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Acredito que nós brasileiros somos o povo mais civilizado e mais gentleman do mundo. Como pode que somos expostos como idiótas perante os governantes e só protestamos via internet. Fico me perguntando: será porque somos cúmplices destes maus elementos? Quando se fala em dinheiro, "nós" brasileiros perdemos o senso da moralidade e portanto, provavelmente estaríamos votando no nosso próprio aumento de salário, não é verdade? Quando Lula falou que governava para os pobres, ele se referia ao pobres deputados e senadores (coitadinhos e miseráveis). Ele mesmo disse ao povo inteiro (referente aos juros altos) levantem a bunda da cadeira e vão protestar. O quê fizemos? Nada. Solução real: ou o povo toma vergonha na cara assim como queremos que os políticos tenham ou temos que realmente nos ferrar e ficar bem quietinhos.

2006-12-19 03:45:45 · 15 respostas · perguntado por NEKO P 1 em Governo e Política Política

15 respostas

Caro colega, uns dias atras recebi este texto que responde sua pergunta. Faço dele minhas palavras...

Entendendo o Brasil

Numa tarde de sexta-feira, recebi um telefonema de um amigo me convidando para ir a um churrasco na sua casa. Acontece que na naquela noite eu tinha que dar aula na faculdade. O problema é que eu queria ir ao churrasco, mas como?
Bem, eu agi como, geralmente, todos nós agimos: fiz de conta que estava cumprindo com a minha obrigação quando, na verdade, satisfiz o meu prazer.
O churrasco começava às oito da noite e a aula às sete e meia. Fui à faculdade, registrei a aula, fiz a chamada e inventei uma aula de leitura na biblioteca, abandonando a turma. Saí para o churrasco querendo acreditar que cumprira meu dever de professor.
No churrasco, fiquei numa mesa com o dono da casa, que é médico, o amigo que estava sendo homenageado, que é policial, um amigo do homenageado que é advogado e político e a sua esposa que é universitária e estuda no período da noite.
O assunto era um só: a roubalheira dos nossos políticos e a passividade da sociedade (todos nós) mediante a podridão do episódio do mensalão. Todos estavam revoltados e propondo soluções para o melhor funcionamento da máquina pública e para o resgate da ética entre a classe política.
Num dado momento, o telefone do dono da casa tocou e ele se afastou para atender.
Retornando, disse com raiva: "Não dá pra trabalhar com certas pessoas". Naquela noite, ele estava de plantão no hospital, mas chegou lá cedo, visitou alguns pacientes e leu "por cima", os prontuários. Depois foi para casa e deixou como recomendação: "só me liguem em caso de extrema emergência ou se aparecerem pacientes particulares".
Estava aborrecido porque a enfermeira lhe telefonara só porque chegou um sexagenário com suspeita de infarto. Ele "receitou" medicamentos pelo telefone e disse que a enfermeira só devia ligar de novo se acontecesse algo grave.
Para aliviar o clima, perguntei ao amigo que estava sendo homenageado se já havia feito a sua mudança de casa. Ele respondeu que sim e, que isso não tinha lhe custado nada, pois o dono da transportadora lhe havia retribuído "um favor": meses antes, ele tinha "resolvido" uns probleminhas de multas nos seus carros que poderiam lhe custar à habilitação e, até mesmo, a sua empresa!
Aí, a esposa do político liga para uma colega que também fazia mestrado para saber se tinha respondido à chamada por ela enquanto ela estava no churrasco, pois ela já estava "pendurada nas faltas" nessa disciplina e não poderia ser reprovada. E, feliz, sorriu com a resposta da colega: dera tudo certo.
Em um outro momento, o anfitrião pergunta ao político como iria ficar o caso de certa pessoa. E ele respondeu que tudo estava indo bem, o problema era que na secretaria almejada já havia alguém concursado ocupando o cargo que tal pessoa pleiteava. Mas que ele não se preocupasse, pois estavam estudando uma medida legal (?) para transferir o "dito cujo" de função ou de setor para a vaga "do fulano" ser ocupada por ele. "Ele é um que não pode ficar de fora, pois foi comprometido com a gente até o fim", finalizou.
