Alberto Santos Dumont nasceu em Palmira, hoje chamada de Santos Dumont, no estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 20 de julho de 1873 e faleceu em Guarujá, uma cidade costeira do estado de São Paulo, em 23 de julho de 1932.
Alberto Santos Dumont foi um engenheiro (apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área) e pioneiro da aviação. Ele foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns países considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado. O 14-Bis teve uma decolagem autopropelida, e por isso Santos Dumont é considerado por parte da comunidade científica e aeronáutica e principalmente em seu país de origem, o Brasil, como o Pai da Aviação.
Herdeiro de uma família de cafeicultores prósperos na cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes.
A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no município de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 km de Belo Horizonte e 220 km do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu de Santos Dumont.
O resto vc. encontra aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santos_Dumont
Um abraço!
2006-12-03 02:08:51
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answer #1
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answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7
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Você encontra nos sites:
http://www.culturabrasil.pro.br/santosdumont.htm
http://www.agendasantosdumont.com.br/
http://www.vidaslusofonas.pt/santos_dumont.htm
2006-12-01 06:03:56
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answer #2
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answered by Anonymous
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acesse a wikipedia, tem bastante coisa lá.
2006-11-30 19:24:48
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answer #3
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answered by Luz__ Deus é Amor Infinito construindo 7
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Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um engenheiro (apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área) e pioneiro da aviação. Ele foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns paÃses considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veÃculo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado. O 14-Bis teve uma decolagem autopropelida, e por isso Santos Dumont é considerado por parte da comunidade cientÃfica e aeronáutica e principalmente em seu paÃs de origem, o Brasil, como o Pai da Aviação.
Herdeiro de uma famÃlia de cafeicultores prósperos na Cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domÃnio público e sem registrar patentes.
A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no municÃpio de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 km de Belo Horizonte e 220 km do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu de Santos Dumont
Biografia
Alberto Santos Dumont nasceu na localidade mineira de Palmira (hoje rebatizada em honra a este seu filho mais ilustre), sendo o sexto filho do casal Henrique Dumont e Francisca dos Santos.
Seus avós paternos foram François Dumont e Euphrasie Honoré, franceses. François veio ao Brasil em busca de pedras preciosas para as indústrias de seu sogro, ourives. Teve três filhos no Brasil e faleceu cedo. Henrique, apoiado pelo padrinho, se formou na "Ãcole des Arts et Métiers" (Escola de Artes e OfÃcios de Paris), tendo se formado engenheiro. Ao retornar ao Brasil, profissionalizou-se trabalhando no serviço de obras públicas da cidade de Ouro Preto. Casou-se em 1856 com Francisca dos Santos. Sua mudança para Palmira deveu-se ao serviço da construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil), ligando Rio de Janeiro a Minas Gerais. Henrique assumiu a construção do trecho na subida da Serra da Mantiqueira, tendo instalado seu canteiro de obras na localidade de Cabangu, próximo à localidade de Palmira, hoje Santos Dumont. Lá, passou a residir no sÃtio Cabangu, onde nasceria seu filho Santos Dumont.
Francisca dos Santos era filha do comendador Paula Santos e dona Rosalina. Henrique e Francisca casaram-se em 6 de setembro de 1856, na freguesia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto. O casal teve oito filhos:
Henrique - 1857, Ouro Preto, Minas Gerais;
Maria Rosalina - 1860, Fazenda do Congo Soco, Santa Bárbara, Minas Gerais;
VirgÃnia - 1866, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
LuÃs - 1869, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
Gabriela - 1871, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
Alberto Santos Dumont 1873;
Sofia - 1875, Casal, Valença, Rio de Janeiro;
Francisca - 1877, Casal, Valença, Rio de Janeiro;
O nascimento de Alberto Santos Dumont deu-se no dia em que seu pai completava 41 anos. Passados seis anos, após a conclusão do trecho da ferrovia, mudou-se para a localidade de Casal, em Valença (atualmente municÃpio de Rio das Flores) com a famÃlia, passando a se dedicar ao cultivo de café. Ali, Alberto foi batizado em 20 de fevereiro de 1877 na Paróquia de Santa Teresa.
Henrique Dumont comprou a fazenda Arindeúva,a cerca de 20 quilômetros de Ribeirão Preto. Chegou a ser considerado, na época, o rei do café por ter plantado, nessa propriedade, cerca de cinco milhões de pés. Além disso, a fazenda tinha sete locomotivas e 96 km de ferrovias, para escoamento da safra até a estrada de ferro para Ribeirão Preto, considerada como a mais moderna na América do Sul, na época.
Alberto Santos Dumont foi alfabetizado por sua irmã VirgÃnia. Estudou ainda em Campinas, no colégio Culto a Ciência, em São Paulo, nos colégios Kopke e Morton e na Escola de Ouro Preto. Na infância, Santos Dumont estudava também com professoras particulares francesas contratadas por seu pai, diretamente de Paris. Observava as nuvens, as aves e fazia pipas. Também se interessava pela leitura dos livros de Júlio Verne e experiências com balões de festas juninas. Em 1888 pôde ver, numa feira em São Paulo, um balão pela primeira vez, numa exposição de equipamentos franceses.
Alberto se interessava pela engenharia e logo adolescente pôde pilotar as locomotivas da fazenda de seu pai, devidamente autorizado. Também ajudava na manutenção das máquinas de café e da máquina de costura de sua mãe. Analisando o funcionamento das máquinas a vapor, das engrenagens e a transmissão das polias, aprendeu a lidar com equipamentos mecânicos.
Sempre buscando informações sobre experiências aéreas, conheceu as experiências com balões de ar quente feitas pelos irmãos Montgolfier em 1783 e a de Jean Pierre Blanchard e John Jeffries, que realizaram a travessia do Canal da Mancha em balão, em 1785.
Em 1890 seu pai sofreu um acidente de charrete, e em consequência do tratamento, vendeu a sua fazenda. Em 1891 foi com seu pai a Paris e lá observa pela primeira vez um motor a gasolina, distinto dos motores a vapor que conhecia. Traz para o Brasil um automóvel Peugeot, a gasolina, o primeiro do gênero no Brasil. No ano seguinte, seu pai lhe dá dinheiro (parte de sua fortuna) e a emancipação, aconselhando-o a estudar engenharia na França, para que Alberto pudesse desenvolver seu potencial já demonstrado, prevendo que estaria na engenharia o futuro da Humanidade.
[editar] A França e a dirigibilidade dos balões
Seu dirigÃvel número 1.Estabelecido em França, começa a dedicar-se aos balões, pois queria desenvolver mais o instrumento, que não possuÃa dirigibilidade. Considera, contudo, os vôos muito caros. Dedica-se então ao automóvel, tendo participado inclusivamente em algumas corridas.
Continuando sua busca pela propulsão e dirigibilidade dos balões, prosseguiu seus estudos. Estudou com o professor Garcia, humanista de origem espanhola, com vasto conhecimento em FÃsica, Mecânica e Eletricidade. Também estudou na Universidade de Bristol como aluno ouvinte, e depois retornou a Paris.
Em 1897, constrói um motor a explosão de dois cilindros, adaptando-o a um triciclo.
Em viagem ao Brasil, através de pesquisas em livros encontra um que falava sobre o Sr. Lachambre, construtor de balões, que junto com Machuron, haviam construÃdo o balão l'Årn, que realizara uma expedição ao Pólo Norte. Em 23 de março de 1898 fez, com Machuron, sua primeira ascensão num balão de 750 m3, saindo do Parque de Vaugirard e voaram duas horas até o parque do castelo de La Ferriere, um percurso de 100 km.
Santos Dumont encomendou então um balão à tradicional Casa Lachambre. Acompanhou todas as etapas da construção, para aprender a técnica e também para implementar inovações. Fez questão de que fosse construÃdo com seda japonesa para reduzir o peso. Tinha um cesto para uma pessoa apenas, tinha corda-pendente mais longa que o costume e era de dimensões reduzidas (103 m3). Dizia-se na época que Santos Dumont havia construÃdo um balão que podia carregar na mala.
