O Dia de Ação de Graças (em inglês: Thanksgiving) é um feriado celebrado nos Estados Unidos e no Canadá, observado como um dia de gratitude, geralmente a Deus, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Neste dia, pessoas dão as graças com festas e rezas.
História
Estados Unidos da América
Os primeiros Dias de Ações de Graças na Nova Inglaterra eram festivais de gratitude a Deus, em agradecimento às boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graças é festejado no outono, após a colheita ter sido recolhida.
O primeiro deles foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1619. Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio eram peixes e milho. Cerca de 90 índios também atenderam a festividade. Todos comiam ao ar livre, em grandes mesas.
Nos próximos anos, festividades similares foram realizadas em Plymouth, mas nenhuma data tradicional havia sido implementada. Tais festividades se espalharam da vila para outras vilas e cidades da Nova Inglaterra. Na Revolução Americana de 1776, oito dias de gratitude foram implemetadas em homenagem a vitórias das Treze Colônias sobre as tropas britânicas. Em 1789, o presidente americano George Washington implementou 26 de novembro como o dia nacional de Ação de Graças.
Porém, por muitos anos, o Dia de Ação de Graças não foi instituída como feriado nacional, sendo observada como tal em apenas certos Estados americanos como Nova Iorque, Massachusetts e Virgínia. Em 1863, o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, declarou que a última quinta-feira do mês de novembro seria o dia nacional de Ação de Graças.
Mas em 1939, o presidente Franklin Delano Roosevelt instituiu que esse dia seria celebrada na terceira semana de novembro, com o intuito de ajudar o comércio, aumentando o tempo disponível para propagandas e compras antes do Natal (À época, era considerado inapropriado fazer propagandas de produtos à venda antes do Dia de Ação de Graças). Como a declaração de Roosevelt não era mandatória, 23 Estados adotaram a medida instituída por Roosevelt, e 22 não o fizeram, com o restante tomando ambas a quinta-feira da terceira e da quarta semana de novembro como Dia de Ação de Graças. O Congresso americano, para resolver este impasse, então instituiu que o Dia de Ação de Graças seria comemorado definitivamente na quinta-feira da quarta semana de novembro, e que seria um feriado nacional.
Canadá
O primeiro dia oficial de Ação de Graças realizado no Canadá foi festejado em 5 de abril de 1872, tendo sido reconhecido como feriado nacional pelo Parlamento canadense em 1879. Em 1957, o governo canadense instituiu a segunda-feira da segunda semana de outubro como o Dia de Ação de Graças.
O Dia de Ação de Graças
Tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, o Dia de Ação de Graças é geralmente um dia quando as pessoas utilizam o tempo livre para ficar com a família, fazendo grandes reuniões e jantares familiares. É também um dia em que muitas pessoas dedicam seu tempo para pensamentos religiosos, serviços na igreja e orações.
O Dia de Ação de Graças é celebrado também com grandes desfiles e, nos Estados Unidos, com a realização de jogos de futebol americano. O principal prato típico do Dia de Ação de Graças geralmente é peru, o que dá ao Dia de Ação de Graça o nome de "Dia do Peru" (Turkey Day).
Outros países
No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças na quarta quinta-feira de novembro, em 1949 por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco. Esta data é comemorada por muitas famílias de origem americana, igrejas evangélicas, universidades confessionais metodistas e cursos de inglês.
2006-11-27 12:19:54
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answer #5
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answered by Anonymous
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*** g77 22/5 pp. 9-13 Um "Dia Nacional de Ação de Graças" - o sonho e a realidade ***
Um "Dia Nacional de Ação de Graças" - o sonho e a realidade
SARAH J. HALE teve um sonho. Este a lançou numa "cruzada" de trinta e seis anos, até que obteve a vitória. Qual foi o sonho? Conforme ela escreveu, em setembro de 1863 - o de ver estabelecido um "Dia de Ação de Graças, anual, como Festa Nacional Estadunidense permanente, a ser celebrado na última quinta-feira de novembro, em cada Estado da União".
Sendo editora do Godey's Lady's Book, "seus editoriais alcançavam o maior número de pessoas que qualquer periódico nos [Estados Unidos]". A campanha de Sarah foi vigorosa. Ela escreveu centenas de cartas a autoridades governamentais e a cidadãos de destaque.
