Tudo mesmo?
Bem, lá vai:
EUA
Os Estados Unidos da América (em inglês: United States of America, abreviação em inglês: USA ou US), abreviado frequentemente em português como EUA, são uma República Federal Presidencialista, composta por 50 Estados e um Distrito Federal. A maior parte dos Estados Unidos localiza-se na região central da América do Norte, possuindo fronteiras terrestres com o Canadá e com o México, sendo que o restante do país limita-se com o Oceano Pacífico, o Mar de Bering, o Oceano Ártico, o Golfo do México e o Oceano Atlântico. Dos 50 Estados americanos, apenas o Alasca e o Havaí não são contíguos com os outros 48 Estados, nem entre si. Os Estados Unidos também possuem diversos territórios, distritos e outras possessões em torno do mundo, primariamente no Caribe e no Oceano Pacífico. Cada Estado possui um alto nível de autonomia local, de acordo com o sistema de federalismo.
Os Estados Unidos celebram seu dia da independência em 4 de julho de 1776, quando as Treze Colônias britânicas na América do Norte adotaram a Declaração de Independência, rejeitando a autoridade britânica, em favor da política de autodeterminação. Esta independência foi oficialmente reconhecida pelo Reino Unido no Tratado de Paris. Os Estados Unidos adotaram sua atual Constituição em 1789, que estabeceu a estrutura básica do governo americano. Desde então, a nação gradualmente desenvolveu-se, tornando-se uma superpotência após o fim da Segunda Guerra Mundial, passando a exercer grande influência econômica, política, científica, tecnológica, militar e cultural no mundo.
Os atuais Estados Unidos da América se originaram em Treze Colônias britânicas estabelecidas na costa atlântica da América do Norte a partir do século XVII. Em 1776, uma revolta foi organizada pela classe dirigente dos colonos e seguiu-se a Revolução Americana de 1776, que foi uma guerra de independência contra os colonizadores. Em 1789, o país adotou uma constituição e assumiu a forma de uma República Federal, concedendo grande autonomia para os Estados federados. Desde o reconhecimento da sua independência pela Inglaterra em 1783 e até meados do século XX, novos territórios e Estados foram sendo incorporados, ampliando as fronteiras do país até o Oceano Pacífico.
A ocupação do território onde hoje estão os Estados Unidos começa com a migração de humanos da Ásia, através do Estreito de Bering, num período indeterminado (estimativas variam de dez a quarenta mil anos atrás).
Durante o século XVI e século XVII, exploradores espanhóis exploraram e colonizaram esparsamente as regiões que constituem hoje o sul da Flórida e da região sul dos Estados Unidos. O primeiro assentamento inglês bem-sucedido foi Jamestown, localizado no atual Estado de Virgínia, fundado em 1607. Durante as duas décadas seguintes, vários assentamentos neerlandeses foram fundados no que atualmente constitui o Estado de Nova Iorque, incluindo a vila de Nova Amsterdam, que é atualmente a Cidade de Nova Iorque, bem como extensiva colonização inglesa da costa leste dos Estados Unidos, tendo removido os neerlandeses da região por volta da década de 1670.
Após a Guerra Franco-Indígena, onde a França perdeu suas colônias que atualmente constituem o leste do Canadá para o Reino Unido, este começou a impor impostos nas Treze Colônias - sendo os custos financeiros uma das principais razões da guerra. Estes impostos tornaram-se extremamente impopulares entre os colonos americanos, que além disso, não dispunham de representação no Parlamento do Reino Unido. As tensões entre as Treze Colônias britânicas e entre o Reino Unido cresceram, e as Treze Colônias eventualmente rebelariam-se contra os britânicos, na Guerra de Independência, iniciada em 1775, e que perdurou até 1783. A estrutura política original das Treze Colônias era uma confederação, ratificada em 1781. Em 1789, os Estados Unidos optaram em se tornar uma República Federal.
Desde tempos coloniais, os Estados Unidos enfrentaram a falta de mão-de-obra. À época, as diferenças socio-econômicas no país eram enormes, com um norte industrializado e um sul agrário. A falta de mão-de-obra incentivou a imigração européia no Norte e o uso do trabalho escravo no Sul - que fazia uso extensivo de escravos comprados no continente africano. Os Estados industrializados do norte eram contra a escravidão, enquanto o Sul achava que a escravidão era indispensável para o contínuo sucesso da agricultura sulista. Estas diferenças foram um dos muitos motivos de tensão política que gradualmente desencadearam a formação dos Estados Confederados da América, e irromperam na Guerra Civil Americana, da união, contra os sulistas - confederados - entre 1861 e 1865, uma guerra civil na qual o número de baixas americanas foi maior do que a soma de todas as baixas americanas sofridas em todas as outras guerras na qual os Estados Unidos se envolveram, desde sua independência, até a atual Guerra contra o Iraque.
Ao longo do século XIX, vários novos Estados foram adicionados aos 13 originais (por exemplo o Texas, anexado do México), à medida que a nação se expandiu na América do Norte. O Destino Manifesto foi uma filosofia política dos Estados Unidos que encorajou a expansão rumo ao Oeste no país. À medida que a população dos Estados do Leste americano crescia e um número cada vez maior de imigrantes entrava no país, cada vez mais assentadores passaram a habitar regiões cada vez mais ao Oeste do país. Enquanto isto acontecia, os Estados Unidos acabaram efetivamente com todas as nações nativo americanas existentes em território americano, e movendo forçadamente a população indígena de seus antigos territórios para reservas indígenas. Esta migração forçada é ainda um assunto muito discutido nos Estados Unidos, com várias tribos nativos americanas ainda reindivicando terras, e defendendo uma política separatista.
Em algumas áreas, os nativos americanos foram exterminados pelos colonos, que os expulsaram de suas terras. Ao contrário da maioria dos países europeus, os Estados Unidos nunca foram uma potência colonial, embora, através de várias vitórias militares, diplomacia e acordos externos, os Estados Unidos tivessem adquirido um número de possessões ultra-marítimas, desde Cuba até as Filipinas. Embora gradualmente, muitos destes territórios adquiriram soberania, e outras destas possessões continuaram sob controle dos Estados Unidos, geralmente, na forma de territórios (como Porto Rico). O Havaí é o único destas possessões que se tornou um Estado, em 1959.
Os Estados Unidos adotavam, até a Guerra Civil Americana, uma política isolacionista, não procurando intrometer-se em conflitos internacionais. Porém, isto mudou com o fim da guerra civil. Durante o século XIX, os Estados Unidos tornaram-se uma potência econômica e militar mundial. O crescimento da influência dos Estados Unidos sobre o mundo continuou no século XX, um século que é por vezes chamado de O século americano, por causa da tremenda influência americana sobre o resto do mundo, onde o país se tornou o maior pólo de desenvolvimento tecnológico do planeta.
A influência americana sobre o mundo pôde ser vista na Grande Depressão, um período de grande recessão da economia entre 1929 e 1940, que não somente abateu todo o país como o Canadá e os países europeus (especialmente o Reino Unido e a Alemanha). Porém, isto mudou com a entrada do país na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial. Após o fim desta, os Estados Unidos emergiram definitivamente como uma das superpotências mundiais, juntamente com a União Soviética - desencadeando a Guerra Fria. Entre 1945 e 1991, ano do fim da União Soviética e do fim da Guerra Fria, os Estados Unidos tornaram-se muito envolvidos em assuntos externos - especialmente guerra ideológica contra o comunismo - participando ativamente na Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã, além de contribuir com o regime militar no Brasil e apoiar a Guerrilha anti-comunista na Nicarágua. Com o colapso da União Soviética, os Estados Unidos emergiram como a única superpotência mundial. Passou a envolver-se então em ações de paz, participando da Guerra do Golfo, em 1991, removendo tropas iraquianas que haviam invadido o Kuwait.
Em 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque em terras soberanas da história do país, com os Ataques de 11 de Setembro, onde quase três mil pessoas morreram. Este ataque terrorista, desencadeou a denominada Guerra contra o terrorismo, e, posteriomente, a controversa Invasão do Iraque, além da caça ao mandante dos atentados, Osama bin Laden.
Sendo o terceiro maior país do mundo em área, a paisagem dos Estados Unidos varia de região a região. O país possui grandes florestas temperadas na costa leste e no noroeste, pantanais na Flórida, grandes planícies e o sistema fluvial do Mississippi-Missouri na região central, as Montanhas Rochosas a oeste das planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas, e florestas úmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões árticas ao norte do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a diversidade geográfica e climática do país.