Em 4 de julho de 1898, subia ao céu o balão Brasil, que surpreendeu os parisienses pelo seu tamanho reduzido.
Partiu então para solucionar o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma alongada, de charuto, com hidrogênio e motor de propulsão a gasolina. Fez o projeto de modo a evitar qualquer risco de explosão do hidrogênio no contato com faÃscas do motor da hélice.
Na primeira tentativa, chocou contra árvores, devido ao fato de ter decolado a favor do vento, por sugestão de outras pessoas. No dia 20 de setembro de 1898 realiza então o primeiro voo de um balão com propulsão própria. Partindo do Jardin d'Acclimatation, voou sobre Paris, contra e a favor dos ventos. Teve um pequeno acidente ao descer, que não teve maiores conseqüências porque pediu a alguns meninos para usarem o cabo pendente do balão como se fosse uma pipa (papagaio de papel, em Portugal), correndo contra o vento.
O dirigÃvel número 3.Realizou em 1899 vôos com os dirigÃveis número 2 e número 3. Com o sucesso de Dumont, o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900, ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud e, sem auxÃlio de terra, contornasse a torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos. Era o chamado prêmio Deutsch.
Santos Dumont fez experiências com seu número 4 (setembro de 1900) e tentou vencer o prêmio com seu número 5. Na primeira tentativa, em 13 de julho de 1901, decolou, contornou a torre, mas uma falha do motor fez seu balão ser carregado pelo vento e chocar-se contra as árvores do parque de Edmond de Rothschild. Em 8 de agosto, houve uma segunda tentativa. Com a presença da Comissão CientÃfica do Aeroclube da França, contornou a Torre Eiffel, e partiu de volta a Saint-Cloud, como mandava o desafio. Mesmo com o balão perdendo hidrogênio decidiu prosseguir. Perdendo gás, as cordas de suspensão foram sendo cortadas pela hélice, o que obrigou Dumont a parar o motor. O balão caiu e chocou contra o telhado do Hotel Trocadéro, causando uma grande explosão. Dumont se salvou porque se amarrou à quilha do dirigÃvel, ficando suspenso, dependurado no hotel, de onde foi resgatado por bombeiros de Paris.
Em 19 de outubro de 1901 convocou os jurados do Aeroclube da França. Devido ao mau tempo, apenas 25 compareceram, entre eles, o próprio instituidor do prêmio, Deutsch de La Meurthe. Em 29 minutos e 30 segundos, o número seis cruza a linha de chegada. Mas houve uma polêmica: a prova havia sido alterada e o novo regulamento previa que o pouso também fosse realizado antes de 30 minutos após a decolagem. Dumont havia pousado seu dirigÃvel em 30 minutos e 29 segundos. A polêmica prossegiu até que em 4 de novembro o Aeroclube da França decidiu declará-lo vencedor. O prêmio era então de 129 mil francos, que Dumont distribuiu entre sua equipe e desempregados de Paris.
O presidente do Brasil, Campos Salles enviou outro prêmio no mesmo valor, com uma medalha de ouro com sua efÃgie e uma alusão a Camões: Por céus nunca dantes navegados.
Em 1902, Alberto I, o entusiasta prÃncipe de Mônaco, lhe fez o convite irrecusável para que continuasse suas experiências no Principado. Oferecia-lhe um novo hangar na praia de La Condamine, e tudo mais que Alberto julgasse necessário para o seu conforto e segurança.
DirigÃvel número 9.Fez o número sete para corridas entre dirigÃveis. Pulou o número oito, por superstição contra o número e o mês de agosto. Construiu o número 9 que se tornou popular, por ser menor e por Dumont fazer diversas apresentações nele. Diz-se que usava o dirigÃvel para visitar os amigos e descia nas ruas com ele para tomar café. Em 14 de julho de 1903, participou das comemorações da queda da Bastilha, desfilando com o dirigÃvel. Nesse dirigÃvel permitiu que, pela primeira vez, uma outra pessoa conduzisse, a cubana AÃda de Acosta (conseqüentemente, tornando-se ela a primeira mulher a pilotar uma aeronave motorizada).
Em junho de 1904, foi aos Estados Unidos, para participar da corrida de dirigÃveis de Saint-Louis, mas sofre ação criminosa de sabotadores, que inutilizam o invólucro do seu dirigÃvel nº 7.
[editar] Mais pesado que o ar
Construiu o número 10, com capacidade para doze passageiros. O número onze foi um bimotor com asas. O número doze era semelhante a um helicóptero. Em 1906, realizou experiências com o número treze, que teve um invólucro com gás de iluminação. Construiu o número quatorze também em 1906. Com ele realizou experiências com seu primeiro avião, o 14-bis que decolava inicialmente acoplado ao dirigÃvel. Nesse ano foi instituÃda a Taça Archdeacon, para um vôo mÃnimo de 25 metros com aparelho mais pesado que o ar e propulsão própria. Também é instituÃdo o Prêmio Aeroclub de França de 1500 francos para vôo de 100 metros, ambos com aeronave mais pesada que o ar.
Em abril de 1902, viajou aos Estados Unidos, onde visitou os laboratórios de Thomas Edison, em Nova Iorque, e foi recebido na Casa Branca, em Washington, DC, pelo Presidente Theodore Roosevelt.
14-bis, o avião pioneiro de Santos DumontEm 23 de outubro de 1906, em Bagatelle, faz um voo de cerca de 60 metros conquistando a Taça Archdeacon, sendo considerado a primeira vez que uma aeronave desliza e decola utilizando apenas suas próprias forças.
Em 12 de novembro de 1906, foi concorrer com Voisin e Blériot, que construÃram uma máquina concorrente. Cedeu a vez aos concorrentes, que não conseguiram decolar. Em sua primeira tentativa, à s 10 horas não conseguiu decolar. Mas na quarta tentativa conseguiu e fez um vôo de 220 metros estabelecendo o primeiro recorde de distância, ganhando o Prêmio Aeroclube.
Fez ainda o número quinze, com asa de madeira, o número 16, misto de dirigÃvel e avião, o número 17 e o número 18, um deslizador aquático. Descontente com os resultados dos números 15 a 18, fez uma nova série, de tamanho menor e mais aprimoradas, chamadas Demoiselles, números 19, 20, 21 e 22.
[editar] Na esteira do 14-Bis
O sucesso do vôo de Santos-Dumont, que não patenteou seus inventos exatamente para motivar as inovações, motivou engenheiros e inventores a desenvolverem novos projetos. Voisin fabricou com Léon Delagrange um biplano que voou em Bagatelle, em março e abril de 1907. Blériot também realizava pequenos vôos com seus modelos. Em 2 de novembro de 1907, Farman, em um aeroplano de Voisin, superou o recorde do 14-Bis ao voar 771 metros em 52 segundos. Em setembro, faz experiências no rio Sena, com o nº 18, um deslizador aquático.
Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, na França, que foi o primeiro encontro aeronáutico do Mundo, durante o qual foram disputadas várias provas, com prêmios que somaram 200 mil francos; e o desafio da travessia do Canal da Mancha, lançado a todos os aviadores. Em janeiro desse ano, obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.
[editar] Homenagens e aposentadoria
Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o Canal da Mancha, tornando-se um herói na França. Guilherme II, Imperador da Alemanha, disse então uma frase que apareceu estampada em vários jornais: A Inglaterra não é mais uma ilha. Santos Dumont, em carta, parabenizou Blériot, seu amigo, com as seguintes palavras: Esta transformação da geografia é uma vitória da navegação aérea sobre a navegação marÃtima. Um dia, talvez, graças a você, o avião atravessará o Atlântico. Blériot, então, respondeu: Eu não fiz mais do que segui-lo e imitá-lo. Seu nome para os aviadores é uma bandeira. Você é o nosso lÃder.
