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2006-12-06 02:53:15 · 7 respostas · perguntado por Zé Ninguém 5 em Educação e Referência Conhecimentos Gerais

7 respostas

O Candomblé e a Umbanda
Autor: José Queid Tufaile


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O Candomblé, ao desembarcar no País com os escravos, encontrou aqui um outro culto de natureza mediúnica, chamado "Pajelança", praticado pelos índios nativos em variadas formas. Em ambos os cultos havia a comunicação de Espíritos. Os jesuítas, incumbidos de "doutrinar" os índios e depois o negro, proibiram que estes últimos cultuassem seus "deuses" pátrios. Naquela época não havia liberdade religiosa. Os escravos, por não terem outra alternativa (os açoites falavam alto), construíam altares com imagens e gravuras dos santos do catolicismo. Nas práticas exteriores, chamavam-nos segundo a vontade dos padres, mas em sua intimidade associavam essas imagens aos orixás que evocavam fervorosamente. Era a única forma de continuarem com suas crenças de origem. Formou-se assim o "sincretismo religioso", ou seja, a associação entre o orixá e o santo da Igreja Católica. Os rituais eram realizados naturalmente nos terreiros das senzalas.

Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da Pajelança, dando origem a um outro culto chamado "Candomblé de Caboclo". Naturalmente, os Espíritos que se manifestavam eram os de índios e negros, que o faziam com finalidades diversas.

Do Candomblé primitivo, restou um tronco original que continuou fiel a suas raízes e que ainda hoje é a melhor linhagem de terreiros na Bahia e outros Estados do país.

O Candomblé de Caboclo, porém, degenerou-se na prática de baixa magia, conjuros, Canjerê, Catimbó, macumba e Quimbanda. Uma mistura de cultos que precisava sofrer a ação do progresso mas que não poderia ser pela influência da Doutrina Espírita, pois sua natureza abstrata e totalmente despida de rituais, afastava-a de tudo o que os praticantes dessas variantes do Candomblé estavam habituados.

Em 1908, por vontade dos Espíritos superiores, criou-se um movimento espiritualista, destinado a fazer progredir aqueles cultos primitivos nascido do Candomblé. Por meio do médium Zélio Moraes e do Espírito de um padre, chamado Gabriel Malagrina, na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, nasceu a Umbanda cristã, bem brasileira.

O trabalho desse Espírito deu origem a uma linhagem de terreiros onde não se faziam rituais de sacrifícios, não se olhava sorte; os trabalhos tinham disciplina, com hora para começar e terminar; os adeptos eram convocados ao estudo do Evangelho de Jesus e a fazer a "caridade" junto do povo sofredor. Esse culto deveria misturar-se na mentalidade dominante dos terreiros já existentes, enfraquecendo-a aos poucos quanto ao primitivismo e fazendo esses trabalhos progredir no mundo das idéias. Segundo Frei Malagrina, a Umbanda seria a manifestação do Espírito para a prática da caridade.

Ao contrário do Candomblé, a Umbanda admite a manifestação de Espíritos errantes, exatamente como no Espiritismo. Alguns terreiros fazem sessões de desobsessão e estudam as obras espíritas.

2006-12-06 03:10:07 · answer #1 · answered by Ricardão 7 · 1 0

Como Umbandista que sou há mais de 20 anos posso te dizer que Umbanda pouco tem a ver com Candomblé, senão a inferência dos Orixás e o ritual de tambores (atabaques), que na Umbanda é batido com as mãos e o Candomblé com baquetas. A UMBANDA é Cristã e o Candomblé NÃO. Qualquer tenda de Umbanda apresenta uma junção de padrões do Espiritismo, Catolicismo e um pouco do Candomblé (como já disse a inferência dos Orixás). O Candomblé tem um ritual feito na língua Yorubá, a Umbanda é totalmente em Português. Leva diretamente a Cristo, crê em Jesus Cristo, o qual é chamado pela língua africana de Oxalá.
Se quiser saber realmente tudo sobre Umbanda, entre no seguinte site e terá informações pormenorizadas:

