O que é coma?
Se pegarmos um livro de neurologia e procurarmos o capítulo intitulado Coma, encontraremos: "coma é um estado de falência dos mecanismos que mantém a consciência". Isto nos leva a outra pergunta: o que é consciência?
Podemos definir consciência como "um estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente". Consciência é uma das várias funções do nosso cérebro. Nosso cérebro tem muitas funções: respirar, controlar o coração, pensar, falar, ver, ouvir... e ter consciência. Podemos dizer que consciência é aquela função mental que nos faz saber quem somos, onde estamos e o porquê. Por exemplo, José está na sala de aula assistindo a uma palestra. Neste momento, ele sabe que é José da Silva, tem 30 anos e está assistindo a uma palestra em sua escola. Ela está em São Paulo, Brasil, e são 20:00h de segunda-feira, dia 10 de maio de 2002. A este "conhecimento" chamamos consciência.
A consciência humana pode ser dividida em dois componentes distintos: nível e conteúdo. Nível de consciência é o grau de alerta da pessoa. É o quanto a pessoa está "acordada" para o que acontece a sua volta. Conteúdo da consciência é a soma dos "conhecimentos" que a pessoa tem sobre a situação em que está inserida no momento. No nosso exemplo, tudo o que José sabe sobre si mesmo e sua aula faz parte do conteúdo de sua consciência. Aliás, apenas o ser humano possui conteúdo de consciência, o que nos diferencia dos outros animais. Animais não sabem o que são e nem porque estão ali: eles agem por instinto. O mesmo não acontece com o nível de consciência, que é exibido por outras espécies também. Por exemplo: um gato pode estar mais ou menos "alerta", ou "acordado", mas sem ter conteúdo em sua consciência.
Pode o nível de consciência ser alterado em situações normais? Sim, pode. O exemplo mais comum é o estado de sono, que todos nós experimentamos todas (ou quase todas) as noites. O sono é considerado um estado fisiológico de rebaixamento do nível de consciência. É fisiológico porque faz parte da vida normal de todos os seres humanos e as pessoas podem ser facilmente tiradas deste estado, através de estímulos sonoros ou dolorosos, por exemplo. O coma seria então definido como "um estado patológico de rebaixamento do nível de consciência", do qual não é possível o indivíduo ser tirado, nem mesmo com estímulos dolorosos. É chamado de patológico porque não faz parte da vida normal, sendo conseqüência de alguma doença ou alteração no cérebro da pessoa.
O cérebro e seu funcionamento
Bem, se o coma é um estado patológico, não normal do cérebro humano, o que pode levar alguém ao coma? A resposta parece ser óbvia: lesão do cérebro. Mas, de que parte do cérebro? Todo ele? E como esta lesão pode acontecer?
O cérebro humano é capaz de realizar várias e diferentes funções: ver, ouvir, falar, pensar, mover os músculos do corpo, sentir calor, frio, dor, e muitas outras coisas incríveis. Estas capacidades são chamadas de funções superiores do cérebro e são realizados pela parte mais externa deste órgão, denominada de córtex cerebral. Sabe-se hoje em dia que cada uma destas capacidades e funções é realizada por um local específico do córtex. Assim, dependendo de que parte do cérebro foi lesada, a pessoa pode apresentar uma deficiência diferente: se for lesada a área da fala, a pessoa pode ser incapaz de se expressar através da palavra. Mas continua entendendo o que dizem a ela e se movendo. Se for lesada a área responsável pela movimentação da perna direita, não será mais capaz de mover este membro, mas continuará falando. Podemos perceber então que lesar uma pequena parte do cérebro, apesar de levar a importantes deficiências, não leva ninguém ao coma, certo?
