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2007-01-02 13:48:01 · 8 respostas · perguntado por Tricolor Flu 4 em Sociedade e Cultura Mitologia e Folclore

Seus livros são maravilhosos,sua cultura fantástica!

2007-01-03 05:25:32 · update #1

Cascudo é, indubitavelmente,
nosso maior folclorista.Como ser humano,
disseram-me que ele era maravilhoso.
Li, além do Dicionário, um ensaio sobre a jangada e outro sobre a rede -- simplesmente GENIAIS!

2007-01-04 07:48:57 · update #2

8 respostas

Pouco se tem enfatizado na obra de Luís da Câmara Cascudo o poder de sugestão lírica que está presente em grande parte do que escreveu, com mão inaugural de quem surpreende a intacta e poderosa poesia das coisas – “sut lacrimae rerum”. Não só do tradutor de Walt Whitman e do estudioso do Poeta Antônio Nobre, o tísico genial português, que arrancou de Cascudo um estudo de uma simpatia humana profunda, muito além do que permite a visão puramente crítico-literária.

Quem relê, por exemplo, o prefácio de Vaqueiros e cantadores- este livro que serviu também de prefácio à extraordinária obra de etnologia do Mestre da Junqueira Aires, cuja suma teólogica é o nunca assaz louvado Cultura e civilização -, vai encontar uma prosa poética das mais inesquecíveis. A memorialística nele confunde-se com o poema em prosa, tão patente, tão vitorioso, que fácil seria publicar de Cascudo, o que seu Talvez poesia: poemas desentranhados de uma prosa em estado permanente de exaltação lírica.

Certa vez, em tarde libérrima do bairro da Ribeira, ouvimo-lo falar horas inteiras, em tom menos professoral, mas de evidente didatismo empático, sobre a história da poesia no mundo, desde as antigas civilizações, a caldéia e a mesopotâmica, quando o homem olhava nas estrelas do céu, contando-as astronomicamente, seu encantório espanto diante de Deus, que se revelava, em poesia, na mecânica celeste. Até chegar os poetas modernos de sua admiração. E, ninguém, mais moderno, dentro da moldura do seu espírito, do que, por exemplo, Dante, lido e relido religiosamente, a cada ano, na época de carnaval, que o fez escrever um livro único – a presença da Divina Comédia na poesia popular.

Cascudo tem a cordialidade espantosa na compreensão goetheana do mundo e do universo. Estudioso dos crepúsculos, extasiou-se quando, na África, viu o pôr-do-sol no mar, singrado pela sua imaginação, sertaneja e brasileira. Quantas vezes, acordou dona Dahlia, sua mulher, em plena madrugada, para mostrar-lhe a Estrela Dalva!

Outro tema ainda não explorado: o epistológrafo. Foi o diuturno escrevente de cartas, para o mundo inteiro, que o fez relacionar-se, em qualquer lugar, com tudo e com todos. Tivemos em mãos, para leitura apresentada, toda a sua correspondência recebida. Eram mais de 40 cartas de Mário de Andrade, hoje, obviamente significativas para o estudo da cultura brasileira. Como também as de Monteiro Lobato. Mas o maior número de cartas, que seria a história de uma bela e humana amizade, relaciona-se com a correspondência entre ele e Nilo Pereira, o barão do Guaporé, que deve cobrir quase cinqüenta anos de confidências e anotações à margem de duas vidas riquíssimas.

Outro tema para o estudioso de Cascudo: suas amizades e admirações através dos oferecimentos dos livros, recebidos de todos os centros culturais do mundo, mas também de autor anônimo, perdido na pequena cidade, a quem Cascudo nunca negou uma palavra de incentivo, um prefácio fulgurante, de simpatia e apreço intelectuais. Isso, em certa época, serviu de crítica e remoque a ele: Cascudo nunca negara um prefácio a ninguém. A vida é tão curta e a matéria literária e intelectual tão relativas, que uma palavra coberta de ânimo ou prêmio nunca fez mal a ninguém... Mas é de assinalar os belos oferecimentos escritos por Guimarães Rosa e Gilberto Amado a Luís da Câmara Cascudo – vindos de dois grandes espíritos, lá dos cimos olímpicos, para quem a planície muitas vezes não conta. No caso, a planície submersa da província.

Isso tudo, para quem nunca somou fracassos, como ele mesmo disse. E procurou ser o que quis: um pesquisador da sabedoria do povo, que em 1928, como professor do Atheneu Norte-Riograndense, por falar em lobisomem, quase perdeu a cátedra. E o bonde famoso da História.

* * *

2007-01-03 05:46:35 · answer #1 · answered by misteriosa 2 · 0 0

Luís da Câmara Cascudo (1898 - 1986)
Luís da Câmara Cascudo (Natal RN, 1898 - idem 1986). Cursou Medicina, na Bahia, entre 1916 e 1918, mas não chegou a concluir o curso. Em 1928, formou-se bacharel em Direito em Recife PE e, no mesmo ano, concluiu o curso de etnografia na Faculdade do Rio Grande do Norte. Nas décadas seguintes, colaborou nos jornais A Imprensa, O Estado de S.Paulo e na revista Galera. Publicou, em 1921, os livros Alma Patrícia (crítica literária), Cantos de Muro (romance), Vaqueiros e Cantadores, Antologia do Folclore Brasileiro e Ensaios de Etnologia Brasileira. Em 1928 trabalhou como professor de História do Brasil no Ateneu Norte Rio Grandense, em Natal RN. Foi um dos membros-fundadores da Academia Norte Rio Grandense de Letras, em 1936. Entre 1951 e 1966 foi professor de Direito Internacional na Faculdade de Direito e de Etnologia Geral na Faculdade de Filosofia, em Natal. Foi homenageado, em 1956, com o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras para o conjunto de sua obra. Luís da Câmara Cascudo foi escritor, historiador, crítico literário e folclorista. Incursionou também pela poesia, filiando-se esteticamente à primeira geração do Modernismo.

Boa noite prá vc.

2007-01-02 22:00:05 · answer #2 · answered by ♫♫ A Eremita ♫♫ 7 · 1 0

Filho único de Francisco Justino de Oliveira Cascudo e An a Maria da Câmara Cascudo, O Homem que descobriu o Brasil

2007-01-03 16:28:32 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

poeta, folclorista, pesquisador , historiador. Estudou a fundo a cultura brasileira, escreveu o famoso Dicionário do Folclore Brasileiro ; a unica coisa que tenho contra ele foi a favor do golpe de 64!

2007-01-02 22:02:15 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 - Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, folclorista, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.

Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.

POSIÇÕES POLÍTICAS:
Durante a década de 1930, em combate e contraponto à influência marxista que viria a desaguar na Revolução Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede do primeiro governo marxista da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira - AIB, o partido político nacionalista de maior projeção que existiu no Brasil até hoje, exercendo enorme influência com a sua doutrina na elite intelectual potiguar. Fiel ao seu pensamento anti-marxista, apoiou o contra-golpe de 1964 que instaurou uma ditadura militar no Brasil que anulou a Constituição e suprimiu temporariamente as liberdades democráticas, num dos períodos mais conturbados da história brasileira.

2007-01-02 22:01:49 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 - Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, folclorista, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.

Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.

2007-01-02 21:58:59 · answer #6 · answered by *mix* 1 · 0 0

Em Mitologia e Folclore?

2007-01-02 21:50:09 · answer #7 · answered by Anonymous · 0 0

Irmão do siri cascudo

2007-01-02 22:57:17 · answer #8 · answered by Anonymous · 0 2

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