Jean-Paul Sartre!
Foi um filósofo existencialista francês do início do século XX. Dizia vir a existência antes da essência. Assim, no existencialismo (que começa com Kierkegaard, 1813-1855), o papel da filosofia é invertido. Desde Platão, quando temos o nascimento da linguagem filosófica (em forma de diálogos), a preocupação desta é o universal em detrimento do particular. E, agora, a existência toma seu lugar na discussão filosófica, partindo de questões cotidianas, e caminhando em direção à universalidade.
O existencialismo ateu de Sartre, por sua natureza avessa aos dogmas da igreja e da moral constituída, atraiu muitos grupos que viam na defesa da liberdade e da vida autêntica um endosso à vida desregrada. Por razões semelhantes foi vista por muitos como uma filosofia nociva aos valores da sociedade e à manutenção da ordem. Seria uma filosofia contra a humanidade. Esta é uma das razões porque toda a obra de Sartre foi incluída no Index de obras proibidas pela Igreja Católica. Sartre responde a isso na conferência "O existencialismo é um humanismo" em que afirma que o existencialismo não pode ser refúgio para os que procuram o escândalo, a inconseqüência e a desordem. O movimento, segundo este texto, não defende o abandono da moral, mas a coloca em seu devido lugar: na responsabilidade individual de cada pessoa. O existencialismo prega uma moral laica em que nossas escolhas não são determinadas pelo medo da punição divina, mas pela consciência de nossa responsabilidade. No meio acadêmico, o existencialismo foi criticado por tratar exclusivamente de questões ontológicas, e por sua defesa da auto-determinação. O existencialismo seria uma filosofia excessivamente preocupada com o indivíduo, sem levar em conta os fatores sócio-econômicos, culturais e os movimentos históricos coletivos que, segundo o marxismo e o estruturalismo, determinam as escolhas e diminuem a liberdade individual. Em resposta a esta crítica, Sartre fez alterações ao seu sistema, e escreveu "A crítica da razão dialética" como tentativa de compatibilizar o existencialismo ao marxismo. Dos dois tomos planejados, apenas o primeiro foi publicado em vida em 1960. O segundo tomo, inacabado, foi publicado postumamente. Neste texto, afirma que "o marxismo é a filosofia insuperável de nosso tempo", e admite que enquanto a humanidade estiver limitada por leis de mercado e pela busca da sobrevivência imediata, a liberdade individual não poderia ser totalmente alcançada. Mas, se do ponto de vista filosófico e político o existencialismo foi superado, não se pode negar sua duradoura influência sobre os mais variados ramos do conhecimento humano. Por ser muito voltado à discussão de aspectos formadores da personalidade humana, o existencialismo exerceu influência na psicologia de Carl Rogers, Fritz Perls, R. D. Laing e Rollo May. Na literatura, influenciou a poesia da Geração Beat, cujos maiores expoentes foram Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William S. Burroughs, além dos dramaturgos do chamado Teatro do Absurdo. Sartre prova sua relevância até na TV contemporânea, onde o cultuado produtor Joss Whedon costuma inserir o existencialismo em seus projetos Buffy a Caça Vampiros, Angel e Firefly. Através de suas contribuições à arte, Sartre conseguiu inserir a filosofia na vida das pessoas comuns. Esta continua a ser sua maior contribuição à cultura mundial.
2006-12-18 13:06:24
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answer #1
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answered by Ybi 3
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Jean Paul Sartre, mais conhecido como o sapo, por sua beleza e sua esposa Simone de Beauvoir foram os precursores dessa linha filosófica. Mas cuidado com o nó no tico e no teco, hehehe
Feliz Natal.
2006-12-19 05:11:35
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answer #3
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answered by JIMMY NEUTRON " O Avaliador 6
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Como diria Humberto Gesinger.: "Não sou eu o mentiroso, foi Sartre que escreveu o livro"
Jean paul, mais conhecido como o sapo, por sua notória beleza e sua "esposa" Simone de Beauvoir foram os precursores dessa linha filosófica.
2006-12-18 20:03:58
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answer #5
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answered by jorge luiz stein 5
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O "Ser e o Nada" é um tratado filosófico de 1943 escrito por Jean-Paul Sartre que é tido como marco para o início do crescimento do Existencialismo no século XX. O título em francês é L'Être et le néant: Essai d'ontologie phénoménologique (O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica).
Seu foco principal é definir a consciência como transcendente. Muito influenciado pelo Ser e o tempo de Martin Heidegger ainda que Sartre fosse extremamente cético a qualquer medida através da qual a humanidade pudesse atingir um estado de completude comparável ao hipotético re-encontro heideggeriano com o Ser.
2006-12-18 20:03:23
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answer #6
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answered by Ricardo 6
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