A SÃndrome da imunodeficiência adquirida, conhecida nos paÃses de lÃngua oficial portuguesa pelo acrónimo SIDA (excepto no Brasil, onde se usa a sigla inglesa AIDS) é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes do dano especÃfico do sistema imunológico ocasionado pelo VÃrus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica). O alvo principal são os linfócitos TCD4, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos diminui abaixo de certo nÃvel (o centro de controle de doenças dos Estados Unidos da América define este nÃvel como 200 por ml), o colapso do sistema imune é possÃvel, abrindo caminho a doenças oportunistas e tumores que podem matar o doente. Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.
O HIV é um retrovÃrus, ou seja é um vÃrus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da sua enzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vÃrus da imunodeficiência sÃmia. Há dois vÃrus HIV, o HIV que causa a SIDA/AIDS tÃpica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na Africa Ocidental, e também existente em Portugal.
O HIV reconhece a proteÃna de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vÃrus, já que ambos os receptores são similares.
Microfotografia do vÃrus do HIV a sair de LinfócitoA infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgem virions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. à sabido que os raros indivÃduos que não expressam CCR5 por defeito genético não aquirem o vÃrus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de sÃntese de proteÃnas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteÃnas do vÃrus que expressam nas suas membranas e são destruÃdos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vÃrus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-se que os macrófagos sejam um reservatório do vÃrus nos doentes, sendo outro reservatório os ganglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aà presentes.
à irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruÃ-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destróem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteÃnas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteÃnas de superfÃcie, dificultando continuamente o seu reconhecimento.
[editar] Progressão
A infecção por HIV é por via sexual, intravenosa ou mãe-filho.
Em vermelho nÃveis de HIV, em azul nÃveis de linfócitos T4. Embaixo weeks=semanas seguidas de years=anosA manifestação da doença por HIV é semelhante a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver febre, mal-estar, linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite vÃral. Estes sintomas são largamente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por desaparecer, sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há altas concentrações de vÃrus, e o portador é altamente infeccioso, transmitindo o vÃrus aos seus contatos sexuais.
A segunda fase é a da quase ausência do vÃrus, que se encontra apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando gradualmente mais e mais T4s; e nos macrófagos. Nesta fase, que dura vários anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS. Não há sintomas, e o portador pode transmitir o vÃrus a outros sem saber. Os nÃveis de T4 diminuem lentamente e ao mesmo tempo diminui a resposta imunitária contra o vÃrus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda da coordenação dos T4 sobre os eficazes T8 e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).
A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T4 desce abaixo do nÃvel crÃtico (200/ml), o que não é suficiente para haver resposta imunitária eficaz a invasores. Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarréia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos à s doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovÃrus, demência e o sarcoma de Kaposi. Ao fim de alguns meses ou anos advém inevitavelmente a morte.
Excepções a este esquema são raras. Os muito raros "long term non-progressors" são aqueles indivÃduos que permanecem com contagens de T4 superiores a 600/ml durante longos perÃodos. Estes indivÃduos talvez tenham uma reação imunitária mais forte e menos susceptÃvel à erosão contÃnua produzida pelo vÃrus, mas detalhes ainda são desconhecidos.
[editar] SÃndromes clÃnicas
Sarcoma de KaposiAs doenças oportunistas são doenças causadas por agentes, como outros vÃrus, bactérias e parasitas, que são comuns mas normalmente não causam doença ou causam apenas doenças moderadas, devido à resposta imunitária eficiente. No doente com SIDA/AIDS, manifestam-se como doenças potencialmente mortais:
Infecções por vÃrus: Citomegalovirus, Herpes simples, Epstein-Barr.
Infecções por bactérias: Mycobacterium avium-intracelulare, outras microbactérias que normalmente não causam doenças, Mycobacterium tuberculosis, Salmonella, outras.
Infecções por fungos: candidÃase dos pulmões ou esôfago (por Candida albicans, uma levedura); pneumonia por Pneumocystis carinii; Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose.
Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporidiose.
Neoplasias: câncros como linfoma e linfoma de Hdgkins, causado pelo vÃrus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi
Outras condições incluem encefalopatia causada por HIV que leva à demência e é uma ação direta do vÃrus nos micróglios (células cerebrais semelhantes a macrófagos) que infecta. Um achado caracterÃstico é a leucoplaquia pilosa (placa branca pilosa na boca) devida ao vÃrus Epstein-Barr.