Santos-Dumont começou a sofrer de esclerose múltipla. Envelheceu na aparência e sentiu-se cansado demais para continuar competindo com novos inventores nas diversas provas. Encerrou as atividades de sua oficina em 1910 e retirou-se do convÃvio social.
Em reconhecimento à s suas conquistas, o Aeroclube da França o homenageou com a construção de dois monumentos: o primeiro, em 1910, erguido no Campo de Bagatelle, onde realizara o voo com o 14-Bis, e o segundo, em 1912, em Saint-Cloud, em comemoração do vôo do dirigÃvel nº 6, ocorrido em 1901.
Em 18 de setembro de 1909, realiza seu último vôo em uma de suas aeronaves, voando sobre uma multidão, sem colocar as mãos nos comandos. Segurava um lenço em cada mão e soltou-os quando passou sobre a multidão.
[editar] Controvérsia sobre a vida particular
Existe certa controvérsia sobre a vida particular de Santos Dumont, precisamente no que toca a sua orientação sexual. Muito embora fosse um participante engajado na vida social parisiense, não existem quaisquer relatos, públicos ou pessoais, dele jamais ter se envolvido amorosamente com alguém. Isso continua a levar muitas pessoas a especular sobre a possibilidade de Santos Dumont ter sido homossexual. No entanto, certos historiadores insistem que seria praticamente impossÃvel manter em segredo um romance de Santos Dumont, seja com mulher ou com homem, dada a sua notoriedade naquela época. Esta aparente inexistência de quaisquer indÃcios de envolvimentos de natureza romântica significa para alguns que ele era assexuado.
Ao mesmo tempo, alguns historiadores também apontam para o fato de que os irmãos Wright, os famosos aviadores estado-unidenses sobre os quais perdura um embrulho vis-a-vis Santos Dumont, também viveram as suas vidas aparentemente destituidas de qualquer expressão sexual. No entanto, não se fazem comparáveis sugestões sobre a possibilidade de eles terem sido homossexuais. Muito embora os irmãos Wright estavam longe de possuirem o charme, a fineza e a elegância de Santos Dumont, caracterÃsticas suas amplamente reconhecidas pela sociedade de Paris e além.
[editar] Ãltimos anos de vida e suicÃdio
Carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont, no Guarujá-SP.Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o inÃcio da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra, primeiro para observação de tropas inimigas e, depois, em combates aéreos. Os combates aéreos ficavam mais violentos, com o uso de metralhadoras e disparo de bombas. Santos Dumont viu, de uma hora para a outra, seu sonho se transformar em pesadelo. Daà começava a guerra de nervos do Pai da Aviação.
Santos Dumont agora se dedicava ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Para isso usava diversos aparelhos de observação, que os vizinhos julgaram ser aparelhos de espionagem, para colaborar com os alemães. Foi preso sob essa acusação. Após o incidente ser esclarecido, o governo francês pediu desculpas formalmente.
Em 1915, sua saúde piorava e decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso CientÃfico Pan-Americano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os paÃses da América. No entanto, mesmo nas Américas o avião era utilizado para fins militares: nos Estados Unidos eram produzidos 16 aviões militares por dia.
Já com a depressão que ia acompanhá-lo nos seus últimos dias, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada diferente, onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. A casa atualmente funciona como um museu. Permaneceu lá até 1922, quando visitou a França chamado por amigos. Não estabeleceu mais um local fixo. Pemanecia algum tempo em Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG.
Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Nesse mesmo ano, mandou erguer um túmulo para seus pais e para si mesmo, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. O túmulo é uma réplica do Ãcaro de Saint-Cloud.
Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. Chegou a oferecer 10 mil francos para quem escrevesse a melhor obra contra a utilização de aviões na guerra. Nesse mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Foi experimentado pela campeã de esqui da França, Srta. Porgés. Interna-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na SuÃça.
Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, feita por ele próprio, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na SuÃça e depois retorna à França.
Retornou ao Brasil, de navio Cap. Arcona, em 1928. A cidade do Rio de Janeiro recebê-lo-ia festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. O avião levava pessoas de projeção — grandes nomes da engenharia. Abatido, suspende as festividades e retorna a Paris.
Em junho de 1930, é condecorado pelo Aeroclube da França com o tÃtulo de Grande Oficial da Legião de Honra da França.
Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), havia sido exilado pela revolução de 1930 e fora para a França. Encontrou Santos Dumont em delicado estado de saúde, o que o levou a entrar em contato com sua famÃlia e a pedir ao seu sobrinho Jorge Dumont Villares que o fosse buscar a França. De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente instalam-se no Hotel La Plage, no Guarujá, onde se instalou em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 1932 ocorreu a revolução constitucionalista, em que o estado de São Paulo se levantou contra o governo revolucionário de Getúlio Vargas. Isso incomodava bastante a Santos Dumont, que lançou apelos para que não houvesse uma guerra entre brasileiros. Mas o conflito aconteceu e aviões atacaram o campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente, sobrevoaram o Guarujá, e a visão de aviões em combate pode ter causado uma angústia profunda em Santos Dumont, que nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, deu fim à própria vida, aos 59 anos de idade. Não deixou descendência.
[editar] Livro inédito de Santos Dumont
Em meio aos eventos que marcaram o centenário do vôo do 14-bis, uma descoberta pode revolucionar o entendimento dos métodos de trabalho do aviador. Familiares descobriram um livro inédito de Santos Dumont. O manuscrito, com 312 páginas, foi escrito por volta de 1902. Entre as passagens do livro, destacam-se trechos sobre o sonho de virar aeronauta e o encontro com Thomas Edison.
[editar] Academia Brasileira de Letras
âºVer artigo principal: Academia Brasileira de Letras.
Santos Dumont foi eleito Imortal da Academia Brasileira de Letras em 4 de junho de 1931, para a Cadeira 38, cujo Patrono é Tobias Barreto, mas não chegou a tomar posse. Foi o segundo ocupante desta Cadeira.
Precedido por:
Graça Aranha ABL - cadeira 38
1931 - 1932 Sucedido por:
Celso Vieira
[editar] Música em homenagem
Homenagem a Santos Dumont em Passa Quatro-MGEduardo das Neves (1874-1919), cantor e compositor, compôs a marcha A Conquista do Ar em 1903, homenageando os feitos de Dumont:
A Europa curvou-se ante o Brasil
E clamou Parabéns em meio tom.
Brilhou lá no céu mais uma estrela:
Apareceu Santos Dumont.
Salve, estrela da América do Sul,
Terra amada do Ãndio audaz, guerreiro!
Santos Dumont, um brasileiro!
A conquista do ar que aspirava
A velha Europa, poderosa e viril,
Quem ganhou foi o Brasil!
Por isso, o Brasil, tão majestoso,
Do século tem a glória principal:
Gerou no seu seio o grande herói
Que hoje tem um renome universal.
Assinalou para sempre o século vinte
O herói que assombrou o mundo inteiro:
Mais alto que as nuvens. Quase Deus,
Santos Dumont – um brasileiro.
[editar] Homenagens ao aviador
Cartão postal francês do Santos Dumont no 14 bisEm 31 de julho de 1932 o decreto estadual n° 10.447 mudou o nome da cidade de Palmira, em Minas Gerais, para Santos-Dumont.
A Lei n° 218, de 4 de julho de 1936, declara 23 de outubro o dia do aviador, em homenagem ao primeiro vôo da história, realizado nesta data, em 1906.
Em 16 de outubro de 1936, o primeiro aeroporto do Rio de Janeiro foi batizado com seu nome.
A Lei 165, de 5 de dezembro de 1947, concedeu-lhe o posto honorÃfico de tenente-brigadeiro.
Em 1956 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao cinqüentenário do primeiro vôo de aparelho mais pesado que o ar. No mesmo ano o correio do Uruguai lançou uma série de selos comemorativa do mesmo feito.
A Lei 3636, de 22 de setembro de 1959, concedeu-lhe o posto honorÃfico de Marechal-do-Ar.