Quase. Pois há uma certa área do nosso cérebro cuja função é, justamente, manter o nível de consciência. Esta área se localiza em uma região diferente do córtex, mais para o interior do órgão, chamada de "tronco cerebral", e funciona como um "interruptor de luz". Quando ele está ligado, nosso cérebro está ligado e pode funcionar e realizar suas várias funções. Se esta área for destruída, o cérebro fica como que "desligado". Ele não pode mais funcionar, mesmo que todas as outras áreas estejam intactas. Em outras palavras, nosso paciente estará em coma
O que causa o coma
Existem duas maneiras diferentes de causar coma em alguém. A primeira é lesar apenas a área de ativação cerebral, localizada no tronco. Esta lesão pode ser causada pela presença de um tumor, por hemorragia (perda de sangue) ou pela falta de sangue, chamada de isquemia, entre outras causas menos comuns. A segunda maneira é lesar todo o córtex, o que é muito difícil de acontecer com tumores ou hemorragia. Esta lesão extensa só acontece quando falta sangue de uma maneira generalizada no cérebro - como ocorre na parada cardíaca - , quando falta algum nutriente essencial ou quando alguma substância nociva ao cérebro está presente no organismo. Estas duas últimas causas são denominadas "causas metabólicas de coma".
Causas relacionadas com o fornecimento de sangue ao cérebro
Uma das principais causas de coma no mundo é o que os médicos chamam de "Acidente Vascular Cerebral" ou AVC. Os vasos, como todos sabem, são estruturas em forma de pequenas tubulações cuja função é circular sangue pelo corpo, inclusive pelo cérebro.
O sangue leva ao cérebro duas coisas imprescindíveis ao seu funcionamento: oxigênio e nutrientes, principalmente a glicose, que é um tipo de açúcar. O cérebro é um órgão muito sensível e suas células começam a morrer apenas 4 a 5 minutos após a interrupção do fornecimento de sangue pelo organismo. Como as células do sistema nervoso não são capazes de se regenerar, uma vez mortas, as funções daquela região cerebral são perdidas para sempre.
No AVC, ocorre uma interrupção brusca do fornecimento de sangue para o cérebro. Há duas maneiras disto ocorrer. Uma é haver um "entupimento" em um dos vasos cerebrais. A esta ocorrência chamamos AVC isquêmico ou AVCI. Outra é haver uma ruptura do vaso seguida de sangramento. A esta ocorrência chamamos AVC hemorrágico ou AVCH. Note que, apesar das pessoas leigas chamarem o AVC de "derrame", apenas no AVCH temos um real sangramento!
Existem alguns fatores que facilitam a ocorrência de AVCI. Estes fatores são os mesmos que facilitam a ocorrência de infarto, que nada mais é do que o entupimento dos vasos que levam sangue ao coração, com subseqüente morte das células cardíacas. São eles: hipertensão arterial não controlada (a famosa "pressão alta"), obesidade, tabagismo, presença de níveis aumentados de colesterol no plasma, sedentarismo e diabetes mellitus.
Infelizmente, o moderno estilo de vida das sociedades ocidentais facilita a ocorrência de todos estes fatores. Ingestão de alimentos gordurosos aumentam a taxa de colesterol, além de favorecer a obesidade. Os confortos da vida moderna fazem muitas pessoas não se exercitarem o suficiente, contribuindo para aumentar a chance de ocorrência de AVC.
Um fator de risco para AVC extremamente importante é o tabagismo. O tabagismo aumenta muito a chance de formação de trombos (sangue coagulado), que causam os já citados entupimentos. O fator tabagismo é muito intensificado pelo uso de pílulas anticoncepcionais. Não é raro vermos mulheres jovens vítimas de um AVC (e de infarto cardíaco também!) devido ao uso simultâneo de pílulas anticoncepcionais e fumo. Esta associação é tão perigosa que os médicos consideram uma contra-indicação absoluta o uso de anticoncepcionais por mulheres acima de 35 anos que fumam.
