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2006-12-07 09:23:23 · 5 respostas · perguntado por JaimInho 1 em Educação e Referência Ensino e Instrução

5 respostas

R=A América Pré Colombiana

Os Olmecas

A cultura olmeca, que se originou na costa sul do Golfo do México (La Venta,
San Lorenzo, Tenochtitlán, Três Zapotes), é considerada a primeira cultura elaborada da Mesoamérica, e matriz de todas as culturas posteriores dessa área.
Quem foram os olmecas? A sua antigüidade remonta á époci em que na Europa, depois de invadirem Creta, os aqueus se preparavam para conquistar Tróia.
Portanto, por volta do século XIII a.C., surgiu na América a primeira civilização,
Que durou até cerca do ano 100 a.C.. As características marcantes do Império Olmeca, que se estendeu desde o México Ocidental até, talvez, a Costa Rica - foram a escultura monumental (colossais cabeças de pedra) e a presença de centros cívicos religiosos a que se subordinavam áreas periféricas (satélites).
Tem razão o historiador mexicano Ignacio Bernal em declarar que "para nós,
americanos, ainda é melhor conhecida a vida de Roma que a de Tenochtitlán ou de Cuzco". Embora já se conheça razoavelmente bem a vida econômica e sócio-política dos astecas e incas, a mesmo não acontece com relação aos olmecas. Recentes pesquisas arqueológicas, realizadas em San Lorenzo, um dos principais centros Olmecas e, provavelmente, o primeiro centro civilizada da Mesoamérica, nos dão conta da existência de colinas artificiais, com desaguamentos subterrâneos que funcionariam como sistemas para controle da água. A costa meridional do Golfo do México é uma área pantanosa, irrigada por numerosos rios. Nesse ambiente tropical, os olmecas cultivaram milho, feijão e abóbora, complementando a subsistência com os produtos obtidos através da caça e da pesca.


Além de talhar monumentos gigantescos, feitos de pedra, os olmecas também
destacaram-se no artesanato de jade. Nem pedra, nem jade existiam no litoral da
Golfo. Os olmecas iam buscar essas matérias-primas em regiões distantes. Como
não conheciam a roda, nem possuíam animais de carga, a pedra era transportada
em balsas, por via fluvial. A procura do jade deve ter servido como estimulo ao
comércio, que se fazia através de numerosas rotas. Acredita-se que a notável influência olmeca na Mesoamérica seja devida á extensão desse comércio.
A organização social dos olmecas era bastante desenvolvida. A população,
espalhada pelo Império, dividia-se entre urna minoria (sacerdotes, artífices de elite), que habitava os centros cerimoniais, e a maioria do povo - camponeses - que vivia nas aldeias.
Nos centros cerimoniais, como o de La Venta, havia altos cômoros, em for.
ma de pirâmide truncada, construídos sobre grandes plataformas de terra, organizadas ao redor de plazas, segundo um plano sistemático. Esses montículos de argila eram rodeados de enormes fossas, onde foram encontradas máscaras religiosas profundamente enterradas. Ao que parece, os cômoros tinham funções primordialmente funerárias

É de se supor a existência de Chefias ou Estados incipientes (como em Três
Zapotes), devido á necessidade de supervisão e planejamento, além de recruta-
mento de numerosa mão-de-obra, para a construção das pirâmides, plataformas
e aterros.

O valor dominante do religioso caracterizou a Arte olmeca. A escultura era
bastante desenvolvida: monumentais cabeças de pedra, com rosto redondo, lábios
grossos e nariz achatado; estatuetas com formas humanas; e outras apresentando
uma mistura de traças humanos e felinos (aguar). Todas caracterizavam-se pela
boca retorcida - típica da Arte olmeca. São freqüentes as representações do jaguar, a principal divindade, sendo que o homem-jaguar representaria, provável.
mente, o deus da chuva. Quanto a pintura, dela encontraram-se poucas exemplares, em locais distantes.
Sabe-se que tinham conhecimentos de Astronomia - basta observar-se o traçado das suas cidades, obedecendo aos pontos cardeais (como La Venta) - e um
calendário, pois foram encontrados, em alguns monumentos, registros de datas
muito antigas. Também conheciam a escrita e possuíam sistemas matemáticos.
Muitos traços e tradições dos olmecas sobreviveram entre as diversas culturas
que os sucederam, como é o caso das culturas dos maias e astecas.

