distribuição e estrutura básicas dos ecossistemas têm uma história antiga onde as variáveis abióticas se associam a variáveis bióticas para produzir o padrão natural de distribuição da biodiversidade. A composição da biosfera resulta de um longo processo co-evoluído entre a parte viva do planeta e seu suporte físico, sendo que o clima aparece como a principal variável na distribuição da vegetação1. O papel do clima foi reconhecido desde o início do século XVII.
CO2 EM NÚMEROS :
- 80% do aquecimento global atual é devido a este gás.
- 97% do gás carbônico emitido em 1997 é proveniente das nações industrializadas através da queima de combustíveis fósseis para produção de energia.
- 80% de toda energia produzida é consumida por @ 25% da população mundial que vive nas nações industrializadas. Principal fator pelo qual os países em desenvolvimento esperam que as nações desenvolvidas sejam as primeira à promoverem cortes na emissão.
- 30% mais CO2 existem hoje na atmosfera terrestre do que na época da revolução industrial.
No século XIX o físico Arrhenius demonstrou que o gás carbônico (CO2) possui a propriedade de capturar e armazenar calor2. A concentração atmosférica dos gases de efeito estufa dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), associados ao vapor d' água condicionam o balanço de energia planetária. Este efeito estufa natural atua como um cobertor térmico impedindo o esfriamento da terra. O aumento das concentrações antrópicas desses gases provoca o efeito estufa antrópico, objeto das preocupações ambientais mundiais.
Várias mudanças climáticas globais ocorreram ao longo da história evolutiva planetária induzindo novas organizações nos ecossistemas. As mudanças climáticas estão intimamente associadas ao ciclo do carbono e atualmente os níveis dos gases de efeito estufa, presentes na atmosfera, são os maiores dos últimos 42.000 anos3. Estudos demonstram a relação entre o aquecimento atmosférico, as mudanças climáticas globais e seus efeitos na distribuição dos ecossistemas4, levando a profundas alterações na atual composição da biodiversidade5.
Não restam dúvidas quanto ao aquecimento global, causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa provenientes de emissões antrópicas, nos últimos 150 anos. Os resultados aceitos pelo Intergovernamental Panel on Climate Change IPCC6 desmentem qualquer afirmativa que as MCG seriam uma concepção teórica, de interesse acadêmico, superdimensionada por pressões políticas de grupos ambientalistas. Este, conclui definitivamente que:
O aquecimento global é devido sobretudo às atividades humanas que aumentam a concentração de Gases de Efeito Estufa e de aerossóis na atmosfera;
a composição química da atmosfera continuará se alterando ao longo do século XXI com efeitos persistentes por vários séculos;
ü a temperatura média do planeta (medidas obtidas na superfície terrestre e marítima) aumentaram desde 1861, ao longo do século XX aumentaram em 0.6º C;
os modelos climáticos estimam que a temperatura global irá aumentar de 1.4 a 5.8º C neste século (2100), dependendo do esforço das nações para implementar políticas de mitigação de gases de efeito estufa;
a década de 90 foi a mais quente do século XX, talvez do milênio, sendo o ano de 1988 o que apresentou o maior pico de temperaturas globais;
a média do nível de todo o mar aumentou entre 0.1 a 0.2 m durante o século XX, com continuada tendência de aumento;
as geleiras, as calotas polares e a neve das montanhas continuam a derreter e diminuir suas áreas de cobertura.
As mudanças climáticas globais e as alterações na biosfera global
Vários episódios relacionam as MCG com alterações na biodiversidade. No Ártico a temperatura subiu 5ºC nos últimos 100 anos e desde 1978 suas geleiras diminuem a uma taxa de 3% por década. Os modelos climáticos prevêem que, em 2080, não haverá mais gelo durante os meses de verão, levando à extinção os ursos polares por fome7. As geleiras alpinas perderam metade de seu volume desde 1850, espécies características das baixas montanhas suíças migraram para alta montanha. Os estoques do salmão do Atlântico Norte serão destruídos quando a temperatura regional do oceano aumentar de 6ºC da média histórica. A diminuição no estoque de peixes levou a morte centenas de milhares de aves marinhas nas costas da Califórnia8.
O branqueamento dos recifes de corais, atestando sua morte, está ampliando a cada ano e estudos mostram uma correlação entre aumento da temperatura local dos oceanos e o branqueamento9.