O diabetes mellitus é outro importante fator de risco para AVCI. Esta doença faz com que aumentem os níveis de açúcar (glicose) no sangue da pessoa. Para controlar estes níveis, os diabéticos devem fazer uso de medicamentos (comprimidos ou injeções de insulina) e não podem comer alimentos ricos em açúcar ou gorduras. A longo prazo, algo em torno de 10 a 20 anos, uma pessoa com diabetes sem controle pode vir a apresentar entupimento dos vasos e assim apresentar AVC ou infarto cardíaco. O fator mais importante de todos como causa de AVCH, no entanto, é a hipertensão arterial, chamada pelos leigos de "pressão alta". Esta doença é exatamente isto que o nome diz: um aumento da pressão sangüínea do organismo. Esta é uma doença muito traiçoeira, porque o aumento de pressão, com raras exceções, não causa nenhum sintoma no organismo: nem dores de cabeça, nem tontura, nem nada. No tratamento da hipertensão o paciente deve, portanto tomar remédio TODOS OS DIAS, independente de sentir ou não alguma coisa, pois só assim pode-se garantir que sua pressão estará sempre controlada.
Muitas pessoas, erroneamente, acreditam que podem "prever" quando sua pressão aumenta, pois sentem dor de cabeça ou outros sintomas físicos e assim só tomam o medicamento ao sentir tais sintomas. Na verdade, estes sintomas geralmente não tem nada a ver com aumento de pressão sangüínea e esta pessoa está com seus níveis de pressão descontrolados a maior parte do tempo. Pacientes como o descrito acima são geralmente aqueles que acabam sofrendo um AVCH, pois a pressão alta descontrolada é o maior fator de risco para este tipo de AVC.
Por último, uma outra importante causa de coma é o que é conhecido como "parada cardíaca", que leva à parada da circulação de sangue pelos vasos. A causa desta parada de fluxo de sangue pode ser infarto cardíaco, doenças pulmonares que diminuem a oxigenação do sangue, uso de drogas, hiperglicemia ou hipoglicemia, arritmias cardíacas e muitas outras. O fato importante é que, com a parada de circulação de sangue pelo cérebro, teremos agora lesão não só de uma parte restrita do órgão, mas sim dele todo. Isto inclui o córtex todo, e também grande parte do tronco cerebral. Nesta situação, a única chance do paciente é ser levado muito rapidamente a um hospital ou receber atendimento de urgência por uma unidade de resgate avançada, como a do corpo de bombeiros de São Paulo, por exemplo. O hospital, ou o serviço de resgate, irá aplicar tratamentos de emergência no paciente em parada cardíaca.
Eventualmente, a atividade do coração pode voltar, mas se houver passado muito tempo do início da parada, o cérebro poderá já ter sido completamente lesado. Neste caso, o paciente estará vivo, mas em coma.
Uma maneira de tentar evitar a situação acima descrita é o uso de uma técnica chamada de Suporte Básico de Vida (SBV) ou Basic Life Support (BLS), em inglês. Ela se compõe de massagem cardíaca e respiração artificial, também conhecida por respiração boca-a-boca. O SBV é uma maneira de "ganharmos tempo" até a chegada ao hospital ou até a chegada do resgate, que irá aplicar o Suporte Avançado de Vida (SAV). As técnicas de SBV podem ser aprendidas por qualquer pessoa adulta e são ensinadas em um curso de 1 ou 2 dias de duração. Saber realizar esta técnica pode ser a diferença entre o paciente viver ou não. Dados de pesquisas mostram que se o SBV for iniciado em até 4 minutos, e se o SAV for iniciado em até 8 minutos, 43% das vítimas irão sobreviver.
Mas nenhuma irá sobreviver se o SBV for iniciado em mais de 8-12 minutos e se o SAV for iniciado após 16 minutos do início do evento. É por isso que alguns países mais desenvolvidos, principalmente os Estados Unidos, têm programas de incentivo e de divulgação das técnicas de SBV entre a população geral.
