R=CARNÍVORAS ?
As plantas carnívoras sempre despertaram o interesse do público em geral, acendendo a imaginação das pessoas, devido à sua natureza exótica quando comparada com os demais membros do reino vegetal.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que elas não são monstros de casas mal-assombradas, nem devoradoras de exploradores inocentes perdidos em florestas tropicais africanas. Pelo contrário, na maioria são plantas pequenas e delicadas que capturam pequenos insetos ou animais aquáticos microscópicos. Sua beleza exótica engana muitas pessoas, levando-as a crer que suas folhas, altamente especializadas, são flores - mais ainda, nem se apercebem de que elas são carnívoras. Portanto, a menos que você tenha o tamanho de um inseto, elas lhe são perfeitamente inofensivas.
MAKF
Dionaea muscipula, Drosera spatulata e Utricularia subulata
Para que uma planta possa ser considerada carnívora, é preciso que ela tenha a capacidade de:
(1) atrair,
(2) prender, e
(3) digerir formas de vida animais.
A grande maioria das flores tem a capacidade de atrair insetos para fins de polinização, algumas chegam até a prendê-los para garantir a poliniza磯; exemplos destas são o papo-de-peru e algumas orquídeas. Mas não os digerem, portanto não são carnívoras verdadeiras.
Existem muitas plantas que apresentam algumas destas caraterísticas, mas não todas. Alguns autores consideram-nas carnívoras, outros não. Por exemplo, Darlingtonia e Heliamphora aparentemente não produzem enzimas para digerir suas presas, ficando na dependência da ação de bactérias e fungos, que é lenta, para absorver os nutrientes. Mas suas folhas altamente especializadas, ascídios na verdade, não deixam dúvidas que são plantas carnívoras.
FRL
Heliamphora tatei var. neblinae
LRP
Byblis liniflora Um outro caso é o dos gêneros Roridula e Byblis, que embora capturem grande quantidade de insetos com suas folhas colantes, parece que não produzem enzimas para digerí-los. Mesmo assim, a absorção dos nutrientes ocorre a partir dos excrementos de outros insetos, que se alimentam das presas mas nunca ficam presos nas folhas. Trata-se de uma relação de comensalismo entre estas carnívoras e os insetos imunes às armadilhas.
Há o caso das bromélias Brocchinia e Catopsis, que por alguns autores são consideradas carnívoras basicamente por parecer que capturam muito mais insetos que outras bromélias. Na verdade, todas as bromélias capturam e matam muitos invertebrados por acidente.
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Brocchinia reducta
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Ibicella lutea Mais um caso é o da Ibicella e Proboscidea, que possuem glândulas colantes, capturam muitas presas, não produzem enzimas digestivas, e não abrigam os insetos que se alimentam das presas e defecam nas folhas. Fica meio difícil definir ao certo se são carnívoras, porque as glândulas colantes estão presentes em uma infinidade de plantas - acredita-se que tenham o propósito de defesa. Por exemplo, o Plumbago possui essas glândulas na face exterior de suas sépalas, o que supostamente impede que formigas e outros insetos roubem o néctar e pólen das flores, deixando-os para os verdadeiros polinizadores (insetos voadores).
O QUE ELAS "COMEM" ?
Com frequência encontra-se na literatura o nome "insent�ra" para estas plantas, mas tal termo não é correto. Insetos podem ser o principal elemento de seu cardápio, mas a dieta pode ser bem variada, incluindo desde organismos aquáticos microscópicos, moluscos (lesmas e caramujos), artrópodes em geral (insetos, aranhas e centopéias), e ocasionalmente pequenos vertebrados, como sapos, gecos, passáros e roedores.
FRL
Uma perereca capturada por uma Drosera sessilifolia
LRP
Nepenthes alata As plantas do gênero Nepenthes são as que possuem as maiores armadilhas, que podem alcançar até meio metro de altura cada e armazenar até cinco litros de água. Com frequência elas capturam presas grandes.
Na verdade supõe-se que os vertebrados tornam-se presas acidentamente, quando procurando por insetos presos nas armadilhas, em busca de alimento, os mais debilitados não conseguem escapar, e acabam passando de predador à presa.
COMO CAPTURAM SUAS PRESAS ?
