A linguagem de certos repórteres é esquisita, sem intenção depreciativa, mas revela a forma rara, fina e requintada que, não sendo usual à maioria, soa excêntrica, extravagante ou fora do comum. Acho engraçado ao ouvir certos absurdos lingüísticos, mormente transmitidos por respeitáveis jornais e noticiários televisivos que falam em “hélices” de helicópteros já que, em Aviação, apenas os aparelhos de “asas fixas” - como aviões - possuem hélices, assim como as embarcações impulsionadas dentro d´água pelos seus hélices - imagine se alguém lhe “apontar a bujarrona içada entre o mastro de vante e o gurupés mostrando uma patesca que é um poleame de laborar num cadernal de um só gorne ou ou roldana, usado para dar retorno ao cabo, explicando que é um aparelho semelhante ao moitão ferrado com gato de tornel, tendo na alça uma peça que quando levantada deixa gornir o cabo pelo seio"! Também não lhe soa esquisito? Mas dizer que "o navio está ancorado no cais" é demais. O certo é "atracado".
2006-12-16
06:56:12
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4 respostas
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perguntado por
Origem9Ω
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em
Artes e Humanidades
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