Usualmente, a Sra. Hale detém o crédito de ter influenciado o Presidente Abraham Lincoln a que fizesse sua Proclamação do Dia de Ação de Graças em 3 de outubro de 1863. Embora reconhecendo a guerra civil, que grassava, Lincoln falou da "bênção dos campos frutíferos e dos céus saudáveis". Comentou "os exércitos e marinhas da União, que avançavam", o crescimento industrial e populacional, e concluiu que estas "grandes coisas . . . são graciosas dádivas do Deus altíssimo". Lincoln, portanto, declarou um "dia de ação de graças" em toda a nação.
Mas, que tipo de festividade nacionalizara o presidente? Por que alguns resistiram à idéia? E o que se tornou a realidade deste sonho? As respostas a tais perguntas constituem reveladora história.
Como Começou?
Pergunte a qualquer jovem estudante norte-americano de onde provém o Dia de Ação de Graças e é provável que ouça uma história sobre os peregrinos, os índios, e o jantar de peru que partilharam. Ao passo que se trata basicamente duma lenda, há elementos da lenda que parecem históricos.
No ano 1620, uma pequena colônia inglesa foi estabelecida na beira de ampla e hostil região inculta. No primeiro inverno, perderam quase que a metade de seu pessoal, devido a doenças e ao mau tempo. O outono setentrional de 1621, porém, presenciou boa safra de milho. Assim, declarou-se um feriado - uma festa de três dias.
A colônia era constituída de um grupo religioso conhecido como os Santos, e de outros residentes a quem os Santos chamavam de Estranhos. Estes constituíam a maioria e, na maior parte, eram pessoas que procuravam oportunidades econômicas na América. Dificilmente se poderia encontrar um conglomerado mais improvável de estabelecer uma festa religiosa. Por quê? Porque, diferente dos Estranhos, os Santos eram basicamente contrários às celebrações! Um pouco de fundo histórico nos ajudará a entender isso.
Os Santos, historicamente chamados de Peregrinos ('viajantes devotos'), tinham surgido, doutrinalmente, dos Puritanos. Os Puritanos eram protestantes que desejavam "purificar" a Igreja Anglicana do que consideravam ser 'tapeçarias papais'. Alguns desistiram e se tornaram os Separatistas. Muitos Separatistas, inclusive os Santos, fugiram da Inglaterra em busca de liberdade religiosa.
Assim, os Santos eram Puritanos de coração. E os ensinos puritanos opunham-se fortemente ao que eram consideradas tradições pagãs que "penetraram" no catolicismo e na Igreja Anglicana. Eles condenavam a maioria das celebrações então populares na Europa. Com efeito, um historiador que escreveu a respeito do feriado inicial de Ação de Graças afirma: "Uma das poderosas influências que colaborou para sua aceitação geral nestas colônias foi o ódio puritano pelo Natal como sendo uma relíquia da 'palhaçada papal'."
Assim, que tipo de festividade de três dias permitiram os Peregrinos? Ao passo que abundam os mitos, poucos fatos disponíveis dos registros primitivos indicam que, além duma marcha formal, os colonizadores "exercitaram" ou demonstraram sua habilidade com armas de fogo. Daí, os noventa, mais ou menos, "convidados" indígenas (possivelmente não convidados) pelo que parece exibiram sua destreza com o arco e a flecha. Houve, naturalmente, muita celebração.
Debate-se qual o cardápio da ocasião. Concorda-se em geral que os índios trouxeram cinco cervos, adicionando a carne de veado ao passadio. Entretanto, a presença do celebrado prato do moderno Dia de Ação de Graças - o peru - não se acha claramente estabelecida. Será que as breves referências à "ave" incluem, não só patos e gansos, mas também o peru selvagem? A lenda diz que sim.
É interessante notar que, no ano seguinte, não se celebrou tal feriado. Sendo ruins as safras, e muitos os problemas, os Peregrinos acharam que havia muito pouco a celebrar. Na realidade, duvida-se de que os Peregrinos tenham instituído uma celebração anual, visto crerem num modo mais espontâneo de dar graças, motivado por sinais imediatos de bem-estar.
Uma Origem Anterior?
Foi este o real começo dum feriado agora comemorado por milhões? Muitos acham que sim, mas outros favorecem outro conceito. Como assim?
Ao passo que admitem que a atual celebração tenha alguma relação com os Peregrinos, onde foi que estes obtiveram a idéia de uma festa de ação de graças? Os historiadores observam que as 'festas da colheita' se acham entre os mais antigos feriados conhecidos. E havia várias celebrações diferentes da colheita no tempo dos Peregrinos.