O declínio de populações de anfíbios por todo o globo surge como um dos mais dramáticos eventos de destruição maciça da fauna. Respostas da biologia destes animais relacionadas com a respiração cutânea e fase aquática em seu ciclo reprodutivo fazem dos anfíbios um indicador de mudanças climáticas O pequeno sapo dourado (Bufo periglenes) exclusivo das montanhas de neblina da Costa Rica foi declarado extinto. Reproduzindo-se somente em uma especifica janela climática ocorreu que 30.000 indivíduos não se reproduziram devido à ausência de poças ocasionada pela estação muito seca de 1987 e somente 29 sobreviveram. Desde 1991 nenhum indivíduo foi encontrado Também o ataque do fungo chytridiomycosis infectando a pele dessecada dos sapos, ocasionou a extinção maciça de várias espécies das florestas tropicais australianas, centro e sul americanas e parte da América do Norte10..
A abordagem metodológica para identificar os impactos no ecossistema brasileiro das mudanças climáticas globais.
Para apontar as tendências de modificação dos ecossistemas brasileiros em resposta aos cenários futuros de mudanças climáticas globais o caminho metodológico abordado se divide em três níveis:
Caracterização do Clima Atual. O clima atual será definido através dos elementos do clima, de suas variações e índices integradores como o balanço hídrico calculado com os dados obtidos em estações climatológicas dispersas pelo território nacional. O resultado de cada ponto será lançado em um mapa do Brasil, em quadrículas com malha de 0,5º
Cenários Climáticos Futuros. Os cenários climáticos para os próximos 100 anos será definido através de cinco modelos climáticos globais a partir de três cenários de baixa, média e alta emissão de CO2 O resultado de cada ponto será lançado em um mapa do Brasil, em quadrículas com malha de 0,5º
O ponto metodológico mais sensível do projeto será a Análise dos Ecossistemas e da Biodiversidade. Este item será abordado considerando
Caracterização Biogeográfica dos Biomas. Consiste na caracterização dos principais tipos de biomas no Brasil (Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal). Para cada unidade, serão geradas uma série de mapas temáticos (geologia, solos, clima, hidrologia e relevo, vegetação e composição dos principais grupos de fauna). e um mapa síntese relacionando as características hidro-morfo-pedológicas e climáticas à vegetação.
Identificação dos Bioindicadores. Para cada bioma será identificada um núcleo representativo sendo a diversidade estrutural analisada criando uma tipologia de ecossistemas através da construção de bioindicadores de resposta funcional dos ecossistemas às condições climáticas extremas tais como esclerofilia, área foliar, caducidade, entre outros. Estes bioindicadores locais serão amarrados à NDVI. permitindo o uso de sensoriamento remoto, para todo o Brasil Relacionando o NDVI com as condições climáticas locais e com os bioindicadores será gerado um modelo de regressão produzindo um índice funcional que estabelece a relação entre as estratégias adaptativas e as condições climáticas na escala regional possibilitando a mudança de escala local (núcleo) para a regional. (ecossistema). .Através deste índice funcional será criado, para cada ecossistema, um mapa de resposta funcional que correlaciona a distribuição dos indicadores obtidos com os dados espectrais permitindo agilizar o mapeamento dos ecossistemas por sensoriamento remoto.
O impacto das MCG sobre os ecossistemas será obtido através do cruzamento dos principais produtos obtidos nestas etapas - mapas síntese dos biomas associando as características hidro-morfo-pedológicas e climáticas à vegetação -mapas dos NDVI para cada ecossistema - mapas de resposta funcional/ sensibilidade de habitats para cada núcleo- mapa do balanço hídrico para cada ecossistema e mapas dos cenários climáticos futuros.
Como resultado final teremos as tendências de alterações na distribuição dos biomas - obtida através do cruzamento entre o mapa síntese e os cenários climáticos futuros (1), bem como as tendência de alterações internas nos ecossistemas - obtida através do cruzamento dos cenários futuros com o mapa de resposta funcional (2) permitindo, também, uma quantificação de áreas de risco de perda de habitat (3).
Para os sistemas costeiros, uma metodologia um pouco diferenciada deverá ser utilizada, levando-se em consideração que o aumento médio do nível do mar será o mesmo, porém seus efeitos serão diferenciados em conseqüência das características da costa brasileira e da variação do nível das marés..
