QUISERA
Senhor, neste Natal
armar uma árvore e nela
pendurar, em vez de bolas, os
nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe, de perto. Os antigos e
os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os
que raramente encontro. Os sempre lembrados e
os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os
itinetantes. Das horas difÃceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer eu magoei, ou sem querer me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem conheço
apenas a aparência. Os que me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já
passaram pela minha vida. Uma árvore de raÃzes muito profundas para que seus nomes
nunca sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos para que novos
nomes vindos
De todas as partes venham juntar-se aos existentes. Uma árvore de sombra muito
agradáveis para
que nossa amizade,
seja um momento de
Repouso nas lutas da vida.
Que o Natal esteja vivo em cada dia do ano que
se inicia para que possamos juntos viver o amor !!
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Mensagem de Natal:
Preparação para o Natal
Lucia Helena dos Santos
Penso no Natal como o aniversário de Jesus, a brotação da primavera do Cristo no coração de cada um. Portanto, quando quero dar presentes natalinos para amigos e familiares, escolho-os com todo amor e carinho para o Ser divino que a pessoa amada é.
Além disso, gosto de ter um presente especial para o Menino Deus na noite de Natal. A cada dezembro passo o mês criando o meu presente para Ele, mas nem sempre no plano fÃsico. Primeiramente eu peço a Deus EspÃrito Santo inspiração para que meu presente seja uma jóia de luz.
Por exemplo, certa vez a forma a ser criada era uma almofada. Passei alguns dias tecendo o pano da almofada com luz azul provinda do meu coração. Depois, bordei mentalmente com fios de ouro o desenho o mapa do Brasil com uma estrela de cinco pontas no centro. Preenchi a almofada com nuvens e perfumei-a com mirra. Enquanto trabalhava meditando naquele presente, ficava pensando que gostaria de fazer uma surpresa, mas isto é impossÃvel, pois Ele, habitando em cada um, vê e lê todos os pensamentos.
No ano passado, por mais que eu pedisse ao EspÃrito Santo a inspiração para o presente, não conseguia nem uma idéia inovadora. Aliás, não é fácil encontrar algo digno do Menino Deus. Já era 17 de dezembro e... nada! Eu já estava mesmo preocupada.
Então aconteceu que na noite seguinte, enquanto meu corpo dormia, senti um vento muito forte que me arrastava através do tempo e fui parar na cidade de Belém, no dia anterior ao nascimento de Jesus. Era uma sensação muito estranha o meu posicionamento no tempo, pois era simultaneamente passado, presente e futuro acontecendo ali naquele momento.
Existia no ar algo muito especial, algo que elevava o pensar e o sentir. Muitas pessoas que circulavam nas ruas pareciam em profunda meditação, pois seus rostos emanavam doçura e serenidade. Porém, seus olhos brilhavam, deixando transparecer que aguardavam algo muito especial.
Foi então que surgiu em minha mente o seguinte pensamento: à um grande privilégio estar aqui e agora, consciente de que daqui a pouco o Grande Instrutor dos homens e dos anjos encarnará num corpo humano e já saber de antemão toda a história. Sei até que ele vai nascer em uma estrebaria, numa certa gruta de Belém. Puxa vida! Isto é o máximo! O que posso fazer para recebê-lo com mais dignidade e amor?
Num instante minha mente começou a revirar meu Ãntimo à procura dos talentos que Deus me deu. Descobri então que eu era muito boa em limpar e embelezar o que estivesse à minha frente.
Feliz e com o coração transbordando as essências da beleza e do entusiasmo, cheguei à gruta de Belém. Ainda do lado de fora, já senti um insuportável mau cheiro de mofo e estrume. A visão do interior era desalentadora. Os animais chafurdavam num pântano de lama e esterco. Vacas, bezerros, asnos, cabras e ovelhas, todos estavam imundos, mal cheirosos e cobertos de carrapatos. A manjedoura era só capim mofado.
