Durante século XIX e início do século XX, a situação econômica e política em países como Itália, Alemanha, Espanha e Irlanda, e de diversos povos e minorias que viviam sob o domínio dos impérios austro-húngaro, russo e otomano produziu grandes levas de emigrantes. Por outro lado, nações do Novo Mundo com rápida expansão econômica na indústria ou agricultura (Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile) necessitavam aumentar sua mão-de-obra para continuar sua expansão. O resultado foi uma grande imigração européia para as Américas, principalmente de italianos (que se estabeleceram principalmente nos EUA, Brasil, Argentina e Uruguai), espanhóis (na Argentina, Brasil e EUA), portugueses (nos EUA, Brasil, Canadá, Venezuela e Bermudas), alemães (nos EUA, Brasil, Argentina e Chile) e eslavos (poloneses e russos nos EUA, Brasil e Argentina, e ucranianos no Brasil e Argentina).
Alguns povos ou grupos eram vítimas de discriminações e perseguições em seus países de origem, como os judeus da Europa Oriental, e os armênios que viviam no Império Otomano. Isto fez com que muitos decidissem emigrar para fugir destas perseguições, a partir de fins do século XIX até as duas primeiras décadas do século XX. Nos países de acolhimento muitos encontraram tolerância, liberdade religiosa e condições de prosperarem economicamente. Um exemplo foi o pintor expressionista Lasar Segall, russo de origem judia, que emigrou para o Brasil e tornou-se um dos mais destacados nomes da arte moderna do país.
Do Oriente Médio para as Américas pode-se especialmente destacar a corrente imigratória de povos árabes, principalmente sírios e libaneses, que se fixaram no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e outros, incluindo tanto cristãos quanto muçulmanos. Os imigrantes árabes fixaram-se principalmente nas grandes e médias cidades e dedicaram-se em geral ao comércio. Também vieram numerosos contingentes de japoneses, chineses, indianos (estes em geral se fixaram nas colônias inglesas, como a Guiana) e, a partir do século XX, coreanos.
O fluxo da Europa Ocidental para as Américas reduziu-se com o início da Primeira Guerra Mundial, principalmente os oriundos de países como Itália e Alemanha, que se envolveram naquele conflito. Por outro lado, a imigração de povos minoritários dentro dos impérios russo e otomano, tais como os poloneses e ucranianos no primeiro e os armênios no segundo, cresceu.
Para o Brasil, uma expressiva imigração japonesa iniciou-se a partir de 1908, quando aportou no país o navio Kasato Maru trazendo as primeiras famílias, e seguiu até o governo de Getúlio Vargas, que criou cotas de imigração de acordo com o país de origem. O fluxo de japoneses se estancou com o início da Segunda Guerra Mundial e foi retomado no pós-guerra, mas em escala menor. Após a Guerra da Coréia começaram a chegar ao Brasil os primeiros imigrantes coreanos e, mais recentemente, com crescimento após os anos 80, chineses do continente e, em menor número, de Taiwan.
2006-12-12 15:57:20
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