Principais tendências dos impactos das MCG sobre os ecossistemas brasileiros
O Brasil, com a sua dimensão continental, apresenta diversos ecossistemas que foram definidos e limitados ao longo do tempo, em decorrência das características climáticas, do solo, da topografia e da biodiversidade. Destacam-se a Região Amazônica, o Cerrado, o Nordeste Semi-Árido, a Mata Atlântica e o Pantanal.
Em alguns desses ecossistemas, a variabilidade climática já é suficiente para imprimir sinais significativos, não apenas nas condições naturais da biodiversidade, como também nas atividades sócio-econômicas. A Região Litorânea, por outro lado, abriga grande parte da população brasileira e possui áreas que serão alteradas significativamente com o aumento previsto do nível médio dos oceanos.
A dificuldade, até o momento, de se planejar ações compensatórias dos possíveis impactos das mudanças climáticas globais é a falta de conhecimento da intensidade dos impactos das alterações do clima nas regiões específicas. Dessa forma, os trabalhos a serem desenvolvidos visam especialmente o desenvolvimento de modelos regionais de mudanças climáticas, dentro do conhecimento já existente dos modelos de mudanças climáticas globais para os diferentes cenários de emissões dos gases de efeito estufa. Os estudos são complexos pois, em muitos casos, a alteração do balanço hídrico é devido a duas forças de transformação: uma relacionada a mudanças do uso da terra, urbanização, desmatamento; e a outra proveniente das mudanças climáticas do Planeta, decorrentes da alteração química da atmosfera terrestre pelo aumento das concentrações dos gases de efeito estufa.
espero ter ajudado, um abraço
Lena
2006-12-12 11:05:14
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answer #1
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answered by Leda Très Maligne etJolie 3
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calotas de gelo derretendo...fazendo o nivel do mar aumentar gradualmente... a costa de varios paises naum existirá mais com o avanço do nivel do mar... terremotos... tsunamis...furacoes... desaparecimento de especies, desaparecimento das florestas... kerimadas... cancer de pele..., cada ecosistema sofrerá gravemente por td esses transtornos que nos causamos a nossa querida terra...
2006-12-12 17:07:44
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answer #2
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answered by Fê Penedo 2
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Nos ecossistemas, espécies podem morrer devido as varições anormais de temperatura, o nivel dos rios diminuir, irregularidade no período de chuvas, enfim, isso pode causar todo o desequilibrio de uma teia alimentar e faz com que várias espécies sejam extintas e outras entrem em extinção.
2006-12-12 15:54:39
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answer #3
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answered by Ed 2
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Diminuição ainda mais de um pequeno número de espécies que esteja florescendo;
Diminuição da cobertura de gelo;
Aumento do nível do mar;
Mudanças dos padrões climáticos.
ou seja vamos poder passar o ano inteiro na praia.....rsrsr
Abs.
2006-12-12 15:46:28
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answer #4
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answered by maxpower_wf 3
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O aquecimento global causa mudanças climáticas que alteram os ambientes e portanto os ecossistemas. As espécies que não forem capazes de se adaptarem a estas mudanças rápidas se extinguirão, implicando uma redução da biodiversidade.
2006-12-12 15:40:44
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answer #5
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answered by fabi 4
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O aquecimento global está acabando com o nosso bem mais precioso >> a água << e sem ela nós morreremos de sede e assim todas as espécies acabam estintas e Adios Planeta Terra.
Ass: Lune Rapozo
2006-12-12 15:37:38
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answer #6
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answered by Anonymous
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Para que se compreendam as origens e possíveis efeitos do aquecimento global, deve-se entender o fenômeno dos períodos glaciais e inter-glaciais. Tais fenômenos tiveram origem após o término do Eoceno, época geológica que ocorreu entre 56 e 34 milhões de anos atrás.
Durante o Eoceno, o planeta se aqueceu em um dos mais rápidos e extremos eventos de aquecimento global da história geológica da Terra, chamado de Paleoceno-Eoceno Termal Máximo (PETM). Este foi um episódio de rápido e intenso aquecimento que durou cerca de 100.000 anos, fazendo com que a temperatura média do planeta alcançasse 22º C, ou cerca de 7° C superior à média atual.
