Introdução
O Conflito Israelo-libanês de 2006 ou em Israel chamada a segunda guerra do LÃbano, iniciou-se no dia 12 de julho e foi travado entre forças israelenses e a milÃcia xiita Hezbollah.
O estopim da guerra foi a "Operação Promessa Leal", durante a qual milicianos do Hezbollah dispararam foguetes katyusha sobre localidades e posições militares israelenses próximas ao território libanês. Simultaneamente houve uma incursão por parte dos militantes xiitas ao território de Israel que culminaram com o sequestro de dois soldados israelenses. Ao fim deste dia haviam 8 soldados israelenses mortos e dois capturados pela guerrilha islamica. Israel respondeu com a maior ação militar no LÃbano desde a invasão de 1982, num conflito que deixou aproximadamente 1.500 mortos e destruiu parte importante da infraestrutura libanesa, além de deixar desabrigados perto de 900.000 libaneses (dos quais cerca de 250.000 não haviam retornado após quase um mês de terminado o conflito) e 500.000 israelenses.
O cessar-fogo foi declarado no dia 11 de agosto do mesmo ano, após intensas negociações. A resolução 1701 foi aceita por ambas as partes e determinava, entre outros pontos, a cessação das hostilidades, a retirada das tropas israelenses do território libanês, o desarmamento do Hezbollah, e a atuação de forças armadas libanesas e de uma força armada internacional (UNIFIL) no sul do LÃbano. A movimentação de tropas libanesas começou no dia 17 de agosto, e o bloqueio marÃtimo que Israel impôs foi levantado no dia 8 de setembro.
[editar] O conflito
O conflito israelo-libanês de 2006 é um confronto, em curso, no norte de Israel e sul do LÃbano envolvendo o braço armado do Hizbollah e as Forças de Defesa de Israel (FDI). Entre civis, militares oficiais e guerrilheiros, foram confirmadas mais de mil mortes[1]. Os envolvidos aprovaram resolução com vistas a terminar o conflito até 14 de agosto.
O conflito teve inÃcio no dia 12 de julho de 2006, à s 9:05 (hora local), com lançamentos de foguetes Katyusha pelo Hezbollah sobre posições militares e vilas israelenses. Os foguetes acertaram as cidades de Shlomi e entrepostos na região das Fazendas de Sheeba, nas Colinas de Golã. Neste mesmo dia, o braço militar do Hizbollah atacou dois HMMWV israelenses. Três soldados israelenses foram mortos e dois capturados com diversos civis feridos. Quatro soldados israelenses, que tentaram recuperar os dois soldados seqüestrados, foram mortos dentro de um tanque. Um outro soldado foi assassinado ao se aproximar do tanque para retirar os corpos para o enterro, como é comum no exército israelense[2].
O secretário geral do Hizbollah, Hassan Nasrallah, denominou sua ação como Operação Promessa Leal [3].
A resposta defensiva israelense veio no dia seguinte com vistas a desabastecer o grupo terrorista. O principal aeroporto, uma base aérea, um pequeno aeroporto militar e uma estação de força do LÃbano foram bombardeados. A razão dos bombardeios, segundo Israel, foi impedir a chegada de arsenal bélico da SÃria e do Irã, apontados como principais fomentadores do Hizbollah. Em resposta, a milÃcia islâmica lançou mÃsseis contra Nahariya e Safed, causando a morte de três civis.
No dia 14 foram anunciados indÃcios da participação passiva do Irã no conflito: dois mÃsseis C-802 iranianos foram atirados pelo Hizbollah, atingindo uma embarcação israelense e matando quatro oficiais. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou Israel, caso este atacasse a SÃria.
A operação israelense foi nomeada de Operação Recompensa Justa, renomeada depois para Operação Mudança de Direção (hebraico שִ×× Ö¼×Ö¼× ×Ö´Ö¼××Ö¼×, Shinui kivún). Até o momento calcula-se a morte de mais de 600 [4] libaneses, na sua grande maioria civis, e está sendo criticada por vários paÃses. Os mÃsseis do Hizbollah mataram 41 civis e 84 soldados israelenses[5].