http://www.umbanda.host.sk/pdf.html

2006-12-06 02:58:49 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

Elucidar de uma forma definitiva a diferença entre Candomblé e Umbanda, é meu objetivo nesta resposta, pois a frase mais comum que ouvimos como candomblecista, após uma explanação mesmo que resumida é que: eu achava que tudo era a mesma "coisa". O que primeiro respondo quando me perguntam sobre a diferença entre Candomblé e Umbanda, é que: não há semelhança, esta eu considero a melhor resposta, pois é o fato, não há a menor semelhança. A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente, que é o berço da terra, de forma que se funde sua origem com os primeiros contatos de pessoas que lá chegaram, existem citações na teologia africana que Odudúwa era Nimrod, o conquistador caldeu primo de Abraão e neto de Caim, que foi designado por Olodumarè para levar a remissão e a palavra de Olurún (Deus) aos filhos de Caim que, amaldiçoados, viviam na África. Este fato data de 1850 A.C., sendo que Caim pode ter vivido entre 2100 a 2300 A.C. - Oranian , neto de Odudúwa , viveu em 1500 e seu filho Xangô por volta de 1400. As coincidências existentes nos rituais africanos, como a Kaballah hebraica, são imensas, e vem provar a tese da estreita ligação entre Abraão, pai dos semitas, e Odudúwa, (Nimrod) pai dos africanos. Isso pode ser constatado no relacionamento existente entre o símbolo de um elemental africano chamado Dan a serpente, e uma das 12 tribos de Israel, cujo nome é Dan, e seu símbolo, a serpente telúrica. Citação que faremos adiante na Teologia Yorubana que fala da criação da terra. De uma forma básica, no Candomblé não existem "incorporações" de espíritos, pois os orixás, de quem sentimos força e vibrações, são energias puras da natureza, que não passaram pela vida, ou seja não são "entidades", mas elementais puros da natureza, criados por Olorún. No Candomblé a consulta é feita através da leitura esotérico/divinatória do jogo de búzios (no Brasil), forma de leitura exclusiva do povo candomblecista, que trataremos em capítulo próprio, e o tratamento para cada caso, é feito com elementos da natureza, oriundos dos reinos vegetal, animal e mineral, através e ebós, oferendas, Orôs (rezas) e rituais africanos. A Umbanda por sua vez, sem qualquer demérito a quem a pratica, pois se levada de uma forma séria e consciente tem seu mérito, valor e aplicação, é uma religião brasileira, que advém do sincretismo católico-feitichista, necessário em uma época de grande repressão das religiões africanas, em que era proibido o culto dos orixás na sua forma de origem, e esta adaptação se fez necessária, a partir desta premissa, a Umbanda começou tomar corpo, com algum conhecimento de alguns africanos no trato com seus ancestrais, que era comum a "incorporação" de algum ente falecido, por um elégún (aquele que é montado por) por motivos familiares. É muito comum nos dias de hoje, Ilês que praticam Candomblé e Umbanda, porém em dias, horários e formas diferenciados, mas é uma atitude não compactuada, bem como a utilização do sincretismo com os santos católicos, pelas tradicionais Casas de Candomblé cujas raízes foram plantadas no Nordeste do país, mais precisamente em Pernambuco e na Bahia. A Umbanda por sua vez, a consulta é feita através de um médium "incorporado" , e os "trabalhos" pelo espírito ali incorporado com seus elementos rituais.
Umbanda é deste século, e utiliza os orixás do Candomblé, sob outra forma e outro aspecto, em especial, vou me ater a figura de Exú. Na sua qualidade de ser ambivalente, positivo e negativo, bem e mal, de uma forma definitiva, esta situação de bem e mal, também está associado à todos os seres humanos, e nem por isso, somos o diabo, ninguém é totalmente bom, 24 horas por dia, 360 dias por ano, a sua vinda inteira; o inverso também é verdadeiro, convivemos com o bem e o mal, porém Exú, na sua condição, só fará alguma coisa, se e somente se, for mandado, portanto quem faz o mal na realidade é quem pede, e que pela própria lei da natureza, pagará, pois segundo a lei mais certa que existe, a lei do retorno - "Toda ação gera uma reação, com a mesma intensidade, em sentido contrário", quer dizer, tudo que vai, volta, a experiência nos comprova isto, e geralmente, da forma que mais dói, no bolso ou na saúde (tarda mas não falha); isso posto, em quem está a maldade? Sem mandante, ela simplesmente não existiria, e, mais uma vez EXÚ PAGA O PATO. Em mais de vinte anos de pesquisa, e não foi pouca, as maiores e melhores obras, dos maiores e melhores autores, sobre religiões africanas, sejam brasileiros, ingleses, franceses, africanos, babalorixás, antropólogos, babalaôs, nunca li nada que se referisse à exú mulher, ao contrário, sua forma é fálica (forma de pênis), sempre no sentido de elemento fecundador, fertilizador e nunca elemento fecundado, nunca houve qualquer simbolismo ou ligação com uma "vagina", em sua ambivalência, assume situações duplas, mas nunca, macho e fêmea. Tudo se inicia, com a palavra bombogira, que é o nome dado à Exú macho por excelência na nação de Angola, uma corruptela desta palavra, utilizada somente pela Umbanda, gerou a expressão "pombogira", como forma de um exú mulher, em cuja manifestação, a pessoa, seja homem (homem?) ou mulher, assume uma atitude sensual, atrevida e em alguns lugares, sob esta manifestação, a prática do ato sexual em si; é muito comum, se a mulher tem vontade, libido forte ou até mesmo por necessidade (a prostituição), é porque uma pombagira está "encostada", o que seria uma situação normal, natural; A POMBA GIRA PAGA O PATO. Qualquer incorporação, deste gênero, que se fale com as pessoas, beba ou fume em público, não é Candomblé, é umbanda; a única manifestação "semelhante" no Candomblé, é a figura do Erè, que, assim como o orixá, é um elemental da natureza, com uma conduta infantilizada, e que nunca passou pela vida, portanto não é um egun (espírito de morto), tem função específica, uma delas, se comunicar pelo orixá, justamente pelo fato de que ele não fala, que nos referimos como "estado de erê", tal pessoa está com, ou de, erê. A incorporação, eu imagino, vem de necessidade do ser humano (que é incrédulo por natureza), de crer e confiar, para crer, tem que "ver" algo, no caso o espírito manifestado, falar com ele, ouvir coisas que confirmem ser real ( o que muitas vezes acontece), e para confiar, o consultor não poderá se "lembrar" do que ouviu, como confidência, ou segredo, pois em várias situações, estão envolvidos, conversas e pedidos escusos, se utilizando assim da "inconsciência" relatada nas religiões africanas, a qual também a coloco, em outro capítulo da forma como a vejo e sinto. Falo muita propriedade e experiência, pela vivência de muitos anos no meio, o objetivo não é em momento algum, desmascarar quem quer que seja, muito menos denegrir, desmerecer ou tirar o valor da Umbanda, pelo contrário, bem praticada e bem conduzida, tem enorme valor e função social na comunidade, quer seja: na solução de problemas de saúde, família, trabalho, amor... Existe forte vibração de uma energia, no ato da "incorporação", variando muito de pessoa para pessoa, em muitos casos, com real valor e força, porém, a inconsciência total ... o único objetivo é a realidade, que é benéfica para todos nós, a medida em que nada temos que esconder.