Inicialmente, elas precisam de algum mecanismo para atrair as presas às suas armadilhas. Muitas carnívoras atraem-nas da mesma forma que as flores atraem seus polinizadores: com vívidas cores e odor de néctar. Outras aproveitam-se de padrões de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores. Mais ainda, a luz refletida pelas numerosas gotículas de mucilagem (presentes nas armadilhas de Byblis, Drosera, etc.) ou pelo revestimento externo das folhas de certas bromélias também atrai insetos voadores. Em Genlisea e Utricularia, cujas armadilhas aprisionam principalmente microorganismos, acredita-se (não provado entretanto) que algum tipo de substância química é liberada no solo ou água para atrair as presas.
Há vários tipos de armadilhas utilizadas pelas plantas carnívoras para capturar suas presas:
(1) armadilhas tipo "jaula",
(2) armadilhas de sucção,
(3) folhas colantes, e
(4) ascídios.
As armadilhas "jaula" são as mais famosas por serem a própria representação da ação carnívora por meio de vegetais ! As folhas são modificadas em duas metades com gatilhos no interior. Quando os gatilhos são tocados por presas potenciais, as metades da folha se fecham em incríveis frações de segundo, esmagando a presa e digerindo-a. Esse tipo de armadilha é encontrado na Dionaea e Aldrovanda.
MAKF
Dionaea muscipula
FRL
Utricularia humboldtii Armadilhas de sucção são utilizadas por todas as espécies de Utricularia. Elas consistem de pequenas vesículas, cada qual com uma diminuta entrada cercada por gatilhos que, quando estimulados, provocam a abertura desta entrada. Devido à diferença de pressão entre o interior e o exterior da vesícula, quando a entrada é repentinamente aberta, tudo ao redor é sugado para dentro, incluindo a presa que estimulou o gatilho.
Armadilhas do tipo folhas colantes são as mais simples, e encontradas em algumas famílias sem parentesco próximo. Basicamente, são glândulas colantes espalhadas pelas folhas ou até pela planta toda. As presas são, na maioria, pequenos insetos voadores. Esse tipo de armadilha é encontrado em Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum.
FRL
Drosera montana var. schwackei
AGH
Drosera burmannii Dentre estas, Drosera apresenta movimento nas glândulas, às vezes na folha toda, enrolando-se sobre a presa para colocar mais superfície em contato com ela, portanto ajudando a digestão e subsequente absorção.
Ascídios são folhas altamente especializadas, inchadas e ocas, como se fossem urnas, com uma entrada no topo e líquido digestivo no interior. Novamente, estão presentes em algumas famílias sem parentesco próximo: Cephalotus, Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes, Sarracenia, etc. Capturam desde pequenos vertebrados até diminutos invertebrados. As presas caem no líquido digestivo, aonde se afogam e são digeridas; seus restos se acumulam no fundo, às vezes enchendo a armadilha até o topo !
LRP
Nepenthes alata
FRL
Brocchinia reducta Brocchinia e Catopsis são bromélias típicas que aprisionam suas presas na água acumulada entre suas folhas. Embora suas folhas não tenham formato especializado como com os gêneros acima, o funcionamento da armadilha é basicamente o mesmo.
Já Genlisea possui armadilhas relativamente pequenas, localizadas no subterrâneo ou na água. Capturam pequenos organismos que nadam para dentro delas, provavelmente atraídos por alguma substância liberada pela planta. Embora sejam únicas morfologicamente falando, apresentam paralelos interessantes aos ascídios.
FP
Genlisea aurea
COMO REALIZAM A DIGESTÃO ?
Tendo sido capturada a presa, dá-se início ao processo de digestão.
A digestão das presas é realizada por enzimas proteolíticas (enzimas que digerem proteínas), elas quebram as substâncias em moléculas menores, estas últimas podem ser absorvidas pelas folhas. É um processo similar ao que acontece, por exemplo, no estômago humano, aonde, depois da quebra das moléculas, ocorre absorção pelas paredes do intestino.
Essas enzimas são muito fracas, não causam dano algum à pele humana ou qualquer animal de médio à grande porte.
Apenas algumas espécies não produzem suas próprias enzimas. Elas dependem de bactérias para a digest㯠de suas presas, um processo bem mais lento.
De forma alguma pode-se dizer as plantas carnívoras são plantas "meio vegetal, meio animal". Como qualquer planta, elas realizam fotossíntese. As presas são nada mais que um complemento alimentar, uma fonte de nutrientes para compensar o que as raízes não obtêm do solo. Esta adaptação chegou a tal ponto que essas plantas nem sequer toleram solos ricos em nutrientes.