Em meio a tudo isso, não deixávamos de falar das CPI's, da corrupção dos políticos e da cumplicidade da sociedade que, apática, não movia uma palha para mudar nada.
Chegando em casa fui pensar naquela noite e em tudo o que havia presenciado.
De repente, me lembrei do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, que diz: “nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade e que esse negócio de dizer que as elites são corruptas, mas que o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral, ou pelo menos um comportamento pouco recomendável".
O melhor era que eu não precisava fazer qualquer pesquisa para concordar com o escritor. A sua afirmação estava magistralmente retratada no meu comportamento e no comportamento dos meus amigos naquela noite e naquele churrasco que eu havia freqüentado.
Para começar, eu, como professor, roubei o povo ao fingir que estava dando aula. E estou surrupiando (roubando) a sociedade quando marco os tão conhecidos seminários só para não dar aulas, com a mentira disfarçada de que os alunos precisam treinar a arte de expressar bem as suas idéias. Isso pelo fato dessa afirmação não ser verdade, mas parte de uma verdade maior.
É lógico que os alunos precisam treinar a arte de bem expressar as suas idéias, mas só depois de serem conduzidos pelo professor que, por sinal, é pago para fazer isso. A verdade inteira é que, quase sempre por motivos pessoais, o professor acaba transformando o que seria uma, de várias técnicas de ensino, em sua prática regular de ensino e o resultado é uma enorme massa de estudantes "transfigurados", da noite para o dia, em professores dos professores que deviam ensinar, mas não ensinam.
E o que dizer do dono da festa, o médico que estava "tirando plantão" e que, ganhando o seu salário, reclamou de ser incomodado, apenas porque um senhor de idade estava com suspeita de infarto?
Somos tão convictos de que somos bons, que o médico chegou a dizer que, se ao menos o ancião tivesse sido diagnosticado por um profissional, então ele se sentiria na obrigação de ir atendê-lo.
Ele só esqueceu de um detalhe: se o plantonista do hospital que, por sinal era ele, estivesse cumprindo o seu plantão, o senhor de 64 anos de idade, casado, pai de seis filhos, aposentado e que trabalhava desde os doze anos de idade e contribuía com a previdência há trinta, talvez tivesse sido atendido por um profissional e não tivesse sofrido um derrame cerebral.
É interessante vermos, também, o caso da universitária, a defensora dos valores morais. E, aqui eu pergunto: que valores seriam esses? O famoso jeitinho brasileiro que, não custa lembrar, só virou instituição nacional porque nós lhe damos vida com as nossas atitudes!
Acredito que mais uma vez o Brasil passa por uma oportunidade de ouro para rever-se como país e sair crescido e melhorado de toda essa crise.
O grande problema está nas pessoas. Em mim, em você, nas nossas famílias, colegas, amigos e inimigos, parentes e aderentes.
Se quisermos realmente uma nação melhor, temos que assumir que nós também somos recebedores do mensalão e que, portanto, cada um de nós também é merecedor de sentar nas cadeiras da CPI.
Recebemos o mensalão quando fazemos coisas como as descritas acima, e também quando copiamos ou compramos CD's piratas, quando pagamos propinas ao guarda de trânsito para ele não nos aplicar multa, quando recebemos propinas de um colega para ajudá-lo a se livrar de um caso incômodo, enfim, todos nós, cada um a seu modo e com o seu preço, também é culpado, pessoalmente, por tudo isso que está acontecendo no nosso país.
É bom não esquecer que nossos políticos não vieram de Marte, mas do nosso meio, corrompidos por nós, corruptos e corruptores. O real motivo para a sociedade assistir apática a toda essa decadência não é apatia, mas cumplicidade.

Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo, Psicólogo Clínico, Psicopedagogo e Professor Universitário de Psicologia e Sociologia.