2006-12-06 02:57:20 · answer #3 · answered by Juca 2 · 1 0

Muitas, citarei algumas na umbanda não há corte de animais, na umbanda há incorporação de espíritos....

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uma cultua os espíritos descarnados ou mortos,que querem ganhar luz e atuam deste modo interferindo no problemas terrenos e até resolvendoos, já o candomblé e a porta para tudo neste mundo como a mãe natureza e todos os Orichas vivem armoniosamente
Aos leigo, Umbanda e Candomblé são dois caminhos, duas formas de denominar um mesmo culto. A Umbanda, até o momento, é a única religião criada no Brasil, foi fundada em 15 de novembro de 1917 na cidade de Niterói/RJ. Ela reúne em sua filosofia, conhecimentos do Catolicismo, do Kardecismo, do Budismo, do Islamismo e do Candomblé, de onde tirou a forma de vestir os médiuns (a maiortia uniformes), e o uso dos tambores e a nomenclatura dos seu guias (espiritos) que utilizam-se dos nomes de sete dos Orixás do Candomblé (Oxalá, Iyemonjá, Oxun, Xangô, Oxósse, Exú e Nanã).
O Candomblé e o culto que é voltado unicamente a natureza e aos Orixás que são considerados deuses e não espíritos e são milhares de deuses cada um de uma nação que se dividem hoje em 16 grupos distintos, pois já se perdeu muito desta cultura tão linda como os estados da africae os orixas seus reis. Os cânticos são em línguas africanas (Yorubá ou Banto).será que deu pra vc ter ao menos uma noção da coisa

2006-12-06 02:55:27 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

tudo é macumba

2006-12-06 03:47:48 · answer #5 · answered by Italo Carlos 4 · 0 1

a diferença é que na guiné medieval a umbanda era usada pelas tribos UM para dar bandas nas tribos CANDOM..
então as tribus UM BANDAva os caras da trico CANDOM ble nos chão eles, e quando isso acontecia todos eles dançavam para seus deuses.

2006-12-06 03:04:22 · answer #6 · answered by darkneo_rj 3 · 0 1

Um mexe com a magia negra o outro não.

2006-12-06 02:54:49 · answer #7 · answered by Iva A 5 · 0 1

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