Os ataques têm sido perpetrados contra os redutos das milÃcias do Hizbollah instaladas em zonas predominantemente povoadas por civis (maioria xiita) no sul do LÃbano. Este é um motivo pelo qual civis são atingidos, embora Israel comunique por meio de panfletos os locais e a hora dos ataques.
O panfleto lançado sobre o LÃbano em 25 de julho tinha o seguinte texto:
"A todos os cidadãos ao sul do Rio Litani: Devido às atividades executadas contra o Estado de Israel de dentro das suas vilas e casas, as Forças de Defesa de Israel são forçadas a responder imediatamente contra tais atividades, mesmo que dentro das suas vilas. Para as suas seguranças! Nós solicitamos que vocês evacuem suas vilas e rumem ao norte do Rio Litani".[6]
O bombardeio foi executado em sincronia por baterias terrestres e navais. Segundo o exército israelense, o ataque visa o desmantelamento da ala armada do Hizbollah, que controla o sul do LÃbano - à revelia do direito internacional e do próprio estado Libanês — constituindo assim uma forte ameaça à segurança ao norte de Israel e figurando como um Estado dentro do Estado libanês.
Tzipora Rimon, embaixadora de Israel no Brasil, alerta que "o Hizbollah tem milhares de mÃsseis dotados de extrema potência e alcance com capacidade para atingir Tel-Aviv. Assim, a intensidade da reação de Israel é paralela ao nÃvel da ameaça".
No dia 11 de Agosto, após 30 dias de conflitos entre as partes o Conselho de Segurança da ONU oficializa -após alguns dias de discussão- a resolução que visa pôr um término no conflito. Os 15 membros do CS aprovaram por unanimidade o projeto de resolução apresentado. A resolução 1701 elaborado pelos EUA e pela França visa ao fim de todos os ataques do Hizbollah ,atribuindo igualmente indicações para que Israel retire os seus 10 mil soldados que estão em território libanês. Prevê igualmente o reforço - pela distribuição ao longo da fontreira do Sul do Libano - da missão da ONU ,a FINUL, auxiliada por tropas do exército reconhecido do LÃbano. Este reforço do contigente dos capacetes azuis,será efectuado com o envio de 15000 soldados para a zona de fronteira no sul no LÃbano. A resolução apela, igualmente, ao libertamento incondicional dos dois soldados israelitas raptados pelo Hezbollah apontado como o "casus beli" deste conflito.
[editar] Histórico entre os dois paÃses
A história do conflito entre Israel e LÃbano começou em 1947, quando o Primeiro Ministro libanês Riad as-Solh respondeu hesitante à decisão da Liga Ãrabe de entrar na Guerra Ãrabe-Israelense de 1948 e enviou seu exército para a Palestina. O exército foi derrotado e retornou ao LÃbano. Posteriormente os Paises assinaram um armistÃcio que durou até a guerra de 1967, a Guerra dos Seis Dias. Após a guerra, e do seguido Setembro Negro na Jordânia, mais de cento e dez mil refugiados palestinos migraram para o LÃbano, contabilizando mais de quatrocentos mil refugiados hoje em dia. Em 1975, eles eram mais de trezentos mil, criando um estado informal dentro do estado no sul do LÃbano. A OLP tornou-se poderosa força e figurou importante na guerra civil libanesa. Em resposta aos numerosos ataques lançados do sul do LÃbano, Israel invadiu o LÃbano em 1978, com vistas a combater os ataques palestinos. Como um resultado, as Nações Unidas passaram as resoluções 425 e 426, que pediram uma retirada imediata das forças israelenses e o fim das atividades militares no sul do LÃbano. Ao final da operação, as forças israelenses retiraram-se do LÃbano, deixando a UNIFIL. Quatro anos mais tarde, Israel novamente invadiu o LÃbano (1982), expulsando as forças da OLP para fora do LÃbano (a maioria para a TunÃsia), e Israel ocupou a porção sul do paÃs. Um tratado de paz intermediado pelos Estados Unidos foi ratificado pelo parlamento libanês em 1979, mas o presidente Amine Gemayel opôs-se a sua assinatura em 1984. Em 1985, Israel retirou suas forças de partes do LÃbano e permaneceu em uma área de 4–6 quilômetros (2,5–3,75 mi) no sul do LÃbano, chamada de Zona de Segurança por Israel como medida de de proteção aos foguetes Katyusha lançados à s suas cidades. Em 24 de maio de 2000, o exército israelense desocupou a porção sul do LÃbano, finalmente respeitando as resoluções 425 e 426 das Nações Unidas (1978), que estabeleciam a retirada imediata das forças estrangeiras e o fim das ações militares na região.
