Olá Augusto...
Essa é uma pergunda medíocre (comum, corriqueira, simples e repetida) que merece uma resposta complexa.
Confio na Justiça? Sim, confio.
1º) As pessoas tem que entender que num processo há, ao menos, duas partes contrárias, nunca ambos sairão satisfeitos, a menos que façam um acordo;
2º) Os Juízes concursados (salvo excessões) dão sim, decisões adequadas, principamente porque qualquer desvio ou abuso de poder o advogado pode interpor recurso a Tribunal Superior pugnando por novo julgamento ou mesmo "pedir a cabeça" do Juiz, que, em geral, após anos de estudo e concorrência terrível em concursos, não arriscará o tão valoroso cargo por besteiras a toa ou favores escusos;
3º) A morosidade (letidão), decorre da Lei, principalmente no que diz respeito a oportunidades de defesa do réu, se a lei permite, paciência, o que há de se fazer? Matar o advogado? Claro que não, tudo que não é vedado é permitido. Se o réu quer "enrolar" o que der e o que não der para não pagar, paciência, irá enrolar até esgotarem-se os recursos;
4º) Os Juristas aplicam a lei, não criam, quem cria são aqueles nos Poderes Executivo e Legislativo, se a lei não é uma maravilha, é porque eles dão Ctrl + "c" e Ctrl + "v", alteram, mudam, revogam, sancionam, aprovam, todos os dias, e sem qualificação para avaliar a lei, sem experiencia na aplicação, daí os entendimentos jurisprudenciais diversos;
5º) Juízes são homens, cada um avalia determinado texto de acordo com sua história e experiência de vida, "o que seria do vermelho se todos gostassem do amarelo?", com entendimentos jurisprudenciais não pooderia ser diferente, mas sempre há a possibilidade de recurso e até de pedido de equiparação de julgados;
6º) A burocracia decorre do típico "jeitinho brasileiro", tem gente que falsifica até Nota Fiscal de venda da "mãe" se necessário para acostar aos autos de um processo, se houvesse honestidade não seria necessário tantos entraves burocráticos;
7º) Os governantes (esse é geralmente o exemplo típico quando se fala em injustiça), eles são julgados, em regra, por Tribunais de instâncias superiores, cujos julgadores são nomeados, no caso do STF por exemplo pelo Presidente da República, e para nomeação não é necessário nem mesmo ter exercido atividade jurídica, só a indicação do Presidente, portanto, como considerar idoneo julgamentos efetuados por pessoas que "devem" o próprio cargo aos réus?! Não dá para avaliar o todo pela parte.
Por fim, se o brasileiro votasse melhor, em gente competente, as leis seriam melhores, os indicados, a aplicação e todo o resto.
Em resumo, confio na justiça e nos juízes que julgam os cidadãos comuns, mas desconfio de alguns "magistrados", principalmente os indicados. Entretanto, qualquer justiça deve-se confiar desconfiando, juiz é de carne osso e erra, se tiver um bom procurador ele verificará e recorrerá.
Só que reclamar da péssima e notória qualidade da assistencia judiciária não funciona, reclamar do Governo não funciona, funciona "fazer por si mesmo", "fazer sua perte pelos outros", "votar corretamente", "exigir seus direitos" e assim, os que não tem, poderão ter, dinheiro para contratar bons advogados, sem necessidade da assistencia judiciária.
Mas o povo tá feliz, relegeu as mesmas pessoas.
Cada povo tem o governo, a Justiça, as leis e a aplicação que faz por merecer!
B-jos para todos.
2006-12-09 14:41:16
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answer #7
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answered by Si 7
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Recentemente a mídia divulgou um caso dizendo o seguinte: "Foi presa uma quadrilha ACUSADA de extorsão e corrupção.... blá blá blá...". Isso causa uma impressão na opinião pública, como mensagem subjetiva, de que estes ACUSADOS não precisam nem de julgamento, devem ser presos e condenados imediatamente, dando segurança a Juízes para aplicar qualquer pena. Ora, uma QUADRILHA ACUSADA, é diferente de PESSOAS ACUSADAS DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA. Além de que a expressão ACUSADO tornou-se sinonimo de MAL-FEITOR. Existem casos de lentidão judicial apenas para que o ACUSADO fique mais tempo na cadeia até que venha seu julgamento, recusando-se até Habeas Corpus muito bem fundamentado, comprometendo seu direito à liberdade e ignorando os direitos humanos. Há situações inversas onde existem evidencias e provas sobre o ACUSADO, mas, mesmo assim, lhe é concedido o Habeas Corpus.
Também vemos exporadicamente, artimanhas para condenar um e favorecer outro. Encontramos julgamentos conduzidos pela vontade pessoal de alguns juízes ou influenciadas por processos políticos. Para não irmos muito longe, podemos lembrar dos Senadores e Deputados, que foram caçados ou absolvidos injustamente. São ACUSADOS por EXATAMENTE o mesmo ato ilícito, mas são julgados por critérios diferenes. Não é revoltante? Quem deveria receber uma pena maior ficou ileso, e quem deveria receber a absolvição, ou por que não dizer até uma pena branda, ficou com um prejuízo sem dimensão.
Também vemos o caso dos dois rapazes que foram presos ACUSADOS de roubar um celular. A vítima já reconheceu que não são eles, mas mesmo assim continuam presos há um ano.
Confiar na justição não é fácil. É uma questão de VOCÊ TOPA OU NÃO TOPA? E aí corre o risco de sair sorrindo ou chorando.
Mas é triste!!!
2006-12-09 09:20:52
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answer #9
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answered by Jnr 2
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