[editar] Epidemiologia
PredomÃnio do HIV entre adultos por paÃs no final de 2005
ââ 15-50%
ââ 5-15%
ââ 1-5%
ââ 0,5-1,0%
ââ 0,1-0,5%
ââ <0,1%
ââ sem informação
Calcula-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por dia em todo o mundo (dados de 1999); 45 milhões estão atualmente infectadas, e 3 milhões morrem a cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorrem na Ãfrica, onde a principal forma de transmissão é o sexo heterossexual, e o uso de prostitutas. Regiões em risco com alto crescimento de novas infecções são a Europa de Leste, a Ãndia e o Sudoeste Asiático. No Brasil vivem mais que 650 000 (320 000 – 1 100 000) pessoas de idade entre 15 e 49 anos com o HIV (estimativa da WHO - UNAIDS). A taxa de infecção de consumidores de heroÃna ronda os 80% em muitas cidades européias e americanas.
As populações de risco são pessoas homossexuais ou heterossexuais sexualmente ativas com múltiplos parceiros; os tóxicodependentes que usam agulhas, prostitutas, filhos recém-nascidos de seropositivas. Outro grupo de risco são os profissionais da saúde, médicos, enfermeiros e outros que lidam freqüentemente com soropositivos (conhecidos ou não). Uma pequena ferida quase indetectável na mão do médico quando examina um paciente ferido e com sangue, ou um acidente com agulhas, pode ser o suficiente, em 1% dos casos, para o infectar. As transfusões de sangue e derivados de sangue já não são perigosas devido a rigorosos regimes de controle e detecção de vÃrus.
A transmissão é por sêmen, sangue e secreções vaginais. O HIV não pode ser transmitido, absolutamente, por toque casual, beijos, espirros, tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos tocados por soropositivos.
O sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão, seja entre dois homens ou entre uma mulher e um homem. O sexo vaginal permite transmissão mais fácil para a mulher do que para o homem, mas ambos podem ser infectados pelo outro. O sexo vaginal violento resulta em taxas de infecção muito altas, devido às micro-hemorragias genitais. Hoje em dia a troca de seringas infectadas é uma das formas de transmissão mais freqüentes.
[editar] Diagnóstico
O diagnóstico de soropositividade é naturalmente por serologia, ou seja detecção dos anticorpos produzidos contra o vÃrus com um teste ELISA. Eles são sempre os primeiros a serem efectuados, contudo dão resultados positivos falsos, por vezes. Por isso é efectuado nos casos positivos um teste, muito mais especÃfico e caro, de southern blot, para confirmar antes de se informar o paciente. Eles não detectam a presença do vÃrus nos indivÃduos recentemente infectados. A detecção do DNA viral pela técnica de PCR também é utilizada, assim como a contagem de linfócitos T4.
Qualquer indivÃduo que tenha uma infecção com um organismo incapaz de ultrapassar o sistema imunitário de pessoas normais deve ser suspeito de ter sÃndrome de imunodeficiência adquirida.
[editar] Tratamento
Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções da biologia do vÃrus que são suficientemente diferentes de funções de células humanas:
Existem inibidores da enzima transcriptase reversa que o vÃrus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas:
AZT, ddC, ddI, d4T, ABC (todos análogos de nucleótidos)
nevirapina, delavirdina, efavirenz (inibidores diretos da proteÃna), outros.
Inibidores da protease que cliva as proteÃnas do vÃrus após transcrição: saquinavir, nelfinavir, amprenavir, ritonavir, outros.
Hoje em dia o uso de medicamentos é em combinações de um de cada dos três grupos. Estes cocktails de antivÃricos permitem quase categorizar, para quem tem acesso a eles, a SIDA em doença crónica. Os portadores de HIV que tomam os medicamentos sofrem de efeitos adversos extremamente incomodativos, diminuição drástica da qualidade de vida, e diminuição significativa da esperança de vida. Contudo é possÃvel que não morram directamente da doença, já que os fármacos são razoavelmente eficazes em controlar o número de virions. Contudo houve recentemente notÃcias de um caso em Nova Iorque cujo vÃrus já era resistente a todos os medicamentos, e essas estirpes poderão "ganhar a corrida" com as empresas farmacêuticas.
Os medicamentos actuais tentam diminuir a carga de vÃrus, atrasando a baixa do número de linfócitos T4, o que aumenta a longevidade do paciente e a sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o paciente começar a ser tratado com medicamentos maior a duração da sua vida, porque com nÃveis baixos de linfócitos T4 já pouco há a fazer.
Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental, nomeadamente práticas de sexo seguro como o uso de preservativo (ou "camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes.