[editar] Cronologia do Conflito israelo-libanês de 2006
âºVer artigo principal: Cronologia do Conflito israelo-libanês de 2006.
Julho
12 de Julho - o Hizbollah seqüestra dois militares israelenses para serem trocados por prisioneiros, em uma ação que matou oitos soldados israelenses e dois membros da milÃcia islâmica.
13 de Julho - Israel promove cerca de quarenta ataques aéreos contra o LÃbano, atingindo, entre alvos, o aeroporto internacional de Beirute e 21 posições do Hizbollah e do exército libanês, causando 46 mortes. O Hizbollah dispara vários mÃsseis contra Israel e mata 3 civis.
14 de Julho - ataques aéreos israelenses atingem o subúrbio sul de Beirute. O Hizbollah dispara mais de 100 foguetes Katyusha contra Israel, que matam 2 civis. O Hizbollah atinge com um mÃssel uma fragata israelense na costa do LÃbano, em que quatro marinheiros israelenses morrem. O premiê israelense Ehud Olmert impõe como condições para um cessar-fogo a libertação dos soldados, o fim dos disparos de foguetes e a aplicação da resolução 1559/2004 da ONU, que prevê o desarmamento da milÃcia e a restauração da soberania do governo libanês. O lÃder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, declara guerra a Israel.
29 de Julho - ataques aéreos israelenses atingem o subúrbio sul de Beirute, ceifando a vida de 33 crianças e 4 adultos Libaneses, a Comunidade Internacional condenou prevemente o ataque Israelita, que informou desconhecer quem esteve na origem destas ordens e iria ser alvo de um inquérito interno.
[editar] Evacuação de estrangeiros
Apesar da história de conflitos no LÃbano, o acontecimento foi inesperado para muitos governos. A estratégia de bloqueio dos israeleses, incluindo portos marÃtimos, o aeroporto de Beirute e as principais estradas e pontes, fazem com que as rotas de escape fiquem praticamente indisponÃveis. O LÃbano tem apenas fronteiras territoriais com a SÃria e Israel. Os governos da Alemanha, Armênia, Austrália, Brasil, Canada, Eslováquia, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, PaÃses Baixos, Irlanda, Itália, México, Noruega, República Tcheca, Reino Unido, Romênia, Suécia, Venezuela e Portugal esforçam-se para evacuar seus cidadãos de barco para Chipre e de ônibus para a SÃria.
Povoamentos atingidos
Em Israel
Porção norte de Israel.Haifa, Nazaré, TiberÃades, Afula, Qiriat-Chemoná, Maalot, Nahariya, Safed, Hatzor na Galiléia, Rosh Pina, e Carmiel, algumas vilas de agricultores (kibutzim e moshavim) e vilas drusas e árabes foram atingidas pelos Katyushas libaneses[7].
[editar] No LÃbano
Os bombardeios em Beirute, a batalha de Bint Jbeil e os ataques a Qana figuram entre os mais relevantes no conflito
2006-11-28 11:16:08
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answer #3
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answered by neto 7
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