A origem da palavra paródia, conforme assinala Affonso Romano de Sant'Anna, é grega, significando "ode que perverte o sentido de outra ode", sendo assim a paródia um contracanto.
2006-12-18 11:43:17
·
answer #1
·
answered by Anonymous
·
0⤊
0⤋
Paródia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
A paródia é uma imitação cômica de uma composição literária, em outras palavras é uma imitação burlesca. A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria.
2006-12-20 09:19:39
·
answer #2
·
answered by cristal9deluz5 6
·
0⤊
0⤋
Oi,
Paródia.
Recriação cômica ou imitação burlesca de uma obra ou gênero com sentido crítico insinuado ou explícito.
A crítica literária moderna reconhece no Don Quijote de la Mancha a maior paródia de todos os tempos. Ao parodiar as peripécias do romance de cavalaria, Cervantes criticou a fatuidade do gênero e criou a nova linguagem da ficção.
Paródia é a recriação cômica ou imitação burlesca de uma obra ou de um gênero, com modificação de suas intenções e significado. De caráter lúdico ou ideológico e conteúdo crítico mais ou menos explícito mas sempre presente, a paródia encerra juízos sobre os costumes de uma época. Pela relação entre criação e destruição de valores que nela se estabelece, consiste num elemento de ruptura na evolução linear dos gêneros literários.
Antecedentes
Ao que tudo indica, o primeiro texto no gênero é Batrachomyomachia (c. século V a.C.; Batalha de ratos e batráquios), de autor grego desconhecido, que satiriza a narrativa da guerra entre gregos e troianos da Ilíada de Homero. Para Aristóteles, o inventor da paródia foi Hégemon de Tasos, com sua sátira à A batalha dos gigantes, apresentada à época da expedição militar ateniense à Sicília. O grande parodista da Grécia antiga foi Aristófanes, que com suas imitações caricaturais das tragédias de Eurípides e dos oradores democráticos, tratou a paródia como arma ideológica.
Há elementos de paródia nas sátiras de Luciano de Samósata, escritor grego do século II da era cristã, autor dos Diálogos dos deuses e dos Diálogos dos mortos, crítica à vacuidade de certos filósofos e letrados. Na Idade Média, notáveis paródias de textos litúrgicos ou bíblicos atacam idéias e instituições.
Depois do Renascimento, a paródia ganhou mais importância. Criou-se um gênero parodístico derivado da Batrachomyomachia: a epopéia heróica e cômica, antiepopéia que escarnece do exagero e fantasia do espírito grandiloqüente das epopéias. Além de Cervantes, figuram Luigi Pulci, com Morgante Maggiore (1482-1483; Morgante o Grande); e Teófilo Folengo, com Baldus (1517).
O campo preferido dos parodistas foi o teatro. Na França, a paródia teatral criticou as obras de Corneille e Racine, no século XVIII; as de Victor Hugo e Alexandre Dumas Filho, no século XIX; e o vaudeville, assim que este se firmou como gênero. Na Itália, a paródia esteve muito em voga no século XVIII; no século seguinte, voltou-se para as peças ultra-românticas; e, no século XX, para as de Gabriele D'Annunzio e Luigi Pirandello. Na Grã-Bretanha surgiu o burlesque, imitação cômica baseada na extravagante incongruência entre o assunto e seu tratamento. A principal obra desse gênero é The Beggar's Opera (1728; A ópera dos mendigos), de John Gay, paródia à ópera italiana e contundente crítica social. Na Rússia, a paródia teatral foi freqüente na segunda metade do século XIX: estiveram em voga na época os kapustniki, imitações cômicas de peças famosas. No início do século XX, a paródia russa chegou ao auge no cabaré Krivoi Zerkalo (Espelho Curvo), famoso pela encenação de imitações cômicas de óperas, operetas, balés e peças. A paródia foi usada também pelos revolucionários de 1917.
Na paródia a outros gêneros literários, os nomes mais famosos estão na Grã-Bretanha: Byron, Shelley e Swinburne. Lewis Carroll brincou com os modismos e a seriedade de Isaac Watts e Robert Southey e alterou, sob forma de nonsense, o sentido original de seus versos. Na França, a crítica aos costumes e aos ideais vigentes tem como exemplo três obras de Voltaire: Zadig (1747), Memnon (1749) e Candide (1758) que, exageradas no estilo galhofeiro, serviram para desmoralizar o otimismo do inglês Alexander Pope, o racionalismo do alemão Gottfried Leibniz, o conceito da bondade natural de Jean-Jacques Rousseau, e o estilo de vida da corte parisiense da segunda metade do século XVII e grande parte do XVIII. No século XX, o maior nome da paródia é James Joyce, que refez ironicamente em Ulysses (1921) todos os estilos possíveis, dos classicistas ingleses aos romances sentimentais, e parodiou a própria linguagem literária. A paródia no século XX subsiste mais como espírito do que como processo literário.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Um abraço
2006-12-18 10:43:32
·
answer #3
·
answered by Tin 7
·
0⤊
0⤋
Sant’Anna (1985), rastreou os vários conceitos de paródia e concluiu que, a princÃpio, a paródia era vista como um contracanto, isto é, um poema que era pervertido por outro, muitas vezes, por meio do canto, da música, pois, etimologicamente, a origem é musical e implicava na idéia de uma canção proferida ao lado de outra. Assim, a própria etimologia da palavra marca o caráter polifônico da paródia. Já em uma visão mais moderna, a paródia se define por um jogo intertextual.
Hutcheon(1985) apresenta várias propostas para explicar a paródia. A primeira delas se refere à paródia como uma repetição e como uma diferença. Em seguida, afirma que a paródia nada mais é que um ir e vir intertextual, um misto de homenagem e ironia, uma superposição que incorpora o texto antigo ao novo. Esse duplicar textual da paródia, explica Hutcheon, “ao contrário do pastiche, da alusão, da citação, etc., tem por função assinalar a diferença” (p.74). Partindo da dupla etimologia do prefixo “para”, a pesquisadora defende que o nÃvel pragmático da paródia não se limita, apenas, a produzir um efeito ridicularizador: “para” como contra ou oposição, mas “para” como ao longe de, permite um alargamento do âmbito da paródia, a saber, intimidade, acordo e até cumplicidade.
2006-12-18 10:39:32
·
answer #4
·
answered by kao kabeci ilê 7
·
0⤊
0⤋