Os Maias

Os maias - que ocuparam as planícies da Península do Iucatâ, quase toda
a Guatemala, a parte ocidental de Honduras e algumas regiões limítrofes - constituíam povos que falavam línguas aparentadas, e elaboraram uma das mais complexas e influentes culturas da América. Alguns historiadores, para quem a Europa é o centro do mundo, chegaram a comparar os maias aos gregos, em termos de importância cultural.
Estes Gregos do Novo Mundo possuíam uma economia agrícola baseada na
produção do milho, considerado alimento sagrado, pois dele se teria originado o
homem, segundo a mitologia maia. A terra era cultivada coletivamente. obrigando-
se os camponeses ao pagamento do imposto coletivo. A caça e a pesca eram atividades complementares, sendo desconhecida a pecuária.


A organização social dos maias ainda é, em grande parte, desconhecida. Entretanto, através do estudo da Arte maia, sobretudo de sua Pintura, pode-se caracterizar essa civilização como uma sociedade de classes. Uma elite (militares e sacerdotes) constituía a classe dominante, de caráter hereditário, que habitam as numerosas centros cerimoniais, circundados pelas aldeias onde vivia a numerosa mão-de-obra composta por camponeses submetidos ao regime da servidão coletiva. Os centros maias não eram apenas o lugar da administração e do culto, mas também exerciam funções comercias: trocas de produtos cultivados e de artigos do artesanato, objetos de ouro e cobre, tecidos de algodão, cerâmica), sendo muito importante o ofício de mercador. Havia ainda os escravos, cujas figuras apareciam em numerosos monumentos do Antigo Império Maia. "Estas figuras de cativos certamente são uma representação dos prisioneiros de guerra reduzidos á escravidão, ainda que possam representar também as pessoas de todo um povoado ou aldeia, coletivamente, melhor do que a um indivíduo em especial, as vezes, os rostos dos prisioneiros são diferentes dos das principais figuras, diferença que possivelmente indica que os senhores pertenciam a uma classe hereditária especial."


Politicamente, acredita-se que o governo maia fosse uma teocracia, exercida
peio Halach Uinic, de caráter hereditário, incumbido da política interna e externa,
e do recolhimento do imposto coletivo das aldeias. Uma espécie de Conselho assessorava esse governante. As chefias das aldeias eram exercidas pelos Batab, com jurisdição local e submetido ao supremo governante, como, aliás, todos os habitantes das aldeias e os funcionários reais. Estas chefias locais poderiam ser constituídas pelas antigas aristocracias tribais, cooptadas pelo Estado para melhor afirmar sua autoridade sobre as aldeias. Havia ainda os Nacom, chefes militares eleitos por um período de três anos, que intervinham nos assuntos da guerra, organizando o exército; e funcionários menos categorizados, os Tupiles, que zelavam pela ordem pública.
Os maias na verdade, nunca chegaram a constituir um Império: cada cidade.
com suas respectivas aldeias, formava um Estado independente: Palenque, Copán, Tical e outras.
Do ponto de vista religioso, os maias acreditavam que o destino do homem era
controlado pelos deuses, e, assim, toda sua produção cultural foi nitidamente influenciada pela religião. A arquitetura era sobretudo religiosa. Utilizando principalmente pedra e terra como materiais, e trabalho forçado da numerosa mão-de-obra camponesa, construíram-se templos, de forma retangular, sobre pirâmides truncadas, com escadarias, e estendendo-se ao redor de praças. Também se edificaram palácios, provavelmente para residência dos sacerdotes, em que os interiores , geralmente longos e estreitos, eram cobertos por uma falsa abóbada, característica desse tipo de edificação. Todas as dependências revestiam-se de elaborada decoração - esculturas, pinturas murais, geralmente representando cenas guerreiras ou cerimoniais (altos dignitários sendo homenageados ou servidos por súditos). A escultura em terracota foi outro exemplo notável da Arte maia, enquanto a Pintura, utilizando cores vivas e intensas, atingiu alto grau de perfeição.