Causas Metabólicas
A causa metabólica mais comum é alteração de glicose no sangue: ou para mais (hiperglicemia) ou para menos (hipoglicemia). A hiperglicemia ocorre em pacientes diabéticos que não usam a medicação de forma regular ou em pessoas que não sabiam ser diabéticas e acabam entrando em coma por excesso de glicose no sangue. É no hospital que vai ser feito o diagnóstico e, por isso, quanto antes o paciente for levado ao hospital, melhor. Já a hipoglicemia ocorre nos diabéticos que ou estão com uma dose maior que a necessária de medicações ou não são disciplinados na alimentação (por exemplo, pulam uma refeição, comem fora de hora etc.), o que leva a uma queda de glicose no sangue, dando alteração do nível de consciência, podendo chegar ao coma.
Podemos ver, então, que os pacientes diabéticos podem evitar (até um certo grau) chegarem ao coma: é só seguirem a prescrição médica direitinho e não abusarem da comida (e nem ficarem em jejum por um longo período).
Outras pessoas que podem ter alteração do nível de consciência de origem metabólica são aquelas que têm doença no fígado ou no rim. Mas não discutiremos essas doenças por enquanto.
As intoxicações por medicamentos, drogas e álcool também são causas metabólicas muito freqüentes (infelizmente) que podem levar ao coma. Por isso, é fundamental não usar remédios por conta própria, não deixar nenhum medicamento (ou produto de limpeza) ao alcance das crianças e, é claro, não usar drogas ou abusar do álcool!
O coma pode ser evitado?
Você pode contribuir para evitar o estado de coma em você, sua família ou seus amigos. Aqui está um resumo do que você pode fazer:
* Evitar alimentação rica em gorduras, para manter sua taxa de colesterol dentro dos limites aceitáveis.
* Ter uma vida fisicamente ativa, com realização de exercícios físicos pelo menos 3 vezes por semana. Se faz muito tempo que você não realiza exercícios, realize caminhadas de 40 minutos em lugares planos.
* PARAR DE FUMAR. Se não fuma, nunca começar.
* Fazer exames periódicos para avaliar presença de hipertensão, diabetes, ou colesterol alto. Recomenda-se medidas de pressão a cada 1 a 2 anos, se normais; dosagem de colesterol a cada 5 anos em homens a partir de 35 anos e em mulheres a partir de 45 anos de idade; e dosagem de glicemia de jejum (para pesquisar presença de diabetes) a cada 3 a 5 anos, acima dos 45 anos de idade.
* Se diagnosticados hipertensão ou diabetes, seguir rigorosamente as recomendações do médico. Tomar a medicação todos os dias e não apenas quando se sentir mal.
* Aprender as técnicas de SBV e difundir estas idéias entre seus amigos, familiares e conhecidos.
* E finalmente, se ocorrer algum desfalecimento em sua casa ou perto de você: se você souber SBV, use seus conhecimentos, peça ajuda e aguarde a chegada do socorro. Se não souber, disque 192 ou 193 para serviços de resgate. Se a pessoa tiver convênio com resgate, acione este serviço o mais rápido possível
O paciente:
o paciente realiza várias tarefas automáticas. Repare que seu coração bate e que ele respira espontaneamente. Às vezes ele pode assumir posturas motoras estranhas, com os membros esticados ou totalmente dobrados. Os olhos estão sempre fechados. Você pode gritar e chacoalhar o paciente, pode até causar um estímulo doloroso a ele. Nada irá despertá-lo. Este é o quadro típico do coma.
Na imensa maioria das vezes, após 2 a 3 semanas da instalação do coma o paciente irá abrir os olhos e readquirir o chamado ciclo vigília-sono. Ou seja, ele passa períodos com os olhos abertos e períodos com os olhos fechados, como se estivesse dormindo. Os olhos se movimentam aleatoriamente, sem se fixar a nada e a ninguém. Eles podem até se fechar diante de uma ameaça, mas não se fixam a nenhum estímulo. Às vezes ocorre reflexo de preensão, ou seja, o paciente agarra firmemente algo colocado em sua mão. Podem haver movimentos lentos dos membros. Pode até ocorrer mastigação e deglutição de alimentos. Podem ser obtidos sons ininteligíveis através de estímulos dolorosos, mas nunca com significado.
