Fidelidade (
Assim esclarecido, nota-se, de imediato, que a idéia de fidelidade, conquanto tenha raízes históricas na sua conotação religiosa (atualmente ainda válida), não se lhe prende mais exclusivamente. Ganhou foros de autonomia, para aplicar-se quer a pessoas quer a outros entes, animados, inanimados, concretos, abstratos ou mesmo imaginários, desde que observado o seu núcleo de significação, o ser ou permanecer conforme as características originais. Nessa acepção, pode-se dizer que mostra similitude como a idéia de invariância, embora não sejam necessariamente o mesmo conceito. Conservar quer dizer manter, preservar, por seu turno, quer dizer prevenir para que não haja alteração.
Fidelidade também quer dizer, na era tecnológica e das comunicações eletrônicas, algo como pureza, mas fique bem claro não se tratar de pureza espiritual ou semelhante coisa. Assim é que se fala em aparelho de som de alta fidelidade (HiFi = High Fidelity) querendo significar aquele que produz ou reproduz um som puro, no sentido de tão igual ou semelhante ao original quanto possível. De modo semelhante, diz-se de imagem de alta fidelidade, bem como de alta definição, no domínio da vídeocomunicação. Já na seara da informática, fala-se ora em fidelidade, ora em integridade de dados/informações. Todas as idéias nesse contexto guardam íntima conexão de pureza no sentido de perfeição, ou, ainda, de conformidade com o original.
Como quer que seja, percebe-se que todas as acepções, todas as conotações ligam-se entre si por um vínculo comum, o da conformidade com um modelo ou uma situação original. Nesse sentido, "não há" conexão necessária entre o significado de fidelidade e a sua — sem dúvida legitima — conotação conjugal/convivencial/sexual, embora seja freqüente essa primeira inferência presumida ao se falar do assunto.
Sem dúvida, existe um equívoco generalizado no identificar fidelidade com sexualidade. Há pessoas, no domínio convivencial marital ou similar, que convivem e mantém certo tipo de acordo, no qual conveniências mútuas e mútuos interesses, até mesmo acomodação, comodismo ou medo de solidão, estão em jogo — sem que haja qualquer "contrato" de fidelidade, expresso ou tácito.
Mulheres há que nunca tiveram uma relação extraconjugal, mas não suportam o marido. Permanecem com eles só por dependência financeira, criticando-os e desvalorizando-os para as amigas. No entanto, são consideradas fiéis... Alguns não concordam com a idéia de posse, que é a tônica da maioria das relações estáveis. Para eles a fidelidade está no sentimento recíproco que nutrem e nas razões que sustentam a própria vida a dois. Mas isso não tem nada a ver com ter ou não relações sexuais com outra pessoa. O problema é que, quando duas pessoas iniciam um namoro ou se casam, defendem a idéia de que quem ama deve contar tudo para o outro.
Conquanto na tônica da hegemonia machista-patriarcal, relutem os homens a aceitá-lo, fato é que o mesmo fenômeno, de maneira semelhante, porém inversa, acomete-os, com as particularidades que lhes são próprias, naturalmente.
O que importa numa relação não é apenas a própria relação, senão os seus atores, protagonistas. Quando tudo é conhecido, nada existe no outro que não se saiba, não há surpresa, não há novidade, não há descoberta. Surge, como conseqüência natural dessa vida tão sem emoção, profundo desinteresse. É assim com a maioria dos casais. Optam pela monotonia, pelo tédio por não suportarem as surpresas duma vida sem garantias preestabelecidas. Isso é só uma ilusão. Afinal, desde quando existe qualquer garantia na existência humana?
De maneira geral, numa relação estável, cobranças de fidelidade são constantes e é natural sua aceitação. Severa vigilância é exercida sobre os parceiros. O medo de ficar sozinho é tanto que é difícil encontrar quem reivindique privacidade e tenha maturidade emocional para saber que, se tiver um episódio extraconjugal, isso não diz respeito ao outro. Não é verdade que a única coisa que importa numa relação é a própria relação. Entretanto, restrições impostas e aceitas irrefletidamente ameaçam muito mais a relação do que a infidelidade em si.
Reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. Quando a fidelidade se traduz por concessão que se faz ao outro, o preço se torna muito alto e pode inviabilizar a relação. Algumas pessoas já estão se dando conta disso e, talvez por lidar melhor com o desamparo e não se submeter cegamente às normas sociais, ousam soluções nada convencionais.
Espero ter ajudado!
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2006-11-25 14:46:41
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answer #1
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answered by Anonymous
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não tome nenhuma decisão antes desta:
conversa , conversa e muita conversa, entendeu?
depois ele não pode reclamar que não discutiram o assunto
2006-11-25 23:18:55
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answer #2
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answered by sergio 3
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Isso é perfeitamente possível, já que o amor não tem absolutamete nada com o sexo. Isto é, o amor e a falta de tesão podem andar e muitas vezes andam juntos. Portanto, não vai ser fácil pra você. Vai ter de fazer uma escolha: fidelidade sexual ou matar o tesão no ninho, na sua cabeça. Terrível!
2006-11-25 22:50:11
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answer #3
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answered by Doutor Satille 5
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Ou você entra na religião dele ou o casamento vai p/ vinagre.
Infelizmente não tem outra saída.
2006-11-25 22:39:45
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answer #4
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answered by morena 5
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Entendo vc e sei q a igreja não tem nada a ver com isso.
Sou homem e tb tive uma esposa fria e q quando uma empregada começou a me assediar, deu razão prá empregada!
Não deu outra...
Não estou te incentivando. Ainda há esperanças. Fale com ele claramente e se ele não entender, posso te dar dicas.
2006-11-29 15:21:03
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answer #5
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answered by fox18cm 6
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Se vc ama seu marido vai esperar essa fase passar...Olha a maioria dos novos convertidos passam por essa fase de santinhos.Depois ele entende a maravilha que é o sexo debaixo dos olhos de Deus. Olha vc deveria agradecer...pois na loucura em que esse mundo está é muito bom ter um homem temente a Deus. Pense bem, assim ele não te trai! Não é caso de separação e muito menos vc deve traí-lo. Converse, faça ele entender seus desejos.E pra melhorar e te ajudar de verdade mostre pra ele que a própria biblia é a favor disso. 1Corintios cap 7 fala: "O marido conceda a esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e , novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência."
É o que pode acabar acontecendo com vc...ser tentada a fazer outras coisas por falta delas. Beijos e espero ter ajudado.
2006-11-25 23:15:37
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answer #6
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answered by danievaz 1
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A igreja interferindo na vida de casais............quem diria....!
Se nos momentos íntimos ele permanece pensando na igreja, acho melhor você pedir perdão a DEUS e tentar torna-se uma pecadora....rs mostrando ao teu marido as partes motivadas de reações sexual dos nossos corpos,..Entendeu?...rs
2006-11-25 23:14:35
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answer #7
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answered by Leopoldo V 3
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amiga se vc o ama, não deve trair, isso não resolverá seu problema, pelo contrario aumentará seu problema!
2006-11-25 22:53:00
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answer #8
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answered by ♡Nany♡ 5
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Que tipo de igreja é essa, que prega a frieza entre os casais? A igreja que eu freqüento, prega muita união entre marido e mulher! Ele pode estar interpretando alguma coisa dita na igreja, de maneira equivocada. O melhor a fazer é conversar sobre o assunto, com o máximo de sinceridade e for o caso, terminar o casamento, mas sem traição. Trair e enganar outra pessoa, agir na mentira é péssimo!
2006-11-25 22:39:40
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answer #9
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answered by ? 4
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xiiiiiiiiii ,agora vc se ta ferrada!!!
2006-11-25 22:45:31
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answer #10
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answered by ana 5
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