Numa noite sem luar, podemos ver, próximo ao pé do Cruzeiro do Sul, em meio a uma região bastante estrelada uma espécie de mancha escura chamada Saco de Carvão. trata-se de uma das muitas nuvens de gás e poeira que existem em nossa galáxia e que são denominadas nuvens interestelares (muitas outras podem ser vistas a olho nu como manchas escuras espalhadas na Via Láctea, por entre campos ricos em estrelas). estrelas recém formadas no interior da nuvem podem "iluminá-la" como no caso da nebulosa de Orion.
Muito mais rarefeitas que o melhor vácuo já obtido em laboratório, essas nuvens têm densidades típicas de 30 átomos/cm3 e temperaturas típicas de 75 K (-198° C). Entre as nuvens existe um meio interestelar mais quente e menos denso.
As flutuações na densidade que ocorrem freqüentemente no interior dessas nuvens, funcionam como centros que atraem gravitacionalmente a matéria circundante. Havendo densidade suficiente, esses centros, ou glóbulos, atraem cada vez mais matéria, reforçando o campo gravitacional, que por sua vez, obriga a matéria contida nos glóbulos a se concentrar sempre mais.
A energia cinética dos átomos em queda livre sobre o centro dos glóbulos é dissipada, aumentando a energia cinética média do gás. A pressão térmica resultante atua no sentido de impedir que o colapso continue. Por outro lado, metade da energia térmica é emitida em forma de ondas eletromagnéticas (principalmente na faixa espectral do infravermelho). Essa perda de energia provoca, portanto, a queda da pressão e facilita o trabalho da gravidade de contrair o glóbulo e aumentar ainda mais a temperatura central.
A essa altura, a massa do gás que se contrai e se auto-aquece é um embrião de uma nova estrela. Vamos, aqui, delinear a história da contração de um glóbulo de massa igual à do Sol (1 massa solar º 1 Mq = 2 x 1033 g). Atingida a temperatura de 15000 K as colisões separam os elétrons dos prótons ionizando completamente o Hidrogênio. Nesta fase, um glóbulo com raio inicial de 3 vezes a distância atual do Sol a Plutão (que é de cerca de 6 bilhões de Km) contrai-se até ter um raio igual à distância da Terra ao Sol (150 milhões de Km). Uma proto-estrela já existe e, se sua massa for de 1 Mq sua luminosidade será 10 mil vezes maior que a do Sol atual (4x1033 ergs). A energia irradiada é toda proveniente da contração gravitacional. Com uma idade de 10 milhões de anos a proto-estrela possui um núcleo a uma temperatura de 12 milhões de K e diâmetro igual ao do Sol.
Falando dos planetas do sistema solar temos. Os nove planetas do sistema solar diferenciam-se em dimensão e aspecto. Entretanto, podem ser classificados em 2 grupos : os 4 planetas mais próximos do sol são conhecidos como planetas terrestres, ou telúricos; os 4 seguintes, como planetas gasosos, ou gigantes gasosos.
Plutão, o 9.º planeta, não se enquadra nessa classificação
No sistema solar interior, mais quente, os restos rochosos da nebulosa deram origem aos planetas. As rochas, muito numerosas, chocaram-se entre si, formando aglomerados cada vez maiores. Estes, atraindo-se uns aos outros pela força da gravidade, resultaram nos 4 planetas terrestres – MERCÚRIO, VÊNUS, TERRA e MARTE.
A superfície de tais planetas sofreu um aquecimento devido ao constante bombardeio das rochas que orbitavam ao redor do disco central. Contribuiu também para tal aumento de temperatura, a radiatividade própria do interior
dos planetas. Como conseqüência do aumento de temperatura, os metais que compunham parcialmente os planetas fundiram-se e penetraram nas áreas centrais, dando origem à formação de veios e depósitos
No sistema solar exterior, talvez em virtude da presença de um maior número de aglomerados ou à abundância de água a uma notável distância do sol, formaram-se corpos muito compactos, rodeados de famílias inteiras de satélites. A massa desses corpos era cerca de 10 vezes maior que a Terra, e sua gravidade suficientemente elevada para reter densas atmosferas, que se haviam formado pela atração de parte da nuvem de gás que ainda rodeava o sistema solar primitivo. Assim formaram-se em tais regiões os 4 planetas gasosos gigantes – JÚPITER, SATURNO, URANO e NETUNO.
Localizado nos limites do sistema solar, PLUTÃO é diferente de todos os outros. Trata-se de um planeta pequeno, seu diâmetro equivale a menos da metade do de Mercúrio e menos de 1/5 do diâmetro da Terra, e sua massa é igual à quinta parte da massa lunar. É possível que sua origem não seja a mesma dos demais planetas.Alguns cientista defendem que plutão já foi um satélite de Netuno que se desgarrou de sua órbita, e mais recentemente foi rebaixado a planeta anão.
2006-12-07 05:00:36
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answer #1
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answered by grandeurso1 3
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