QUANTAS EXISTEM ?
Atualmente, são conhecidas mais de 500 espécies de plantas carnívoras, espalhadas pelo mundo todo (exceto a Antártida). Podem ser encontradas em regiões desde as quentes e úmidas florestas tropicais, até as tundras gélidas da Sibéria, ou os desertos esturricantes da Austrália.
No Brasil, existem mais de 80 espécies diferentes (exceto pela Austrália, o Brasil é o país que mais tem espécies carnívoras no mundo). Elas crescem principalmente nas serras e chapadas, e podem ser encontradas em quase todos os estados, sendo mais abundantes em Goiás, Minas Gerais e Bahia.
LRP
Serra do Cipó
COMO É SEU HABITAT ?
As plantas carn�ras crescem em solos pobres em nutrientes. A maioria, em solos encharcados (como brejos), de pH baixo (ácido), às vezes pedregosos.
FRL
Drosera sessilifolia e Utricularia amethystina A falta de nutrientes, especialmente o nitrogênio, 頵m fator crítico que limita o crescimento das plantas de maneira geral. Este problema foi resolvido pelas primeiras plantas carnívoras que surgiram na Terra, ao desenvolverem métodos para aprisionar e digerir animais e assim utilizarem-se de suas proteínas (ricas em nitrogênio) como fonte de nutrientes. Como sugerem fósseis de pólen, isso foi há cerca de 65 milhões de anos - na época dos dinossauros !
COMO EVOLUÍRAM ?
Em termos evolutivos, acredita-se que as plantas carn�ras evoluiram a partir de plantas que capturavam parasitas para se defenderem deles, como no caso do Plumbago. Os insetos ficavam presos nas glândulas colantes das folhas, e com o tempo morriam e apodreciam.
Em um certo ponto, as enzimas que normalmente realizam a digestão de proteínas em sementes teriam sido transferidas para outras regiões da planta, assim se especializando na digestão das pragas capturadas, tornando-se plantas competitivas em solos pobres em nutrientes.
Daí, as novas carnívoras especializaram suas folhas, distribuindo glândulas colantes por toda sua extensão para melhor capturar as presas. Elas evoluíram para atrair presas também.
AGH
Drosera burmannii
Dessas folhas de ação passiva, colantes, evoluíram folhas de ação ativa, mais complexas, como as armadilhas da Dionaea, os ascídios de Nepenthes e Sarracenia, e até as esquisitas armadilhas subterrâneas/aquáticas de Utricularia e Genlisea.
2006-12-12 02:45:13
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answer #1
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answered by Anonymous
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plantas carnívoras são fruto da evolução de certas espécies que buscaram uma forma de sobreviver nos solos pobres em nutrientes orgânicos. Essas plantas passaram a retirar do ambiente o complemento alimentar que a terra não lhes fornecia. As primeiras plantas carnívoras que surgiram na Terra desenvolveram métodos para aprisionar e digerir animais e, assim, utilizar suas proteínas - ricas em nitrogênio - como fonte de nutrientes. Estima-se que isso tenha ocorrido há cerca de 65 milhões de anos - na época dos dinossauros!
Acredita-se que as plantas carnívoras evoluíram a partir de plantas que capturavam parasitas para se defender deles, como no caso do Plumbago. Os insetos ficavam presos nas glândulas colantes das folhas e, com o tempo, morriam e apodreciam. Daí, as novas carnívoras especializaram suas folhas, distribuindo glândulas colantes por toda sua extensão para melhor capturar as presas. O interessante é que elas evoluíram também para atrair as presas. Dessas folhas colantes, de ação passiva, evoluíram folhas de ação ativa, mais complexas, como as armadilhas da Dionaea (dionéia), os ascídios das Nepenthes e Sarracenia e até as esquisitas armadilhas subterrâneas/aquáticas da Utricularia e Genlisea.
Em um certo ponto, as enzimas que normalmente realizam a digestão de proteínas em sementes teriam sido transferidas para outras regiões da planta, assim se especializando na digestão das pragas capturadas, tornando-se plantas competitivas nos solos pobres em nutrientes.