De especial interesse é que os Peregrinos não fugiram diretamente da Inglaterra para a América do Norte. Fugiram primeiro para a Holanda. Embora gozassem ali de liberdade religiosa, ficaram desapontados com o modo industrial de vida, a "nova" linguagem e suas circunstâncias econômicas. Assim, velejaram da Holanda em The Mayflower até o "Novo Mundo". Mas, argumentam alguns, o tempo que passaram na Holanda os colocou em contato com as festas européias da colheita.
Sabemos, deveras, que celebrações especiais de boas colheitas já ocorriam em várias das primitivas colônias americanas. Por isso, a celebração de 1621 não era sem precedentes.
Com o tempo, este feriado foi comemorado a cada ano na área da Nova Inglaterra. No entanto, não foi senão em 1789 que o primeiro Dia Nacional de Ação de Graças foi proclamado por George Washington. E, mesmo depois desse precedente, tal prática não foi continuada por presidentes sucessivos. Afirma-se que Thomas Jefferson a condenou durante seus dois períodos. Por fim, como já observamos, em 1863, Abraham Lincoln estabeleceu uma festa anual, nacional, que os presidentes posteriores têm honrado.
Oposição e Mudança
Por que alguns se opuseram à idéia? Por um lado, muitos governadores achavam que se tratava dum exemplo de interferência estatal na religião. Em realidade, com o tempo, a própria celebração se tornou mais política.
Exemplificando: A Sra. Hale e seus apoiadores tencionavam que fosse tanto um dia patriótico como religioso. Escreveu em um artigo: "Daí, em cada quadrante do globo, nossa nacionalidade seria reconhecida . . . todo norte-americano . . . deixaria emocionada sua alma com os mais puros sentimentos de patriotismo e as mais profundas emoções de gratidão por seus deleites religiosos." Que outros também tinham essa idéia é comentado em The American Book of Days: "Tem havido freqüentemente o costume de os clérigos pregarem sermões políticos no Dia de Ação de Graças. Nos dias iniciais do século dezenove, seus sermões eram extremamente partidários."
Assim, o tempo e a lenda adicionaram muita coisa à celebração. Todavia, as mudanças mais drásticas talvez tenham sido as recentes.
A Realidade Atual
Hoje, ouve-se crescente clamor contra as práticas do Dia de Ação de Graças. Muitos acham que as atuais atitudes e costumes fazem com que seja zombaria chamá-lo de "Dia de Ação de Graças". Por quê?
Em grande parte dos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças é o início da época do Natal - um 'período de feriados' que vai até o Dia de Ano Novo, 1.° de janeiro. Assim, o Dia de Ação de Graças (agora a quarta quinta-feira de novembro) torna-se o sinal para que o mundo comercial comece a pressionar a favor do que é chamado de 'festival de compras'.
Ademais, para muitos, o dia é apropriado para 'saturar' o público com eventos esportivos. The National Observer mencionou um senhor que insistiu que sua esposa servisse a comida durante o intervalo de "meio tempo" duma partida de futebol americano. "Assim, depois da pobre senhora ter trabalhado por muitas horas, preparando o peru e os acompanhamentos, o marido deu graças, comeu o jantar, e voltou a ficar em frente do televisor - tudo em nove minutos."
Ao passo que se trata dum caso extremo, a ênfase crescente aos esportes e aos desfiles mercantilistas distancia cada vez mais pessoas de uma atitude de agradecimento. Mas, como se deu a "secularização" desse dia, como isso é delicadamente chamado?
Tem que ver com o inteiro 'quadro religioso' da América do Norte. O conceito do público quanto à maioria das igrejas e seus clérigos com freqüência é de apatia e desdém. Assim como certo editorial bradou contra "o vazio que as igrejas cristãs falharam em preencher", também atacou os líderes religiosos que "pareciam preferir encher suas ovelhas famintas da sorte mais conveniente de papinha política instantânea".
Junto com a desilusão com a maioria das igrejas norte-americanas, tem-se a realidade de uma população que não é mais agrícola. Menos de 6 por cento da população está agora envolvida na lavoura. Visto que os alimentos, como é óbvio, não crescem nos supermercados e nem simplesmente saltam de recipientes de plástico, os norte-americanos em números cada vez maiores acham que existem poucos motivos para contemplar uma festa da colheita.
Naturalmente, para muitos, o feriado ainda é uma ocasião de reunir a família. E ainda há os que sinceramente consideram esse dia como de ação de graças a Deus. Mas, com a crescente maré esportiva, a freqüente glutonaria e bebedice, a tendência definitivamente caminha em outra direção. Para crescente maioria, saborear uma refeição especial é o que significa "celebrar" o Dia de Ação de Graças.