Em 1973 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao centenário de Santos Dumont. O mesmo ocorre nos correios da BolÃvia e da França. Ainda em 1973 é lançada uma edição com dois LPs sobre o centenário de Santos Dumont.
Em 1976 a União Astronômica Internacional prestou homenagem ao inventor brasileiro, colocando seu nome em uma cratera lunar. à o único brasileiro detentor desta distinção.
Em 1981 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa aos 75 anos do primeiro voo de aparelho mais pesado que o ar.
A Lei 7.243, de 4 de novembro de 1984, concedeu-lhe o tÃtulo de Patrono da Aeronáutica Brasileira.
Em 13 de outubro de 1997, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton em visita ao Brasil, discursou no Palácio do Itamaraty, se referindo a Santos Dumont como o pai da aviação(1).
Em 1997 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativos do centenário da dirigibilidade dos balões.
Em 2005 o governo brasileiro comprou um avião da Airbus (Airbus Corporate Jetliner) para o deslocamento do presidente da República, sendo esse batizado de Santos Dumont.
Em 18 de outubro de 2005, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) assinaram um acordo para a realização da Missão Centenário, que levou o astronauta brasileiro Marcos César Pontes à Estação Espacial Internacional. A missão é uma homenagem ao centenário do vôo de Santos Dumont no 14 Bis, ocorrido no dia 23 de outubro de 1906. O lançamento da nave Soyuz TMA-8 ocorreu em 30 de março de 2006, no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão).
Em 26 de julho de 2006 seu nome foi incluÃdo no Livro de Aço dos Heróis Nacionais localizado no Panteão da Pátria, em BrasÃlia, garantindo-lhe assim o status de Herói Nacional.
Em 23 de outubro de 2006, o Correio Brasileiro lançou o selo comemorativo em homenagem ao centenário do vôo do 14-bis. No mesmo dia, também foi lançada a moeda comemorativa à invenção de Santos Dumont.
[editar] Curiosidades
Assinava Santos=Dumont para assinalar que respeitava igualmente sua origem brasileira e francesa.
Alexandre e Marcos Vilares, sobrinhos-bisnetos de Santos Dumont, na cerimônia de inscrição de Santos Dumont como herói nacional em BrasÃlia, 26 de julho de 2006Foto: Wilson Dias/ABrImaginava que um dia os aviões seriam como automóveis aéreos e cada pessoa teria um para ir ao trabalho. Não ficou contente com os rumos que a aviação comercial tomou, ao construir aviões maiores e mais caros, desviando-se do que ele tinha como objetivo (aviões a preço de automóvel). Chegou a vender 40 demoiselles e não se opunha a que outros copiassem o projeto e o comercializassem.
Atribui-se a Santos Dumont a invenção do relógio de pulso, para substituir os relógios de bolso, então utilizados. Com o mostrador preso ao pulso poderia consultar as horas com mais facilidade quando estivesse voando.
O primeiro degrau da escada de acesso a sua casa, em Petrópolis, RJ, corresponde à metade dos demais degraus, de maneira que todos os visitantes devessem iniciar a subida com o pé direito.
As suas irmãs mais velhas, Maria Rosalina, Virginia e Gabriela casaram-se com três irmãos, respectivamente chamados Eduardo Vilares, Guilherme Vilares e Carlos Vilares.
[editar] Ver também
História da aviação
Museu da Aeronáutica
Museu Casa de Santos Dumont
[editar] Referências
Revista Isto Ã, 23 de outubro de 1997
O pai da aviação contra os Wrights
Força Aérea Brasileira
Centenário do Vôo do 14-Bis
http://www.santosdumont.14bis.mil.br/
[editar] Ligações externas
2006-11-30 10:21:19
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answered by neto 7
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Alberto Santos Dumont nasceu na Fazenda Cabangu, MG, em 20 de julho de 1873, e cresceu lendo histórias do escritor Júlio Verne, que antecipava grandes progressos na área de transportes para a humanidade, inclusive na área da aerostação.
Santos Dumont, desenvolveu seu gosto pela mecânica em Paris, na então “Capital do mundo” a França. Confirmou seu fascÃnio pelo transporte aéreo ao voar pela primeira vez em uma balão e, a partir de então, dedicou sua vida à aviação.
Após diversas experiências com balões, construiu o exemplar mais conhecido: o balão “Brasil”, que voou em julho de 1898. Alberto foi o pioneiro ao desenvolver dirigÃveis usando motor à gasolina, mais leves que os motores a vapor ou eletricidade empregados na época.
Em 19 de outubro de 1901, conquistou o prêmio Deustch de la Meurthe destinado ao primeiro vôo bem sucedido em dirigÃvel, ao contornar a Torre Eifel com um dirigÃvel (nº6) dentro das regras estipuladas.
Em 1906 foi a vez do mais-pesado-que-o-ar, um aeroplano (avião), onde teve o testemunho do público geral e especialistas da imprensa. Desta vez os prêmios conquistados foram os de Ernest Archdeacon e do Aeroclube da França.
Em 23 de outubro, Santos Dumont realizou o que ficou conhecido como “um minuto memorável na história da navegação aérea”. No campo de Bagatelle, à s 16h45min, após percorrer cerca de 200 metros, o “14-Bis” conseguiu deslocar-se em pleno espaço a uma altura calculada de 2 a 3 metros, e voar 61 metros de distância. Em 12 de novembro, o brasileiro voltou a surpreender o mundo, voando 220 metros a uma altura de 6 metros batendo seu próprio recorde ao conseguir atingir, em 21,5 segundos, a velocidade de 41,3km/h.
Em 1907, Santos Dumont cria seu modelo mais popular: o “Demoisele”. Era extremamente leve (118kg) e oito vezes menor que o 14-Bis,
feito de seda e bambu e muito rápido (90km/h) o verdadeiro precursor dos ultra-leves.
Alberto Santos Dumont suicidou-se em 1932 no Guarujá em São Paulo.
2006-11-30 10:11:54
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2006-11-30 09:54:35
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TaÃ, agora tem que ler!!!
Santos Dumont
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Para outros significados de Santos Dumont, ver Santos Dumont (desambiguação).
Alberto Santos DumontAlberto Santos Dumont nasceu em Palmira, hoje chamada de Santos Dumont, no estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 20 de julho de 1873 e faleceu em Guarujá, uma cidade costeira do estado de São Paulo, em 23 de julho de 1932.
Alberto Santos Dumont foi um engenheiro (apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área) e pioneiro da aviação. Ele foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns paÃses considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veÃculo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado. O 14-Bis teve uma decolagem autopropelida, e por isso Santos Dumont é considerado por parte da comunidade cientÃfica e aeronáutica e principalmente em seu paÃs de origem, o Brasil, como o Pai da Aviação.
Herdeiro de uma famÃlia de cafeicultores prósperos na cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domÃnio público e sem registrar patentes.
A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no municÃpio de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 km de Belo Horizonte e 220 km do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu de Santos Dumont.
Ãndice [esconder]
1 Biografia
1.1 A França e a dirigibilidade dos balões
1.2 Mais pesado que o ar
1.3 Na esteira do 14-Bis
1.4 Homenagens e aposentadoria
1.5 Controvérsia sobre a vida particular
1.6 Ãltimos anos de vida e suicÃdio
1.7 Livro inédito de Santos Dumont
2 Academia Brasileira de Letras
3 Música em homenagem
4 Homenagens ao aviador
5 Curiosidades
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
[editar] Biografia
Alberto Santos Dumont nasceu na localidade mineira de Palmira (hoje rebatizada em honra a este seu filho mais ilustre), sendo o sexto filho do casal Henrique Dumont e Francisca dos Santos.