O clima global durante o Eoceno era bastante homogêneo. A diferença de temperatura entre o equador e os pólos era somente a metade da diferença atual, e as correntes oceânicas profundas eram excepcionalmente quentes. As regiões polares possuíam um clima temperado quente. Florestas temperadas quentes se estendiam até os pólos, enquanto que climas tropicais úmidos eram encontrados até 45 graus de latitude norte e sul.
Porém, as temperaturas médias das regiões equatoriais eram provavelmente similares às atuais, porque o grande aumento da cobertura florestal resultante do aquecimento global do Eoceno fez com que estas florestas regulassem as temperaturas ao nível do solo. O planeta foi totalmente coberto por florestas neste período. Este aquecimento foi provavelmente causado por intensa atividade vulcânica, que criou um poderoso efeito estufa. As florestas controlaram este aquecimento, absorvendo boa parte dos gases emitidos para a atmosfera pelo vulcanismo, ao mesmo tempo em que fizeram o clima ficar mais úmido à medida que ficava mais quente.
Quando este período de intenso vulcanismo terminou, as florestas que recobriam o globo continuaram a crescer e absorver os gases do efeito estufa, lentamente reduzindo sua concentração. Com o tempo, esta diminuição da concentração dos gases de efeito estufa fez a temperatura lentamente cair. Este processo levou cerca de 40.000 anos, rebaixando as temperaturas médias globais até cerca de 10º C, congelando os pólos e dando origem à uma glaciação. As temperaturas mais baixas, associadas à uma redução da umidade na atmosfera, aprisionada na forma de gelo, fizeram com que a maioria das florestas lentamente morressem.
A morte destas florestas gradativamente liberou grandes quantidades de gases do efeito estufa na atmosfera, fazendo com que a temperatura global lentamente voltasse a aumentar. Quando a temperatura média global atingiu os 15º C, similar à atual, grande parte do gelo acumulado nas latitudes mais altas derreteu, e as florestas voltaram a se expandir. Durante outros 40.000 anos o planeta manteve temperaturas similares às atuais, mas as florestas mais uma vez diminuíram a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, o que fez com que uma vez mais a temperatura global caísse para cerca de 10º C, levando à mais um período glacial.
Estes movimentos de distensão e contração das capas de gelo, também conhecidos como períodos glaciais e inter-glaciais, vêm ocorrendo há cerca de 34 milhões de anos. No início, os períodos glaciais eram de cerca de 40.000 anos cada, assim como os períodos inter-glaciais. Com o tempo, os períodos glaciais aumentaram para 100.000 anos cada, e os períodos inter-glaciais diminuíram para cerca de 15.000 anos cada.
O último período inter-glacial, chamado de Emiano, teve início há cerca de 130.000 anos. O clima durante o Emiano era tão estável quanto o presente período inter-glacial, porém um pouco mais quente. As temperaturas máximas observadas durante o Emiano ocorreram há cerca de 125.000 anos atrás, fazendo as florestas ocuparem todas as regiões do planeta, até 70 graus de latitude norte e sul. Esta expansão da área florestal da Terra novamente levou à uma diminuição da concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, e há cerca de 115.000 anos o último período glacial se iniciou. Tal período durou até 17.000 anos atrás, quando o presente período inter-glacial, chamado de Holoceno, se iniciou.
Tirando proveito deste período mais quente, os humanos, que haviam evoluído imensamente durante a última glaciação, começaram a cultivar as plantas e criar os animais que consumiam em sua alimentação. A agricultura e a pecuária eram processos já bem conhecidos pela maior parte das populações humanas há cerca de 8.000 anos.
Durante o último período glacial, a região do Saara possuía um clima temperado semi-árido. Climas semi-áridos possuem uma estação seca que varia entre 7 e 11 meses por ano. Quando o Holoceno se iniciou, o clima do planeta gradativamente ficou mais quente e úmido, fazendo com que o clima da região do Saara se transformasse em tropical estacional há cerca de 12.000 anos. Climas estacionais ainda possuem estações secas, que variam entre 3 e 6 meses por ano.
