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INTRODUÇÃO A Província Estanífera de Rondôniacompreende dezenas de depósitos de cassiterita relaciona-dos principalmente aos chamados "Granitos Rondonianos".Há toda uma variedade de tipos, desde os de origem primá-ria, relacionados direta ou indiretamente aos granitos, atéos aluvionares, passando por depósitos eluvionares e colu-vionares.No distrito de Santa Bárbara, situado aproximadamente a150 km a sudeste de Porto Velho (Fig. 1), há várias jazidas,entre as quais a de Serra da Onça B, objeto deste trabalho.Nessa jazida, as concentrações de cassisterita encontram-seem perfis de alteração com stone Line laterítica, desenvolvi-dos sobre o Granito Santa Bárbara e os gnaisses encaixantes.Este trabalho tem como objetivo investigar os processosque levaram à elaboração do perfil ferralítico e a consequen-te concentração de cassiterita. De início, será feita a caracte-rização estrutural, mineralógica e química dos horizontescomponentes do perfil de alteração, levando em conta suavariabilidade vertical e lateral. Em seguida, serão traçadascomparações com perfis similares descritos na África e noBrasil. Finalmente, será proposta uma hipótese explicativa para agénesee evoluçãodessasformações.
CONTEXTO GEOLÓGICO E MORFOCLIMÁTICORegional
A Província Estanífera de Rondônia estácontida na Província Estrutural de Tapajós, que constitui aparte meridional do Cráton Amazônico (Almeida et al.1981). São observados granitos anorogênicos de diferentesidades, intrusivos em rochas arqueanas do Complexo Xingu(Fig. 1). Esses granitos são classificados em váriassuítes, das quais destacam-se os chamados "GranitosRondonianos" (Lean et al. 1978), considerados comosendo corpos de natureza subvulcânica, com forma aproxi-madamente circular e idades entre 1.100 e 930 milhõesde anos.As mineralizações primárias de estanho estão associadasa intensos processos de alteração metassomática que afeta-ram os granitos e as rochas do embasamento. São dominan-tes os depósitos de caráter essencialmente de substituiçãometassomática pós-magmática. A cassiterita acha-se con-centrada nas bordas dos corpos graníticos e nas encaixantespróximas, proncipalmente sob forma disseminada, em veiose filões de quartzo ou como stockwork associado a corposgreisenizados (Bettencourt & Dall'Agnol 1987).A região dos granitos estaníferos situa-se na bacia do RioMadeira, numa área pertencente à unidade morfoclimáticadesignada de "Planalto rebaixado da Amazônica ocidental",onde as formas de dissecação mais comuns são interflúviostabulares. O relevo compreende elevações de topos aplaina-dos, separados por vales de fundo geralmente plano, comíndice de dissecação muito fraco (Leal et al. 1978).O clima atual é quente e úmido, caracterizado por umaprecipitação média anual em torno de 2.250 mm e umatemperatura média anual de 24°C. Os meses de junho, julhoe agosto são relativamente mais secos, com precipitaçãomédia não ultrapassando 100 m.Local O depósito de Serra da Onça B está associado aoGranito Santa Bárbara, localizado na bacia do Rio Jamari,afluente do Rio Madeira. A mineralização primária é repre-* Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 20899, CEP 01498-970, São Paulo, SP, Brasil** Rua Coronel Tamarindo, 83, CEP 02100-000, São Gonçalo, Rio de Janeiro, RJRevista Brasileira de Geociências23(4):400-407, dezembrode1993
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2006-11-30 04:37:02
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answer #1
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answered by astrorei, carioca e busólogo 6
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INTRODUÃÃO A ProvÃncia EstanÃfera de Rondônia
compreende dezenas de depósitos de cassiterita relacionados
principalmente aos chamados "Granitos Rondonianos".
Há toda uma variedade de tipos, desde os de origem primária,
relacionados direta ou indiretamente aos granitos, até
os aluvionares, passando por depósitos eluvionares e coluvionares.
No distrito de Santa Bárbara, situado aproximadamente a
150 km a sudeste de Porto Velho (Fig. 1), há várias jazidas,
entre as quais a de Serra da Onça B, objeto deste trabalho.
Nessa jazida, as concentrações de cassisterita encontram-se
em perfis de alteração com stone Line laterÃtica, desenvolvidos
sobre o Granito Santa Bárbara e os gnaisses encaixantes.