Apesar disso, a maioria dos pacientes não emite sons. O importante a ser observado é que, apesar de aparentar ter uma certa "consciência" do que está ocorrendo, o paciente não tem. Todas estas tarefas são executadas automaticamente pelo cérebro, e o paciente não tem consciência de si próprio e do que ocorre a sua volta. Este estado é denominado de Estado Vegetativo Persistente (EVP).
Existe muita discussão sobre como prever o que pode acontecer com um paciente em EVP. A resposta é que esta previsão é impossível. Há pacientes que morrem após certo período em EVP, há outros que permanecem em EVP por longos períodos, às vezes de anos. Há também pacientes que recuperam sua consciência, mas com seqüelas neurológicas e há até pacientes que recuperam sua condição inicial sem seqüelas. No entanto, parece que aqueles que recuperam sua percepção o fazem diretamente do coma, sem passar pelo EVP. Aqueles que entram em EVP raramente se recuperam. Em todo caso, este é um assunto ainda em estudo e a medicina não tem uma resposta definitiva para oferecer aos familiares destes pacientes.
***O que é estado vegetativo?
Estado Vegetativo Persistente (EVP), também chamado apenas de Estado Vegetativo. Ele é chamado de estado, porque é uma situação não normal na vida de uma pessoa. Estado Vegetativo é uma situação diferente do Coma. No Coma, a pessoa está arresponsiva. Ela permanece de olhos fechados o tempo todo, e mesmo que seja estimulado com sons, movimentação ou dor, não responde aos estímulos. Esta pessoa não tem consciência do que está acontecendo ao seu redor.
EVP é um estado mental no qual o paciente está às vezes com os olhos fechados e às vezes com os olhos abertos. É como se ele às vezes dormisse e às vezes acordasse. Mas apesar de abrir os olhos de vez em quando, a pessoa não tem consciência do que acontece ao seu redor, como no coma. O paciente em EVP se mexe um pouco, com movimentos lentos. Seus olhos se movimentam aleatoriamente, mas não se fixam a nada e a ninguém. São capazes de agarrar objetos colocados em sua mão. Alguns são capazes de deglutir comida colocada em sua boca e alguns emitem sons sem significado. Pode dar a impressão de que estes pacientes estão conscientes e realizando estas ações por livre e espontânea vontade, mas não é isso o que ocorre. Estas funções são realizadas automaticamente pelo cérebro. Aliás, o termo "vegetativo" não tem nenhuma relação com vegetais, como alguns poderiam pensar. São chamadas de funções vegetativas do cérebro aquelas funções automáticas, que não necessitam de consciência para serem executadas, tais como respirar, manter o coração batendo, deglutir, mexer os olhos etc. A situação é chamada de Estado Vegetativo porque o cérebro do paciente é capaz de executar apenas as funções vegetativas, e não as conscientes.
Quando uma pessoa entra em Coma, podem ocorrer 3 coisas diferentes: ela pode acordar para o seu normal anterior, ela pode morrer e ela pode passar a apresentar Estado Vegetativo. É impossível prever o que vai acontecer com alguém em EVP. O paciente pode ficar assim anos, e depois acordar. Ou ficar assim anos, e acabar morrendo. A maioria, porém, acaba por falecer num período de meses. Geralmente, quando o paciente acorda, ele o faz diretamente do coma; é muito raro um paciente em EVP voltar ao seu normal
2006-12-20 16:58:27
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answer #2
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answered by * Jaque * 2
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O coma pode ser evitado?
Você pode contribuir para evitar o estado de coma em você, sua família ou seus amigos. Aqui está um resumo do que você pode fazer:
* Evitar alimentação rica em gorduras, para manter sua taxa de colesterol dentro dos limites aceitáveis.
