A visão (a vista) é considerada um dos cinco sentidos que permitem a um ser humano ter a percepção do mundo.
No entanto, há que referir que os neuroanatomistas consideram que a visão engloba dois sentidos, já que são diferentes os receptores responsáveis pela percepção da cor (i.e. pela estimativa da frequência dos fotões de luz) e pela percepção da luminosidade (i.e. pela estimativa do número de fotões de luz incidente).
Embora o olho seja o órgão sensorial da visão, a visão inclui não só a habilidade de detectar a luz (as ondas electromagnéticas no espectro visível) e as imagens mas também a de as interpretar (ou seja, ver). Por isso, no sentido mais amplo da palavra visão (de percepção visual), esta requer a intervenção de zonas especializadas do cérebro (o córtex visual) que analisam e sintetizam a informação recolhida em termos de forma, cor, textura, relevo, etc. A visão é por isso a percepção das radiações luminosas, compreendendo todo o conjunto de mecanismos fisiológicos e psicológicos pelos quais estas radiações determinam impressões sensoriais de natureza variada, como as cores, as formas, o movimento, a distância e o relevo.
O olho é o primeiro componente deste sistema sensorial e é no seu interior que está a retina, composta de cones e bastonetes, onde se realizam os primeiros passos do processo perceptivo. A retina transmite os dados visuais, através do nervo óptico e do núcleo geniculado lateral, para o córtex cerebral. No cérebro tem então início o processo de análise e interpretação que nos permite reconstruir as distâncias, cores, movimentos e formas dos objectos que nos rodeiam.
O astigmatismo é uma deficiência visual, causada pelo formato irregular da córnea ou do cristalino formando uma imagem em vários focos que se encontram em eixos diferenciados. Uma córnea normal é redonda e lisa, como uma bola de beisebol. Nos casos de astigmatismo, a curvatura da córnea é mais ovalada, como uma bola de futebol americano. Este desajuste faz com que a luz se refracte por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um.
Para as pessoas que sofrem de astigmatismo, todos os objetos - tanto próximos como distantes - ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. A sensação é parecida com a distorção produzida por um pedaço de vidro ondulado.
O astigmatismo é hereditário e pode ocorrer em conjunto com a miopia ou a hipermetropia. Um astigmatismo ligeiro pode desenvolver-se ao longo dos anos, devido à alteração da curvatura da córnea, provocada pelos milhares de pestanejamentos diários. Pessoas que sofrem de astigmatismo podem corrigir sua visão com o uso de uma lente oftálmica chamada tórica ou cilindrica (que faz com que os raios de luz se concentrem em um plano único), em óculos ou lentes de contato. Podem, ainda, se valer de cirurgia a laser ou do procedimento conhecido como ceratotomia astigmática.
[editar] Tipos de astigmatismo
Os tipos de astigmatismo baseado na estrutura assimétrica:
Astigmatismo corneal - devido a cornea de formato irregular.
Astigmatismo lenticular - devido a lentes de formato irregular.
Tipos de astigmatismo baseado nos meridianos principais:
Astigmatismo regular.
Astigmatismo irregular.
Tipos de astigmatismo baseado no foco dos meridianos principais:
Astigmatismo simples:
Astigmatismo hipermétrope simples.
Astigmatismo miópico simples.
Astigmatismo composto:
Astigmatismo hipermétrope composto.
Astigmatismo miópico composto.
Astigmatismo misto.
A cegueira é a falta do sentido da visão. A cegueira pode ser total ou parcial; existem vários tipos de cegueira dependendo do grau e tipo de perda de visão, como a visão reduzida, a cegueira parcial (de um olho) ou o daltonismo.
Índice [esconder]
1 Tipos de cegueira
2 Ver também
2.1 Filmes que abordam o tema
3 Ligações externas
[editar] Tipos de cegueira
A cegueira classifica-se dependendo de onde se tenha produzido o dano que impede a visão. Este pode ser:
Nas estruturas transparentes do olho, como as cataratas e a opacidade da córnea.
Na retina, como a degeneração macular e a retinose pigmentária.
No nervo óptico, como o glaucoma ou os diabetes.
No cérebro.
O daltonismo (também chamado de discromatopsia ou discromopsia) é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos orgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica...
O distúrbio, que era desconhecido até ao século XVIII, recebeu esse nome em homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossoma X, ocorre mais frequentemente entre os homens (no caso das mulheres, será necessário que os dois cromossomas X contenham o gene anômalo).
Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro. Esta perturbação é causada por ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda de função parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de pigmento nos fotoreceptores que deixam de ser capazes de processar diferencialmente a informação luminosa de cor.
Miopia é o nome dado ao erro de refração da luz no olho, o que acarreta uma focalização da imagem antes de chegar à retina. Uma pessoa míope consegue ver objectos próximos com nitidez, mas os objectos distantes são visualizados como se estivessem embaçados (desfocados).
Para uma visão mais acurada, o ponto focal dos raios luminosos devem convergir para uma área próxima aos receptores de luminosidade (localizados na retina). No caso da miopia, o ponto focal é formado antes, o que pode acontecer por vários motivos:
Excesso de curvatura do cristalino;
Excesso de curvatura da córnea;
Combinação dos dois factores anteriores;
Excessivo alongamento do globo ocular.