Atração fatal
Dionaea muscipula
Atualmente, são conhecidas mais de 500 espécies de plantas carnívoras, espalhadas pelo mundo. No Brasil, existem mais de 80 espécies diferentes. Somos o segundo país do mundo a possuir mais espécies de carnívoras; o primeiro é a Austrália. Aqui, elas crescem principalmente nas serras e chapadas. Podem ser encontradas em quase todos os estados, sendo mais abundantes em Goiás, Minas Gerais e Bahia.
As plantas carnívoras crescem em solos pobres em nutrientes - a maioria em solos encharcados (como brejos), de pH baixo (ácido), às vezes pedregosos. Ao contrário das flores, que atraem e às vezes até prendem insetos para garantir a polinização, as plantas carnívoras têm como comportamento típico a necessidade de atrair, capturar e digerir pequenos seres do reino animal. Muitas carnívoras atraem suas presas da mesma forma que as flores atraem seus polinizadores: com formas, cores, substâncias químicas e odores. Outras se aproveitam dos padrões de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores.
É comum encontrarmos na literatura o nome "insetívora" para estas plantas, mas muitos dos estudiosos sobre o assunto discordam e afirmam que tal termo não é correto. Insetos são o principal elemento de seu cardápio, mas a dieta das carnívoras pode ser bem variada, incluindo desde organismos aquáticos microscópicos, moluscos (lesmas e caramujos), artrópodes em geral (insetos, aranhas e centopéias) e, ocasionalmente, pequenos vertebrados como sapos, pássaros e roedores.
As plantas do gênero Nepenthes são as que possuem as maiores armadilhas, podendo chegar a meio metro de altura cada e armazenar até 5 litros de água! Estas plantas com freqüência capturam presas grandes. Na verdade, supõe-se que os vertebrados tornam-se presas acidentalmente: ao procurar por insetos presos nas armadilhas, em busca de alimento, os mais debilitados não conseguem escapar e acabam passando de predador à presa.
Nepenthes khassiana
De jaulas a folhas colantes Há vários tipos de armadilhas utilizadas pelas plantas carnívoras para capturar suas presas:
* As armadilhas "jaula" são as mais famosas por ser a própria representação da ação carnívora por meio de vegetais! As folhas são divididas em duas partes, como se fosse uma boca, com gatilhos no interior. Ao ser tocado pelo inseto, o gatilho aciona um mecanismo que fecha as metades da folha em incríveis frações de segundo. Elas só voltam a se abrir após as enzimas terem digerido o animal. A propósito, tais enzimas proteolíticas são fracas e, por isso, inofensivas à pele humana e aos animais de médio e de grande porte. Esse tipo de armadilha é encontrado na Dionaea (Dionéia) e Aldrovanda. A dionéia é a mais popular e ativa das plantas carnívoras; tem folhas de 8 a 16 centímetros. O inseto capturado é digerido pelas glândulas digestivas da folha da dionéia durante 5 a 15 dias.
Dionéia
* Armadilhas de "sucção" são utilizadas por todas as espécies de Utricularia, pois elas vivem submersas em água doce ou brejos. Essas espécies possuem pequenas 'bolsas' (utrículos), cada qual com uma minúscula entrada cercada por gatilhos que quando estimulados provocam a abertura dessa entrada. Em razão da diferença de pressão entre o interior e o exterior da 'bolsa' quando a entrada é repentinamente aberta, tudo ao redor é sugado para dentro, incluindo a presa que estimulou o gatilho.
* Armadilhas do tipo "folhas colantes" são as mais simples e encontradas em algumas famílias sem parentesco próximo. Basicamente, são glândulas colantes espalhadas pelas folhas ou até pela planta toda. As presas são, na maioria das vezes, pequenos insetos voadores. Esse tipo de armadilha é encontrado em Byblis, Drosera, Drosophyllum, Ibicella e Triphyophyllum. Dentre estas, a Drosera apresenta movimento nas glândulas, às vezes na folha toda, enrolando-se sobre a presa para colocar mais superfície em contato com ela, de forma a ajudar a digestão e a subseqüente absorção. Com folhas de 2 a 35 centímetros, com longos pêlos glandulares, semelhantes a tentáculos que segregam líquido pegajoso, brilhante e com odor de néctar, elas se curvam para prender os insetos e raramente reagem a um movimento que não seja o de uma presa em potencial. Quanto mais o inseto se debate, mais preso fica pelo líquido viscoso, que contém as enzimas digestivas. Os nutrientes do animal são absorvidos em cerca de 5 dias. Após isso, a folha se desenrola, pronta para nova captura.
