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2006-12-01 00:09:24 · 5 respostas · perguntado por dudu 2 em Ciências Sociais Outras - Ciências Humanas

5 respostas

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Idéias OU ideais?
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2006-12-01 00:18:29 · answer #1 · answered by Biggi 7 · 0 0

bom como não disse em que período responderei como sendo da época da revolução francesa basicamente dizendo procuravam unir forças a napoleão bonaparte para derrubar a monarquia portuguesa .,sendo que na época D. João fugiu para cá. ,quanto a seus ideais eram praticamente semelhantes aos ideais franceses.

2006-12-04 12:31:38 · answer #2 · answered by ................................ 2 · 0 0

ORAPOIS MEUS CONTERRANEOS ACHARAM QUE LISBOA TAVA MUITO ESCURA E INVENTARA A IDEIA DE ILUMINAR LISBOA.

2006-12-01 01:05:26 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

Colocar uma lâmpada de encaixe.
Assim eles economizariam os quatro caras que girariam a escada e poderiam contratar somente o que encaixa a lâmpada.

2006-12-01 00:53:02 · answer #4 · answered by jorge luiz stein 5 · 0 0

O FILÓSOFO NATURAL E AS LUZES

No Brasil setecentista não se publicavam jornais, os livros estavam na maior parte proibidos, faltavam escolas e não havia universidade. Por isso Feijó veio estudar a Coimbra. Sobejavam, além destes, motivos de descontentamento entre os portugueses nascidos na colónia americana: impostos tão exorbitantes que o quinto de certas produções exigido pela Coroa gerou a injúria “Vá para os quintos dos Infernos!”; o facto de os impostos não reverterem em benefício do Brasil; e a atribuição de cargos relevantes apenas a metropolitanos.

Enquanto isto acontecia no sul, a norte verificava-se a independência da América (1777); na Europa, desencadeava-se a Revolução Francesa (1789), com os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, esses que a Maçonaria ainda hoje ostenta nos seus portais da Internet. Vindo já do Renascimento, o movimento das Luzes propaga-se de Paris até à Rússia, não sendo fácil isolar sentidos nas “Luzes”, isto é, distinguir iluministas de iluminados e libertins d’esprit de libertários; imbricado nestes movimentos, o liberalismo ajeita as asas, para chocar sob elas os ovos de ouro da História Natural: laissez faire, laissez passer - o quê? Deixai passar os produtos naturais, deixai-os gerar indústria e comércio, deixai o povo fruir a riqueza que criam.

Pelos autos de devassa relativos às Inconfidências, e de outras fontes, sabemos que obras susceptíveis de levarem os seus leitores a tribunal eram as de Rousseau e “as leis americanas”, ou seja, a Declaração dos Direitos do Homem proclamada na Revolução Francesa e a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. São estes os textos proibidos que lêem os jovens brasileiros em Coimbra, são estes os textos doutrinários pelos quais desejam orientar o futuro da colónia americana.

Com a reforma entra nos programas o laboratório. Experimentar e observar exigem livre arbítrio, ao contrário do ensino baseado no princípio da autoridade. Veremos Feijó manipular produtos naturais, e em consequência exprimir o resultado dos ensaios químicos sem citar Aristóteles nem Galeno. Uma vez criada a Faculdade de Filosofia Natural, na qual se leccionavam a Química, a História Natural e a Filosofia Racional e Moral, Domingos Vandelli vem a ser o primeiro lente das duas primeiras matérias, e por conseguinte não só o mestre da geração de filósofos naturais a que pertence Feijó, e seguintes, como a principal chave para conhecer o naturalismo português neste período.

Mas quem frequentou a Universidade Reformada? Os professores eram em grande parte italianos. Alunos metropolitanos, como Brotero, tiveram de se exilar, é na Itália que Verney publica “O Verdadeiro Método de Estudar”, Jacob de Castro Sarmento é da Inglaterra que manda sugestões para a reforma e textos científicos sobre a teoria das marés (os “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, de Newton, são a grande obra de referência para estes homens), em suma: o período das Luzes é também o dos exilados, estrangeiros e estrangeirados. Quem sai do anonimato para as luzes da História, em Coimbra, são os portugueses nascidos no Brasil, que a vêm frequentar em número considerável. Então, como resultado natural da reforma, formam-se homens que ascendem à liderança intelectual, científica e política e estão na origem da independência da colónia americana. É o caso mais óbvio de José Álvares Maciel (2) e de José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado habitualmente o patriarca da independência do Brasil.

Acabados os estudos, os mais notáveis destes jovens formam dois grupos: uns viajaram pela Europa para se aperfeiçoarem (3), como o futuro Intendente Câmara e José Bonifácio, outros são encarregados das viagens filosóficas nas colónias, e neste grupo inclui-se a de Feijó a Cabo Verde, a menos conhecida, apesar de os seus trabalhos terem vindo a ser republicadíssimos. Mais estudada tem sido a de Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazónia, sendo também conhecidas as de Joaquim José da Silva a Angola (4) e de Manuel Galvão da Silva à Bahia (5) , Goa e Moçambique.

Feijó viveu em Cabo Verde desde 1783 até talvez 1797 (6). Catorze anos no arquipélago não se destinaram só a recolher terras e pedras, plantas e animais. Nas ilhas, devia ficar sob a tutela do governador, D. Francisco de S. Simão, para ali destacado com o fim de proceder ao povoamento das ilhas. Logo a seguir o Bispo morre, e Feijó tem de recorrer à Justiça para se proteger de ameaças de morte (7).

O século XVIII é o do utilitarismo e da economia, o que se reflecte na História Natural: o naturalista fala do que é útil ou inútil, do que pode ou não dar lucro. Os governantes mais esclarecidos aspiram à felicidade dos povos, de acordo com um ideário materialista, segundo o qual as riquezas naturais serão tanto melhor aproveitadas quanto melhor e mais completo for o conhecimento científico delas, como aconselha Vandelli (8). É possível criar um paraíso na Terra, eis a grande utopia do tempo de Rousseau. As Luzes estão assim directamente ligadas ao naturalismo: os governantes são membros das academias, muitos passam pelas faculdades de Filosofia Natural, fazem por isso dela um instrumento de poder e uma questão de Estado. A maior parte do memorialismo é económica, exemplo das Memórias Económicas da Academia Real das Ciências, do “Ensaio Económico sobre as Ilhas de Cabo Verde”, de Feijó, exemplo ainda de muitas memórias de Vandelli. Perto de uma centena delas, na maior parte inéditas, foi publicada recentemente, de tal forma que remete para os economistas o trabalho de maior envergadura até agora empreendido acerca dele (9). O naturalismo promove a agricultura, as pescas, a indústria, a multiplicação de seres vivos e produtos naturais úteis, estuda novas aplicações para eles, visa o bem estar e riqueza das nações, e para isso dispõe de uma técnica moderna de catalogação, a sistemática de Lineu. No seu horizonte brilha um mundo ignoto, fonte de bens difícil de avaliar na sua grandeza, e que ainda é preciso conquistar: as colónias, que então justamente se chamavam “conquistas”. A Europa promove as viagens filosóficas, sequiosa de conhecimento desses estranhos mundos para os poder dominar, Portugal segue-lhe os passos, com muito atraso.

2006-12-01 00:13:58 · answer #5 · answered by JESUS TE AMA 7 · 0 0

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