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2 respostas

Bem, a ditadura faz isto. as pessoas nao tem direito a contradizer o governo. Os militares nao sabem agir de outra forma a nao ser atraves da violencia, sao treinados pra isto. mas nao deveriam ter que combater seu propeio povo e sim defender seu povo de outras nacoes.

mas creio que coisas assim aconteceram em outros paises. infelizemsnte.

mas gracas a Deus nao estamos mais sob uma ditadura militar.

2006-11-29 19:32:26 · answer #1 · answered by cacau 4 · 0 0

Na Praia Vermelha

Euclides ingressou em 1886 na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, centro de irradiação de idéias positivistas e republicanas. Foi aluno de Benjamin Constant, professor de cálculo, positivista não ortodoxo, um dos líderes do golpe da proclamação. Foi desligado da carreira militar em dezembro de 1888 por ato de insubordinação durante a revista das tropas pelo ministro da Guerra. O comandante da Escola, o general Clarindo de Queirós, tinha proibido os cadetes de participarem de manifestação ao propagandista republicano Lopes Trovão, que retornava ao Rio, vindo da Europa. Para impedir a saída dos jovens da escola, foi marcada inspeção das tropas pelo ministro. Euclides, com 22 anos, saiu de forma durante a revista, atirou ao chão o sabre-baioneta, após tentar sem sucesso parti-lo sobre a perna, e interpelou o ministro Tomás Coelho sobre a política de promoções no Exército.

O ambiente na Escola Militar era de insatisfação e rebeldia, tanto por causa das simpatias republicanas dos cadetes, quanto pela ausência de promoções para o posto de alferes-aluno desde 1885, devido aos cortes no orçamento do Ministério da Guerra nos últimos anos da monarquia. O título de alferes-aluno era concedido aos alunos aprovados com boas notas nos dois anos iniciais do curso. Além de ser o primeiro posto com fardamento especial, representava a ascensão por mérito próprio, com aumento substancial nos vencimentos. Era, segundo um colega de Euclides, o depois general Augusto Tasso Fragoso, "a maior aspiração e a maior glória do estudante militar" (1).

Com o atraso nas promoções, o governo ignorava os direitos de três turmas de alunos, prejudicando sobretudo os que vinham de famílias remediadas, como Euclides, sem recursos para freqüentar as escolas preferidas pelos filhos das elites, como a Escola Politécnica no Rio de Janeiro, ou as Faculdades de Direito de São Paulo e do Recife. Euclides tinha se matriculado na Politécnica em 1885 e acabou se transferindo, por razões econômicas, para a Escola Militar, já que esta oferecia soldo, além de alojamento, comida e parte dos uniformes.

O futuro autor de Os sertões foi o centro de uma controvérsia, que se somou aos muitos atritos, desde 1884, entre o Exército e o governo, sobre o direito dos militares de darem livre expressão às suas idéias. A Gazeta, de Notícias divulgou o incidente, logo comentado por outros jornais. A Província de S. Paulo referiu-se ao ocorrido em artigo com o bem-humorado título de "Trovoada militar", em alusão ao republicano Lopes Trovão. O jornal paulista considerava, porém, o fato da maior gravidade, indicativo das disposições antimonárquicas dos militares.

O governo tentou abafar o episódio, afirmando que se tratara apenas do acesso nervoso de um estudante muito esforçado. O senador Silveira Martins, que presenciara o protesto de Euclides, leu, no Congresso, carta do ministro da Guerra, que negava a significação política do ato e dizia não ter sido atingido pela arma. Já o deputado Joaquim Nabuco disse, na Câmara, que o governo não deveria permitir que uma instituição mantida pelo Estado se tornasse um foco de agitação revolucionária.

Outras minúcias do episódio se tornaram objeto de debates na imprensa e no parlamento. Discutia-se se Euclides havia conseguido, ou não, partir a arma sobre a perna ou o joelho, como se tal ato tivesse um valor simbólico de quebra da lealdade com a monarquia. O dramaturgo Artur de Azevedo ironizou a controvérsia em crônica no Diário de Notícias: "Quem falou verdade nessa questão da Escola Militar? A Gazeta de Notícias? O governo? O sr. Silveira Martins? O sr. Joaquim Nabuco? De que lado está a deusa nua com um espelhinho na mão? O aluno Euclides da Cunha quebrou a baioneta, ou amolgou o sabre? Arremessou a arma aos pés do sr. ministro da Guerra ou quis com ela furar a pança de S. Ex.?..." (2).

Sob o pretexto de incapacidade física, Euclides foi desligado do Exército, após seu pai ter interferido junto ao Imperador para que não fosse aplicada a pena de enforcamento prevista no código militar. Contou, muitos anos mais tarde, ao político e diplomata Gastão da Cunha, que seu protesto fazia parte de um plano de rebelião, estabelecido com outros colegas, para proclamar a República. Pretendiam revoltar toda a escola, prender o ministro da Guerra e marchar até o palácio de São Cristóvão, onde acreditavam que pudessem prender o Imperador e fundar um novo regime político
bj...

2006-12-02 20:57:24 · answer #2 · answered by eu Amabile 7 · 0 0

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