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De ambos os autointitulados "Filósfos" que aqui participam, estando um no nível 5 e o outro no 3 (o que não quer dizer absolutamente nada, apenas o digo para discerni-los), quero, se se habilitarem, resposta filosófica, tecnicíssima.
Para os demais, como quiserem.
Embora a resposta não exija pesquisa na Inter, execeto para os dois (autointitulados) "Filósofos", fica a critério de vocês. Apenas, consulta, porém, nada de colar aqui.

2006-12-06 15:32:50 · 4 respostas · perguntado por Anonymous em Artes e Humanidades Filosofia

4 respostas

Caro hamas, tinha elaborado uma resposta demasiado grande, mas por tolice minha, no momento de enviá-la acabei por travar o tal do PC. Mas aceito o desafio e aí vai minha reposta reconstruída ato contínuo à perda dos dados anteriores.

A exigência da resposta, pretendo, será cumprida à risca, em que pese meus rudimentos filosóficos. De toda sorte, me valerei ao final de meu monotecnicismo jurídico a serviço do nada.

Principio minha argumentação me servindo de uma afirmação de Bob Black e por mim já disseminada neste espaço: Fora trabalhar e pagar não temos nenhuma outra utilidade para a sociedade.

Meu ponto de partida é este e já deixo a conclusão: O CAPITAL se personificou, como na lenda de Frankstein (esclareço de imediato que não debulharei bravatas contra o capitalismo e contra a burguesia para não ser enfadonho e pueril).

Certa vez um participante do Y!R me respondeu que o homem não sente saudade do ancien régime, sepultado em 1789. Para ele, ainda deveríamos tributar nossos votos de fé nos valores da igualdade, fraternidade e liberdade.

Vamos por fatos:

A sanha iconoclasta da burguesia, apesar de necessária, acabou por criar os ídolos modernos, que são o trabalho (o pleno emprego) e o capital stricto sensu (instrumento de concretização do direito de propriedade).

Os facistas italianos não foram de todos inúteis para a História. Na Itália da metade do século passado criou-se o que podemos chamar de aspecto corporativo da empresa, de sorte que esta é considerada um conjunto de forças (capital e trabalho) organizada sistematicamente em benefício de todos os seus participantes (burgueses e massa trabalhadora).

Aqui vai um dado jurídico, considerado como válido atualmente. Em tediosos manuais de direito ensina-se uma tal teoria da empresa. Empresa é atividade econômica de produção e circulação de riqueza com intuito de lucro, baseada na organização de bens, capital e trabalho. Veja que empresa não é a figura do empresário, aquele que aporta capital stricto sensu ao empreendimento. Apesar de o empresário ser o perceptor dos lucros, sua tarefa é o de administrar a empresa (obviamente no microcosmo deste o que lhe interessa é lucro apenas).

Hoje em dia é claramente perceptível por todos os setores da sociedade (de nós eleitores, aos discursos políticos) a necessidade de se defender o permanente funcionamento da empresa, ainda que se suceda uma cadeia de empresários que a titularize e que a trespasse a outro empresário empreendedor. Perceba que a figura do detentor do capital stricto sensu (o burguês high-tech) é de somenos importância, ou ao menos deixou de ser um fim em si mesmo. O que interessa é que o capital sempre se movimente, venha ele do onde vier (inclusive proveniente de lavagem de dinheiro, por que não?), para manter a empresa funcionando (veja que é perfeitamente possível a venda do estabelecimento. Se por acaso o Grupo Pão de Açúcar quiser lhe vender o supermercado mais próximo à sua casa, poderá fazê-lo sem que para isso perca sua natureza de pessoa jurídica ou de sociedade empresária ou simplesmente de empresário. Se você o explorar a contento, o Capital fica agradecido). O que interessa no caso é a permanência do empreendimento, com a manutenção dos trabalhadores, o pagamento de impostos e o cumprimento dos contratos de fornecimento com outros empresários.

Eis aí o tal caráter corporativo da empresa (construído pelos fascistas), mas não admitido pelos juristas e legisladores por puro preconceito.

