionais e espirituais, bem como as dos nossos companheiros de convÃvio e jornada. Mas é claro, também precisamos trabalhar nosso lado psÃquico (mental – psicológico) e reavaliar nossos conceitos, percepção e interpretação das coisas e dos atos; enfim conhecer-nos mais intimamente para que possamos distinguir e avaliar aos outros. Precisamos saber quem somos? O que queremos para nós? A forma de convÃvio que adotamos ou deixamos acontecer até agora, com nossos familiares e amigos, está nos proporcionando mais momentos felizes e tranqüilo ? , ou ao contrário, temos tido mais momentos de ansiedade, angustia, desespero, tristeza, depressão, apatia, infelicidade? Tudo depende de nós, não podemos derramar nosso infortúnio nos outros; temos que assumir a grande parcela que nos cabe em nossos relacionamentos nessa vida. Pensemos e reflitamos sobre isso! “O dia de ontem é passado; Hoje é Presente ( como o próprio nome diz: Presente ); O amanhã ( futuro ) não nos pertence pois nenhum de nós pode dizer : estaremos vivendo amanhã , daà temos a certeza que a Deus pertence.” Devemos lembrar do passado somente daquilo que nos trouxe paz, felicidade , alegria. O que nos trouxe tristeza, angustia, e nos fez sofrer, devemos lembrar somente para utilizar como exemplo do que não desejamos vivenciar novamente.
Nosso conceito de perdão tanto pode ajudar quanto prejudicar nossa capacidade de perdoar. Recebemos , desde jovem a informação mental de que perdoar é “ ser indiferente – apático “ aceitar de forma quieta tudo o que
os outros nos fazem, sejam agressões, abusos, manipulações, desfeita, atitudes e atos de desamor , desrespeito aos nossos direitos e limites pessoais, como se nada tivesse acontecendo. Perdoar não é apoiar comportamentos que nos tragam dores fÃsicas ou morais, não é fingir que tudo está bem quando sabemos que tudo em nossa volta está em ruÃnas. Perdoar não é “ser conivente – cúmplice “ com as condutas irregulares - inadequadas de parentes e amigos, mas ter compaixão, ou seja, entendimento maior através do amor incondicional ( sem condições em troca). Portanto, Perdoar é um “ modo de viver “ ; não é uma negação dos próprios sentimentos, emoções e desejos onde reprimimos mágoas e vivemos mal o tempo todo. Viver impondo-nos certa distância “ afastamento psicológico “ à s pessoas e à s coisas problemáticas como entes queridos difÃceis, companheiros complicados, não quer dizer que deixaremos de nos importar com eles, ou de amá-los ou de perdoar-lhes, mas sim que viveremos sem enlouquecer pelo desespero e pela ânsia de tudo compreender, padecer, suportar e admitir. “ Tudo deverá tomar o curso natural e certo se minha mente estiver serena , madura “. Com vontade própria, percepção da verdade e criação de nossas próprias realidades da vida , deixamos de ser vÃtimas de forças e atitudes fora de nosso controle que são praticadas pelos outros. “ Perdoar ou desculpar alguém é bom e saudável, mas viver desculpando indefinidamente os erros alheios pode ser muito perigoso. As emoções enterradas e não verbalizadas se manifestarão de forma negativa em outras situações e com diferentes pessoas em nosso dia-a-dia. Em vez de permitir que alguém nos use e magoe de forma constante – obstinada, estabeleçamos limites e aprendamos a valorizar nossa dignidade pessoal, desenvolvendo a arte de amar a
nós mesmos , para que possamos amar plenamente os outros.
O autoperdão consiste em fazer o nosso melhor hoje, abandonar as mágoas do passado , curar as dores do presente e projetar nossa vida para o futuro.
O Perdão dá-nos, imediatamente após concedido, conforto e alÃvio, cura-nos as desarmonias orgânicas e psÃquicas (doenças já adquiridas ou em formação). Perdoar leva-nos ao cultivo do Amor a nós mesmos e, por conseqüência, aos outros; Quanto mais compreendemos o outro, avaliando e validando o que ele pensava e como se sentia na hora da indelicadeza, mais facilmente aprenderemos a nos perdoar. O ato de não nos perdoarmos, acarreta-nos as sensações desagradáveis e a energias negativas provocando-nos dissabores e desencontros da vida. O ato de perdoar a nós mesmos conduz-nos à aceitação plena de nossas potencialidades ainda não desenvolvidas - seja de natureza intelectual, seja de natureza psÃquica e emocional – e a uma compreensão maior de que as experiências vividas nada mais são que a soma de acertos e de erros do passado e do presente. Os erros acabam-se transformando em lições preciosas e deles podemos retirar as bases seguras para o êxito no futuro.
