A história da energia nuclear no Brasil inicia-se no pós guerra com a luta do Almirante Álvaro Alberto contra as pressões americanas para alcançar o o controle de propriedade das reservas mundiais de tório e urânio. O Almirante Álvaro Alberto, representante brasileiro, foi único a se opor As injustiças propostas no Plano Baruch. O almirante qualificou a política dos E.U.A. de "tentativa de desapropriação".
Em 1951 Getúlio Vargas então presidente do Brasil criou o CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas) nomeando, o Almirante Álvaro Alberto para presidi-lo.
Em 1951, o Almirante Alberto propôs uma legislação que protegesse as reservas nacionais de tório e urânio contra a espoliação estrangeira. Neste contexto o Almirante defendeu a tese das compensações específicas, o que valia dizer que nenhuma transação comercial com minerais estratégicos (termo cunhado por Alberto) deveria se realizar contra pagamento em dólares, mas sim na base de troca de tecnologia.
As resistências do Almirante Alberto foram insuficientes para impedir a tomada de assalto das jazidas brasileiras pelos norte-americanos, que já em 1952, importavam de uma só vez toda a cota de tório que lhes fora garantida para 2 anos de acordo.
A inflexibilidade dos norte-americanos amarrados pela força do "Mcmahon-Act", inviabilizava qualquer cooperação com o Brasil. A pretendida cooperação, entretanto, era uma ilusão que o enviado americano para "liberar" a política de exportação de minerais, Gordon Dean, insistia em alimentar. Em virtude, disso o Almirante Alberto pediu autorização ao governo brasileiro para encetar negociações com outros países. Em missão do CNPq ele viajou para a Europa onde faria contato na Franca e na Alemanha ocupada pelos aliados.
Na França, negociou a aquisição de uma usina de "yellow cake" e, na Alemanha propôs que os cientistas alemães em atividade à margem da legalidade aliada, fornecessem ao Brasil a tecnologia de enriquecimento de Urânio rejeitada pelos americanos.
Neste ponto a missão do Almirante Álvaro Alberto tomava aspectos de missão secreta, na medida em que suas ações passavam a ignorar outras instâncias decisórias, como o Conselho De Segurança e Nacional, o Departamento de Produção Mineral e o Estado Maior das Forças Armadas, pois, para completar sua tarefa, isto é, transferir os protótipos das centrifugadoras de urânio para o Brasil, ele dependia de uma diplomacia secreta à margem do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. A embaixada brasileira em Bonn recomendou que se aguardasse o estabelecimento da plena soberania da Alemanha Ocidental, quando então seria possível a importação das centrifugadoras.
Formalmente o CNPq aceitou a recomendação mas Álvaro Alberto solicitou a Getúlio Vargas uma autorização especial no sentido de que o Ministério das Relações Exteriores apoiasse o embarque secreto das máquinas.
As centrifugadoras foram aprendidas em Göttingen e Hamburgo pelo Military Security Board, menos de 24 horas após esta consulta. O plano do golpe feito contra a encomenda fora forjado pela Comissão de Energia Atômica dos E.U.A. (USAEC). Alberto, ao contatar o presidente desta Comissão, Lewis Strauss, não recebeu deste, nenhuma esperança de que as máquinas aprendidas pelos aliados fossem liberadas. Por outro lado Straus, habilmente, contra-atacaria em uma oferta de "ajuda" dos E.U.A. nos moldes permitidos pela política nuclear americana. Álvaro Alberto, mais uma vez, repetiria os desejos de seu governo: usinas de enriquecimento, uma fábrica de produção de hexafluoreto de urânio, além de reatores de pesquisa.
A rejeição da USAEC fez o Almirante voltar de mãos vazias e o passo seguinte foi sua exoneração do CNPq, em março de 1955. Logo em seguida a sua demissão, em agosto de 1955, é firmado com os E.U.A o Programa de Cooperação para o Reconhecimento dos Recursos de Urânio no Brasil. Em meados de 1956 é instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o problema da energia atômica no país, especificamente, com relação a possível demissão do Almirante ter sido motivada por pressões norte-americanas explicitadas em quatro documentos secretos, oriundos da diplomacia americana e a conseqüente aceitação das condições de negociação dos EUA com a mudança da política brasileira na exportação de minerais estratégicos.
2006-11-30 05:22:44
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answer #1
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answered by Lene 4
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Até a década de 30 a energia térmica era obtida somente por combustão clássica, ou seja, uma reação química do tipo:
[combustível + O2] gerando [produtos de combustão + energia]=>[1 g de C + 2,66667 g de O2] = [3,66667 g de CO2 + 0,00930 KWh]
A matéria ou sua energia não pode ser criada ou destruída, mas apenas transformada. Isto já havia sido expresso na Lei de Lavoisier, de Conservação da Massa.
A partir dos experimentos realizados com elementos emissores de partículas, este conceito foi ampliado para a Lei de Conservação da Energia, onde a energia não pode ser criada ou destruída, mas apenas transformada ou num sistema isolado, permanecendo constante a soma das energias.
http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/inter.html
2006-11-30 05:20:23
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answer #2
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answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7
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Energia nuclear
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Uma usina de energia nuclear. Vapor não-radioativo sai das torres de resfriamento.Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio (demonstrado por Albert Einstein) que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.
Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.
Os fatos históricos demonstram que as centrais nucleares foram projetadas para uso duplo: civil e militar. A primazia na produção de plutônio nestas centrais propiciou o surgimento de grandes quantidades de resíduos radioativos de longa vida que devem ser enterrados convenientemente, sob fortes medidas de segurança, para evitar a contaminação radioativa do meio ambiente. Atualmente os movimentos ecológicos têm pressionado as entidades governamentais para a erradicação das usinas termonucleares, por entenderem que são uma fonte perigosa de contaminação do meio ambiente.
As novas gerações de centrais nucleares utilizam o tório como fonte de combustível adicional para a produção de energia ou decompõem os resíduos nucleares em um novo ciclo denominado fissão assistida. Os defensores da utilização da energia nuclear como fonte energética consideram que estes processos são, atualmente, as únicas alternativas viáveis para suprir a crescente demanda mundial por energia ante a futura escassez dos combustíveis fósseis. Consideram a utilização da energia nuclear como a mais limpa das existentes atualmente.
2006-11-30 05:13:21
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answer #3
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answered by marlibbc 5
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Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio (demonstrado por Albert Einstein) que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.
Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.
2006-11-30 05:09:21
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answer #4
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answered by Ðäиiëℓ 4
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