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O sistema complemento é composto por proteí-nas plasmáticas que apresentam atuação impor-tante na resposta imune do organismo. As princi-pais funções do sistema complemento são: ativa-ção e lise celular, eliminação do complexo imu-nológico, controle da reação inflamatória e parti-cipação nas reações de auto-imunidade e hiper-sensibilidade12,13.
Os componentes do sistema complemento são produzidos em sua maior parte no fígado e são ativados nos processos inflamatórios ou em caso de dano tecidual
A ativação do sistema complemento é ampla e potente, caracterizada pelo envolvimento multi-enzimático e pelo efeito em cascata. As vias clás-sica e alternativa são ativadas de formas distintas e interagem ao nível de C3, a fim de formar uma via única que resulta em lise celular. A terceira via de ativação do complemento é denomi-nada de via das lectinas, onde a proteína ligadora de manose (MBL) pode iniciar o processo de ati-vação, independentemente da presença de anti-corpos ou C1q

2006-11-26 18:50:31 · 4 respostas · perguntado por ? 2 em Educação e Referência Ajuda para Lição de Casa

Interação do complemento e o HIV

O soro humano é capaz de inativar e destruir os retrovírus animais - de aves, felinos e murinos – pela via clássica do sistema complemento, inde-pendente de anticorpo17. Com o surgimento do HIV, no final da década de 70, os estudos mos-traram que o vírus ativa o sistema complemento humano, porém, esta ativação não é eficaz na neutralização e na lise do HIV17,18. O questiona-mento sobre a ausência de atividade lítica do complemento humano e sobre os possíveis meca-nismos de escape do vírus frente ao sistema com-plemento mostraram a necessidade de compreen-der melhor a interação entre o HIV e o sistema complemento.Foi relatado que o sistema complemento é ati-vado pela presença de partículas do HIV, pelas vias clássica e alternativa.A ativação direta do sistema complemento pela via clássica inicia-se pela ligação do C1q com as glicoproteínas presentes na superfície do vírus. O local exato da interação entre os componentes do complemento e as partícula

2006-11-26 18:53:01 · update #1

do HIV onde todos os componentes de C1 foram utilizados e somente o C1q apresentava interação com o vírus20. A seqüência de aminoácidos 591-620 da gp-41 é o principal segmento responsável por esta ligação e a expressão deste epítopo é melhor ob-servada após a ligação entre a gp-120 e a molé**-la de CD4. Portanto, mudança de configuração do complexo CD4-gp-120-gp-41 favorece a intera-ção entre gp-41 e C1q20. autores indicam o sub-componente da gp-41 (seqüência de aminoácidos 601-620) como o sítio de ligação entre C1q e gp-41, e o considera como principal domínio na etapa inicial da ativação do sistema complemento na infecção pelo HIV21. A ligação do fragmento de complemento com partículas do HIV aumenta a infecção das células susceptíveis (CD4 positivas) e favorece a infecção das células que não ex-pressam a molécula de CD4 na sua superfície. Os autores também sugerem que o grau de ex-pressão deste epítopo na superfície celular pode determinar a intensidade da ativação do sistema

2006-11-26 18:55:45 · update #2

complemento e portanto, possível participação na patogênese da infecção pelo HIV.
A ativação do complemento por partículas do HIV resulta em depósito de fragmentos de com-plemento (C1q, C4b, C3b) na superfície do vírus. A opsonização da partícula viral pelo C3 leva à interação desta com as células que expressam re-ceptor de complemento na superfície. A interação do complexo C3-HIV com o receptor de comple-mento nas células facilita a formação de sincícios e conseqüentemente, a maior transmissão interce-lular do HIV. Este é considerado um dos meca-nismos mais importantes na disseminação do HIV, pois os receptores de complemento estão amplamente presentes nas células do organismo, como os linfócitos T do sangue periférico (15% com CR tipo 1 e 40% com CR2), monócitos, ma-crófagos, células gliais (CR1 e CR3) e células dendríticas foliculares (CR1, CR2 e CR3). Devido à presença de vários tipos de receptores de complemento na superfície das células dendrí-ticas foliculares e portanto

