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A Sabinada foi uma revolta autonomista na então ProvÃncia da Bahia.Os sabinos, mesmo manifestando fidelidade monárquica, proclamaram uma república provisória. Marcavam seu desejo de separação do govemo central respeitando o rei-menino, como demonstra seu programa, proclamado quando tomam Salvador em 7 de novembro de 1837.
Apesar da aparente participação popular na Sabinada, prevalecia entre os revoltosos a classe média. Foi a insurreição mais discutida da história do Brasil, enquanto se processava.
Há pontos em comum entre os sabinos e os farrapos. O lÃder farroupilha Bento Gonçalves esteve preso em Salvador, onde influiu sobre o ânimo dos baianos. Ao contrário dos gaúchos, porém, os baianos agiram menos e falaram mais.
Esta constatação não diminui os sabinos: marca o tom das duas revoltas. Identificavam-se principalmente com o anticentralismo imperial: os sabinos, mais retoricamente ideológicos, e os farrapos, mais pragmáticos.
à sintomático que um dos motivos imediatos da eclosão do movimento baiano seja a fuga de Bento Gonçalves da cadeia, facilitada por seus companheiros de idéias em Salvador. à que o lÃder baiano, o médico Francisco Sabino Ãlvares da Rocha Vieira, que deu o nome à insurreição, cumprira pena no Rio Grande do Sul: um degredo por assassinar o polÃtico conservador Ribeiro Moreira, em 1834. No Rio Grande, Sabino conviveu com as idéias farroupilhas e ficou amigo de Bento Gonçalves.
Se as idéias se assemelham, a prática é outra. Os baianos são letrados e propagam seu ideário pelos jornais. Tentam convencer o povo da justiça de sua causa. E lutam, pode-se dizer, com uma elegância revolucionária clássica - se isso existe... Os gaúchos falam para justificar suas ações, as palavras pouco têm que ver com a realidade e, na guerra, desprezam tudo o que impede a vitória.
Paradoxalmente, são os gaúchos que conseguem mais povo na sua guerra: talvez pela visão senhorial da sociedade, encarando os pobres, especialmente os negros escravos, como massa de manobra a quem não devem explicações e obrigam a seguir seus donos.
Pois a Revolução Farroupilha, eclodiu na noite de 19/09/1835, quando Bento Gonçalves da Silva avançou com cerca de 200 "farrapos" (ala dos exaltados, que queriam provÃncias mais autônomas, unidas por uma república mais flexÃvel) sobre a capital Porto Alegre (que na época possuÃa cerca de 14 mil habitantes) pelo caminho da Azenha (atual Avenida João Pessoa). A revolta deveu-se em função dos elevados impostos cobrados no local de venda (normalmente outros Estados) sobre itens (animais, couro, charque e trigo) produzidos nas estâncias do Estado. Charqueadores e estancieiros reclamavam, ainda, de outros impostos: sobre o sal importado e sobre a propriedade da terra.
A Balaiada foi uma revolta de fundo social, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da então ProvÃncia do Maranhão, no Brasil. Sendo Raimundo Gomes Vieira o homem de confiança de Padre Inácio, incumbido de levar à s feiras e vender os bois do rico pecuarista, teve certa vez de passar na Vila de Manga do Iguará, onde o prefeito, no encargo também de comandante da força policial, mandou prender alguns dos vaqueiros de Raimundo Gomes, com o intuito de prejudicar o padre, seu inimigo polÃtico.
Impossibilitado de prosseguir a marcha e sofrendo prejuÃzos resultantes de fuga e morte do gado, o capataz invadiu, junto com nove companheiros, a cadeia municipal guardada por 23 soldados, soltou os presos (entre eles o seu irmão) e apoderou-se do armamento, deixando livres os soldados desarmados. Estaria iniciada a Revolta.
Aderem também duas importantes lideranças: Manoel Francisco Ferreira dos Anjos, denominado Balaio, e D. Cosme, lÃder dos aquilombados. Manoel Francisco Ferreira dos Anjos era, assim como o vaqueiro Raimundo Gomes, representante da classe mais pobre do Maranhão; no entanto, Ferreira dos Anjos não vivia agregado e tão pouco era empregado de algum poderoso. Sustentava esposa e duas filhas graças à confecção de balaio, originando seu apelido, e à pequena oficina de costura mantida pelas mulheres da casa.
Conta-se que Balaio aderiu à Revolta após as tropas legalistas terem passado pelo vilarejo onde residia, nas proximidades de Coroatá. Aproveitando-se da estadia na vila, um oficial de nome Guimarães violentou as duas filhas de Ferreira dos Anjos. Ferido em sua honra, o artÃfice publicou o incidente e incitou a fúria de amigos e conhecidos a combater os legais, "vendidos aos portugueses". Com esses argumentos, Balaio arregimentou um grupo de seguidores e partiu para a luta com grande ferocidade e dando o seu nome à Revolta, mesmo aderindo depois do seu inÃcio e morrendo antes do término da mesma.
Também engrossando as fileiras rebeldes surge Cosme, na liderança de 3.000 negros aquilombados. Este lÃder não se enquadra necessariamente entre os Balaios, e poderÃamos inclusive considerá-lo chefe de uma Revolta Negra Maranhense, apesar de ter se articulado fracamente com a Balaiada. A participação negra é contestada quanto ao engajamento sincero, tanto no inÃcio como no final da Revolta.
Diante da proporção alcançada, envolvendo as camadas populares, as elites locais se aproximaram em busca de estratégias para derrotar os revoltosos. Os lÃderes balaios ou foram mortos em batalha ou capturados. Destes últimos, alguns foram julgados e executados, como Cosme Bento, por enforcamento. Pela sua atuação na ProvÃncia do Maranhão, Lima e Silva recebeu o tÃtulo de Barão de Caxias.
A Cabanagem (não confundir com cabanada) ocorreu porque no final de 1833, o governo nomeou o polÃtico Bernardo Lobo de Souza presidente do Pará. Este valeu-se da repressão para impor sua autoridade na provÃncia, o que fez crescer contra si a oposição local.
LÃderes como o padre João Batista Gonçalves Santos, o fazendeiro Félix Antônio Clemente Malcher e os irmãos Vinagre -- Francisco Pedro, Manuel e Antônio -- armaram uma conspiração contra o governador.
Em janeiro de 1835, o governador foi assassinado, iniciava-se a Cabanagem, a mais importante revolta popular da Regência. Esse nome indicava a origem social de seus integrantes, os cabanos, moradores de casas de palha. Foi “o mais notável movimento popular do Brasil, o único em que as camadas pobres da população conseguiram ocupar o poder de toda uma provÃncia com certa estabilidade”.
Os rebeldes ocuparam a cidade de Belém e formaram um governo revolucionário presidido por Malcher, que defendia a criação, no Pará, uma república separatista.
Entretanto, o novo governador que mantinha cabeça de fazendeiro e estreita relações com outros proprietários locais, decidiu permanecer fiel ao Império.
Por isso, o movimento radicalizou-se. LÃderes populares, como Antônio Vinagre e Eduardo Angelim, refugiaram-se no interior da provÃncia, em busca do apoio das populações indÃgenas e mestiças. Foram então as pessoas pobres, que moravam em cabanas, que assumiram a luta pela independência do Pará.
2006-12-05 10:19:55
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answer #2
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answered by taisa.ladeira 3
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