O mapa político dos Estados Unidos está dividido em três distintas secções: O Alasca, conectado em terra apenas com o Canadá, à leste; o Havaí, um arquipélago localizado no meio do Oceano Pacífico, e o Estados Unidos Continental, que compreende os 48 Estados localizados na América do Norte. A fronteira dos Estados Unidos Continental com o Canadá é a mais longa fronteira não defendida do mundo. Os Estados Unidos possuem três fronteiras terrestres, duas com o Canadá (norte dos 48 Estados continentais e a leste do Alasca) e uma com o México. Também limita-se com a Rússia, a oeste do Alasca, através do Estreito de Bering.
Clima
Devido à grande extensão territorial dos Estados Unidos, o clima do país varia muito, de região à região. A Flórida possui um clima tropical, enquanto o Alasca possui um clima polar. Vastas porções do país têm um clima continental, com verões quentes e invernos frios. Algumas partes dos Estados Unidos, em particular partes da Califórnia, têm um clima mediterrâneo. No geral, porém, a maior parte dos Estados Unidos possui um clima temperado ou sub-tropical, marcado por quatro distintas estações, com mudanças regulares de temperatura e precipitação.
Política
Ver artigo principal: Política dos Estados Unidos da América.
Os Estados Unidos são uma República Federal Presidencialista. No nível federal, o principal oficial do Poder Executivo do país é o Presidente, eleito por um colégio eleitoral. O candidato à presidência que obtém a maioria dos votos do colégio eleitoral em uma dada eleição presidencial é o vencedor desta eleição.
O Poder Legislativo americano é exercido pelo Congresso, composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. Cada Estado tem direito a dois senadores e a um número de representantes proporcionais à sua população. O Poder Judiciário pertence aos tribunais federais, dos quais a maior é a Suprema Corte. Cada Estado possui direito a um certo número de votos no colégio eleitoral (que é proporcional à sua população).
Os Estados Unidos estão divididos em 50 Estados e um distrito federal, o Distrito de Columbia. Cada Estado, por sua vez, está subdividido em condados, com excepção da Louisiana, em que as subdivisões se chamam "paróquias", (parishes, em inglês) e do Alasca, onde as subdivisões estaduais são chamadas de "distritos" (boroughs). Os Estados Unidos da América são uma República Federal, que dão aos Estados federados muitos poderes, que na maioria dos outros países do mundo são exclusivas do governo nacional.
São os governos estaduais que possuem a maior influência sobre o dia-a-dia da população americana. Cada Estado possui sua própria Constituição e possui o poder de aprovar suas próprias regras e leis, referentes a certos assuntos como propriedade, crime, saúde e educação. O principal oficial de um Estado é o Governador. Cada Estado também possui uma legislatura bicameral. Os membros do Legislativo são eleitos pela população do Estado, exceto no Estado de Nebraska, onde cada condado possui direito a um certo número de membros na legislatura. Destaca-se a legislatura da Nova Hampshire, que é o terceiro maior Poder Legislativo do mundo anglófono, e possui um representante para cada três mil habitantes. Cada Estado possui seu próprio Executivo, Legislativo e Judiciário.
A área, população e/ou produto interno bruto de vários dos Estados dos Estados Unidos podem ser comparados com a de vários países do mundo. A população da Califórnia, por exemplo, é maior do que o do Canadá, e seu produto interno bruto seria o oitavo maior do mundo, caso o Estado fosse um país independente. Já o Alasca seria a décima sétima maior entidade nacional do mundo, em área, caso fosse um país independente, com área comparável ao do Irã.
As instituições que são responsáveis pelo governo regional são tipicamente Conselhos Municipais - que tomam efeito em cidades (cities ou towns), vilas (village), municipalidades regionais (towns, regional municipality, municipality, hamlet) e condados (counties). Municipalidades regionais e condados são um agrupamento de cidades e vilas. Tais subdivisões regionais, bem como as cidades, aprovam leis que têm efeito nestas subdivisões em particular, lidando com assuntos como trânsito e a venda de álcool, bem como o poder de criarem impostos. Nas cidades, o maior oficial eleito pela população é o prefeito. Em alguns Estados, os condados ou municipalidades regionais também possuem o direito de criar leis e impostos que valem para todas as cidades e vilas dentro dos limites do condado. Em outros Estados, os condados ou municipalidades regionais possuem pouco ou nenhum poder, servindo apenas como distinções geográficas.
Os Estados Unidos possuem vários territórios e possessões insulares ultramarinas. A maior delas é a ilha de Porto Rico. Outras territórios ultra-marítimos de importância incluem a Samoa Americana, Guam, Marianas Setentrionais e as Ilhas Virgens Americanas. A Marinha americana têm ocupado uma base militar na Baía de Guantánamo, desde 1898.
Os Estados Unidos possuem uma das populações mais multiculturais do mundo, em termos de ascendência étnica e racial. A região que constitui atualmente os Estados Unidos eram inicialmente habitados por povos nativos americanos, como esquimós no Alasca e algonquinos, hurões e iroqueses no nordeste do atual Estados Unidos.
No século XVII e XVIII, o território que altualmente constitui os Estados Unidos foi colonizada por europeus. Colonos ingleses, muitos dos quais fugiam de perseguição religiosa na Europa, constituíam a maioria dos colonos a instalarem-se no atual Estados Unidos, primariamente na região leste do país, mas colonos espanhóis, franceses e neerlandeses também instalaram-se em diversas regiões do atual Estados Unidos. Escravos foram trazidos do continente africano ao longo do século XVII e do início do XVIII para serem usados como mão-de-obra barata, e atualmente, seus descendentes, conhecidos como afro-americanos constituem uma considerável parcela da população americana, formando 12,9% da população dos Estados Unidos.
A partir de 1850, pessoas de diversas partes do mundo passaram a imigrar para os Estados Unidos. Até o final do século XIX, a maioria dos imigrantes vinham dos países da Europa Ocidental e Setentrional (Alemanha, Irlanda e países escandinavos). Italianos, poloneses, gregos, russos e húngaros imigraram em grande quantidade entre o final do século XIX e meados do século XX (até a década de 1970). Os maiores grupos étnicos europeus são alemães (que compõem 15,2% da população americana), irlandeses (10,8%), ingleses (8,7%), italianos (5,6%), escandinavos (3,4%), poloneses (3,2%) e franceses (3%). Brancos constituem no total 77% da população dos Estados Unidos - 69%, excluíndo os hispânicos.
Asiáticos constituem um expressivo grupo racial minoritário dos Estados Unidos, constituindo 4,2% da população do país. Expressiva a partir da década de 1860, a imigração de asiáticos aumentou drasticamente durante a década de 1960, mantendo-se em alta até os dias atuais.
Hispânicos constituem uma considerável parcela da população americana, sendo atualmente a maior minoria étnica dentro dos Estados Unidos, compondo cerca de 13,4% da população americana. Dado a alta imigração de hispânicos para os Estados Unidos, espera-se um crescimento drástico desta percentagem nas próximas décadas. Boa parte desta imigração é ilegal, porém.
Idiomas
Os Estados Unidos nunca tiveram um idioma oficial, embora o inglês tenha sido sempre o idioma predominante no país, e seja falado pela imensa maioria da população, sendo de facto o idioma oficial dos Estados Unidos. Por isso, o inglês é o idioma usado em quaisquer pronunciamentos oficiais, que vão desde tratados até leis e sentenças. 27 Estados adotaram o inglês como idioma oficial. Destes Estados, três adotam um segundo idioma oficial: o Havaí, que adotou o havaiano como segundo idioma oficial; a Louisiana, que adotou o francês; e o Novo México, que adotou o espanhol. Nos Estados americanos sem idioma oficial, o inglês é adotado em todos serviços públicos, serviços em outros idiomas são fornecidos em áreas com grande população de imigrantes. Já Estados onde o inglês (e por vezes um segundo idioma) é o idioma oficial não precisam necessariamente fornecer serviços públicos em outros idiomas.
Muitos dos imigrantes que vão aos Estados Unidos possuem pouco ou nenhum conhecimento de inglês. A maioria deles aprende inglês o suficiente no país para comunicar-se com outros americanos. Os filhos destes imigrantes, que estudam em escolas americanas, aprendem primariamente inglês nas escolas. Assim, a cada geração, o idioma materno acaba cedendo, gradualmente, lugar ao inglês. Os descendentes diretos destes imigrantes geralmente falam tanto o idioma materno quanto inglês, enquanto muitas vezes os netos dos imigrantes falam apenas inglês.
Atualmente, o espanhol é o segundo idioma mais falado dos Estados Unidos. Cerca de 10,8% da população americana possui o espanhol como idioma materno. A maioria dos falantes do espanhol mora nos Estados do oeste e do sul americano (especialmente nos estados da Califórnia, Novo México e Texas). Desde a década de 1950, muitos hispânicos imigraram para os Estados Unidos, vindos do México, Cuba e outros países hispânicos. Muitos desses novos imigrantes aprenderam ou aprendem o inglês, mas outros falam apenas espanhol. Por isso, em cidades ou bairros onde a concentração de hispânicos é alta, pronunciamentos oficiais são dados tanto em inglês quanto em espanhol.
