Pedro, Boa noite! Do ponto de vista da "história interna da filosofia", sem sombra alguma de dúvida, Immanuel Kant em sua fase "crititicista", quando, após haver afirmado, que "Hume o despertara de seu sonho dogmático", estabeleceu as categorias espaciais (que são muitas e complexas, e ora não me lembro discerninamente delas; seja como for, posso te dizer que algumas acrescentam ao conhecimento e outras, não, porque não lhe acrescentam predicado algum) e afirmou a possibilidade de conhecermos os "phaenomena", ou "coisas-para-nós" e a impossibilidade de conhecermos o "nous", ou a "coisa-em-si". De outra parte tinha em Rousseau o "Newton do mundo moral" e nessa esfera, dita da filosofia prática, elaborou verdades universais, como a de jamais mentir, porque, se assim procedermos, assim a estaremos erigindo em verdade universal - e falseando a relação ente os homens. O não mentir é, assim, um "imperativo categórico". Já a prudência, p ex, é apenas um "imperativo hipotético", porque se ferida não falseará a verdadade moral que deve reinar universalmente entre nós. Muitos separam indevidamente a filosofia "teórica" de Kant de sua filosofia "prática", o que, para estudiosos da mais alta competência, não procede, visto que ele, Immanuel Kant, engendrou um sistema inextricavelmente tramado, sem brechas, com o intuito de salvar a metafísica, enquanto a concebia como impossível. Não à-toa, exerceu fortíssima influência no Romantismo Filosófico Alemão.
Já Friedrich Hegel ao estabelecer sua lógica dialética idealista e identificar dogmaticamente (e, portanto, ideologicamente, e não teoreticamente) razão e realidade: "tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional" criou uma filosofia do Espírito manifestando-se na história - até a concretização do Estado prussiano. Marx disse haver tornado concreta essa dialética de Hegel, mas continuou igualmente de um determinismo absoluto, e, como diz Simone Weil, sem jamais conceber uma antropologia, isto é, sem jamais ver os homens como criaturas concretas.
Muitas foram as críticas veementes a Hegel. A Schopenhauer e a de Kierkegaard são as mais fecundas - e, assim, como a do próprio Kant ainda em muito influenciam a filosofia, a psicologia e a física contemporâneas.
Kant é um divisor de águas na História do pensamento filosófico, assim como Cézanne o é para a história da pintura
Brevemente e de memória: is this.
Abç p v.
2006-11-25 11:58:54
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answer #1
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answered by Anonymous
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Para mim, foi Kant. Por que ele não só fala da razão (razão prática, razão pura), como de sua interferência na vida (daí os imperativos hipotéticos e o imperativo categórico). Ele atribui à razão (pura) o papel de legislar, criar a Lei Moral, em uma vontade autônoma (sem a presença do múltiplo sensível da percepção). Daí a universalidade de sua ética, por que é possível a todos os seres racionais agirem segundo a Lei Moral.
2006-11-26 08:38:59
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answer #2
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answered by bombucho 4
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