Em vista de suas ligações passadas e da presente realidade, os que buscam a aprovação de Deus, obviamente, têm muito em que pensar quando este feriado se aproxima. A posição da Bíblia no que tange à bebedice e à glutonaria é bem conhecida. (1 Ped. 4:3; Pro. 23:20, 21) Mas, qual é o conceito bíblico quanto a esse dia nacional de ação de graças?
Feriado Bíblico?
Sarah Hale, ao fazer a campanha a favor duma festividade nacional, escreveu: "Não podemos então, seguindo a designação feita por Jeová da 'Festividade das Semanas', ou Festa da Colheita, estabelecer nosso Dia Anual de Ação de Graças?" Ao que se referia ela? A crença, que muitos ainda têm, de que observar um 'dia de ação de graças' é uma ordem bíblica, visto que Jeová Deus instituiu uma festa da colheita na lei mosaica fornecida aos judeus. (Lev. 23:15-17) Na realidade, todas as três festividades básicas de Israel estavam diretamente ligadas às colheitas. - Êxo. 23:14-17.
No entanto, junto com os ensinos de Jesus Cristo surgiu novo conceito sobre as prescritas celebrações judaicas. Pouco antes de sua morte, Jesus só ordenou uma única celebração. Exigiu que seus seguidores comemorassem sua morte. Esta celebração se tornou ainda mais destacada por ser a única. - Luc. 22:19, 20.
O apóstolo Paulo, com efeito, ficou preocupado com os cristãos judeus que ainda 'observavam escrupulosamente dias, e meses, e épocas, e anos'. Comentou ele: "Temo por vós, que de algum modo eu tenha labutado em vão com respeito a vós." (Gál. 4:10, 11) Por que Paulo estava tão preocupado? Porque, apesar de sua labuta árdua, estes antigos judeus se apegavam às celebrações religiosas que Deus não mais desejava. Fugia-lhes o "espírito" do cristianismo.
Admoestou-se aos cristãos primitivos que aplicassem o princípio encontrado em Efésios 5:20. Em nome de Jesus Cristo, deviam 'dar sempre graças por todas as coisas a nosso Deus e Pai'. Sim, repetidas vezes se sublinhou a atitude de constante apreço da provisão e proteção de Deus. As palavras "graças" e "agradecimento" são usadas mais de quarenta vezes nas Escrituras Gregas Cristãs.
Inversamente, a idéia de um único dia de graças sem dúvida faria os cristãos primitivos lembrar-se dos romanos pagãos, que realizavam uma celebração anual de agradecimentos em dezembro. Um escritor do segundo século comentou: "Nós [cristãos] somos acusados dum sacrilégio menor, porque não celebramos, junto com vocês, os feriados dos Césares, dum modo proibido tanto pela modéstia e decência como pela pureza."
O que, então, é provável que o cristão moderno conclua, ao encarar este feriado nacional? Examinando muitas das atuais práticas, poderá lembrar-se de Segunda Coríntios 6:14, onde lemos: "Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei?"
Naturalmente, muitos cristãos dedicados não estarão trabalhando no serviço secular naquele dia. Alguns talvez resolvam aproveitar esta oportunidade para associar-se com a família e amigos. Todavia, que "espírito" manifestará o cristão? É verdade que Deus criou os perus e outros alimentos, de modo que estes, em si, não são objetáveis. Mas, sem dúvida, quem for verdadeiro cristão desejará ter cuidado de não fazer outros tropeçarem.
Considere o que diz o apóstolo Paulo, conforme registrado em Primeira Coríntios, capítulo dez. Ele arrazoa que os cristãos deviam, sabiamente, evitar comer diante de outros um alimento perfeitamente aceitável se isso os fizesse tropeçar. 'Respeite a condolência de seu irmão', é a mensagem.
Assim, em 24 de novembro, o declarado "dia de ação de graças" em 1977, nos EUA, as pessoas ali terão de fazer decisões pessoais. Os cristãos dedicados por certo não desejarão transmitir a outros a idéia de que crêem na gratidão de um só dia por ano. Realmente, não deviam todos que professam o cristianismo incentivar o espírito espontâneo de agradecimento - provindo do coração - o ano inteiro?
2006-11-29 21:46:29
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answer #7
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answered by Marcelo Pinto 4
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