Devido ao fato de que não existe um idioma oficial no país, o domínio do inglês não é de todo indispensável nos Estados Unidos, especialmente nos Estados americanos que possuem uma grande população de imigrantes recentes - especialmente hispânicos. Muitas pessoas, porém, acreditam que todo cidadão americano deveria saber inglês. Estas pessoas acreditam que é quase impossível para as pessoas sem o domínio do inglês conseguirem emprego fora de bairros com grande presença de imigrantes recentes. Além disso, tais ativistas alegam que um único idioma falado por todos no país é um fator importante para a união como um todo dos Estados Unidos. Por isto, na década de 1980 e na década de 1990, vários Estados criaram leis fazendo do inglês como único idioma legal dentro de tais Estados.
Os Estados Unidos são um país altamente urbanizado. Cerca de 80% da população americana vive em cidades. Estas cobrem apenas 2,75% da área total do país. Existem duas grandes megalópoles no país. Uma está localizada na região nordeste dos Estados Unidos, composta principalmente pelo Estado da Nova Jérsei e pelas cidades de Nova Iorque, Boston, Filadélfia e Washington, DC, na costa atlântica. A outra está localizado na região sudoeste do país, na costa pacífica, centralizadas nas cidades de Los Angeles, San Francisco e Sacramento.
Grandes subúrbios cercam muitas das cidades dos Estados Unidos. As cidades centrais e cidades vizinhas formam áreas metropolitanas. Existem cerca de 260 áreas metropolitanas no país, das quais as maiores são as regiões metropolitanas de Nova Iorque que possui 21 milhões de habitantes, Los Angeles, que possui 17 milhões de habitantes, e Chicago, que possui 9 milhões de habitantes. A população dos subúrbios das cidades centrais destas metrópoles é considerável, e muitas vezes superior à população da cidade central. Washington, DC, por exemplo, possui somente cerca de 535 mil habitantes, enquanto sua região metropolitana possui cerca de 4 milhões de habitantes. Desde 1970, mais americanos vivem nos subúrbios do que nas cidades centrais.
Principais cidades
1. Nova Iorque 8 104 080 Nova Iorque
2. Los Angeles 3 957 880 Califórnia
3. Chicago 2 896 030 Illinois
4. Houston 2 012 642 Texas
5. Filadélfia 1 470 161 Pensilvânia
6. Phoenix 1 416 080 Arizona
7. San Diego 1 305 852 Califórnia
8. Dallas 1 188 743 Texas
9. San Antonio 1 144 787 Texas
10. Detroit 951 270 Michigan
11. San José 944 857 Califórnia
12. Indianapolis 791 926 Indiana
13. San Francisco 776 733 Califórnia
14. Jacksonville 735 617 Flórida
15. Columbus 711 470 Ohio
16. Austin 681 804 Texas
17. Baltimore 666 666 Maryland
18. Memphis 650 100 Tennessee
19. Milwaukee 596 974 Wisconsin
20. Boston 589 141 Massachusetts
21. Washington, DC 572 059 Distrito de Columbia
22. Nashville 569 891 Tennessee
23. El Paso 563 662 Texas
24. Seattle 563 374 Washington
25. Denver 554 636 Colorado
A economia dos Estados Unidos da América está organizada segundo o modelo capitalista e é marcada por um crescimento constante, baixas taxas de desemprego e de inflação, um grande déficit. A economia dos Estados Unidos pode ser vista como a mais importante e influente do mundo em tempos atuais. Vários países indexaram as suas moedas ao dólar, ou chegam mesmo a usar a moeda americana como sua moeda oficial, e os mercados de capitais americanos são em geral vistos como indicadores da economia mundial.
O país tem enormes recursos minerais, com grandes depósitos de ouro, petróleo, carvão e urânio. Na agricultura, está entre os maiores produtores mundiais de milho, trigo, açúcar e tabaco, entre outras produções. A indústria americana produz automóveis, aviões e produtos eletrônicos. O maior setor econômico, no entanto, é o de serviços: cerca de três quartos dos habitantes dos Estados Unidos trabalham nesse setor.
O maior parceiro comercial dos Estados Unidos é o seu vizinho do norte, o Canadá. Outros parceiros econômicos importantes são a União Européia, o México, o Japão e a China.
A educação nos Estados Unidos da América é fornecida primariamente pelo governo. Porém, o sistema educacional americano é altamente descentralizado. Regras e padrões educacionais são ditados pelo Departamento de Educação de cada Estado, com o Departamento de Educação dos Estados Unidos da América monitorando o estado da educação no país, e fornece verbas aos Departamentos de Educação dos Estados. Escolas em geral são administradas por distrito escolares, cuja juridisção em geral é co-existente com os limites de uma cidade ou um condado. Distritos escolares possuem o poder de cobrar impostos dos habitantes vivendo em sua jurisdição, com outras verbas necessárias sendo fornecidas pelo Estado. Universidades e faculdades públicas são quase sempre administradas pelo Estado. A taxa de alfabetismo dos Estados Unidos é de 97%.
Os Estados Unidos possuem uma extensiva malha rodoviária, ferroviária e hidroviária. De fato, a quilometragem destas malhas são as maiores do mundo em suas respectivas categorias. Existem cerca de 75 mil quilômetros de rodovias e vias expressas de alta capacidade. Para cada 100 habitantes, existem cerca de 75 veículos motorizados (carros, caminhões e ônibus) e 56,1 automóveis. Caminhões transportam cerca de um quarto de toda a carga transportada no país.
Trens transportam cerca de 35% de toda a carga transportada no país, enquanto respondem por apenas 1% dos passageiros movimentados. O contrário acontece com as linhas aéreas americanas, que transportam 18% dos passageiros mas menos de 1% da carga no país. O mercado americano de passageiros no setor aéreo é a maior do mundo. Nova Iorque, Chicago, Atlanta, Los Angeles, Dallas, Washington, DC e San Francisco destacam-se como grandes centros aeroportuários.
Cerca de 15% de toda a carga transportada no país é transportada via hidrovias como rios e lagos, além de mares e oceanos. Los Angeles-Long Beach, Nova Iorque-Nova Jérsei, Filadélfia, San Francisco, New Orleans, Miami e Houston destacam-se como grandes centros portuários. O porto mais movimentado dos Estados Unidos por número de navios atendidos é o de New Orleans, enquanto o porto mais movimentado do país, em tonelagem de carga movimentada, é o de Los Angeles-Long Beach.
O controlador primário das telecomunicações dos Estados Unidos é a Federal Communications Commission, que regula todos os serviços relacionados com telecomunicações. A indústria da internet nos Estados Unidos porém é muito menos regulada do que outras indústrias relacionadas com o setor de telecomunicação, por causa de agressivos programas de lobby. São publicados diaramente no Estados Unidos cerca de 60 milhões de jornais. No país, são publicados milhares de jornais diários ou semanais. Existem também no país milhares de estações de rádio e televisão. Praticamente toda residência americana possui uma rádio, e aproximadamente 93% das pessoas com cinco anos ou mais de idade possuem ao menos uma televisão ou mais.
A cultura dos Estados Unidos tem uma grande influência no resto do mundo, e em especial no mundo ocidental. A música americana é ouvida em todo o mundo e os filmes e programas televisivos americanos podem ser vistos quase em todo o lado. Existe um contraste muito grande com os primeiros tempos da república, quando o Estados Unidos era visto como um país agrícola com pouco a oferecer aos centros culturalmente avançados do mundo da Ásia e Europa.
A maioria das grandes cidades dos Estados Unidos oferecem instalações e atuações de música clássica e popular, centros de pesquisa histórica, científica e artística e museus, atuações de dança, musicais e peças de teatro, além de eventos ao ar livre e arquitetura de significado internacional. Este desenvolvimento é resultado de contribuições quer de filantropos privados, quer de fundos governamentais.
A maioria da população americana possui uma razoável quantidade de tempo livre (dedicado à recreação) disponível. Os esportes são os principais passatempos da população americana. Milhões de americanos passam seu tempo livre jogando esportes com amigos ou assistindo jogos profissionais em estádios ou na televisão. Outros métodos de recreação muito populares no país incluem filmes, sitcoms, shows musicais e o teatro. Cerca de 95% da população americana possui uma televisão em casa. Em média, a televisão de uma dada residência fica ligada sete horas por dia.
Hobbies ocupam muito do tempo recreativo de muitos americanos. Jardinagem, colecionamento de certos produtos (selos, moedas, etc), tricotagem, fotografia, artesanato e aeromodelismo são alguns dos mais famosos no país.