Eu podia me mover no tempo e no espaço com muita facilidade e sem nenhum cansaço, por isso voltei à minha casa e peguei tudo o que precisava para a tarefa a que me propunha. Levei pá, enxada, carrinho de mão e pus-me a raspar o excremento dos animais, levando tudo para bem longe. Carreguei baldes e mais baldes de água e lavei todo o chão de pedra da gruta até deixá-lo super limpo.
Catei os carrapatos de cada animal, dei-lhes um bom banho e enxagüei seus pelos com um perfumado chá de patchuli. Colhi sempre-vivas no meu jardim e teci guirlandas de flores para o pescoço de cada um. Eles me sorriram, orgulhosos de sua nova aparência. Então, solenemente e com autoridade, disse a eles: “Daqui por diante, fica proibido fazer cocô aqui dentro! Façam lá fora, no mato! Ajudem-me a manter este lugar digno do Deus Vivo que daqui a pouco estará entre nós!”
Em seguida, retirei todo aquele capim mofado da manjedoura. Voltei ao meu herbário e, com toda reverência, colhi as ervas mais finas e perfumadas, dando preferência à s primÃcias, ou seja, à s colhidas pela primeira vez. Com essas nobres ervas, arrumei na manjedoura um berço macio, cheiroso e confortável.
Mentalmente eu disse aos elementais daquelas ervas que eles eram felizardos, pois estariam em contato Ãntimo com o corpo do doce Rabi. Colhi também muitas folhas de alfazema. Espalhei metade pelo chão junto com muitas pétalas de rosa e queimei o restante no incensário, para perfumar o ar da gruta.
De repente, um doce clarão encheu a gruta com uma luz rosa pêssego. Era a Secreta Estrela de Amor, a Estrela da Natividade, um imenso corpo de luz procedente do coração de Deus que pairava sobre a gruta. Seus raios potentes e sutis eram a essência do Puro Amor Divino. Aqueles raios atravessavam e impregnavam tudo, inclusive as pedras, tornando-as luminosas.
A expressão dos animais era de estarem no céu. Já anoitecia. O ar encheu-se de música suave e delicada. Era o coro de anjos chegando para a grande e tão esperada ocasião.
Olhei para o local, agora totalmente transformado e fiquei imensamente feliz pois tudo estava belo e perfeito. Estava extasiada com aquele momento e então desejei ardentemente que ele se tornasse eterno para mim e para todos. Sem que eu pudesse intervir, comecei a voltar para o meu corpo.
Quando acordei, percebi que não era mais a mesma pessoa. Era uma sensação de estado de graça, que perdurou meses. A partir daquele momento, sentia dentro da minha cabeça uma pequena réplica da Secreta Estrela de Amor, um doce sol que enchia minha mente de pensamentos belos e amorosos.
Agora percebia que a Gruta de Belém era o meu coração (O nome Belém significa Casa do Pão). Toda aquela limpeza e embelezamento que eu fizera, lá no passado, era presente no meu coração.
Iniciei a pensar no futuro e uma voz interior me disse que a Terra será um novo ParaÃso, pois haverá uma grande expansão da Presença CrÃstica em cada coração. Ai eu perguntei o que poderia fazer para que o futuro acontecesse logo. A resposta foi que eu escrevesse tudo o que tinha experimentado, pois talvez outras pessoas aderissem à idéia de limpar e embelezar sua gruta-coração, encontrar seus talentos latentes e colocá-los aos pés do Menino Jesus na noite de Natal, pois esse é um momento mágico e merece ser preparado e muito esperado.
O resultado dessa atitude é que, durante o ano inteiro, a voz interior fica sempre interrogando: “O que posso fazer para que sua chegada seja gloriosa?” Passado, presente e futuro se fundem no aqui e agora em trabalhar, amar e consagrar nossa existência a vê-lo, servi-lo e reverenciá-lo em cada coração.
2006-12-06 22:26:35
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answer #7
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answered by ROMEYNE SANTOS DE ANDRADE 2
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