* "Ascídios" são folhas altamente especializadas, inchadas e ocas, que se parecem urnas ou jarras, com uma entrada no topo e um líquido digestivo no interior. Também podem estar presentes em algumas famílias sem parentesco próximo: Cephalotus, Darlingtonia, Heliamphora, Nepenthes, Sarracenia, etc. Capturam desde pequenos vertebrados até minúsculos invertebrados. As presas caem no líquido digestivo, ali se afogam e são digeridas. Seus restos se acumulam no fundo, às vezes enchendo a armadilha até o topo! A Darlingtonia, por exemplo, é popularmente chamada de planta-jarra. As folhas, inicialmente delgadas, adquirem forma tubular. As maiores chegam até 90 centímetros de comprimento, assumindo finalmente o aspecto de jarra, com ápice alargado. A jarra é provida de nervuras vermelhas e funciona como armadilha. Os insetos caem no líquido que se acumula no interior da urna em função da cera adesiva que existe na parede interna da parte superior da jarra. Esta espécie é encontrada normalmente em barrancos úmidos e nas margens dos rios. Sua principal característica é o fato de usar bactérias para fazer a digestão dos insetos que aprisiona.
Como cultivar as principais plantas carnívoras
Nepenthes albo marginata
Antes de falar sobre os cuidados específicos das principais carnívoras, é importante tratar sobre o substrato usado para o cultivo. O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (ácido). A exceção fica por conta de algumas espécies de Pinguicula, que necessitam de pH alto. Não há exatamente um consenso entre os cultivadores no que diz respeito ao substrato que deve ser usado. Alguns utilizam a mistura de pó de xaxim e musgo (do gênero Sphagnum) em partes iguais; outros preferem uma mistura de: pó de xaxim, musgo e areia em partes iguais. Para eles, a areia melhora a drenagem do solo, tornando-o mais próximo do tipo de solo do habitat natural de algumas carnívoras. A areia deve ser de rio e não do mar (pois contém muitos sais, prejudiciais a estas plantas). Esta areia deve ser bem lavada, até que a água escorra de cor clara. Com o passar do tempo (em média 2 a 3 anos), o musgo se decompõe, sendo necessário replantar a carnívora em um novo substrato. Tanto o pó de xaxim como o musgo são ser encontrados em lojas de produtos para jardinagem.
Dionéia:
Necessita de muita luz, calor e umidade. O ideal é mantê-la em um local onde receba um pouco de sol direto por dia. Recomenda-se manter o substrato sempre úmido, regando duas vezes ao dia ou mantendo o vaso em um pratinho com água (sempre sem cloro). Não há necessidade de adubações. Para obter novas mudas em casa: Retirar mudas laterais que se formam com o tempo e plantar em outro vaso. Outro método simples é retirar uma folha saudável, sem a parte da "boca", e deixá-la deitada em um vaso com a mistura descrita acima. Mantenha num local sem luz direta, com o substrato sempre úmido até surgirem novas mudinhas. A multiplicação por sementes e por meristema são métodos bem mais complicados para serem realizados em casa.
Droseras:
Conhecidas popularmente como dróseras, elas possuem um líquido parecido com cola que cobre suas folhas e atrai os insetos pelo do seu odor. Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias, resumindo-se em muita luz, calor e umidade. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas em casa: As dróseras se multiplicam com muita facilidade por meio de sementes que se soltam quase o ano todo. Só é necessário colocar as mudas novas em outros vasos preparados com o substrato.
Sarracênias:
Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias e dróseras. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas em casa: As sarracênias multiplicam-se por meio da divisão de touceiras. A nova muda deve ser plantada num vaso pequeno preparado com o substrato.
Nepenthes:
A Nepenthe é uma das poucas plantas carnívoras que se adapta à meia-sombra: gosta de local sem sol direto, mas com muita luminosidade. Recomenda-se regá-la de duas a três vezes por semana. Embora existam controvérsias, alguns cultivadores indicam uma adubação mensal com uma mistura de farinha de osso com torta de mamona.
Para obter novas mudas em casa: A multiplicação é feita por meio de estacas: corte um pedaço de 15 cm da planta com 2 a 3 folhas. Espete 5 cm da estaca para dentro do substrato.
2006-12-12 07:05:54
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answer #3
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answered by Nilza Padovani Feitosa F 4
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