Alguns esportes que foram criados e desenvolvidos nos Estados Unidos da América e acabaram tornando-se mundialmente famosos. Estes esportes são o basquete, basebol, o boliche e o futebol americano. Poucos esportes criados em outros países conseguiram popularizar-se no país. Um exemplo é o hóquei sobre o gelo, sendo que o país possui atualmente vários times profissionais do esporte. O futebol também é popular no país, porém, primariamente como um passatempo coloquial, especialmente entre descendentes de europeus e latino-americanos. Tentativas em criar de uma liga profissional do esporte falharam ou passaram por grandes dificuldades, e o futebol ainda não é um esporte reconhecido profissionalmente no país. Outros esportes famosos no país incluem golfe, tênis, natação, corridas automobilísticas e esportes radicais.
Os Estados Unidos sediam várias das principais competições internacionais de esportes do mundo - como o Masters de golfe, o US Open de tênis, o NASCAR e a Fórmula Indy. Sediaram a Copa do Mundo de 1994, e por oito vezes os Jogos Olímpicos, mais do que qualquer outro país sendo que geralmente possuem resultados muito bons nas Olimpíadas. Em 2004, os Estados Unidos conseguiram um total de 103 medalhas, das quais 35 eram de ouro.
Não existe uma culinária nacional, original do país - a atual culinária americana é altamente diversificada, variando de região a região, dependendo da população e da cultura da região.
Alimentos comuns do café da manhã americano são ovos batidos, bacon, panquecas, cereais e pães com pasta de amendoim, acompanhados com café ou suco, na maioria das vezes, de laranja. O almoço do americano é leve - as razões são o pouco tempo disponível para almoço para os trabalhadores e estudantes. Um almoço pode ser simples ao ponto de ser constituído de apenas um único sanduíche, e só. O jantar é, na maioria das famílias americanas, o principal prato do dia.
Os Estados Unidos são o maior consumidor de café do mundo. Muitos americanos tomam café logo pela manhã, e vários tomam café durante o trabalho. Além disso, os Estados Unidos também é o maior consumidor de refrigerantes do mundo.
Os Estados Unidos são famosos mundialmente pelas suas redes de fast-foods. Os americanos almoçam muitas vezes em fast-foods, justamente por causa do pouco tempo disponível dos trabalhadores para almoço - bem por causa dos baixos preços dos produtos oferecidos.
O cinema dos Estados Unidos da América, além de uma forma de expressão cultural específica de um povo, é também uma das mais bem sucedidas indústrias de entretenimento do mundo. Apesar de nem todos os filmes dos Estados Unidos serem produzidos em Hollywood, a localidade tornou-se sinônimo desta indústria nacional. A influência do cinema americano no resto do mundo é avassaladora e permanece, geralmente, como líder de audiência em vários países do mundoA literatura americana pode ser considerada como fazendo parte da literatura inglesa ou como um ramo literário distinto. A literatura americana inicial deve muito às formas e estilos originários da Europa. Por exemplo, "Wieland" e outros romances de Charles Brockden Brown (1771-1810) se inspiram nos romances góticos que então eram escritos na Inglaterra. Mesmo as narrativas impecavelmente urdidas por Washington Irving (1783-1859) - principalmente Rip Van Winkle e The Legend of Sleepy Hollow - parecem claramente européias apesar do trama se desenrolar no Novo Mundo.
O teatro americano é baseado na tradição ocidental, na sua maioria emprestado dos estilos de performance que prevaleciam na Europa na época de sua introdução no país. Hoje em dia, está fortemente interligado com a literatura, filmes, televisão e música americana e não é incomum uma mesma história ser recontada em todas estas formas. Regiões com cenários musicais significativos frequentemente possuem fortes tradições teatrais e de comédia também. O teatro musical pode ser a forma mais popular: é certamente uma forma mais viva de teatro e as coreografias de sucesso dos palcos acabam indo para a televisão e filmes.
Canadá
O Canadá é o segundo maior país do mundo em extensão territorial. Apenas a Rússia é maior. O Canadá ocupa praticamente toda a metade norte da América do Norte. O único país que limita-se com o Canadá é os Estados Unidos da América, localizado ao sul do país (48 Estados contíguos) e a noroeste (com o Estado do Alasca). Ao norte localiza-se o Oceano Ártico, a oeste, o Oceano Pacífico, e a leste, o Oceano Atlântico.
O Canadá é uma federação, uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, constituída de dez províncias e três territórios. Seu nome vem da palavra iroquesa kanata-ton, que significa "vilas" ou "pequenas casas". O Chefe de Estado do país é a Rainha Elizabeth II do Reino Unido - um símbolo dos laços históricos do Canadá com o Reino Unido - e dirigido por primeiro-ministros. O atual primeiro-ministro do Canadá é Stephen Harper. A capital do país é Ottawa.
O Canadá obteve sua independência em 1 de julho de 1867, do Reino Unido, através da união de três colônias britânicas, a Província do Canadá (atual Ontário e Quebec), a Nova Brunswick e a Nova Escócia. O Ministério das Relações Exteriores do Canadá, porém, continuou a ser controlado pelo Reino Unido. Em 1931, segundo os termos do Estatuto de Westminster, o Canadá adquiriu soberania sobre seu Ministério das Relações Exteriores, e qualquer ato aprovado pelo Parlamento do Reino Unido não teria efeito no Canadá sem o consentimento desta. Quaisquer poderes e direitos que o Reino Unido possuía sobre o Canadá no papel foram removidos no Canada Act de 1982. O gentílico do país é canadense (no Brasil) ou canadiano(a) (em Portugal).
O Canadá é um país de baixa densidade populacional, com seus 32 milhões de habitantes (um nono da população dos Estados Unidos), e apenas 3,5 habitantes por quilômetro quadrado. Cerca de 75% da população do país vive no sul do país, mais exatamente, em uma faixa de 150 quilômetros de espessura ao norte da fronteira sul do Canadá com os Estados Unidos, que se estende desde o Oceano Atlântico até o Oceano Pacífico, enquanto o norte do país é escassamente povoado, por causa do seu clima severo.
O Canadá é um dos países mais multiculturais do mundo. Tendo sido colonizada por franceses e ingleses, cerca de 45% da população do Canadá possui ascendência inglesa, escocesa ou irlandesa, e aproximadamente um quarto da população do país possui algum grau de ascendência francesa. Os três maiores grupos étnicos minoritários do país são italianos, alemães e chineses.
Os Estados Unidos são o maior parceiro econômico do Canadá. Por causa de sua grande população e de seu maior poder econômico e influência cultural, os Estados Unidos possuem uma presença muito forte na economia e na cultura do Canadá - embora muitos canadenses lutem para que eles sejam os principais responsáveis pelo controle da economia de seu país, e para manter a cultura canadense viva e em pé, que desde o começo do século XX têm sido bastante associada com a cultura americana.
Acredita-se que a origem do nome Canada vem da palavra hurão-iroquesa kanada, que significa "vila" ou "assentamento". Em 1535, nativos americanos vivendo na região utilizaram a palavra para dizer Jacques Cartier o caminho à vila de Stadacona, local onde localiza-se atualmente a Cidade de Quebec. Cartier utilizou a palavra não somente em referência a Stadacona, mas bem como à toda região sujeita ao domínio de Donnacona, então Chefe de Stadacona. Por volta de 1547, mapas europeus passaram a nomear esta região, mais as áreas que a cercavam, como Canada.
A colônia francesa de Canadá, a Nova França, foi estabelecida ao longo do Rio São Lourenço. Posteriomente, já como colônias britânicas, elas passaram a serem chamadas de Canadá Superior e Canadá Inferior, até a união das duas como uma única Província Britânica do Canadá, em 1841. Quando a Confederação foi adotada, em 1867, o nome Canada foi oficialmente adotado para o novo domínio. Até a década de 1950, o Canadá era oficialmente - e comumente - chamado de Dominion of Canada (Domínio do Canadá). À medida em que o Canadá adquiriu maior autoridade e autonomia política do Reino Unido, o governo federal passou a utilizar cada vez mais em documentos oficiais somente Canada em documentos governamentais e em tratados. Com o Canada Act de 1982, o nome oficial do país passou a ser simplesmente Canada, assim escrita nos dois idiomas oficiais do país, o inglês e o francês. Com o Canada Act, o dia da independência canadense, 1 de julho, passou a ser mudada de Dominion Day para Canada Day.
O Canadá era anteriormente habitado por diversos povos aborígenes, tais como os hurões, os iroqueses, os sioux e os inuit, que habitavam imensas regiões do país por dez mil anos. Vikings fundaram um assentamento localizado na atual província de Terra Nova e Labrador, no século X, que seria abandonada alguns anos depois.