[editar] Prevenção
Estimativa de aquisição do HIV por método de contágio[1] Forma de exposição Risco por 10.000 exposições a uma fonte infectada
Transfusão de sangue 9.000[2]
Nascimento 2.500[3]
Uso compartilhado de seringa 67[4]
Agulha cortante 30[5]
Penetração vaginal receptiva* 10[6][7][8]
Penetração vaginal insertiva* 5[6][7]
Penetração anal receptiva* 50[6][7]
Penetração anal insertiva* 6.5[6][7]
Penetração oral receptiva* 1[7]§
Penetração oral insertiva* 0.5[7]§
* assumindo o não uso de preservativo
§ Fonte refere-se ao relacionamento sexual sobre o homem
O mais importante para prevenir esta doença é fazer campanhas de informação e sensibilização, sobretudo junto aos jovens. Por exemplo, deve-se comunicar que a prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais. A troca de agulhas para tóxico-dependentes também é importante, já que as agulhas usadas contaminadas são uma origem freqüente da contaminação.
O uso de preservativo diminui em muito a taxa de transmissão, mas não é 100% seguro. Eles rompem-se facilmente, e é teoricamente possÃvel, apesar de extremamente improvável, vÃrus passarem nos poros do preservativo. Apesar do uso de preservativo diminuir radicalmente o risco de infecção, só a abstinência de relações é totalmente segura.
A campanha anti-AIDS do Brasil é mundialmente reconhecida como uma das mais bem sucedidas. O Brasil tem taxas de infecção muito inferiores à s de outros paÃses desenvolvidos, e aparentemente os números estão relativamente estáveis.[Carece de fontes]
Muitas das pessoas no mundo morrem por causa do HIV, um vÃrus que causa uma doença muito brutal.
[editar] História
Pôster em Abidjan, Costa do Marfim, ÃfricaCalcula-se que as primeiras infecções ocorreram em Ãfrica na década de 1930. Julga-se que terá sido inicialmente contraÃdo por caçadores africanos de sÃmios que provavelmente se feriram e ao carregar o animal, sujaram a ferida com sangue infectado deste. O vÃrus terá então se espalhado nas regiões rurais extremamente lentamente, tendo migrado para as cidades com o inÃcio da grande onda de urbanização em Ãfrica nos anos 1960.
Uma amostra sangüÃnea de 1959 de um homem de Kinshasa, República Democrática do Congo, foi analisada recentemente e revelou-se soropositiva.
Os primeiros registos de uma morte por SIDA remontam a 1976, quando uma médica dinamarquesa contraiu a doença no Zaire (hoje República Democrática do Congo). No entanto só começaram a aparecer em 1980 vários casos inexplicáveis de doenças oportunistas em homossexuais nos Estados Unidos, nas cidades de San Francisco, Los Angeles e Nova Iorque. A alta incidência dessas doenças chamou a atenção do centro de controlo de doenças dos Estados Unidos em 1981, quando publicaram o primeiro artigo que referenciava uma possÃvel nova doença infecciosa, inicialmente vista como uma doença que afetava apenas os homossexuais. Devido à imunossupressão profunda que causava, comparável a alguns raros casos de imunossupressão de origem genética (e.g. SÃndrome de DiGeorge), foi denominada de SÃndrome de imunodeficiência adquirida, em contraste com aqueles casos hereditários. Inicialmente foi largamente ignorada pela sociedade americana, até que, com as proporções da epidemia sempre crescentes, apareceram os primeiros casos de transmissão mãe-filho, tóxicodependentes e de transfusão de sangue em 1982.
O agente causador da doença acabaria por ser descoberto pelo Instituto Pasteur de Paris em 1983 por Luc Montagnier. No Brasil os primeiros casos apareceram em 1982 num grupo de homossexuais de São Paulo que contraÃram a doença por terem viajado para zonas com alta incidência nos Estados Unidos. Os primeiros casos reconhecidos de SIDA em Portugal apareceram em 1983. No entanto há hoje indicações que os primeiros casos poderão ter sido contraÃdos já durante a guerra colonial na Guiné-Bissau, nos anos 1960 e 1970, e foram então ignorados.
A sua designação, que começou por ser a sigla do nome completo da doença em português, passou a ser considerada palavra no decorrer dos anos 1990.
à fundamental esclarecer que no Brasil se utiliza o termo "AIDS" porque "SIDA" tem o mesmo som que "Cida", que é redução do nome "Aparecida"; assim, houve uma grande reação contrária ao uso de um nome próprio muito comum para designar esta sÃndrome.
[editar] Luta contra a transmissão do HIV/SIDA em Portugal
âºVer artigo principal: KIT SIDA.
[editar] O movimento de reavaliação da hipótese AIDS/HIV
âºVer artigo principal: reavaliação da AIDS.