2006-11-26 18:57:42 · update #3

grande número de vírus no local - , o centro germinativo do linfono-do é considerado um reservatório importante na infecção pelo HIV
Apesar da ativação da via clássica do comple-mento na infecção pelo HIV ocorrer sem a parti-cipação de anticorpos, ela é potencializada pela presença de anticorpos contra o vírus, principal-mente os anticorpos-gp-120 e preferencialmente anticorpos da região V322,24. A formação do com-plexo C1q-C3-gp-41 pode interferir na fixação do anticorpo neutralizante na molécula de gp-120 e gp-41, tornando a atividade neutralizante ineficiente A gp-120 do envelope viral é constituída por complexo de oligossacarídeos e portanto, os resí-duos de manose podem se ligar a esta glicoproteí-na. Desta ligação resulta a ativação de C1q e con-seqüente lise do vírus, ou ainda, pode promover a disseminação da infecção pela ligação das células que apresentam receptores de C3 na sua superfície In vitro, a proteína ligadora de manose pode inibir a ligação de gp-120 com a molécula

2006-11-26 18:59:28 · update #4

de CD4. O efeito neutralizante pode estar relacio-nado à ativação do complemento e portanto, à lise do vírus.
Durante o processo de amadurecimento, o HIV incorpora proteínas da membrana celular, incluin-do as moléculas reguladoras da membrana do sis-tema complemento como: DAF (CD55) e p18 (CD59). O efeito destes componentes celulares na virólise mediada por complemento foi de-monstrado no trabalho realizado por Saifuddin et al, onde a resistência do HIV à lise estava asso-ciada à alta expressão de proteínas CD59 e CD55 nas células. Desta forma, o vírus pode controlar a ativação do complemento e inibir a sua lise. Além da mudança na expressão da molécula re-guladora do complemento, a infecção pelo HIV também pode induzir menor expressão de fator de aceleração de queda (CD55) nos leucócitos e inibidor da citólise mediada pelo complemento (CD59) nos linfócitos T Apesar de inúmeros estudos in vitro mostrarem a ativação do sistema complemento na infecção pelo HIV, o estudo sistemático nos

2006-11-26 19:00:55 · update #5

pacientes é es-casso, com resultados controversos.
A investigação sobre a ativação do sistema complemento foi rea-lizada pela mensuração dos fragmentos da ativa-ção (C4d, Ba, C3d), componentes íntegros (C4, fator B, C3), além de contagem de linfócitos T CD4 positivos, beta2-microglobulina, neopterina e formação de complexo imune circulante. Os au-tores observaram aumento significante de C4d, Ba, C3d nos indivíduos com infecção pelo HIV em relação ao grupo controle (32 indivíduos sem infecção pelo HIV) e este aumento estava direta-mente relacionado ao avanço da doença. O au-mento de complexos imunes circulantes, beta 2-microglobulina e neopterina foi acompanhado de queda significante de contagem de linfócitos T CD4 positivos, assim como foi observado para C4d. Os componentes C4, fator B e C3 não apresentavam diferença significante entre os indi-víduos infectados e controles. Os autores con-cluem que a ativação do sistema complemento ocorre em qualquer estágio da infecção pelo HIV

2006-11-26 19:03:00 · update #6

porém existe uma correlação positiva entre a pro-porção da ativação da via clássica e a gravidade da infecção. Essa relação linear entre a conversão de C4, gravidade da doença e redução dos linfóci-tos T CD4 positivos sugerem que a ativação da via clássica faz parte intrínseca da patogênese na infecção pelo HIV.
A via clássica do sistema complemento é ativa-da por:

ligação entre C1 e gp41 do vírus HIV;
depósito de fragmentos de complemento na superfície do vírus (receptores do comple-mento)
ligação do complemento a anticorpos contra gp120 e gp41 do HIV.


Tanto a via alternativa como a via das lectinas parecem estar ativadas na maioria dos estudos clí-nicos.

A ativação do sistema complemento não se cor-relaciona com o estadio da doença.