A colonização européia começou no século XV, quando os britânicos, e principalmente, os franceses estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos não tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra de Rupert - uma gigantesca área que posteriomente daria origem aos Territórios do Noroeste, Manitoba, Saskatchewan e Alberta - sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem como a região que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Nova Brunswick, estavam todas nas mãos dos franceses. A Nova França (Nouvelle-France) e a Acádia continuavam a se expandir. Essa expansão foi não foi bem aceita pelos iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e os colonos das Treze Colônias, desencadeando uma série de batalhas que culminou, em 1763, no Tratado de Paris - no qual os franceses cederam seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.
Os britânicos, que já então dominavam as imensas Terras de Rupert - que à época incluía também as atuais (ou parte das) províncias canadenses de Alberta, Saskatchewan, Manitoba - bem como os territórios de Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon - passaram o Quebec Act, que permitiu aos franceses estabelecidos no antigo Canadá que continuassem a manter seu código civil e sancionou a liberdade de religião e de idioma - permitindo que a Igreja Católica e a língua francesa continuassem a sobreviver no Canadá até os dias atuais.
Com a Guerra de Independência dos Estados Unidos da América, que durou de 1775 até 1783, o Canadá recebeu levas de colonos leais aos britânicos, provenientes das Treze Colônias britânicas rebeldes. Tais colonos se estabeleceram no que é a atual província de Ontário. Com isso, os britânicos decidiram separar o Canadá em dois, criando o Canadá Superior (atual Ontário) e o Canadá Inferior (atual Quebec), além do território de Nova Brunswick (antiga Acádia - parte dos territórios antigamente colonizados pelos franceses).
Os Estados Unidos, em 1812, invadiu o Canadá Inferior e o Canadá Superior, na tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte, desencadeando a Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas enviadas para combatê-los - mas ocuparam temporiamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec, queimando-as ao recuarem. Em retaliação, tropas canadenses e britânicas perseguiram os americanos em fuga, invadindo o nordeste dos Estados Unidos, atacando e queimando várias cidades, inclusive a capital, Washington, DC.
Em 1837, houve uma grande rebelião de colonos, tanto no Baixo Canadá quanto no Alto Canadá. Isso levou os britânicos à uma tentativa de assimilar a cultura francesa à britânica - entre outras coisas, o Baixo Canadá e o Alto Canadá foram unidos em uma única província do Canadá.
O medo de uma segunda invasão americana, gerando imensas despesas em relação ao quesito segurança (mais tropas, armamentos, suprimentos, etc), aliado ao fracasso britânico em assimilar os franceses em 1830, fez com que a idéia da Confederação Canadense (idealizada por colonos canadenses), cujo objetivo era integrar o Canadá e defender melhor a região de um eventual ataque dos Estados Unidos, fosse aprovada pelos britânicos. Em 1 de julho de 1867, as províncias do Canadá, Nova Brunswick e Nova Escócia tornaram-se uma federação, e tornando-se em parte politicamente independente do Reino Unido - porém, os britânicos ainda teriam controle sobre o Ministério das Relações Exteriores do Canadá por mais 64 anos.
Depois de 1867, lentamente outras colônias britânicas aceitaram se unir à Confederação Canadense, sendo que a primeira foi a Colúmbia Britânica, e em 1880, os Territórios do Noroeste - cedidos pela Companhia da Baía de Hudson. Posteriormente, os Territórios do Noroeste seriam dividos nas atuais províncias de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, além dos territórios de Yukon e Nunavut. O oeste canadense foi totalmente integrado ao território canadense, não sem a geração de conflitos de cunho étnico, social e econômico, dos quais destaca-se a Rebelião de Red River, ocorrida entre 1869 e 1870, e a Rebelião de Saskatchewan, ocorrida em 1885, ambas lideradas pelo líder Métis Louis Riel. Este seria posteriomente executado por traição.
O Canadá participou da Primeira Guerra Mundial, como aliado dos britânicos, tendo um importante papel ao decorrer da guerra. A guerra gerou também um forte nacionalismo quebequense, uma vez que os canadenses de origem francesa não queriam ir à guerra, diferentemente dos canadenses de origem britânica.
Outro efeito da Primeira Guerra Mundial foi a discriminação canadense com os imigrantes (principalmente de origem asiática). Isso é devido ao fato que a economia canadense diminuiu, devido ao término da guerra - os soldados que haviam participado na guerra, ao invés de encontrar reconhecimento, encontraram desemprego. Com tamanha discriminação, o Canadá proibiu a entrada de imigrantes vindos da China ou restringiu bastante a entrada e imigrantes vindos de outros países.
Após a guerra, a dependência do Canadá para com os britânicos diminuiu em 1931, pelo Estatuto de Westminster - onde nenhum ato parlamentar do Reino Unido teria efeito no Canadá, além de dar soberania aos canadenses sobre seu Ministério das Relações Exteriores. Nesses anos, a Grande Depressão já mostrava seus efeitos devastadores no país - desemprego, miséria, fome - esses efeitos apenas terminariam com o início da Segunda Guerra Mundial, na qual novamente o Canadá desempenhou um importante papel no decorrer da guerra.
Com o término da guerra, a economia do Canadá continuou a crescer, crescimento que continua até os dias atuais - em grande parte, devido ao surgimento dos Estados Unidos como uma superpotência mundial. As leis que restringiam a entrada de imigrantes (e proibiam a entrada de imigrantes chineses) foram removidas em 1954, graças à importante participação de soldados de descendência chinesa. Em 1964, todas as leis que restringiam a entrada de imigrantes baseados em raça ou etnia foram removidas. Atualmente, o Canadá possui uma das populações mais diversificadas etnicamente.
Entre 1963 e 1968, o primeiro-ministro Lester Bowles Pearson introduziu uma série de serviços governamentais como planos de pensão e um sistema de saúde público. Além disso, também instituiu o francês como idioma oficial do país, e criou uma nova bandeira nacional, a Maple Leaf Flag, a atual bandeira do país. Ao longo da década de 1960 e de 1970, Toronto havia substituído Montreal como a capital financeira do país.
Porém, desde o fim da guerra, o movimento a favor da independência Quebec ganhou força na província francófona. Em 1977, a província do Quebec, sob o governo de René Lévesque, sob os termos da Lei 101, tornou o francês a única língua oficial da província, e em 1980, Quebec realizou um referendo para a independência da mesma - no plesbecito realizado no Quebec, 60% dos votantes não aprovaram o referendo, e o Quebec continuou oficialmente no Canadá. Numa segunda votação por um segundo referendo para a independência da província, em 1995, o número de votantes quebequenses que votaram por continuar no Canadá havia caído para 50,3%. Mesmo assim, o Quebec continuou a fazer parte do Canadá. Em 1997, a Suprema Corte julgou que a secessão unilateral de uma província canadense é inconstitucional.
O Canadá ocupa a metade superior da América do Norte, mais precisamente, 41% de todo o continente. Seu único vizinho é os Estados Unidos da América, que se limita ao sul (Estados Unidos continental) e ao noroeste (Estado do Alasca). Na costa sul da Terra Nova e Labrador localiza-se Saint Pierre et Miquelon, um território ultramarítimo da França. O Canadá estende-se desde o Oceano Atlântico, a leste, até o Oceano Pacífico, a oeste - este fato sendo a origem do lema do país, "De mar à mar". Ao norte localiza-se o Oceano Ártico, com a Groelândia a noroeste. A comunidade urbana mais setentrional do país (e do mundo) é a Canadian Forces Station Alert, na Ilha Ellesmere - sua latitude é de 82,5° Norte, localizada apenas 834 quilômetros do pólo norte.
O Canadá é o segundo maior país, em área territorial, do mundo. Muito do Canadá localiza-se em regiões árticas, porém, e assim sendo, o Canadá possui apenas a quarta maior quantidade de área arável do mundo, atrás da Rússia, China e os Estados Unidos. Enquanto o Canadá ocupa uma área maior de que os Estados Unidos, possui apenas cerca de 10,8% de sua população. Cerca de metade do país está coberto por florestas boreais.
Cerca de 60% da população do país vive na região dos Grandes Lagos e do Vale do Rio São Lourenço. Ao norte desta região densamente habitada localiza-se o Canadian Shield, que estende-se ao longo do norte do país, cobrindo cerca de 55% do Canadá. O solo da região fora pesadamente erodida por geleiras e ventos fortes na Idade do gelo. Este solo caracteriza-se por ser constituído por rochas extremamente duras, e por ser rico em minerais. Cerca de 60% dos lagos e 40% da água doce do mundo estão contidas dentro dos limites territoriais do país.