Seus avós paternos foram François Dumont e Euphrasie Honoré, franceses. François veio ao Brasil em busca de pedras preciosas para as indústrias de seu sogro, ourives. Teve três filhos no Brasil e faleceu cedo. Henrique, apoiado pelo padrinho, se formou na "Ãcole des Arts et Métiers" (Escola de Artes e OfÃcios de Paris), tendo se formado engenheiro. Ao retornar ao Brasil, profissionalizou-se trabalhando no serviço de obras públicas da cidade de Ouro Preto. Casou-se em 1856 com Francisca dos Santos. Sua mudança para Palmira deveu-se ao serviço da construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II (Central do Brasil), ligando Rio de Janeiro a Minas Gerais. Henrique assumiu a construção do trecho na subida da Serra da Mantiqueira, tendo instalado seu canteiro de obras na localidade de Cabangu, próximo à localidade de Palmira, hoje Santos Dumont. Lá, passou a residir no sÃtio Cabangu, onde nasceria seu filho Santos Dumont.
Francisca dos Santos era filha do comendador Paula Santos e dona Rosalina. Henrique e Francisca casaram-se em 6 de setembro de 1856, na freguesia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto. O casal teve oito filhos:
Henrique - 1857, Ouro Preto, Minas Gerais;
Maria Rosalina - 1860, Fazenda do Congo Soco, Santa Bárbara, Minas Gerais;
VirgÃnia - 1866, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
LuÃs - 1869, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
Gabriela - 1871, Jaguará, Rio das Velhas, Minas Gerais;
Alberto Santos Dumont 1873;
Sofia - 1875, Casal, Valença, Rio de Janeiro;
Francisca - 1877, Casal, Valença, Rio de Janeiro;
O nascimento de Alberto Santos Dumont deu-se no dia em que seu pai completava 41 anos. Passados seis anos, após a conclusão do trecho da ferrovia, mudou-se para a localidade de Casal, em Valença (atualmente municÃpio de Rio das Flores) com a famÃlia, passando a se dedicar ao cultivo de café. Ali, Alberto foi batizado em 20 de fevereiro de 1877 na Paróquia de Santa Teresa.
Henrique Dumont comprou a fazenda Arindeúva,a cerca de 20 quilômetros de Ribeirão Preto. Chegou a ser considerado, na época, o rei do café por ter plantado, nessa propriedade, cerca de cinco milhões de pés. Além disso, a fazenda tinha sete locomotivas e 96 km de ferrovias, para escoamento da safra até a estrada de ferro para Ribeirão Preto, considerada como a mais moderna na América do Sul, na época.
Alberto Santos Dumont foi alfabetizado por sua irmã VirgÃnia. Estudou ainda em Campinas, no colégio Culto a Ciência, em São Paulo, nos colégios Kopke e Morton e na Escola de Ouro Preto. Na infância, Santos Dumont estudava também com professoras particulares francesas contratadas por seu pai, diretamente de Paris. Observava as nuvens, as aves e fazia pipas. Também se interessava pela leitura dos livros de Júlio Verne e experiências com balões de festas juninas. Em 1888 pôde ver, numa feira em São Paulo, um balão pela primeira vez, numa exposição de equipamentos franceses.
Alberto se interessava pela engenharia e logo adolescente pôde pilotar as locomotivas da fazenda de seu pai, devidamente autorizado. Também ajudava na manutenção das máquinas de café e da máquina de costura de sua mãe. Analisando o funcionamento das máquinas a vapor, das engrenagens e a transmissão das polias, aprendeu a lidar com equipamentos mecânicos.
Sempre buscando informações sobre experiências aéreas, conheceu as experiências com balões de ar quente feitas pelos irmãos Montgolfier em 1783 e a de Jean Pierre Blanchard e John Jeffries, que realizaram a travessia do Canal da Mancha em balão, em 1785.
Em 1890 seu pai sofreu um acidente de charrete, e em consequência do tratamento, vendeu a sua fazenda. Em 1891 foi com seu pai a Paris e lá observa pela primeira vez um motor a gasolina, distinto dos motores a vapor que conhecia. Traz para o Brasil um automóvel Peugeot, a gasolina, o primeiro do gênero no Brasil. No ano seguinte, seu pai lhe dá dinheiro (parte de sua fortuna) e a emancipação, aconselhando-o a estudar engenharia na França, para que Alberto pudesse desenvolver seu potencial já demonstrado, prevendo que estaria na engenharia o futuro da Humanidade.
[editar] A França e a dirigibilidade dos balões
Seu dirigÃvel número 1.Estabelecido em França, começa a dedicar-se aos balões, pois queria desenvolver mais o instrumento, que não possuÃa dirigibilidade. Considera, contudo, os vôos muito caros. Dedica-se então ao automóvel, tendo participado inclusivamente em algumas corridas.
Continuando sua busca pela propulsão e dirigibilidade dos balões, prosseguiu seus estudos. Estudou com o professor Garcia, humanista de origem espanhola, com vasto conhecimento em FÃsica, Mecânica e Eletricidade. Também estudou na Universidade de Bristol como aluno ouvinte, e depois retornou a Paris.
Em 1897, constrói um motor a explosão de dois cilindros, adaptando-o a um triciclo.
Em viagem ao Brasil, através de pesquisas em livros encontra um que falava sobre o Sr. Lachambre, construtor de balões, que junto com Machuron, haviam construÃdo o balão l'Årn, que realizara uma expedição ao Pólo Norte. Em 23 de março de 1898 fez, com Machuron, sua primeira ascensão num balão de 750 m3, saindo do Parque de Vaugirard e voaram duas horas até o parque do castelo de La Ferriere, um percurso de 100 km.
Santos Dumont encomendou então um balão à tradicional Casa Lachambre. Acompanhou todas as etapas da construção, para aprender a técnica e também para implementar inovações. Fez questão de que fosse construÃdo com seda japonesa para reduzir o peso. Tinha um cesto para uma pessoa apenas, tinha corda-pendente mais longa que o costume e era de dimensões reduzidas (103 m3). Dizia-se na época que Santos Dumont havia construÃdo um balão que podia carregar na mala.
Em 4 de julho de 1898, subia ao céu o balão Brasil, que surpreendeu os parisienses pelo seu tamanho reduzido.
Partiu então para solucionar o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma alongada, de charuto, com hidrogênio e motor de propulsão a gasolina. Fez o projeto de modo a evitar qualquer risco de explosão do hidrogênio no contato com faÃscas do motor da hélice.
Na primeira tentativa, chocou contra árvores, devido ao fato de ter decolado a favor do vento, por sugestão de outras pessoas. No dia 20 de setembro de 1898 realiza então o primeiro voo de um balão com propulsão própria. Partindo do Jardin d'Acclimatation, voou sobre Paris, contra e a favor dos ventos. Teve um pequeno acidente ao descer, que não teve maiores conseqüências porque pediu a alguns meninos para usarem o cabo pendente do balão como se fosse uma pipa (papagaio de papel, em Portugal), correndo contra o vento.
O dirigÃvel número 3.Realizou em 1899 vôos com os dirigÃveis número 2 e número 3. Com o sucesso de Dumont, o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de março de 1900, ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud e, sem auxÃlio de terra, contornasse a torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos. Era o chamado prêmio Deutsch.
Santos Dumont fez experiências com seu número 4 (setembro de 1900) e tentou vencer o prêmio com seu número 5. Na primeira tentativa, em 13 de julho de 1901, decolou, contornou a torre, mas uma falha do motor fez seu balão ser carregado pelo vento e chocar-se contra as árvores do parque de Edmond de Rothschild. Em 8 de agosto, houve uma segunda tentativa. Com a presença da Comissão CientÃfica do Aeroclube da França, contornou a Torre Eiffel, e partiu de volta a Saint-Cloud, como mandava o desafio. Mesmo com o balão perdendo hidrogênio decidiu prosseguir. Perdendo gás, as cordas de suspensão foram sendo cortadas pela hélice, o que obrigou Dumont a parar o motor. O balão caiu e chocou contra o telhado do Hotel Trocadéro, causando uma grande explosão. Dumont se salvou porque se amarrou à quilha do dirigÃvel, ficando suspenso, dependurado no hotel, de onde foi resgatado por bombeiros de Paris.