Este trabalho tem como objetivo investigar os processos
que levaram à elaboração do perfil ferralÃtico e a consequente
concentração de cassiterita. De inÃcio, será feita a caracterização
estrutural, mineralógica e quÃmica dos horizontes
componentes do perfil de alteração, levando em conta sua
variabilidade vertical e lateral. Em seguida, serão traçadas
comparações com perfis similares descritos na Ãfrica e no
Brasil. Finalmente, será proposta uma hipótese explicativa
para a génese e evolução dessas formações.
CONTEXTO GEOLÃGICO E MORFOCLIMÃTICO
Regional A ProvÃncia EstanÃfera de Rondônia está
contida na ProvÃncia Estrutural de Tapajós, que constitui a
parte meridional do Cráton Amazônico (Almeida et al.
1981). São observados granitos anorogênicos de diferentes
idades, intrusivos em rochas arqueanas do Complexo Xingu
(Fig. 1). Esses granitos são classificados em várias
suÃtes, das quais destacam-se os chamados "Granitos
Rondonianos" (Lean et al. 1978), considerados como
sendo corpos de natureza subvulcânica, com forma aproximadamente
circular e idades entre 1.100 e 930 milhões
de anos.
As mineralizações primárias de estanho estão associadas
a intensos processos de alteração metassomática que afetaram
os granitos e as rochas do embasamento. São dominantes
os depósitos de caráter essencialmente de substituição
metassomática pós-magmática. A cassiterita acha-se concentrada
nas bordas dos corpos granÃticos e nas encaixantes
próximas, proncipalmente sob forma disseminada, em veios
e filões de quartzo ou como stockwork associado a corpos
greisenizados (Bettencourt & Dall'Agnol 1987).
A região dos granitos estanÃferos situa-se na bacia do Rio
Madeira, numa área pertencente à unidade morfoclimática
designada de "Planalto rebaixado da Amazônica ocidental",
onde as formas de dissecação mais comuns são interflúvios
tabulares. O relevo compreende elevações de topos aplainados,
separados por vales de fundo geralmente plano, com
Ãndice de dissecação muito fraco (Leal et al. 1978).
O clima atual é quente e úmido, caracterizado por uma
precipitação média anual em torno de 2.250 mm e uma
temperatura média anual de 24°C. Os meses de junho, julho
e agosto são relativamente mais secos, com precipitação
média não ultrapassando 100 m.
Local O depósito de Serra da Onça B está associado ao
Granito Santa Bárbara, localizado na bacia do Rio Jamari,
afluente do Rio Madeira. A mineralização primária é repre-
* Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 20899, CEP 01498-970, São Paulo, SP, Brasil
** Rua Coronel Tamarindo, 83, CEP 02100-000, São Gonçalo, Rio de Janeiro, RJ
Revista Brasileira de Geociências 23(4):400-407, dezembro de 1993
Revista Brasileira de Geociências, Volume 23, 1993
sentada por cassiterita em veios de quartzo que cortam as
bordas do granito e suas encaixantes; os gnaisses greisenizados.
A direção desses veios é N30-40E, com mergulhos
de 25 a 50SE, seguindo o mesmo controle estrutural de
mineralização do próprio granito (Carvalho 1988).
A jazida, já parcialmente explotada, compreende as formações
de cobertura sobre a rocha alterada derivada do
gnaisse greisenizado. Dispõe-se no flanco noroeste da Serra
da Onça, contida numa área de aproximadamente 3,8 km de
extensão, com largura variando de 0,3 a 1,2 km (Fig. 2).
As altitudes estão entre 130 m - nos topos - e 90 m, no
fundo do vale.
AS FORMAÃÃES DE COBERTURA NA JAZIDA DE
SERRA DA ONÃA B Aspectos gerais Informações
provenientes do exame de mais de uma centena de resultados
de furos de sondagem e percussão e de cortes abertos
pelos trabalhos de lavra permitiram evidenciar as principais
feições na escala do depósito (Valente 1991).
• O perfil de alteração tem espessura de mais de 40 m, pois
a rocha fresca não aparece na base dos furos de até essa
profundidade.
• O perfil de alteração, de natureza ferralÃtica, apresenta-se
diferenciado em três horizontes: um horizonte saprolÃtico
(H3) na base, um horizonte portador de nódulos laterÃticos
(H2) na porção intermediária e um horizonte móvel (H1) no
topo. à nos dois últimos horizontes que se dá o maior
enriquecimento em cassiterita.
• As espessuras dos perfis de alteração aumentam para NW,
em direção às porções inferiores das encostas.
2006-12-05 14:19:57
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answer #2
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answered by Cleitonmac 3
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