A preocupação religiosa também estava presente nas realizações das maias
no campo do registro do tempo. "Uma das grandes realizações devidas aos sacerdotes foi o calendário da América Central. Todas as religiões se interessam pela determinação do tempo. Elas ligam o ciclo vital da indivíduo aos atos rituais que revivem periodicamente na sociedade e sincronizam este tempo social com a marcha do tempo.
O calendário cíclico, que abrangia um período de 52 anos, era um sistema complexo de contagem do tempo, agrupando três ciclos, com número diferente de dias e com múltiplas combinações. Esse calendário orientava as atividades humanas e pressagiavam as vontades dos deuses. Os maias fizeram notáveis progressos na Astronomia. (eclipses solares, movimento dos planetas). Também adquiriram avançadas noções de Matemático, como um símbolo para o zero e o principio do valor relativo.
Embora não esteja ainda de todo decifrada, já se sabe que a escrita maia, considerada sagrada, não se baseava em um alfabeto: havia sinais pictográficos e símbolos apresentando sílabas, ou combinações de sons.
No que restou da produção literária, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado dos
maias, que contém numerosas lendas e é considerado um dos mais valiosos exemplos de Literatura indígena.
Por volta do ano 900, o Antigo Império Maia sofreu um declínio de população,
e teria iniciado um processo erroneamente confundido com decadência. Alguns
estudiosos atribuem o abandono dos centros maias à guerra, insurreição, revolta
social, invasões bárbaras etc. De fato, os grandes centros foram abandonados, porém não de súbito. As hipóteses mais prováveis apontam para uma exploração intensiva de meios de subsistência inadequados, provocando a exaustão do solo e a deficiência alimentar.
A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos Toltecas, prolongou-se no
Novo Império Maia até a conquista definitiva pelos espanhóis.

2006-12-07 23:32:08 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

Esse termo refere-se ao continente americano antes da chegada de Cristóvão Colombo, seu descobridor oficial, no ano de 1492.

2006-12-07 17:25:49 · answer #2 · answered by Gravitolino Nonato 6 · 1 0

É a história das Américas antes das chegadas dos colonizadores europeus, que teve inicio com a descoberta de Colombo ....

2006-12-07 17:34:43 · answer #3 · answered by Roberto 5 · 0 0

Foi a américa antes da descoberta pelo seu cristóvão ( o cristóvão Colombo)

2006-12-07 17:25:25 · answer #4 · answered by Du 4 · 0 0

Oi,

América pré-colombiana
Quando Colombo chegou à América, em 1492, não poderia supor que o continente fosse habitado de longa data. Na verdade vários povos e civilizações, em estágios diversos de desenvolvimento material, ocupavam essa vasta extensão de terras. Em sucessivas ondas migratórias iniciadas há cerca de 40 000 anos, povos provenientes da Ásia e da Oceania foram se espalhando por todo o continente americano.
Aos poucos, foram se fixado, adaptando-se ao meio e formando grupos diferenciados, que podem ser classificados, resumidamente, em sociedades de caçadores e coletores e sociedades agrárias.

Sociedades de caçadores e coletores
Espalhados por extensas regiões, esses povos praticavam a caça, a pesca e a coleta. Por vezes, desenvolviam uma agricultura rudimentar e nômade do milho, da batata-doce e da mandioca. Empregavam utensílios de pedra e madeira e desconheciam os metais. Organizavam-se em tribos ou confederações de curta duração. São exemplos dessas sociedades os aruaques e tupis-guaranis do Brasil, os caraíbas das Antilhas, os patagônios e araucanos do sul do continente americano e os iroqueses e sioux da América do Norte.
Um exemplo característico das pirâmides escalonadas, encimadas por templos. Cidade maia de Palenque, México.

Sociedades agrárias
Possuíam alta densidade demográfica, eram materialmente desenvolvidas e rigidamente divididas em camadas sociais. Caracterizavam-se pela inexistência da propriedade privada. Todas as terras pertenciam ao Estado, que controlava a produção das aldeias, coordenando as obras coletivas como a construção de aquedutos, diques, fortalezas, templos etc.
Os incas desenvolveram adiantadas técnicas de construção de terraços, o que lhes permitiu tornar produtivas as encostas íngremes das altas montanhas dos Andes. Observe particulamente o lado esquerdo da foto. Ruínas da cidade de Machu-Pichu, no Peru
Por terem alcançado tal estágio de desenvolvimento, as sociedades agrárias dominavam as comunidades vizinhas, das quais exigiam tributos e prestação de serviços. Esses serviços evoluíram para uma forma de trabalho coletivo obrigatório (a mita), realizado para a aristocracia dominante.
Apesar de desconhecerem a roda e o cavalo, estas sociedades desenvolveram técnicas agrícolas bastante eficientes, principalmente processos de irrigação, que tornaram férteis campos improdutivos. Embora desconhecessem o ferro, eram hábeis metalúrgicos trabalhando principalmente o cobre, o ouro e a prata, fabricando armas, ferramentas, utensílios e objetos de adorno.
Os maias do sul do México, Honduras e Guatemala, os astecas do planalto mexicano e os incas do Peru são exemplos de sociedades agrárias com culturas elaboradas. Na época dos descobrimentos, alguns desses povos atravessavam uma crise política, principalmente devido a revoltas de tribos subjugadas, o que diminuiu seu poder de organização e defesa diante dos invasores espanhóis.

Um abraço

2006-12-07 17:30:38 · answer #5 · answered by Tin 7 · 0 1

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