A Terra Nova, a ilha mais ocidental da América do Norte, localiza-se na foz do Golfo do São Lourenço, o maior estuário do mundo. Já as províncias de Nova Brunswick e Nova Escócia estão divididas pela Baía de Fundy, local onde ocorrem as maiores variações de marés. Na região também localiza-e a Ilha do Príncipe Eduardo, a menor província do Canadá.
A oeste de Ontário, e a leste das Montanhas Rochosas, localizam-se as pradarias canadenses (Canadian Prairies), que caracterizam-se pelo seu terreno pouco acidentado e pelo seu solo relativamente fértil. O extremo norte do Canadá é formado por um vasto arquipélago, contendo várias das maiores ilhas do mundo.
O sul do Canadá possui um clima temperado, com quatro estações bem definidas, enquanto o norte do país possui um clima polar, com invernos longos e muito frios, e verões curtos e frios. Os invernos do país são frios, e todo o país está à mercê de tempestades de gelo, embora algumas regiões sofram mais deste problema do que outras. Temperaturas podem chegar facilmente a um mínimo de -50°C no extremo norte do país. A temperatura mais baixa já registrada, -63°C, na América do Norte foi registrada em Snag, Yukon. Já os verões do país tendem a ser quentes no sul do país (máximas de 30°C-35°C no leste, de 25°C a 30°C no oeste do país, e de 35°C a 42°C no interior do país).
O Canadá é uma federação, uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar. O Chefe de Estado do país é a Rainha Elisabeth II do Reino Unido. As tarefas do Chefe de Estado são exercidas no Canadá por um representante, pelo Governador Geral, que é geralmente um político aposentado ou um outro canadense prominente, escolhido pela Rainha, através de um conselho do primeiro-ministro. Apesar de ser o Chefe de Estado do país, o monarca britânico, nem o seu representante no Canadá, o Governador Geral, possuem quaisquer poderes políticos no Canadá, embora muitas cerimônia, atos e debates das leis propostas e discutidas pelo Senado e pela Câmara dos Comuns precisem da aprovação simbólica do Governador Geral. Este também abre e fecha sessões do parlamento - e dissolve o parlamento antes que uma eleição nacional seja realizada.
O Governador Geral também aprova - simbolicamente - o líder de governo, o primeiro-ministro, este considerado por muitos também o Chefe de Estado do país (dado o papel apenas simbólico da Rainha Isabel e seu representante no país). O primeiro-ministro do Canadá não é escolhido diretamente pela população, mas sim, é o líder do partido político que obtêm mais votos e posições na Câmara dos Comuns. O primeiro-ministro, por sua vez, escolhe os membros do Gabinete, que são membros do partido político do primeiro-ministro, em ambas as Câmaras legislativas. O Poder Executivo no país é exercido pelo primeiro-ministro e pelo Gabinete.
O Poder Legislativo canadense é exercido pelo Parlamento, que é bicameral, compostos pela Câmara dos Comuns - cujos membros são diretamente escolhidos pela população - e pelo Senado, cujos membros são escolhidos pelo Governador- Geral, a conselho do Primeiro-Ministro do Canadá. Para que leis entrem em vigor no país, votos de ambas as Câmaras são necessárias, embora a Câmara dos Comuns, também chamada de Câmara Inferior, é sensivelmente mais poderosa do que o Senado, também chamada de Câmara Superior. Os membros da Câmara dos Comuns possuem mandatos que expiram em uma nova eleição - que acontece a cada quatro anos, podendo concorrer à reeleição, quantas vezes quiserem. Já os membros do Senado são indicados pelo primeiro-ministro (e aprovados simbolicamente pelo Governador Geral) regularmente, e atual no Senado até completarem 75 anos de idade, ou até quando decidam renunciar.
O Canadá possui quatro principais partidos políticos. O partido tradicionalmente centrista, o Partido Liberal, governou o Canadá durante a maior parte do século XX. Apenas outro partido político no país conseguiu chegar ao poder desde que o Canadá tornara-se independente em 1867, o atual Partido Conservador, e seus predecessores, o Partido Progressivo Conservador e o antigo Partido Conservador. O Novo Partido Democrático é um partido político de esquerda, e o Bloco Quebequense é um partido político de grande influência e de cunho nacionalista em Quebec. Existem outros menores partidos políticos de menor importância no país, embora nenhum possua em tempos atuais representantes no parlamento.
O Poder Judiciário do Canadá é o principal intérprete das leis do país, e possui o poder de anular quaisquer leis criadas no país, que violem a constituição. A Suprema Corte do Canadá é a corte mais poderosa do país, árbitro final de quaisquer processos judiciários. O Código Criminalístico do Canadá é de responsabilidade federal, e uniforme ao longo do país. Já a Common Law é exercida pelo governo federal em todo o país exceto Quebec, que possui sua própria Common Law. O enforceamento das leis dos país é de responsabilidade provincial, embora várias províncias contratem os serviços da Royal Canadian Mounted Police para o exercimento desta tarefa. A Royal Canadian Mounted Police é a única força policial do mundo que opera em três níveis de enforceamento: municipal, provincial/territorial e federal.
O Canadá é um membro das Nações Unidas, da Commonwealth, da La Francophonie, da Organização dos Estados Americanos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, da Organização Mundial de Comércio, do G8 e da Associação Econômica da Ásia e do Pacífico.
O Canadá é constituído por dez províncias e por três territórios. Cada uma das províncias possui um certo degrau de autonomia em relação ao governo federal. Os territórios possuem um degrau de autonomia menor do que as províncias. Cada uma destas subdivisões, por sua vez, possui seus símbolos provinciais/territoriais.
Províncias Capital Fuso horário
(UTC) Outras cidades importantes
Colúmbia Britânica Victoria -8 (Pacífico),
-7 (Mountanhas) Vancouver, Burnaby
Alberta Edmonton -7 (Mountanhas) Calgary
Saskatchewan Regina -7 (Mountanhas),
-6 (Central) Saskatoon
Manitoba Winnipeg -6 (Central)
Ontário Toronto -6 (Central),
-5 (Leste) Ottawa, Mississauga, Hamilton, London, Windsor, Brampton, Saint Catharines,Kingston, Thunder Bay
Quebec Cidade de Quebec -5 (Leste) Montreal, Laval, Gatineau, Saguenay, Sherbrooke, Trois-Rivières
Nova Brunswick Fredericton -4 (Atlântico) Moncton
Nova Escócia Halifax -4 (Atlântico) Sydney
Ilha do Príncipe Eduardo Charlottetown -4 (Atlântico)
Terra Nova e Labrador St. John's -4 (Atlântico),
-3,5 (Terra Nova)
Territórios Capital Fuso horário
(UTC) Outras cidades importantes
Yukon Whitehorse -8
Territórios do Noroeste Yellowknife -7
Nunavut Iqaluit -7, -6, -5, -4
O Canadá possui estreitas relações com os Estados Unidos, dividindo a fronteira não-defendida mais longa do mundo, coorperando em algumas campanhas militares e exercícios, e cada país sendo o maior parceiro comercial do outro. O Canadá também divide laços históricos com o Reino Unido e a França, os dois poderes imperiais que mais influenciaram o Canadá em sua fundação. Esta relação se extende a outros antigos membros dos impérios britânicos e franceses, através da Commonwealth e da Francofonia.
Nos últimos 60 anos, o Canadá passou a se esforçar cada vez mais em resolver problemas globais, em colaboração conjunta com outras nações. Isto foi claramente demonstrado durante a Crise de Suez de 1956, quando Lester B. Pearson diminuiu tensões quando propou esforços de paz, e a criação dos boinas azuis. Neste espírito, o Canadá teve, e atualmente procura manter, um papel importante nos esforços dos boinas azuis. O Canadá atuou em 50 missões de paz, incluindo toda missão de paz da ONU até 1989, embora as contribuições do país nos boinas azuis tem diminuido nos últimos anos.
Um dos membros fundados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as Forças Armadas do Canadá empregam atualmente cerca de 62 mil pessoas, sendo que o pessoal de reserva é composto de aproximadamente 26 mil pessoas. As Forças Armadas do Canadá incluem o Exército, a Marinha e a Força Aérea, que empregam 1,4 mil veículos armorizados, 34 navios de combate, e 861 aviões.
Além de ter tido ativa participação na Segunda Guerra de Boer, na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia, o Canadá tem mantido forças em missões internacionais sob a tutela da ONU e da OTAN desde 1950, incluindo missões de paz, diversas missões na antiga Iugoslávia, e suporte às forças da coalizão durante a Guerra do Golfo. O Canadá enviou tropas ao Afeganistão em 2001, e possui tropas estacionadas no país desde então. O país também teve ativa participação nos esforços de assistência às localidades afetadas pelo Terremoto do Índico de 2004, pelo Furacão Katrina, e pelo Terremoto Asiático de 8 de Outubro de 2005.