Em 19 de outubro de 1901 convocou os jurados do Aeroclube da França. Devido ao mau tempo, apenas 25 compareceram, entre eles, o próprio instituidor do prêmio, Deutsch de La Meurthe. Em 29 minutos e 30 segundos, o número seis cruza a linha de chegada. Mas houve uma polêmica: a prova havia sido alterada e o novo regulamento previa que o pouso também fosse realizado antes de 30 minutos após a decolagem. Dumont havia pousado seu dirigÃvel em 30 minutos e 29 segundos. A polêmica prossegiu até que em 4 de novembro o Aeroclube da França decidiu declará-lo vencedor. O prêmio era então de 129 mil francos, que Dumont distribuiu entre sua equipe e desempregados de Paris.
O presidente do Brasil, Campos Salles enviou outro prêmio no mesmo valor, com uma medalha de ouro com sua efÃgie e uma alusão a Camões: Por céus nunca dantes navegados.
Em 1902, Alberto I, o entusiasta prÃncipe de Mônaco, lhe fez o convite irrecusável para que continuasse suas experiências no Principado. Oferecia-lhe um novo hangar na praia de La Condamine, e tudo mais que Alberto julgasse necessário para o seu conforto e segurança.
DirigÃvel número 9.Fez o número sete para corridas entre dirigÃveis. Pulou o número oito, por superstição contra o número e o mês de agosto. Construiu o número 9 que se tornou popular, por ser menor e por Dumont fazer diversas apresentações nele. Diz-se que usava o dirigÃvel para visitar os amigos e descia nas ruas com ele para tomar café. Em 14 de julho de 1903, participou das comemorações da queda da Bastilha, desfilando com o dirigÃvel. Nesse dirigÃvel permitiu que, pela primeira vez, uma outra pessoa conduzisse, a cubana AÃda de Acosta (conseqüentemente, tornando-se ela a primeira mulher a pilotar uma aeronave motorizada).
Em junho de 1904, foi aos Estados Unidos, para participar da corrida de dirigÃveis de Saint-Louis, mas sofre ação criminosa de sabotadores, que inutilizam o invólucro do seu dirigÃvel nº 7.
[editar] Mais pesado que o ar
Construiu o número 10, com capacidade para doze passageiros. O número onze foi um bimotor com asas. O número doze era semelhante a um helicóptero. Em 1906, realizou experiências com o número treze, que teve um invólucro com gás de iluminação. Construiu o número quatorze também em 1906. Com ele realizou experiências com seu primeiro avião, o 14-bis que decolava inicialmente acoplado ao dirigÃvel. Nesse ano foi instituÃda a Taça Archdeacon, para um vôo mÃnimo de 25 metros com aparelho mais pesado que o ar e propulsão própria. Também é instituÃdo o Prêmio Aeroclub de França de 1500 francos para vôo de 100 metros, ambos com aeronave mais pesada que o ar.
Em abril de 1902, viajou aos Estados Unidos, onde visitou os laboratórios de Thomas Edison, em Nova Iorque, e foi recebido na Casa Branca, em Washington, DC, pelo Presidente Theodore Roosevelt.
14-bis, o avião pioneiro de Santos DumontEm 23 de outubro de 1906, em Bagatelle, faz um voo de cerca de 60 metros conquistando a Taça Archdeacon, sendo considerado a primeira vez que uma aeronave desliza e decola utilizando apenas suas próprias forças.
Em 12 de novembro de 1906, foi concorrer com Voisin e Blériot, que construÃram uma máquina concorrente. Cedeu a vez aos concorrentes, que não conseguiram decolar. Em sua primeira tentativa, à s 10 horas não conseguiu decolar. Mas na quarta tentativa conseguiu e fez um vôo de 220 metros estabelecendo o primeiro recorde de distância, ganhando o Prêmio Aeroclube.
Fez ainda o número quinze, com asa de madeira, o número 16, misto de dirigÃvel e avião, o número 17 e o número 18, um deslizador aquático. Descontente com os resultados dos números 15 a 18, fez uma nova série, de tamanho menor e mais aprimoradas, chamadas Demoiselles, números 19, 20, 21 e 22.
[editar] Na esteira do 14-Bis
O sucesso do vôo de Santos-Dumont, que não patenteou seus inventos exatamente para motivar as inovações, motivou engenheiros e inventores a desenvolverem novos projetos. Voisin fabricou com Léon Delagrange um biplano que voou em Bagatelle, em março e abril de 1907. Blériot também realizava pequenos vôos com seus modelos. Em 2 de novembro de 1907, Farman, em um aeroplano de Voisin, superou o recorde do 14-Bis ao voar 771 metros em 52 segundos. Em setembro, faz experiências no rio Sena, com o nº 18, um deslizador aquático.
Em 1909 ocorreram dois grandes eventos: a Semaine de Champagne, em Reims, na França, que foi o primeiro encontro aeronáutico do Mundo, durante o qual foram disputadas várias provas, com prêmios que somaram 200 mil francos; e o desafio da travessia do Canal da Mancha, lançado a todos os aviadores. Em janeiro desse ano, obtém o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França.
[editar] Homenagens e aposentadoria
Em 25 de julho de 1909, Blériot atravessou o Canal da Mancha, tornando-se um herói na França. Guilherme II, Imperador da Alemanha, disse então uma frase que apareceu estampada em vários jornais: A Inglaterra não é mais uma ilha. Santos Dumont, em carta, parabenizou Blériot, seu amigo, com as seguintes palavras: Esta transformação da geografia é uma vitória da navegação aérea sobre a navegação marÃtima. Um dia, talvez, graças a você, o avião atravessará o Atlântico. Blériot, então, respondeu: Eu não fiz mais do que segui-lo e imitá-lo. Seu nome para os aviadores é uma bandeira. Você é o nosso lÃder.
Santos-Dumont começou a sofrer de esclerose múltipla. Envelheceu na aparência e sentiu-se cansado demais para continuar competindo com novos inventores nas diversas provas. Encerrou as atividades de sua oficina em 1910 e retirou-se do convÃvio social.
Em reconhecimento à s suas conquistas, o Aeroclube da França o homenageou com a construção de dois monumentos: o primeiro, em 1910, erguido no Campo de Bagatelle, onde realizara o voo com o 14-Bis, e o segundo, em 1912, em Saint-Cloud, em comemoração do vôo do dirigÃvel nº 6, ocorrido em 1901.
Em 18 de setembro de 1909, realiza seu último vôo em uma de suas aeronaves, voando sobre uma multidão, sem colocar as mãos nos comandos. Segurava um lenço em cada mão e soltou-os quando passou sobre a multidão.
[editar] Controvérsia sobre a vida particular
Existe certa controvérsia sobre a vida particular de Santos Dumont, precisamente no que toca a sua orientação sexual. Muito embora fosse um participante engajado na vida social parisiense, não existem quaisquer relatos, públicos ou pessoais, dele jamais ter se envolvido amorosamente com alguém. Isso continua a levar muitas pessoas a especular sobre a possibilidade de Santos Dumont ter sido homossexual. No entanto, certos historiadores insistem que seria praticamente impossÃvel manter em segredo um romance de Santos Dumont, seja com mulher ou com homem, dada a sua notoriedade naquela época. Esta aparente inexistência de quaisquer indÃcios de envolvimentos de natureza romântica significa para alguns que ele era assexuado.
Ao mesmo tempo, alguns historiadores também apontam para o fato de que os irmãos Wright, os famosos aviadores estado-unidenses sobre os quais perdura um embrulho vis-a-vis Santos Dumont, também viveram as suas vidas aparentemente destituidas de qualquer expressão sexual. No entanto, não se fazem comparáveis sugestões sobre a possibilidade de eles terem sido homossexuais. Muito embora os irmãos Wright estavam longe de possuirem o charme, a fineza e a elegância de Santos Dumont, caracterÃsticas suas amplamente reconhecidas pela sociedade de Paris e além.