[editar] Correção visual
A correção da miopia poderá ser efetuada através de lentes divergentes, que deslocam o ponto focal para uma posição ligeiramente mais atrás, através de lentes de contatos ou de uma cirurgia. É sempre importante lembrar que a correção cirúrgica está sujeito a complicações, muitas vezes irreversíveis e, portanto, não se pode considerar a cirurgia como banal. A correção cirúrgica é realizada através de diferentes técnicas aplicadas conforme o diagnóstico:
Lasik
PRK
Implantes de Lentes Fácicas
Implantes de Lentes Intraoculares Multifocais
Lasek
Artisan
CK
[editar] Sintomas da miopia
Um dos sintomas que podemos considerar como um dos primeiros sintomas de um olho míope é a má visão ao longe, estando a visão ao perto salvaguardada.
No entanto, é evidente que se um indivíduo é míope de muitas dioptrias, para ver bem de perto teria que aproximar-se muito, o que é um factor muito cansativo e incómodo.
O sintoma que mais é relatado e que com frequência anuncia o aparecimento de miopia é a visão turva dos objectos distantes.
É frequente que nos primeiros estádios do problema, o indivíduo não se dê conta da perda de visão. Por este motivo, há que comprovar-se, junto da visão turva, existe o pestanejar constante, dores de cabeça ou tensão ocular
Hipermetropia é o nome dado ao erro de focalização da imagem no olho, fazendo com que a imagem seja formada após a retina. Isso acontece principalmente porque o olho do hipermétrope é um pouco menor do que o normal. Outras causas incluem situações onde a córnea ou o cristalino apresentam alterações no seu formato que diminuem o seu poder refrativo, como a megalocórnea, onde a córnea é mais plana do que deveria ser.
O Hipermétrope geralmente tem boa visão ao longe, pois o seu grau, se não for muito elevado, é corrigido pelo aumento do poder dióptrico do cristalino, processo designado de acomodação. No entanto, na tentativa de focalizar a imagem para perto, o cristalino além de corrigir o grau de longe, ainda tem que aumentar mais 3 graus, para focalizar a imagem a 33 centímetros dos olhos, o que faz com que o mesmo ou não consiga focalizar a imagem ou sinta desconforto visual, geralmente referido como cansaço, ou dor de cabeça.
A maioria das crianças apresenta hipermetropia, uma vez que os seus olhos normalmente são menores do que o que deveriam ser, contudo, têm um maior poder de acomodação do que os adultos, e suportam graus muito mais elevados de hipermetropia.
O grau do hipermétrope, geralmente diminui com o crescimento do olho, e é comum assistir a pessoas que necessitavam de óculos durante a infância, mas que deixaram de os usar na idade adulta. A Hipermetropia pode também estar associada ao aparecimento de estrabismo acomodativo na infância, com aparecimento de sintomas, geralmente, ao redor dos 2 anos de idade, onde deverá ser efectuada uma correcção total com lentes de óculos adequadas.
Uma alternativa de correcção do problema, restrita, geralmente, a maiores de 21 anos, é a cirurgia refrativa realizada com Excimer Laser ou Lasik.
O estrabismo corresponde à perda do paralelismo entre os olhos. Pessoas com estrabismo são chamadas populamente de "vesgas". Existem três formas de estrabismo, o mais comum é o convergente (desvio de um dos olhos para dentro), mas podem ser tambem divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).
[editar] Como se apresenta?
Podem-se apresentar de três maneiras:
constantes: O desvio de um dos olhos é permanentemente observado, Podem ser monoculares quando apenas um se desvia e alternados quando ora é um olho ora é outro.
intermitentes: ora os olhos estão alinhados e ora há desvio.
mais frequente nos divergentes
latentes: só é possível verificar com testes oculares.
[editar] Como se desenvolve?
Os sintomas e as conseqüências dos estrabismos são diferentes conforme a idade que aparecem e a maneira como se manifestam. A visão se desenvolve fundamentalmente nos seis primeiros anos de vida, sendo os dois primeiros os de maior plasticidade sensorial. Os estrabismos que aparecem antes dos seis anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviado e então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla. Nestes casos, se o desvio aparece sempre no mesmo olho (estrabismos monoculares), teremos diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado. Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes (forias) terão queixas de cefaleia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla. Outra conseqüência importante do estrabismo é o torcicolo (chamamos de torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a criança gira ou inclina a cabeça para uma dada posição. Os estrabismos apresentam um caráter hereditário irregular, isto é, podem pular algumas gerações. Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como: diabetes, hipertireoidismo, afecções neurológicas.
[editar] Como se trata?
Os estrabismos são corrigidos com óculos ou cirurgia. Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir. Os estrabismos que corrigem com óculos são chamados de acomodativos e estão relacionados em geral a necessidade de correção do grau de hipermetropia. Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados por exercícios chamados ortópticos. Pelas implicações de perda de visão, bem como pela possibilidade de ser manifestação de outras doenças, os pacientes com estrabismo devem ser examinados pelo especialista tão logo haja suspeita de desvio ocular.
Lentes oftálmicas são lentes destinadas a compensar alguns problemas de visão denominados erros de refração (ou vícios de refração - miopia, hipermetropia, presbiopia ou astigmatismo). Elas diferem das lentes utilizadas em instrumentos ópticos porque são lentes projetadas para produzir uma interação com o olho humano, corrigindo assim o problema de visão. As lentes positivas são indicadas para hipermetropia e presbiopia, as lentes negativas para miopia e as lentes cilíndricas para astigmatismo.
Sua geometria é característica porque são usualmente compostas de uma superfície convexa e outra concava para se adaptar melhor a anatomia ocular.
Existem duas classes de lentes oftálmicas: as lentes para óculos, chamadas simplesmente de lentes oftálmicas e as lentes de contato que são aplicadas diretamente sobre a córnea do paciente para corrigir sua visão.
2006-11-28 08:55:01
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answer #3
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answered by Mel 4
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