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um apanhador em um campo de centeio, qual a metafora aí? o que ele quer dizer com isso? é isso que busco saber e acredito que está aí a grande sacada do livro, que para muitos não possui sentido algum... divaguem, deixem a mente fluir sem medo...

2006-12-26 03:35:46 · 2 respostas · perguntado por Taísa Harweltië 2 em Artes e Humanidades Livros e Autores

2 respostas

Ele deseja ser um apanhador num campo de centeio para apanhar as crianças que ao brincar possam cair porque ele próprio está caíndo e precisa de alguém que o ajude.

2006-12-27 07:36:53 · answer #1 · answered by claudialobo_pt 2 · 1 0

“O Apanhador no Campo de Centeio” é alusão aos versos de uma canção escrita pelo poeta Robert Burns. Quando o garoto é interrogado pela irmã acerca de sua rebeldia perpétua, sobre porque se “auto-destruía” daquele modo e porque não gostava de nada, ele, então angustiado e particularmente melindrado evoca a imagem criada por Burns identificando-a como metáfora de sua aspiração: o garoto imagina o campo de centeio repleto de crianças brincando e a si na borda do abismo apanhando as que caíam!

Ele mesmo está “caindo”, lhe revela mais tarde um seu antigo professor de inglês, tentando fazer-lhe ver a sua “anormalidade”. Não obstante, essa queda não é triada; o velho professor não diz o que quer dizer com essa “queda” e nós mesmo tendemos a aceitar a queda do ponto de vista da degeneração social. Contudo, é a um outro tipo de queda que devemos nos reportar para dar sentido ao destino desse adolescente.
Diante da lógica a atitude romântica é sempre suspeita. Mas há sutilezas na obra de Salinger e suas imagens nos rogam transcendência. Aliás, a associação da obra de Salinger com os mitos criados em torno dos poetas franceses simbolistas é inevitável. Primeiramente porque em “O Apanhador no Campo de Centeio” temos a oportunidade de conjeturar a vida de um poeta adolescente e segundo porque sem dúvida a obra requer muitas concessões do racionalismo para ser aceita plenamente.

Um ligeiro esforço e podemos identificar os dezessete anos do narrador com a revolta de Arthur Rimbaud. E em verdade o mito dessa voz de revolta que emudeceu está presente na fala final do narrador. Mas, em seu caso, não se trata de uma transfiguração do passado com direito a esquecimento de causas e efeitos de uma existência poética pregressa; trata-se antes de terminar no divã para “adaptar-se”.

2006-12-26 11:46:22 · answer #2 · answered by WebMaster 7 · 0 0

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