Desde 1984, quando Peter Duesberg publicou seu primeiro trabalho contestando a hipótese da patogenicidade dos retrovÃrus, existe um movimento alternativo de vários cientistas e ativistas contestando a hipótese principal.
As Hipóteses de Duesberg conseguiram a simpatia de muitos cientistas famosos, entre eles Kary Mullis, prêmio Nobel, e até um leve e insinuoso aval de Luc Montagnier que afirmou que "O HIV não causa a destruição das células vista em pacientes com AIDS". Paradoxalmente Duesberg foi um dos pais da Retrovirologia, fazendo importantes descobertas acerca do código genético dos retrovÃrus, e Kary Mullis foi o descobridor do PCR, um método que quantifica material genético e é usado para medir o vÃrus HIV no sangue de um infectado.
Estes estudos gozaram de relativa atenção da mÃdia até meados dos anos 90, pois afirmavam que drogas, poluição, fome, miséria e atitudes autodestrutivas eram as causas da AIDS e não o HIV, num perÃodo em que se conhecia pouco de vÃrus, e não havia tratamento eficaz para a doença. Entretanto cairam em desgraça quando David Ho, a luz de modernos estudos, desenvolveu medicamentos potentes que destruÃam até 99% dos vÃrus, levando os pacientes a uma vida quase normal. Então, a partir dessas descobertas que enterraram o mito de que o HIV ficava incubado, e que existia em pequenas quantidades, ficou constatado que ele ataca o sistema imunológico da data de entrada nos linfócitos até o óbito do paciente.
O movimento entrou em franca decadência, e poucos cientistas exóticos o seguem até hoje.
[editar] Novos Medicamentos
16ª Conferência sobre SIDA (AIDS) – Toronto : Novos medicamentos 20:44, 3 Outubro 2006 (UTC)
Inibidores dos CCR5
Os inibidores de entrada, maraviroc e vicriviroc, tiveram um desenvolvimento clÃnico problemático, mas num estudo apresentado na conferência houve algumas notÃcias positivas sobre estes medicamentos. Num estudo com doentes já com experiência com tratamentos ,o maraviroc mostrou ser seguro, bem tolerado e eficaz quando usado num regime terapêutica base optimizado em doentes infectados com variantes do VIH que usam os co-receptores CCR5 e CXCR4 para entrar nas células CD4. Foram observadas quedas significativas na carga viral em doentes tratados com ambas as doses disponÃveis do medicamento, tomadas uma ou duas vezes por dia. A contagem de células CD4 também aumentou. Os dados de segurança também foram animadores.
Também houve dados animadores no uso de vicriviroc em doentes com experiência com tratamentos. Foram usadas três doses diferentes do medicamento num estudo realizado com uso de um placebo. Os doentes que tomavam as três doses da medicação do estudo sofreram maiores quedas na carga viral e aumentos na contagem de células CD4, do que os doentes com o placebo. Embora a taxa de efeitos colaterais sérios tenham sido semelhantes para o placebo e todos os três grupos de tratamento, as neoplasias ocorreram com maior frequência nos doentes que estavam a tomar vicriviroc. Muitas dessas neoplasias ocorreram em doentes que tinham um passado de neoplasias mas em dois dos doentes em que ocorreram neoplasias estavam a tomar o placebo. Segundo o investigador Trip Gulick a relação do vicriviroc com a malignidade não é certa.
Acesso facilitado ao inibidor da integrase
A Merck anunciou um acesso facilitado para todo o mundo ao seu inibidor da integrase que está ainda em fase experimental, o MK-0518. O objectivo é tornar o MK-0518 disponÃvel para doentes cujas opções de tratamento se tenham esgotado e que estão em risco de progressão para a doença.
[editar] Referências
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â Donegan, E., Stuart, M., Niland, J. C., Sacks, H. S., Azen, S. P., Dietrich, S. L., Faucett, C., Fletcher, M. A., Kleinman, S. H., Operskalski, E. A., et al. (1990). "Infection with human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) among recipients of antibody-positive blood donations". Ann. Intern. Med. 113 (10): 733-739.
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â Bell, D. M. (1997). "Occupational risk of human immunodeficiency virus infection in healthcare workers: an overview.". Am. J. Med. 102 (5B): 9-15.
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â 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 7,5 Varghese, B., Maher, J. E., Peterman, T. A., Branson, B. M. and Steketee, R. W. (2002). "Reducing the risk of sexual HIV transmission: quantifying the per-act risk for HIV on the basis of choice of partner, sex act, and condom use". Sex. Transm. Dis. 29 (1): 38-43.
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2006-11-28 02:53:14
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answer #2
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answered by Mel 4
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