A Web e a Web Semântica
A Web ( World Wide Web ou WWW ) é a parte multimídia da Internet. As páginas podem ter fotos, animações, trechos de vídeo e sons. É a região mais fácil de usar de toda a rede. Para isso, o único programa de que precisa-se é o navegador, ou "browser". Antes, é bom que se saiba como funciona a Web e o sistema de endereços que permite localizar qualquer informação na rede.
A Web é formada por milhões de lugares conhecidos como sites. Existem sites de universidades, empresas, órgãos do governo e até sites mantidos por apenas uma pessoa. As informações estão organizadas na forma de páginas ligadas entre si. Quando um site é acessado, normalmente entra-se pela porta da frente, onde existe uma mensagem de boas-vindas e uma espécie de índice para as demais páginas. Essa entrada se chama página principal ou home page, onde se vê como é organizado um site. Mas no Brasil, se convencionou chamar de home page, o site todo.
Ao visitar um site, o usuário chega pela entrada principal e escolhe o assunto que lhe interessa. Caso procure informações sobre imóveis, primeiro é necessário passar pela página que fala dos produtos e só então escolher a opção imóveis. Para facilitar a procura, alguns sites colocam ferramentas de busca na home page. Assim, o usuário pode dizer qual informação está procurando e receber uma relação das páginas que falam daquele assunto. As ligações entre as páginas, conhecidas como hyperlinks ou ligações de hipertexto, não ocorrem apenas dentro de um site. Elas podem ligar informações armazenadas em computadores, empresas ou mesmo continentes diferentes. Na Web, é possível que uma página faça referência a praticamente qualquer documento disponível na Internet.
A Web atual é composta de elementos isolados: palavras soltas, imagens e sons. Porém, estes elementos têm apenas significado individual numa busca. Por exemplo, hoje ao procurar pela palavra “casa”, esta será encontrada em todas suas ocorrências nas páginas HTML, seja um substantivo ou um verbo. O XML permite que numa página palavras sejam “tagueadas ” com seu significado semântico, o que permite que elementos sejam encontrados de forma mais inteligente: “casa” pode ser uma construção arquitetônica ou o ato do matrimônio em terceira pessoa. Assim, XML é um dos fundamentos necessários para que a Web se torne uma rede mais “esperta”, em que a informação possui um significado contextual - algo mais próximo da mecânica cognitiva do cérebro humano.
A dificuldade de conceitualização do que é um Sistema de Recuperação de Informações (SRI) advém, a princípio, da ambigüidade dos conceitos de sistema e de informação em si. Pode-se adotar, entretanto, algumas definições que façam sentido no escopo do assunto tratado e, desde já, assume-se que, ao falar de Sistemas de Recuperação de Informações, fala-se em tecnologias para a recuperação de informações registradas em formato impresso ou digital.
A Web Semântica não é uma Web separada, e sim uma extensão da Web (Sintática) atual. Nessa nova Web a informação vai ter significado bem definido através de linguagens de marcação semântica. Essas linguagens, RDF e ontologias, serão acrescentadas às páginas atuais em uma arquitetura proposta por Tim Berners-Lee.
Segundo Tim Berners-Lee, “a Web Semântica é uma extensão da Web tradicional, onde, a partir do uso intensivo de metadados, espera-se obter o acesso automatizado às informações, com base no processamento semântico de dados e heurísticas feitos por máquinas”.
Para tal, desde 1998, a equipe da W3C (World Wide Web Consortium) vem trabalhando arduamente no desenvolvimento de tecnologias avançadas, que visam à representação estrutural e semântica dos recursos na Web. Essas tecnologias, aliadas à teoria de domínios ou ontologias, permitem oferecer um serviço Web com um nível maior de qualidade.
A Web Semântica não é Inteligência Artificial, pois o conceito de documentos compreensíveis por máquinas não implica uma inteligência artificial mágica que faz com que os computadores passem a entender o que os seres humanos falam. Esse conceito apenas indica que computadores passarão a ter a habilidade de resolver problemas bem definidos através do processamento de operações que se utilizam de dados. Em vez de querer que computadores “entendam” a linguagem das pessoas, pede-se que as pessoas é que façam o esforço extra (codificando a informação em representações passíveis de processamento automático, ontologias, por exemplo).
Apesar de a linguagem-padrão recomendada para a Web Semântica permitir a expressão de sentenças muito complexas, isto é, sentenças que utilizem conectivos lógicos, disjunção, inversão e axiomas, entre outros, não será exigido que todas as aplicações utilizem a marcação semântica em seu potencial total.
Uma outra questão levantada é o relacionamento com sistemas de representação do conhecimento. A visão da comunidade de Representação do Conhecimento está mais ligada à criação de modelos canônicos que poderiam ser globalmente utilizados, enquanto a Web Semântica, segundo Hendler, tem um foco em ontologias menores, também chamadas de ontologias de domínio, e no processo de integração das mesmas.
Para que a Web Semântica faça algum sentido, é preciso dispor de algumas ferramentas, a fim de que haja eficácia no processamento desse instrumento de busca. Uma dessas ferramentas é a ontologia. A ontologia define uma semântica formal da informação, permitindo o processamento pelo computador, bem como permite a ligação entre o entendimento do mundo real e o conteúdo processado pelo computador através de terminologias consensuais.
A primeira definição de ontologia vem dos estudos metafísicos de Aristóteles, ao afirmar que ontologia é a "ciência que estuda o ser enquanto ser". Em sistemas de computação, os pesquisadores de Inteligência Artificial foram os primeiros a utilizarem este termo, desta vez com um enfoque diferente. Nesta área de pesquisa, ontologias são utilizadas, por exemplo, em processamento de linguagens naturais e representação do conhecimento. Mais recentemente, a noção de ontologia também está sendo difundida em áreas que pesquisam a cooperação de sistemas de informação, comércio eletrônico, recuperação de informação e gerência de conhecimento.
Ontologias foram desenvolvidas para fornecer um processamento semântico de fontes de informação, permitindo a comunicação com diferentes agentes (seres humanos ou softwares).
Enfim, a Web Semântica é uma tentativa inversa de solução. Ao invés de pensar na informação para os humanos, a idéia é pensar na máquina. "Machine-Understandable Information", esta é a definição da Web Semântica, segundo o "pai da Web", Tim Berners-Lee, um dos comandantes desse projeto. É curioso, claro, pois o objetivo final é atender às pessoas e não aos computadores, mas para isso é preciso construir categorias e uma linguagem que façam sentido para a máquina.
2006-11-24 23:56:32
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