Algo similar também aconteceu à região da Amazônia. Esta possuía um clima subtropical semi-árido durante a última glaciação, com árvores de maior porte somente sendo encontradas ao longo dos rios. Com o início do Holoceno, esta região também se tornou mais quente e úmida, transformando-se em uma região tropical estacional há cerca de 13.000 anos. Esta região era então coberta por diversos tipos de cerrado, com uma região de floresta estacional em seu interior, onde hoje se localiza a chamada "Hiléia". A Hiléia se transformou em uma floresta tropical úmida há cerca de 9.000 anos, e a região coberta por cerrado se transformou em florestas tropicais estacionais. Atualmente a Hiléia representa cerca de 60% da área total da Amazônia, sendo as extremidades da chamada floresta Amazônica formadas por florestas estacionais que estão lentamente se expandindo em direção ao Brasil central, que ainda é coberto por cerrado. Porém, tal expansão está sendo interrompida pela ação humana.
A civilização chegou ao Brasil central e à Amazônia há cerca de 50 anos, e já está destruindo estas áreas com uma velocidade impressionante, porque esta chegada se deu por parte de um grande número de indivíduos. Neste caso, "civilização" significa agricultura e pecuária de grande escala, para alimentar as populações residentes nas cidades.
A agricultura e a pecuária foram criadas há cerca de 12.000 anos, por populações residentes da região do Saara. Nesta época, o Saara era coberto por uma vegetação similar ao cerrado, e possuía um clima com estação seca de aproximadamente 6 meses ao ano. De maneira à cultivar o solo, tais populações humanas queimavam a vegetação ao final da estação seca, para que as áreas destinadas à agricultura estivessem "limpas" quando a estação chuvosa se iniciasse. Em áreas destinadas à pecuária, o gado consumia os vegetais tenros resultantes da regeneração da floresta depois da queimada. Porém, estas queimadas geralmente se tornavam fora de controle, queimando anualmente áreas enormes de cerrado.
Quando uma região se tornava estéril, as populações humanas se dirigiam à outra área virgem. Há cerca de 8.000 anos, a população humana se utilizando destes métodos de manejo do solo era tão grande que áreas hoje pertencentes à Líbia e ao Egito já se encontravam estéreis. Parte destas populações iniciou um movimento de migração para o oeste, levando o deserto consigo, já que não estavam conscientes da destruição que estavam infligindo à natureza. Nesta época a região do Saara começou a se tornar mais seca, e este processo se acelerou após os romanos conquistarem o norte da África, há cerca de 2.000 anos.
Desta forma, nota-se que se não fosse por esta interferência desastrosa por parte da civilização, o Saara seria atualmente uma região similar à Amazônia. O mesmo processo ocorreu e vem ocorrendo na maior parte do mundo. Atualmente, somente 29% da área continental se encontra coberta por florestas, enquanto que a área coberta por desertos já representa 18% da área continental.
O resultado da diminuição da área florestada e aumento da área desertificada por conta das ações humanas não é somente a diminuição da biodiversidade e da pluviosidade, mas também um aumento gradativo da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. Esta maior concentração de gases do efeito estufa na atmosfera por conta da ação humana aumentou ainda mais após o início da revolução industrial, há cerca de 200 anos. Mesmo se não mais houvessem emissões de gases do efeito estufa, a temperatura média do planeta ainda aumentaria pelos próximos 100 anos, atingindo em média 18º C. Porém, as emissões devem continuar a aumentar, fazendo com que a temperatura média da Terra atinja os 21º C em 100 anos.
Desta forma, as atividades humanas atuais devem fazer com que a temperatura global atinja níveis não observados em 34 milhões de anos. Porém, como as atividades atuais também envolvem a diminuição da cobertura florestal, deve também haver uma diminuição da pluviosidade nas áreas continentais, pois as florestas prestam serviços ambientais importantes para a regulação do balanço hídrico sobre as áreas continentais. Sendo assim, não havendo uma recuperação da cobertura florestal e das áreas desertificadas, a tendência é de que o clima do planeta se torne cada vez mais quente e seco.
Maiores informações; www.seia.ba.gov.br
2006-12-12 15:36:01
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answer #7
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answered by Anonymous
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extinção de varias especies, contando com o homen
2006-12-12 15:33:18
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answer #8
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answered by Anonymous
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se vc n morrer antes de cancer de pele vai saber rss
2006-12-12 15:31:24
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answer #9
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answered by Anonymous
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O aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão -- um aumento da temperatura média da superficie da Terra que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogénicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenómeno.
2006-12-12 15:38:08
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answer #10
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answered by Anonymous
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