O censo nacional de 2001 estimou a população do país em 30 007 094 habitantes. Estima-se que a população atual do país seja de 32,5 milhões de habitantes. A imigração é atualmente um importante fator no crescimento populacional do Canadá, sendo que o país possui a maior taxa de imigração per capita do mundo. Cerca de três quartos da população do Canadá vive a menos de 160 quilômetros dos Estados Unidos da América. Uma proporção similar vive em áreas urbanas, primariamente localizadas no corredor Quebec-Windsor (especialmente nas regiões metropolitanas de Toronto-Hamilton, Montreal e Ottawa), as planícies orientais da Colúmbia Britânica (Vancouver e Victoria e o corredor Calgary-Edmonton em Alberta.
O Canadá é uma nação multicultural, muito diversa etnicamente. Segundo o censo canadense de 2001, existem no país 34 diferentes etnias, cada uma com uma população mínima de 100 mil habitantes. Os maiores grupos étnicos, não ingleses ou franceses, são italianos, alemães, irlandeses e chineses. Segundo o censo, o maior grupo étnico é "canadense" (39,4%), uma vez que muitos canadenses se consideram "etnicamente canadenses", seguidos pelos ingleses (20,2%), franceses (15,8%), escoceses (14%), irlandeses (12,9%), alemães (9,3%), italianos (4,3%), chineses (3,7%), ucranianos (3,6%) e nativos americanos (3,4%). A população nativo americana do Canadá está crescendo à uma taxa duas vezes maior do que a média canadense. Em 2001, 13,4% da população canadense pertencia à uma minoria visível (que não inclui os nativos americanos). Estima-se que esta taxa subirá para aproximadamente 20% em 2017.
O Canadá tem uma taxa de fertilidade total baixa, semelhante aos dos países da Europa Ocidental. O Canadá depende da imigração para manter e aumentar a sua população. O Canadá desenvolveu um mecanismo sofisticado, às vezes contestado, para encontrar imigrantes apropriados e para os integrar na sociedade sem conflito. Aproximadamente 17% dos canadenses nasceu no estrangeiro, a segunda maior percentagem do mundo, atrás somente da Austrália.
A maior parte dos canadenses é cristã, sendo que 43,6% dos canadenses se consideram católicos romanos, e 38%, protestantes. A denominação protestante mais numerosa é a Igreja Unida do Canadá (United Church of Canada). No total, 77,1% da população canadenses são cristãos. 6,3% da população canadense possuem outra religião (a maior delas dois quais é o islamismo), e 17% não possuem nenhuma religião.
O Canadá foi classificado em primeiro lugar durante nove anos consecutivos no Índice de Desenvolvimento Humano, entre 1992 e 2000. Atualmente, o país ocupa a quinta posição deste índice.
O Canadá possui dois idiomas oficiais: o inglês e o francês. Ambos são usados no Parlamento do Canadá. Em 7 de julho de 1969, a língua francesa foi igualada à lingua inglesa, por todo o sistema federal de governo. Isto iniciou um processo que levou o Canadá a tornar-se uma nação bilingual e multicultural:
O francês e o inglês possuem estatuto igualitário no parlamento, nas cortes federais e em todas as instituições federais canadenses.
Todo cidadão canadense possui o direito a ter um julgamento em francês ou em inglês, ao pedido do julgado.
O público possui o direito, onde há suficiente demanda, de receber serviços governamentais em francês ou em inglês.
Grupos aborígenes possuem o direito de serem educados em seu idioma nativo.
Embora o multiculturalismo seja a política oficial do país, uma pessoa precisa falar fluentemente ou o francês ou o inglês para tornar-se um cidadão canadense.
Mais de 98% dos canadenses falam ou o francês, ou o inglês, ou ambos os idiomas.
Cada província tem o direito de definir seus idiomas oficiais. Em Quebec, o idioma oficial da província é o francês, embora cidadãos anglófonos e aborígenes na província possuem certos direitos que ajudam a preservar estes idiomas dentro do Quebec. O Quebec fornece serviços governamentais em francês e em inglês, ao menos nas principais cidades da província.
O francês é majoritariamente falado em Quebec - menores grupos francófonos vivem na Nova Brunswick, Ontário e Manitoba. No censo nacional de 2001, 6 864 615 pessoas afirmaram que o francês era seu idioma materno. Destes, 85% viviam em Quebec. Para efeito de comparação, 17 694 835 canadenses indicaram o inglês como idioma materno. A Nova Brunswick é oficialmente a única província bilingual do Canadá.
Idiomas não-oficiais também são expressivos no Canadá, com um total de 5 470 820 canadenses afirmando terem outro idioma, que não o francês ou o inglês, como idioma materno. Os idiomas não-oficiais mais falados no Canadá são o chinês (853 745 falantes nativos), italiano (469 485 falantes) e o alemão (438 080 falantes).
A Constituição de 1982 reconheceu três grupos principais aborígenes no Canadá; os nativos americanos (chamados oficialmente de "Primeira Nação"; First Nation em inglês, Première nation em francês), os inuit (popularmente chamados de esquimós) e os Métis. A população aborígene têm crescido em um ritmo duas vezes maior do que o resto do Canadá. Atualmente, cerca de 790 mil aborígenes vivem no país. Destes, 69% são nativos americanos, 26% são Métis e 5% são inuit.
Atualmente, 50 idiomas diferentes são falados por tais grupos aborígenes, a maioria falado apenas no Canadá. O uso destes idiomas têm caído no país, e prevê-se que a maioria delas estarão extintas em duas ou três gerações. Apenas o inuktitut (idioma oficial nos Territórios do Noroeste e em Nunavut, com um total de 29 mil falantes) e os idiomas objiwe e cree (ambos com um total de 150 mil falantes) são sustentáveis a longo prazo.
Em tempos coloniais, a economia do Canadá era dominada pelo setor primário - primeiramente, a caça, comércio de peles e pesca, que começaram no século XVII, pela agricultura, que passou a ser praticada a partir do século XVIII, e pela mineração, a partir do século XIX. Estas ainda são relativamente importantes no Canadá, sendo uma fonte de renda importante para uma pequena parcela da população do país. Porém, desde a Primeira Guerra Mundial, o grande crescimento dos setores de manufaturação, mineração e de serviços e comércio transformaram o Canadá de uma economia primariamente rural em uma primariamente industrial e urbana - fazendo do setor terciário - comércio e serviço - a maior fonte de renda do país, seguida pelo setor secundário - indústria, mineração e manufatura.
Atualmente, o Canadá possui uma das maiores e mais desenvolvidas economias do mundo. O produto interno bruto PPC do Canadá é de cerca de 1,077 trilhão de dólares, o 11° maior do mundo, enquanto a renda per capita nacional é de 34 273 dólares, 7° maior do mundo. O seu PIB nominal é de 1,1 trilhão de dólares, 8° maior do mundo, enquanto que seu PNB PPC é de 1,051 trilhão de dólares, 9° maior do mundo. Como uma sociedade industrial influente e de alta-tecnologia, o Canadá hoje lembra os Estados Unidos em seu sistema econômico orientado pelo mercado, modelo de produção, e os altos padrões de vida. Desde 2001, o Canadá não foi afetado por depressões financeiras, possuindo a melhor perfomance econômica dos países da G8.
A economia do Canadá é baseado no capitalismo. O país possui uma das mais influentes economias mundiais. Favorecido pela proximidade aos Estados Unidos da América, e através do tratado de FTA (Acordo de Livre Comércio dos Estados Unidos e Canadá de 1989), posteriomente NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte de 1994, que levou à inclusão do México ao FTA). Este acordo gerou um crescimento dos laços comerciais, e da integração econômica com os Estados Unidos.
O setor primário do Canadá - agricultura, pesca e silvicultura - é responsável por 3% do PIB do país, e emprega um total de aproximadamente 675 mil pessoas.
O setor secundário - manufatura, construção e mineração - responde por 30% do PIB do Canadá. A manufatura de produtos industrializados é responsável sozinha por 18% do PIB canadense, e emprega aproximadamente 2,3 milhões de pessoas. Construção é responsável por 5% do PIB nacional, empregando 820 mil pessoas, e a mineração é responsável por 4% do PIB nacional, e emprega cerca de 285 mil pessoas.
A maior parte do PIB do Canadá provém de seu setor terciário - comércio e serviços, que são responsáveis por 67% do PIB do Canadá. Serviços comunitários e pessoais são responsáveis por 22% do PIB, e empregam 5,7 milhões de pessoas, enquanto o setor financeiro e imobiliário responde por 19% do PIB do país, empregando cerca de 870 mil pessoas. Já o comércio por atacado e varejo responde por 11% do PIB do Canadá, gerando aproximadamente 2,3 milhões de postos de trabalho. Existem três bolsas de valores no Canadá, uma em Toronto - a principal do país - uma em Montreal e uma em Vancouver. A capital financeira do Canadá é Toronto.