2006-12-19 03:55:38 · answer #1 · answered by FaThiMa 2 · 1 0

STF receberá ação contra aumento dos parlamentares (Leiam o texto abaixo)

Se os amigos desejarem, é possivel assinar um BAIXO-ASSINADO (PETITION ON-LINE) CONTRA O AUMENTO DE SALÁRIO DOS PARLAMENTARES. É muito simples e muito rápido.


1) Entrem no link: http://www.PetitionOnline.com/oeleitor/petition.html
2) Preencham o "espaço" reservado para seu nome e e-mail
3) Revejam como ficou sua assinatura (Preview Your Signature)
4) Cliquem no aprovar a assinatura (Approve Signature) E pronto! Você brevemente receberá a confirmação no e-mail que você escreveu.

2006-12-19 07:54:52 · answer #2 · answered by εїзdragonflyεїз 7 · 0 0

É verdade, estamos parecendo uns acomodados. Parabéns pela sua pergunta e o que você exponhe. Faço das suas palavras as minhas. Já começaram a esboçar uma reação frente ao congresso. Alguns caras pintadas estão aparecendo, tem que ser em todo o pais. Estou pronto e aguardando.

2006-12-19 05:02:18 · answer #3 · answered by LÚCIO 5 · 0 0

Nem tenho mais nada a acrescentar...vc e a Fathima escreveram tudo q penso...Mas tenho esperanca q mude um dia a nossa atitude referente ao nosso Brasil...q sejamos mais patriotas...e q lutemos pelos nossos direitos de cidadoes !
Vamos nos unir JA e comecar um Brasil novo!

2006-12-19 04:53:15 · answer #4 · answered by Eliana 5 · 0 0

Cada um usa a arma que tem. Se no momento está disponível a internet, então a usamos. Se um dia chegarmos a conclusão que precisamos ir para as ruas, iremos tambem, mas precisamos ter certeza que é nescessário. Agora só não podemos confundir aumento dos deputados, que é um poder aberto a legisladores ao presidente da república que é um poder de execução. O povo brasileiro precisa saber definir, e entender que elegemos um presidente democrático e não um imperador. Salário de deputados e senadores não é definido pelo presidente, e sim pelos próprios legisladores.

2006-12-19 04:25:42 · answer #5 · answered by luizcapixaba 5 · 0 0

Ótima pergunta é o que também digo a todos que vejo reclamando, é preciso exigir os nossos direitos, dizem que a França é um país de pessoas cultas e educadas, mas se isso acontecesse por lá meu querido....com certeza as ruas estariam cheias de manifestantes e locais públicos apedrejado, ou o povo se une ou será cada vez mais dominado, é preciso sermos dominantes e não dominados, como finaliza Karl Marx em seu livro O Manifesto do Partido Comunista "PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS !" é preciso acabar com a corrupção só o povo é capaz de fazer isso.

2006-12-19 04:07:03 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 0

Somos acomodados,não temos a cara e a coragem de ir as ruas para brigar pelos nossos direitos,começando por mim não posso reclamar dos outros,isso tem que mudar com urgência,por que será que só teve guerras e revoluções no passado e hoje não tem mais,acho que e por causa do individualismo de cada um de nos

2006-12-19 03:57:05 · answer #7 · answered by Anonymous · 0 0

eu acho que o povo é acomodado, que só sabe reclamar e não faz nada para mudar, prova maior disso foram as últimas eleições que elegeram até o maluf....
acho que nunca vai mudar !!!!!!!!

2006-12-19 03:55:05 · answer #8 · answered by Kika 5 · 0 0

Somos acomodados, não queremos mais nenhum tipo de luta. Basta a Ditadura.

2006-12-19 03:49:12 · answer #9 · answered by Adriano F 3 · 0 0

Cúmplices involuntários, se é que existe isso.

2006-12-19 03:47:25 · answer #10 · answered by Marina 3 · 0 0

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