[editar] Ãltimos anos de vida e suicÃdio
Carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont, no Guarujá-SP.Em agosto de 1914, a França foi invadida pelas tropas alemãs. Era o inÃcio da Primeira Guerra Mundial. Aeroplanos começaram a ser usados na guerra, primeiro para observação de tropas inimigas e, depois, em combates aéreos. Os combates aéreos ficavam mais violentos, com o uso de metralhadoras e disparo de bombas. Santos Dumont viu, de uma hora para a outra, seu sonho se transformar em pesadelo. Daà começava a guerra de nervos do Pai da Aviação.
Santos Dumont agora se dedicava ao estudo da astronomia, residindo em Trouville, perto do mar. Para isso usava diversos aparelhos de observação, que os vizinhos julgaram ser aparelhos de espionagem, para colaborar com os alemães. Foi preso sob essa acusação. Após o incidente ser esclarecido, o governo francês pediu desculpas formalmente.
Em 1915, sua saúde piorava e decidiu retornar ao Brasil. No mesmo ano, participou do 11º Congresso CientÃfico Pan-Americano nos Estados Unidos, tratando do tema da utilização do avião como forma de facilitar o relacionamento entre os paÃses da América. No entanto, mesmo nas Américas o avião era utilizado para fins militares: nos Estados Unidos eram produzidos 16 aviões militares por dia.
Já com a depressão que ia acompanhá-lo nos seus últimos dias, encontrou refúgio em Petrópolis, onde projetou e construiu seu chalé "A Encantada": uma casa com diversas criações próprias, como um chuveiro de água quente e uma escada diferente, onde só se pode pisar primeiro com o pé direito. A casa atualmente funciona como um museu. Permaneceu lá até 1922, quando visitou a França chamado por amigos. Não estabeleceu mais um local fixo. Pemanecia algum tempo em Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis e Fazenda Cabangu, MG.
Em 1922, condecorou Anésia Pinheiro Machado, que durante as comemorações do centenário da independência do Brasil, fizera o percurso Rio de Janeiro-São Paulo num avião. Nesse mesmo ano, mandou erguer um túmulo para seus pais e para si mesmo, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. O túmulo é uma réplica do Ãcaro de Saint-Cloud.
Em janeiro de 1926, apelou à Liga das Nações para que se impedisse a utilização de aviões como armas de guerra. Chegou a oferecer 10 mil francos para quem escrevesse a melhor obra contra a utilização de aviões na guerra. Nesse mesmo ano, inventou um motor portátil para esquiadores, que facilitava a subida nas montanhas. Foi experimentado pela campeã de esqui da França, Srta. Porgés. Interna-se no sanatório Valmont-sur-Territet, na SuÃça.
Em maio de 1927, chegou a ser convidado pelo Aeroclube da França para presidir o banquete em homenagem a Charles Lindberg, pela travessia do Atlântico, feita por ele próprio, mas declinou do convite devido a seu estado de saúde. Passou algum tempo em convalescença em Glion, na SuÃça e depois retorna à França.
Retornou ao Brasil, de navio Cap. Arcona, em 1928. A cidade do Rio de Janeiro recebê-lo-ia festivamente. Mas o hidroavião que ia fazer a recepção, sobrevoando o navio onde estava, da empresa Condor Syndikat, e que fora batizado com seu nome, sofreu um acidente, sem sobreviventes. O avião levava pessoas de projeção — grandes nomes da engenharia. Abatido, suspende as festividades e retorna a Paris.
Em junho de 1930, é condecorado pelo Aeroclube da França com o tÃtulo de Grande Oficial da Legião de Honra da França.
Em 1931, esteve internado em casas de saúde em Biarritz, e em Ortez no sul da França. Antônio Prado Júnior, ex-prefeito do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), havia sido exilado pela revolução de 1930 e fora para a França. Encontrou Santos Dumont em delicado estado de saúde, o que o levou a entrar em contato com sua famÃlia e a pedir ao seu sobrinho Jorge Dumont Villares que o fosse buscar a França. De volta ao Brasil, passam por Araxá, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e finalmente instalam-se no Hotel La Plage, no Guarujá, onde se instalou em maio de 1932. Antes, em junho de 1931 tinha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 1932 ocorreu a revolução constitucionalista, em que o estado de São Paulo se levantou contra o governo revolucionário de Getúlio Vargas. Isso incomodava bastante a Santos Dumont, que lançou apelos para que não houvesse uma guerra entre brasileiros. Mas o conflito aconteceu e aviões atacaram o campo de Marte, em São Paulo, no dia 23 de julho. Possivelmente, sobrevoaram o Guarujá, e a visão de aviões em combate pode ter causado uma angústia profunda em Santos Dumont, que nesse dia, aproveitando-se da ausência de seu sobrinho, deu fim à própria vida, aos 59 anos de idade. Não deixou descendência.
[editar] Livro inédito de Santos Dumont
Em meio aos eventos que marcaram o centenário do vôo do 14-bis, uma descoberta pode revolucionar o entendimento dos métodos de trabalho do aviador. Familiares descobriram um livro inédito de Santos Dumont. O manuscrito, com 312 páginas, foi escrito por volta de 1902. Entre as passagens do livro, destacam-se trechos sobre o sonho de virar aeronauta e o encontro com Thomas Edison.
[editar] Academia Brasileira de Letras
Ver artigo principal: Academia Brasileira de Letras.
Santos Dumont foi eleito Imortal da Academia Brasileira de Letras em 4 de junho de 1931, para a Cadeira 38, cujo Patrono é Tobias Barreto, mas não chegou a tomar posse. Foi o segundo ocupante desta Cadeira.
Precedido por:
Graça Aranha ABL - cadeira 38
1931 - 1932 Sucedido por:
Celso Vieira
[editar] Música em homenagem
Homenagem a Santos Dumont em Passa Quatro-MGEduardo das Neves (1874-1919), cantor e compositor, compôs a marcha A Conquista do Ar em 1903, homenageando os feitos de Dumont:
A Europa curvou-se ante o Brasil
E clamou Parabéns em meio tom.
Brilhou lá no céu mais uma estrela:
Apareceu Santos Dumont.
Salve, estrela da América do Sul,
Terra amada do Ãndio audaz, guerreiro!
Santos Dumont, um brasileiro!
A conquista do ar que aspirava
A velha Europa, poderosa e viril,
Quem ganhou foi o Brasil!
Por isso, o Brasil, tão majestoso,
Do século tem a glória principal:
Gerou no seu seio o grande herói
Que hoje tem um renome universal.
Assinalou para sempre o século vinte
O herói que assombrou o mundo inteiro:
Mais alto que as nuvens. Quase Deus,
Santos Dumont – um brasileiro.
[editar] Homenagens ao aviador
Cartão postal francês do Santos Dumont no 14 bisEm 31 de julho de 1932 o decreto estadual n° 10.447 mudou o nome da cidade de Palmira, em Minas Gerais, para Santos-Dumont.
A Lei n° 218, de 4 de julho de 1936, declara 23 de outubro o dia do aviador, em homenagem ao primeiro vôo da história, realizado nesta data, em 1906.
Em 16 de outubro de 1936, o primeiro aeroporto do Rio de Janeiro foi batizado com seu nome.
A Lei 165, de 5 de dezembro de 1947, concedeu-lhe o posto honorÃfico de tenente-brigadeiro.
Em 1956 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao cinqüentenário do primeiro vôo de aparelho mais pesado que o ar. No mesmo ano o correio do Uruguai lançou uma série de selos comemorativa do mesmo feito.
A Lei 3636, de 22 de setembro de 1959, concedeu-lhe o posto honorÃfico de Marechal-do-Ar.
Em 1973 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa ao centenário de Santos Dumont. O mesmo ocorre nos correios da BolÃvia e da França. Ainda em 1973 é lançada uma edição com dois LPs sobre o centenário de Santos Dumont.