Um grande problema na economia do Canadá é a falta de profissionais reconhecidos, de alta educação, no país - muitos profissionais que estudam no Canadá deixam o país para trabalhar nos Estados Unidos, atraídos por melhores salários e menores impostos. Ao mesmo tempo, profissionais qualificados de outros países imigram para o Canadá, mas seus diplomas de ensino superior não são muitas vezes reconhecidos no Canadá.
No Canadá, as províncias e os territórios são responsáveis pela educação. Por isto, o país não possui um departamento nacional de educação. Cada um dos 13 sistemas educacionais diferentes do Canadá (uma operando em cada província/território) possuem o poder de ditar regras e padrões que devem ser seguidos por instituições educacionais operando na província/território, bem como administrar fundos dedicados à educação pública. Tais sistemas são similares entre si, embora possuam diferenças que refletem sua própria história regional, cultural e geografica. Atendência escolar é compulsório em todas as províncias/territórios. A idade onde atendência é obrigatória varia no país, geralmente iniciando aos 5-7 anos, e sendo obrigatória até os 16-18 anos (ou até a conclusão do segundo grau), o que contribui para uma taxa de alfabetismo de mais de 99%.
Educação pós-secundária é responsabilidade dos governos provinciais/territoriais, que fornecem a maior parte das verbas necessárias para a operação de instituições de educação superior. O governo nacional fornece verbas adicionais através de verbas para pesquisas. Em 2002, 43% da população canadense entre 25 e 64 anos de idade possuíam educação pós-secundária. Contando a população canadense entre 25 e 34 anos de idade, a taxa sobe para 51%.
O Canadá possui vários acidentes geográficos que são grandes obstáculos ao transporte, como montanhas, grandes corpos d' água e grandes florestas. Mesmo assim, o país possui um dos melhores sistemas de transporte do mundo.
A malha ferroviária do Canadá possui mais de 80 mil quilômetros de extensão. É a terceira maior malha ferroviária do mundo, perdendo apenas para a dos Estados Unidos e ao da Rússia. As duas principais ferrovias do país são a Canadian National Railway e a Canadian Pacific Railway, esta última sendo a primeira ferrovia transcontinental do mundo, tendo sido inaugurada em 1884. Ambas as ferrovias são controladas por empresas privadas. Já a VIA Rail é um serviço ferroviário inter-urbano de passageiros, administrada pelo governo canadense. Montreal é o maior pólo ferroviário do país, seguido por Calgary e Toronto. Toronto e Montreal possuem modernos sistemas de metrô.
Rodovias pavimentadas conectam as principais cidades do Canadá entre si. Delas, destacam-se a Trans-Canada Highway, La Transcanadienne en francês, que estende-se por oito mil quilômetros desde o Oceano Pacífico até o Oceano Atlântico, e a Via Expressa Macdonald-Cartier, a via expressa mais movimentada do mundo. Montreal é o principal pólo rodoviário do Canadá, seguido por Toronto e Calgary. Montreal possui um extensivo sistema de vias expressas.
Os principais centros portuários do país são Vancouver, Montreal, Halifax e Toronto. O Canal Marítimo do São Lourenço permite a navegação de navios de grande porte entre o Oceano Atlântico até os Grandes Lagos. Os principais centros aeroportuários do país são Toronto, Vancouver e Montreal. A Air Canada é a principal e maior linha aérea do país.
Cerca de 100 jornais diários em inglês e dez jornais diários em francês são impressos no Canadá. O jornal que possui a maior circulação do país é o Toronto Star, publicada em língua inglesa. O jornal francófono de maior circulação no Canadá (e também do mundo, fora da França) é o Le Journal de Montréal. Outros 1,1 mil jornais semanais ou bisemanais são publicados no Canadá, dos quais 80 são publicados em outro idiomas que não o inglês ou o francês.
Cerca de 1,5 mil periódicos são impressos e publicados no Canadá. Os periódicos de maior circulação do país são Maclean's e Chatelaine. Periódicos e jornais impressos nos Estados Unidos também publicados no Canadá, primariamente nas grandes cidades canadenses. Periódicos impressos na França também são publicados nas principais cidades francófonas do Canadá.
A principal companhia de televisão do Canadá é o Canadian Broadcasting Corporation, que possui dois distintos sistemas de televisão nacional, um em inglês e outro em francês (Radio-Canada). A Comissão Canadense de Telecomunicações de Rádio-televisão e Telecomunicações regula a atividade de todas as estações de rádio e televisão do país. Muitos dos programas de maior audiência são americanos. Porém, o Canadá exige de todas as estações de rádios e televisão do país um mínimo de programação utilizando programas canadenses.
O Canadá é um país multicultural, onde todas as culturas são consideradas igualmente importantes, e por consequência, valorizadas por igual. O governo adotou oficialmente a política de multiculturalismo em 1971.
Devido ao seu passado colonial, a cultura do Canadá foi pesadamente influenciada pela cultura e tradições do Reino Unido e da França, bem como da Irlanda e aborígene. Dado sua proximidade com os Estados Unidos, a cultura do Canadá passou a ser pesadamente influenciada pela cultura americana a partir do século XIX. Apesar disto, a cultura canadense conseguiu desenvolver características próprias e únicas. Em muitos aspectos, uma cultura nacional mais robusta e distinta têm se desenvolvido em anos recentes, parcialmente por causa do nacionalismo cívico que se espalhou pelo país nos anos que antecederam o centenário do Canadá, em 1967, e também por causa dos incentivos do governo em estimular programas que suportam a cultura e a arte no país.
Os povos aborígenes que viviam no Canadá antes da chegada dos primeiros europeus construíram os primeiros pilares da história e cultura do Canadá. Cada nação aborígene possuía sua cultura, idioma e história. Muitas destas nações ainda existem no país. Eles pescavam, cultivavam e caçavam em todos os cantos do Canadá, e acreditavam muito na natureza, e que a existência deles (dos homens) dependia dela (da natureza). Hábeis costureiros, usavam plantas para fazer roupas e outros utensílios. Histórias passavam de geração a geração. Estes povos são a base da cultura do Canadá, e também os primeiros povos do país.
Os antigos colonizadores europeus ajudaram a formar a base da cultura do Canadá. Ao longo da colonização do Canadá, assentadores inventaram lendas, mitos e folclores sobre a terra que os cercava.
O advento da mídia moderna - jornais, televisão, rádio e música, fizeram dos Estados Unidos, a partir do século XIX, a maior fonte de influência sobre a cultura canadense. Muitos shows, autores, músicos e filmes são tão populares no Canadá quanto nos Estados Unidos, e a cultura de ambos os países possuem muitas características em comum. O Canadá e os Estados Unidos possuem vários acordos comerciais, legais, políticos e militares.
À medida em que o Canadá e os Estados Unidos desenvolveram-se de forma cada vez mais unida, muitos canadenses desenvolveram sentimentos complexos e preocupações, sobre do que faz do Canadá um país "distinto" na América do Norte. A grande influência da cultura americana no país têm gerado preocupações sobre um assimilamento cultural dos canadenses por parte dos americanos. Com isto em mente, o governo canadense criou várias leis e institutos governamentais para a proteção da cultura canadense.
Em anos recentes, o Canadá têm cada vez mais distinguido-se dos Estados Unidos, à medida que o Canadá continua a manter políticas fiscais balanceadas, e uma sociedade cada vez mais liberal. O governo e boa parte da população canadense são a favor de um sistema de saúde único, casamento homossexual, ao mesmo tempo em que suportam cortes em impostos e acordos de lívre comércio. A descriminilização da maconha também possui apoio considerável no país. Com a eleição do atual primeiro-ministro, Stephen Harper, o país tende a ter, politicamente, uma postura mais conservadora.
[editar] Símbolos nacionais
O uso da folha de plátano como o símbolo nacional data do começo do século XVII. Atualmente, a folha de plátano aparece em emblemas nacionais tais como na bandeira, no brasão de armas, e nas moedas de um centavo de dólar canadense. As cores oficiais do país são branco e vermelho. O animal do Canadá é o castor, que simboliza trabalho e da dedicação.
O esporte nacional de inverno do Canadá, é oficialmente o hóquei no gelo, que é considerado popularmente como o esporte nacional do país. Já o esporte nacional de verão é oficialmente o lacrosse, embora os esportes mais praticados nesta estação sejam o futebol e o basquete.
Ufa!
Já é o bastante?
2006-12-06 09:39:15
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answer #2
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answered by pantimtim 4
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