Perdoar é atitude firme, madura, equilibrada e serena de quem inicia um processo de conhecer a si mesmo na sua totalidade ( O Ego, O eu Interior ). Para conhecer-nos interiormente é preciso de muita, muita coragem , uma vez que teremos de ser autênticos, destemidos, corrermos riscos e fazermos uso da ousadia para pesquisar ou perceber nossa real realidade Ãntima. A palavra Coragem tem raiz latina cor , cordis, que significa coração ( sede ou centro da alma, da inteligência e da
sensibilidade ). Portanto, ser corajoso é agir utilizando um potencial que vem de dentro - “ a voz do coração “. Coragem não é arrogância ardilosa - perspicaz , agressividade, força fÃsica corporal ou verbal ( volume – falar alto e aos berros ); não é ser orgulhoso , intolerante; Coragem é entendermos que nunca agradaremos a todos , e que precisamos ser livres das opiniões alheias e de seus pré-conceitos de quase tudo e todos, mesmo que dessa forma não sejamos mais o centro das atenções e da simpatia da maioria no grupo social no qual interagimos, mas seremos assim nós mesmos, inteiros, mais felizes, Ãntegros e sincero.
Perdoarei sempre, não para manter aparências aos outros, não para ser admirado, não para ser reconhecido como generoso e bom, mas principalmente porque PERDOAR faz-me muito bem, porque eu desejo perdoar sempre a mim mesmo e aos outros porque me convém ; serei EU o maior beneficiado em perdoar sempre, de verdade, com o coração ,e assim estarei aliviando minha mente das amarras de sentimentos que me alucinam, escravizam, magoam, fazem nos infelizes, bem como aos outros que conosco convivem, e estou trabalhando a cura de males que tenham iniciado ou estejam formando (deficiências, doenças) em meu corpo fÃsico.
Eu praticarei, eu preciso, eu quero exercer o PERDÃO sempre que for necessário, adquirindo finalmente o bem estar e a felicidade da qual me farei merecedor; juntando conhecimentos pessoais Ãntimos e experiências alheias saberei melhor conviver e com a coragem que tenho, assumirei claramente o Amor que tenho por todos os meus familiares, amigos e conhecidos. Não estou esperando reconhecimento de ninguém nem tão pouco desejo que percebam que estou mudando; estou fazendo a parte que me cabe nessa Vida, com humildade, integridade, serenidade, satisfação , muito Amor, dedicação e Perdão.
A Borboleta e o Cavalinho
Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta há muitos anos atrás. Eram elas, um cavalinho e uma borboleta. Na verdade, não tinha praticamente nada em comum, mas em certos momentos de sua vidas se aproximaram e criaram um elo.
A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daà sua liberdade foi cerceada.
A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.
Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então, um sorriso.
Entre um e outro, ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração um sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar seu cabresto por causa do seu enorme peso. Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possÃvel por ser ela uma criatura tão frágil.
Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta. Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore. Logo em seguida um elefante se aproximou e perguntou quem era ele e o que fazia por ali.
-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
-Ah, é você então o famoso cavalinho?
-Famoso eu?
-à que tive uma grande amiga que me disse que também era a sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?
-Ã uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoava a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
-Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
-Morreu? Como foi isso?
-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horrÃveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém. InsistÃamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã era aà que ela falava com maior alegria de você. Nesse momento, o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e arrependimento.
-Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse, que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste, sucumbiu e morreu.
-E ela não mandou me chamar nesses últimos dias?
-Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
“ Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que
eu nunca pode ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais para ele vir até aqui.”
Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles virem acompanhados de beijos, mas em algum momento de sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possÃveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe a ninguém por isso afinal, muitas vezes, foi você mesmo que o colocou em seu dorso.
Muitas vezes machucamos as pessoas que só nos querem ajudar, mas do alto da nossa arrogância e ignorância nem percebermos o que fazemos. Realmente esse texto nos faz pensar sobre nossas condutas, no trabalho, com a famÃlia, no auxÃlio ao próximo... Sem importar se somos doutores ou simplesmente operários... Operários da vida... Ainda há tempo para mudar! Só depende de nós!
2007-01-07 17:20:20
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answer #2
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answered by Ambiental 5
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