Hoje existe o chamado instituto da recuperação judicial de empresas. Veja bem: de empresas e não de empresários, sociedades empresárias, pessoas jurídicas. Os empreendedores falidos e incapazes que se "danem". Entretanto, se houver alguém como mais capital stricto sensu interessado em recuperar e manter a empresa, que seja bem-vindo. A ordem é manter empregos, pagar tributos e produzir para se vender, exportar, gerar lucros que se transformam em capital stricto sensu para ser reinvestido, num ciclo sem fim.

Aqui, se permitires a pretensão, entrará a sutileza de minha especulação. Veja que o Capital lato sensu e seu sistema decorrente, apesar de terem como porta-voz o burguês high-tech, já possuem vontade própria. Seus comandos surgem disseminados, difundidos no voto de fé que a sociedade, por meio das falsas "revoluções" constitucionalistas, vez no sistema capitalista. Hoje ninguém ousa discutir a livre iniciativa e a busca do trabalho. São fundamentos do Estado Moderno!

Ora, o capital lato sensu apenas mantém sua utilidade, de forma a justificar o funcionamento de todo este aparato (exploração de bens, aplicação de capital, utilização da força de trabalho) se houver um destinatário de seu produto que é o consumidor.

Eis no que o homem se reduziu: no CONSUMIDOR, aquele capaz de não fazer a máquina capitalista, muito bem engendrada, parar.
Veja que até cultura nós somos capazes de consumir!!!!!

Um adendo: Roger L. Taylor tem um livro interessante sobre esse assunto "Arte, inimiga do povo".

Queria explorar mais a questão e expender fundamentos mais complexos. Minha limitação não permite maiores argumentos. Além do que não convém. Fui muito extenso.

Lembro-lhe que o capital em breve suplantará o Estado. Este mentiu e malogrou. Então a sociedade passará a procurar o capital como seu redentor.

Agora venhamos e convenhamos! Sem hipocrisias, queria deixar bem claro, no meu modesto entender, que SEM DINHEIRO NÃO HÁ DIGNIDADE HUMANA. Infelizmente chegamos a tal estágio.


Saudações! Apenas para lembrá-lo, não sou do séquito de Bentham!

Meu caro, esse Y!R me cansou! E a ti também?

2006-12-07 03:58:24 · answer #1 · answered by . 5 · 1 0

eu sou um dos 'demais'
faz 100 mil anos q é assim
e os proximos 100 mil anos
serao assim

2006-12-07 12:51:24 · answer #2 · answered by jaderdavila 6 · 0 0

O que posso dizer? Se apenas sei que o imperativo me remete ao ódio que sinto à presença de pessoas que o utilizam para apenas vender algo que talvez eu não queira sem ao menos relevar o meu gosto.
Nem precisam ser afáveis ou mesmo agradáveis. O comércio e a relatividade da compra/vendas de produtos se tornou degradante.
Ser levado a comprar algo que talvez seja supérfluo mediante as sua necessidades e aspirações é ridículo!
A própria televisão leva muitas pessoas a comprarem compulsivamente algo que não nos faz parte da realidade a qual nos inserimos e a renda que possuímos.
Para mim, a melhor vendedora de sonhos e produtos em massa é a televisão. Por isso eu a odeio!!!!!!!!!!!!!!!!

2006-12-07 04:50:09 · answer #3 · answered by estefania l 2 · 0 0

Vale a lei da concorrência:viramos objetos e quanto mais nos tratem bem mais certeza terão de que compraremos. Servem-nos cafezinhos e chás, sentam-nos em poltronas revestidas de veludo porque temos o capital (mesmo que pouco) de que necessitam. A questão do imperativo, nessa área,tem o mesmo objetivo. "Entre, senhora, e conheça as nossas novidades". "Visite-nos", "Obtenha uma demonstração grátis". "Não compre em outra loja".

2006-12-07 04:49:58 · answer #4 · answered by elisamakai 5 · 0 0

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