Em 1976 a União Astronômica Internacional prestou homenagem ao inventor brasileiro, colocando seu nome em uma cratera lunar. à o único brasileiro detentor desta distinção.
Em 1981 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativa aos 75 anos do primeiro voo de aparelho mais pesado que o ar.
A Lei 7.243, de 4 de novembro de 1984, concedeu-lhe o tÃtulo de Patrono da Aeronáutica Brasileira.
Em 13 de outubro de 1997, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton em visita ao Brasil, discursou no Palácio do Itamaraty, se referindo a Santos Dumont como o pai da aviação(1).
Em 1997 o Correio Brasileiro lançou uma série de selos comemorativos do centenário da dirigibilidade dos balões.
Em 2005 o governo brasileiro comprou um avião da Airbus (Airbus Corporate Jetliner) para o deslocamento do presidente da República, sendo esse batizado de Santos Dumont.
Em 18 de outubro de 2005, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos) assinaram um acordo para a realização da Missão Centenário, que levou o astronauta brasileiro Marcos César Pontes à Estação Espacial Internacional. A missão é uma homenagem ao centenário do vôo de Santos Dumont no 14 Bis, ocorrido no dia 23 de outubro de 1906. O lançamento da nave Soyuz TMA-8 ocorreu em 30 de março de 2006, no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão).
Em 26 de julho de 2006 seu nome foi incluÃdo no Livro de Aço dos Heróis Nacionais localizado no Panteão da Pátria, em BrasÃlia, garantindo-lhe assim o status de Herói Nacional.
Em 23 de outubro de 2006, o Correio Brasileiro lançou o selo comemorativo em homenagem ao centenário do vôo do 14-bis. No mesmo dia, também foi lançada a moeda comemorativa à invenção de Santos Dumont.
[editar] Curiosidades
Assinava Santos=Dumont para assinalar que respeitava igualmente sua origem brasileira e francesa.
Alexandre e Marcos Vilares, sobrinhos-bisnetos de Santos Dumont, na cerimônia de inscrição de Santos Dumont como herói nacional em BrasÃlia, 26 de julho de 2006Foto: Wilson Dias/ABrImaginava que um dia os aviões seriam como automóveis aéreos e cada pessoa teria um para ir ao trabalho. Não ficou contente com os rumos que a aviação comercial tomou, ao construir aviões maiores e mais caros, desviando-se do que ele tinha como objetivo (aviões a preço de automóvel). Chegou a vender 40 demoiselles e não se opunha a que outros copiassem o projeto e o comercializassem.
Atribui-se a Santos Dumont a invenção do relógio de pulso, para substituir os relógios de bolso, então utilizados. Com o mostrador preso ao pulso poderia consultar as horas com mais facilidade quando estivesse voando.
O primeiro degrau da escada de acesso a sua casa, em Petrópolis, RJ, corresponde à metade dos demais degraus, de maneira que todos os visitantes devessem iniciar a subida com o pé direito.
As suas irmãs mais velhas, Maria Rosalina, Virginia e Gabriela casaram-se com três irmãos, respectivamente chamados Eduardo Vilares, Guilherme Vilares e Carlos Vilares.
[editar] Ver também
História da aviação
Museu da Aeronáutica
Museu Casa de Santos Dumont
Rodovia Santos Dumont
[editar] Referências
Revista Isto Ã, 23 de outubro de 1997
O pai da aviação contra os Wrights
Força Aérea Brasileira
Centenário do Vôo do 14-Bis
[editar] Ligações externas
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Santos Dumont
Acervo virtual na FAB
Peça de teatro de Santos Dumont
Trechos do manuscrito inédito de Santos Dumont
Sobre o suicÃdio de Santos Dumont
Alberto Santos=Dumont tirou a própria vida em um quarto do Grande Hotel de La Plage, Guarujá, em 1932. O motivo, dizem alguns, teria sido uma profunda depressão causada pela constatação de que o avião, seu invento, estava sendo usado para fins militares. Virara um instrumento de morte e destruição.
Há testemunhas que juram ter visto o inventor presenciar um bombardeio na ilha da Moela, Guarujá, em frente à praia do Grand Hotel, pouco antes de recolher-se a seu quarto para enforcar-se, com a própia gravata segundo alguns, com o cinto do roupão de banho, segundo outros. Há quem diga que o motivo do suicÃdio foi uma desilusão amorosa. Alguns dizem que seu sobrinho e companheiro, Jorge Dumont Villares, o abandonara. Outros dizem que a cantora lÃrica Bidu Sayão, casada com Walter Mocchi, visitava Santos=Dumont no Grand Hotel. Há mesmo quem diga que o inventor era apaixonado por Yolanda Penteado.
O fato é que Alberto Santos=Dumont não desceu para almoçar em 23 de julho de 1932. Os funcionários do hotel arrombaram a porta do quarto 152 (onde Dumont se hospedava, reservando o quarto 151 para seu sobrinho, Jorge) encontrando o inventor já sem vida.
Quatro anos antes, em 3 de dezembro de 1928, Santos=Dumont voltava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem. Pretendiam lançar uma mensagem de boas vindas em um paraquedas e estavam todos à bordo de um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação. Depois de uma manobra desastrada, o avião caiu no mar matando todos os seus ocupantes, entre eles vários amigos de Santos=Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia.
Santos=Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão. Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus.
A insistência em creditar aos irmãos Wright a invenção do avião incomodava Santos=Dumont, que levou seu 14 Bis ao ar em outubro de 1906, sem recorrer a qualquer artifÃcio. Os americanos voaram somente em 1908 e seu aparelho alçava vôo apenas com o auxÃlio de uma catapulta.
Antonio Prado Júnior, exilado em Paris, foi visitar o amigo Santos=Dumont em Biarritz e constatou seu total abatimento, imediatamente telegrafando à famÃlia do inventor para que esta tomasse alguma providência. Jorge Dumont Villares foi buscar o tio na Europa e passou a ser seu inseparável companheiro no Brasil.
Em São Paulo, Alberto Santos=Dumont ia à Sociedade HÃpica Paulista e ao Clube Athlético Paulistano. Passava muitas tardes também na redação do jornal O Estado de São Paulo. Recebia também a visita quase diária do médico Sinésio Rangel Pestana, que recomendou ao inventor uma temporada no Guarujá, para tratar de sua delicada saúde.
Lá, Santos=Dumont passou seus últimos dias, passeando pela praia, conversando com crianças, entre elas Marina Villares da Silva e Christian Von Bulow, que moravam no balneário. Christian conta ter presenciado Santos=Dumont chorando na praia após ver o bombardeio do cruzador Bahia, por três aviões "vermelhinhos", leais ao Governo Federal, na ilha da Moela. Algum tempo depois, naquele mesmo dia, o inventor teria tirado a própria vida em seu quarto no Grande Hotel. Um pouco antes recebera a visita de Edu Chaves, com quem havia conversado sobre o bárbaro destino da aviação.
A certidão de óbito do inventor ficou "sumida" por 23 anos. Quando foi encontrada, dava como "causa mortis" de Santos=Dumont um suposto "colapso cardÃaco". Não ficava bem o herói nacional ter cometido suicÃdio.
O próprio Governador da época, Dr. Pedro de Toledo, determinou: "Não haverá inquérito. Santos=Dumont não se suicidou." Cumpridas as ordens do Governador, somente a 3 de dezembro de 1955 seria registrado o óbito.
Santos=Dumont entrou em depressão ao ver seu invento sendo usado para lançar bombas sobre inimigos de guerra.
Imaginem o que ele sentiria se pudesse presenciar as cenas que o mundo todo viu, de aviões civis sendo atirados contra as torres do World Trade Center e contra o Pentágono, em covardes ações terroristas.
outro link para Santos=Dumont
http://www.aeroclub.com
2006-11-30 10:03:28
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answer #7
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answered by John - Se chamarem digam que saí 7
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