"O caso triste de Inês de Castro"
Dom Pedro, Príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV, era casado com D. Constança, mas se apaixonara por Inês de Castro, dama de companhia de D. Constança e filha ilegítima de um nobre português.
Com a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra às margens do Rio Mondego e D. Pedro, futuro Rei de Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo dela sua rainha.
O Rei Afonso IV temendo pela susseção do trono que seria seu neto, filho de Constança e pela influência dos nobres que temiam uma influência castelana, tenta resgatar o filho e conduzi-lo a um casamento que obedecesse não aos caprichos de cupido, mas às conveniências políticas de Portugal. Para isso, vendo como única saída, o Rei manda vir Inês para que seja executada.
Os terríveis verdugos trouxeram Inês e seus filhos perante o Rei. Depois de ouvir a sentença, Inês ergueu os olhos aos céus e disse: "Até mesmo as feras, cruéis de nascença, e as aves de rapina já demonstraram piedade com as crianças pequenas. O senhor, que tem o rosto e o coração humanos, deveria ao menos compadecer-se destas criancinhas, seus netos, já que não se comove com a morte de uma mulher fraca e sem força, condenada somente por ter entregue o coração a quem soube conquistá-lo. E se o senhor sabe espalhar a morte com fogo e ferro, vencendo a resistência dos mouros, deve saber também dar a vida, com clemência, a quem nenhum crime cometeu para perdê-la. Mas se devo ser punida, mesmo inocente, mande-me para o exílio perpétuo e mísero na gelada Cítia ou na ardente Líbia onde eu viva eternamente em lágrimas. Ponha--me entre os leões e tigres, onde só exista crueldade. E verei se neles posso achar a piedade que não achei entre corações humanos. E lá, com o amor e o pensamento naquele por quem fui condenada a morrer, criarei os seus filhos, que o senhor acaba de ver, e que serão o consolo de sua triste mãe."
Comovido com essas palavras, o Rei já pensava em absolver Inês, quando os verdugos, que defendiam a execução, sacaram de suas espadas e degolaram Inês. Isso aconteceu em 1355 e diz a lenda que D. Pedro, inconformado, mandou vestir a noiva com roupas nupciais, sentou o cadáver no trono e fez os nobres lhe beijarem a mão, daí falar-se que "a infeliz foi rainha depois de morta" e "agora é tarde, Inês é morta".
2007-01-02 05:50:27
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answer #1
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answered by WebMaster 7
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Gigia, você pode ler um pouco mais sobre isso na obra de Camões - Os Lusíadas. Existe um canto dedicado a Ines de Castro - é de onde a expressão vem.
2007-01-02 14:41:37
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answer #2
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answered by Baby Luiz 1
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Gigia,como você já leu o relato, por sinal muito bem feito por alguns de nossos colegas, Não adianta chorar sobre o leite derramado!
2007-01-02 14:03:43
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answer #3
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answered by marinamorena@yahoo.com.br 6
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“agora é tarde, Inês é morta”, hoje em dia aplicada nos casos em que a solução do problema só aparece quando o desenlace já aconteceu, tem muito a ver com a frase célebre de Camões ao se referir a Inês de Castro: “a que depois de morta foi rainha
2007-01-02 13:57:32
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answer #4
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answered by PENSADOR !? USUÁRIO ECLÉTICO 5
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Filha bastarda de um fidalgo galego, Inês de Castro veio para Portugal como companhia de D. Constança, que vinha para se casar com o infante d. Pedro, futuro rei de Portugal. Logo surgem os rumores de um romance entre o prÃncipe e a moça. Para abafar o caso, o rei e sua nora decidem fazer de Inês madrinha do primeiro filho do casal. Isso significava criar laços de parentesco intransponÃveis entre os amantes. Porém, D. Constança morre durante o parto do único filho que sobreviveria, o infante D. Fernando. Com isso, o casal de amantes une-se ainda mais. Chegam a ter quatro filhos, um dos quais morre.
O escândalo amoroso ganha mais forma com as preocupações polÃticas. Os irmão de Inês eram inimigos do rei de Castela. O povo temia que D. Pedro, por amizade a eles, entrasse numa guerra aventureira contra Castela e submetesse Portugal ao jugo castelhano. O terror polÃtico, mais do que os valores morais, levam o Conselho Real a decidir pela morte de Inês de Castro, o que acontece em 7 de janeiro de 1355, quando D. Pedro havia saÃdo para caçar. Inês foi degolada e enterrada na igreja de Santa Clara.
A vingança não tardaria. O infante provoca praticamente uma guerra civil contra seu pai e os três conselheiros responsáveis pelo assassinato. Com o tempo, D. Pedro se contém e assina um “pacto de concórdia com o Rei.
A situação, porém, não se manteria assim. Dois anos depois, morre D. Afonso. D. Pedro, agora senhor da situação, persegue os assassinos de Inês refugiados em Castela. Dos três um conseguiria fugir. Os outros dois foram assassinados com requintes de crueldade: tiveram o coração arrancado, um, pelo peito, o outro, pelas costas. Esse era um ritual de vingança comum na Idade Média: os culpados eram punidos com a amputação da parte do corpo sobre o qual fora praticado o crime. Ferido no coração, esse fora o órgão escolhido por D. Pedro para se vingar.
A segunda parte da vingança incluÃa a exaltação de Inês. Passados sete anos de sua morte, o rei decide fazer um traslado do corpo em noite triunfal, com o povo iluminando as dezessete léguas de distância entre Coimbra e Alcobaça, onde fora preparado o túmulo real daquela que seria rainha depois de morta. Lá, uma estátua da moça foi coroada com todos os rituais de celebração.
=> A expressão “agora é tarde, Inês é morta”, hoje é aplicada nos casos em que a solução do problema só aparece quando o desenlace já aconteceu, tem muito a ver com a frase célebre de Camões ao se referir a Inês de Castro: “a que depois de morta foi rainha”.
2007-01-02 13:57:19
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answer #5
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answered by B.A. 5
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Relacionada a Ines de Castro, uma personagem portuguesa muito citada por Camoes e outros poetas...
2007-01-02 13:57:04
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answer #6
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answered by Abelha ZZZ 6
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Do episódio de D. Pedro I de Portugal, apelidado de "O Crú", e de Inês de Castro.
O príncipe D. Pedro apaixonou-se da dama espanhola Inês de Castro e foi sua amante.
Os cortesãos portugueses, preocupados com a influência da estrangeira sobre o futuro rei, tramaram sua morte, e de fato mataram-na, qdo D. Pedro estava ausente.
Feito rei, D. Pedro fez desenterrar Inês e colocá-a a seu lado no trono, e obrigou os cortesãos a beijar-lhe a mão. Pelo episódio recebeu a alcunha de "o crú" ou "o cruel"
2007-01-02 13:56:11
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answer #7
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answered by M.M.D.C. 7
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Qdo a Ines morreu...
2007-01-02 13:51:05
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answer #8
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answered by Miranda 4
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q?
2007-01-02 13:48:37
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answer #9
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answered by Bwana 3
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nunca ouvi falar isso meu.......
2007-01-02 13:52:31
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answer #10
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answered by Rogério Pulga 7
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