2006-11-26 19:04:56 · update #7

4 respostas

Fixação do Complemento
A prova de fixação do complemento (FC) é um teste sorológico realizado para detectar anticorpos fixadores do complemento. Suas principais vantagens são as de não necessitar de inoculações em animais ou em cultivo celular. Por isso, permite a realização de um grande número de amostras simultaneamente, com obtenção dos resultados em 24 horas. No entanto, resultados imprecisos podem ocorrer e são ocasionados principalmente pela presença de componentes reativos como substâncias inibidoras não específicas ao vírus, alterações nas proteínas não virais, dentre outros. Para que isso não ocorra, esses fatores devem ser inativados previamente. A prova de FC já foi utilizada em virologia para a detecção de anticorpos contra vários vírus, incluindo o vírus da febre aftosa, raiva, herpesvírus eqüino, vírus do exantema vesicular dos suínos, estomatite vesicular. Além da identificação da presença de anticorpos, essa prova também serve para determinação quantitativa do antígeno e de anticorpos com o uso de diferente diluições. Nas ultimas décadas, a prova de FC vem perdendo espaço gradativamente e atualmente é muito pouco utilizada. Isso deve-se ao surgimento de novas técnicas mais práticas, sensíveis e automatizáveis de detecção de anticorpos. Além disso, a técnica de FC é muito trabalhosa e constitui-se de varias etapas, nas quais muitas variáveis estão envolvidas.
A prova fundamenta-se na capacidade de complexos antígeno-anticorpo de fixar e inativar moléculas de complemento presentes no soro. Assim, o soro suspeito é incubado com o antígeno para o qual está se pesquisando anticorpos. Se o soro contiver anticorpos específicos, esses irão ligar-se ao antígeno, formando complexos antígeno-anticorpo. A adição de complemento a essa mistura é seguida de fixação e inativacão do complemento pelos complexos antígeno-anticorpo. Se o soro não contiver anticorpos específicos para o antígeno em questão, não haverá a formação de complexos antígeno-anticorpos e conseqüentemente não haverá a inativação ou fixação do complemento. Então, após a etapa da incubação do soro-teste+antigeno+complemento, existem duas possibilidades: a) soro positivo para anticorpos inativa o complemento; b) soro negativo para anticorpos, o complemento permanece ativo. Após essa reação, coleta-se uma alíquota dessa mistura e adiciona-se a um outro tubo que contém o sistema indicador. Esse sistema indicador irá revelar se ainda existe complemento livre e ativo (o soro-teste não continha anticorpos) ou se o complemento foi inativado (o soro continha anticorpos). O sistema indicador é formado por eritrócitos de ovinos incubados com anticorpos anti-eritrócitos de ovinos. Na presença de complemento, a ligação desses anticorpos a membrana dos eritrócitos recruta moléculas do complemento que desencadeiam alterações na membrana, resultando em lise celular (hemólise). Na ausência de complemento ativo (ou livre), a ligação dos anticorpos na membrana dos eritrócitos não ocasiona qualquer alteração, pois as mesmas são dependentes do complemento.
Resultado positivo (soro-teste contem anticorpos): eritrócitos permanecem intactos.
Resultado negativo (soro-teste não contém anticorpos): hemólise.

2006-11-27 04:33:02 · answer #1 · answered by Marcos Avalos Berndt 3 · 2 0

Hã?

2006-11-26 20:18:07 · answer #2 · answered by Su 6 · 1 0

xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
Tua pergunta parece um discurso do Fidel Castro, ou um relatório do Banco Central, pior que testamento de rico

2006-11-26 23:14:48 · answer #3 · answered by Manuel Gomes Barbosa 7 · 0 0

Isso tudo somente fala que o sistema complemento é responsável pela defesa do corpo contra doenças.. Quando somos infectados pelo vírus da AIDS (HIV), ele ataca esse sistema, deixando nosso corpo vulnerável a qq doença.. Por isso, ninguém morre de AIDS, mas sim das doenças que nos atacam e se tornam mortais, pq nosso corpo não tem mais defesa e fica desprotegido..

2006-11-26 22:16:42 · answer #4 · answered by Vanyle 6 · 0 0

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