* Ter uma vida fisicamente ativa, com realização de exercícios físicos pelo menos 3 vezes por semana. Se faz muito tempo que você não realiza exercícios, realize caminhadas de 40 minutos em lugares planos.
* PARAR DE FUMAR. Se não fuma, nunca começar.
* Fazer exames periódicos para avaliar presença de hipertensão, diabetes, ou colesterol alto. Recomenda-se medidas de pressão a cada 1 a 2 anos, se normais; dosagem de colesterol a cada 5 anos em homens a partir de 35 anos e em mulheres a partir de 45 anos de idade; e dosagem de glicemia de jejum (para pesquisar presença de diabetes) a cada 3 a 5 anos, acima dos 45 anos de idade.
* Se diagnosticados hipertensão ou diabetes, seguir rigorosamente as recomendações do médico. Tomar a medicação todos os dias e não apenas quando se sentir mal.
* Aprender as técnicas de SBV e difundir estas idéias entre seus amigos, familiares e conhecidos.
* E finalmente, se ocorrer algum desfalecimento em sua casa ou perto de você: se você souber SBV, use seus conhecimentos, peça ajuda e aguarde a chegada do socorro. Se não souber, disque 192 ou 193 para serviços de resgate. Se a pessoa tiver convênio com resgate, acione este serviço o mais rápido possível.[topo]
O que é coma?
Se pegarmos um livro de neurologia e procurarmos o capítulo intitulado Coma, encontraremos: "coma é um estado de falência dos mecanismos que mantém a consciência". Isto nos leva a outra pergunta: o que é consciência?
Podemos definir consciência como "um estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente". Consciência é uma das várias funções do nosso cérebro. Nosso cérebro tem muitas funções: respirar, controlar o coração, pensar, falar, ver, ouvir... e ter consciência. Podemos dizer que consciência é aquela função mental que nos faz saber quem somos, onde estamos e o porquê. Por exemplo, José está na sala de aula assistindo a uma palestra. Neste momento, ele sabe que é José da Silva, tem 30 anos e está assistindo a uma palestra em sua escola. Ela está em São Paulo, Brasil, e são 20:00h de segunda-feira, dia 10 de maio de 2002. A este "conhecimento" chamamos consciência.
A consciência humana pode ser dividida em dois componentes distintos: nível e conteúdo. Nível de consciência é o grau de alerta da pessoa. É o quanto a pessoa está "acordada" para o que acontece a sua volta. Conteúdo da consciência é a soma dos "conhecimentos" que a pessoa tem sobre a situação em que está inserida no momento. No nosso exemplo, tudo o que José sabe sobre si mesmo e sua aula faz parte do conteúdo de sua consciência. Aliás, apenas o ser humano possui conteúdo de consciência, o que nos diferencia dos outros animais. Animais não sabem o que são e nem porque estão ali: eles agem por instinto. O mesmo não acontece com o nível de consciência, que é exibido por outras espécies também. Por exemplo: um gato pode estar mais ou menos "alerta", ou "acordado", mas sem ter conteúdo em sua consciência.
Pode o nível de consciência ser alterado em situações normais? Sim, pode. O exemplo mais comum é o estado de sono, que todos nós experimentamos todas (ou quase todas) as noites. O sono é considerado um estado fisiológico de rebaixamento do nível de consciência. É fisiológico porque faz parte da vida normal de todos os seres humanos e as pessoas podem ser facilmente tiradas deste estado, através de estímulos sonoros ou dolorosos, por exemplo. O coma seria então definido como "um estado patológico de rebaixamento do nível de consciência", do qual não é possível o indivíduo ser tirado, nem mesmo com estímulos dolorosos. É chamado de patológico porque não faz parte da vida normal, sendo conseqüência de alguma doença ou alteração no cérebro da pessoa
2006-12-19 10:36:31
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answer #10
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answered by Ricardão 7
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